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quinta-feira, 1 de junho de 2017

JUNIOR ALMEIDA: A VOLTA DO REI DO CANGAÇO NO FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS


O livro custa 45,00 Reais

Entre em contato com o professor Pereira através deste e-mail:  franpelima@bol.com.br

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AJUDEM DONA SANDRA

Por Saulo Vale

Dona Sandra e seu marido vendem confeitos todas as noites na Praça da Convivência em Mossoró, para sustentar a família, sobretudo seus filhos, que apesar de todas as dificuldades que a realidade do dia a dia os impõe, conseguiram superar o improvável e hoje estudam em instituições federais, um na UFRN e o outro no IFRN. 

A venda pelas ruas da cidade não rende o conforto que eles desejavam, muitas vezes nem o básico, mas é a única fonte de renda do casal. Simples, com sorriso espontâneo no rosto, Sandra e o seu marido não levam uma vida de facilidades. "A situação está muito difícil. Estamos vendendo pouco e muitas vezes passamos por muitas dificuldades", afirmou.

Dona Sandra vendendo confeites para sustentar sua família

Mas há algo que merece ser alçado de Dona Sandra. A dureza do cotidiano não lhe tira uma de suas principais características: coração bom, daquelas pessoas que você encontra e não sabe se é nada mais do que uma relutante sobrevivente das injustiças sociais, ou um anjo que nos ensina muito com sua história.

Dona Sandra e sua família recebem doações através do telefone 99865-6643.
Saulo Vale
"Sempre mantemos em nossos corações o sentimento mais belo e nobre que distingue os seres humanos: a esperança".

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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ESCREVER: PARA QUE E PARA QUEM?

*Rangel Alves da Costa


A arte da escrita é uma das mais belas que possa existir. Contudo, até que o livro saia da editora ou da gráfica para ser levado ao público, um imenso percurso é suportado pelo escritor, até mesmo aqueles de nomes já conhecidos. A inventividade em si é uma das mais sacrificantes, pois a criação da trama ou do texto coloca o escrevinhador numa camisa-de-força. Não é fácil dar sentido aos fatos e aos entrelaçamentos. E não é qualquer história que surja com o poder de agradar.
De qualquer sorte, os sacrifícios se tornam em recompensas quando o livro é publicado, para ter boa aceitação ou não, vez que o próprio escritor sempre valoriza mais sua obra do que qualquer outra pessoa ou crítica. Mas e os livros, aqueles mesmos que poderiam ter alcançado sucesso e permaneceram em gavetas, entregues à voracidade do tempo, por que seus autores não puderam sequer publicar uns poucos exemplares? É uma situação deveras desanimadora, senão impeditiva do prazer da escrita.
No mesmo sentido, e quando escritores permanecem ocultos, nas incógnitas de seus quartos e escrivaninhas, pelo simples fato de não poderem dar visibilidade aos seus escritos? Até nos dias atuais, a publicação de qualquer livro exige vultosos recursos, e nem sempre é possível encontrar apoio que financie ao menos parte do sonho. Buscar apoio numa lei é o mesmo que novamente colocar seu livro em gaveta. Enviar projetos de captação de recursos é o mesmo que esperar a resposta de sempre: não há recursos.
E depois disso, acaso o livro chegue às livrarias, ter sua obra colocada num canto dos esquecidos enquanto as vitrines anunciam os livros escolhidos pelas grandes editoras e seus autores fabricados. Sim, pois há uma verdadeira fábrica de autores, de pessoas cujos nomes passarão a ser sinônimos de grandes sucessos literários. Embora forjadamente. Os fatos constatam isso. De repente e um artista ou pessoa famosa é alçada ao topo da arte literária por cria e obra das grandes editoras. E não é de espantar se muitos sequer tenham escrito uma linha.
No Brasil, foi o jornal que praticamente lançou o renome de grandes escritores. Numa época em que não haviam editoras especializadas em literatura, apenas os periódicos publicavam em capítulos o que atualmente se tem como marcos da literatura brasileira. Assim ocorreu com escritores renomados como José de Alencar, Machado de Assis, Raul Pompéia, Lima Barreto e tantos outros.
Todos estes, tendo como os exemplos vindos da literatura francesa desde os Dumas, tanto o pai como o filho, publicavam seus romances em folhetins, nas páginas dos jornais que circulavam nos principais centos urbanos. Mas o interesse do público era tamanho pelo desfecho dos episódios que mais tarde, ao final, inevitavelmente que tais enredos e tramas eram transformados em livros, como o publicado ou com ligeiras modificações.
Como observado, eram escassos os meios e as publicações eram bastante reduzidas. Por consequência, os autores saídos das páginas dos jornais alcançavam fama rapidamente, vez que com escritos já conhecidos e acessíveis aos leitores dos periódicos. E a situação não mudou quando começaram a surgir editoras especializadas em literatura nacional. Publicava-se mais pela fama do autor que pelo conteúdo da obra, abrindo pouco espaço para novos autores. E tal situação teve continuidade e possui a mesma feição nos dias atuais.
Certamente que muitos escritos de qualidade sequer ganharam espaços nos jornais. As gavetas antigas como as de hoje amargam a certeza que somente as traças serão assíduas leitoras e devoradoras. E assim acontece porque mais de oitenta por cento dos escritos têm de amargar a triste sina do esquecimento das gavetas. Somente uma pequena parcela das criações literárias ganha sobrevida através das editoras. E é neste aspecto que exsurgem algumas considerações importantes.
Como dito, nem sempre o que é publicado possui melhor qualidade do que foi rejeitado pelas editoras, não obteve recursos suficientes para publicação ou simplesmente ficou esquecido nas gavetas. Autores existem que precisariam apenas de uma oportunidade e seus nomes logo seriam reconhecidos. Outros, mesmo cientes que produzem escritos de qualidade, acabam desistindo diante da falta de apoio cultural, de incentivos para publicação e dos infindáveis meandros burocráticos. Já outros fazem pequenas tiragens por conta própria na esperança que seu achado caia nas graças de algum editor.
Por mais que seja difícil de aceitar, mas a verdade é que as editoras praticamente criam autores. Para elas, tanto faz que um autor nordestino ou nortista seja verdadeiramente bom, que seja de grande criatividade literária, se não querem tê-lo no seu catálogo nem em qualquer lista dos mais vendidos. Mas diferentemente ocorre quando desejam fabricar celebridades literárias. Por mais que os escritos sejam medíocres, ainda assim o trabalho de marketing será tão intenso que a crítica passará a reconhecer alguma qualidade na obra.
Por consequência, se a qualidade da produção literária do Brasil não é das melhores, a culpa deve recair exclusivamente nas editoras, pois são estas que não dão oportunidade aos autores novos, privilegiam alguns nomes socialmente famosos e procuram a todo custo proporcionar reconhecimento ao que realmente não tem. Objetivando grande vendagem pelo nome influente do autor, acabam maculando a imagem e a qualidade da verdadeira literatura nacional.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com 

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IMPORTANTE MATÉRIA

Por Adalto Silva

Importantes matérias sobre o cangaço, onde o repórter compara a personalidade de Lampião e Corisco, uma vingança de Corisco, invasão do bando a cidade de Queimadas, a chegada das cabeças em Maceió, entre outras.


Fonte: Correio da Manhã, de 02 de agosto de 1938, data em que Corisco invadiu a fazenda Lagoa dos Patos.

PS: Sobre essas nove mortes, nunca ouvir falar em nenhum livro.

Fonte: facebook
Página: Adauto Silva

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90 ANOS DA RESISTÊNCIA AO BANDO DE LAMPIÃO


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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ANTES DA BATALHA NA SERRA GRANDE! Parte I


A batalha da Serra Grande, novembro de 1926, deu-se numa elevação geográfica no município de Calumbi, PE, antes São Serafim, e é considerado o maior entre as Forças Públicas dos sete Estados por onde o “Rei do Cangaço” estendeu seu reinado sangrento. O bando de cangaceiros chefiados por Virgolino Ferreira da Silva, o cangaceiro Lampião. A Batalha da Serra Grande qual se torna, na historiografia cangaceira, a maior derrota da Força Pública contra bandos de cangaceiros em toda a História do Fenômeno Social Cangaço, que teve seu princípio nos idos de 1756, com o famigerado Cabeleira, na Zona da Mata pernambucana e seu término no fim da primeira metade de 1940.

Lampião preparou o local para o combate, tendo feito ao mesmo tempo, anteriormente, várias visitas e montado acampamento. Nela, na Serra, ele conhecia onde se encontravam os ‘tanques naturais’, pias para alguns e ‘caldeirões’ para outros (buracos enormes, naturais ou feitos pelo homem, nas grandes rochas, lajes, onde se acumulam água das chuvas e permanecem por vários meses retendo o líquido precioso num ambiente hostil, desabitado e desértico, servindo de fonte para os homens e animais daquele habitat, terminando por escolhê-lo para uma brigada contra as volantes após ter vindo do Juazeiro do Norte, CE, em meados de 1926 com a patente de capitão do Batalhão Patriótico, força Federal criada em vários Estados nordestinos para combater os “Revoltosos”, a Coluna Prestes. Conseguindo formar um grande bando, cerca de 120 homens, mais ou menos, onde, depois, de algum tempo, ao longo de algumas ‘visitas’, ter mando que fossem construídas trincheiras de pedras na íngreme elevação da Serra.

Essas trincheiras foram construídas da seguinte forma: a primeira em um determinado local, mais no alto, e um pouco fora da linha da primeira, a segunda, mais alto ainda a terceira... E assim sucessivamente, formando várias barreiras sucessivas, onde seus homens, ao sair de uma em direção a outra, estavam protegidos pelas pedras da que deixaram. Diferente dos homens da Força, pois teriam sempre um campo aberto em a sua frente, sem proteção para seguir com seu ataque.

Esse “monstro natural” tem uma elevação enorme. Só tendo acesso fácil por determinada posição. É nessa embocadura que ele divide seus homens deixando Luiz Pedro com alguns ‘cabras’ em um determinado local elevado, assim como seu irmão, Antônio Ferreira, o cangaceiro “Esperança”, com outra parte, em outro, estrategicamente escolhido, onde do qual poderia socorrer tanto ele e os seus homens, na sua posição principal, como a “Caititu”, alcunha cangaceira de Luiz Pedro, e os seus, caso um ou outro ficassem em desvantagem no momento do ‘fogo’.

Lampião tendo previsto o combate, e escolhido o local, espera pacientemente por uma oportunidade para realiza-lo. Notamos que a ideia do chefe cangaceiro concretiza-se depois que ele retorna do Ceará, onde fora receber a patente de capitão do Batalhão Patriótico, e, principalmente, fardamento, dinheiro e material bélico, dando aos seus ‘cabras’, maior poder e eficiência de combate.

O “Rei dos Cangaceiros” tinha uma grande ‘rede’ de informantes em todos os setores da sociedade, a qual mantinha a peso de ouro e medo. O ‘medo’ fora uma das armas mais bem usada pelo chefe cangaceiro contra a população civil, e mesmo a militar, para assegurar seus colaboradores ‘colaborando’. Em determinada data do segundo meado de 1926, Virgolino recebe a notícia que na cidade de Triunfo, PE, encontravam-se dois homens que representavam duas companhias importantes dentro do mercado financeiro nacional. Um, Benício Vieira, trabalhava representando a Souza Cruz, fabricante de cigarros e o outro, Pedro Paulo Mineiro Dias, que representava a Standart Oil Company (Distribuidora de Combustíveis ESSO). Pronto, a mosca caiu no mel, aparece à oportunidade que Lampião tanto esperava.

Junto a sua caterva, Lampião segue para o município de Triunfo, PE, e vai alojar-se na propriedade rural “Carro Quebrado”, que pertencia a seu protetor major Luca Donato. Lá chegando, ordena que um de seus homens se ‘desarrei’ por completo, depois vista roupas de paisana, e vá vigiar os dois homens na cidade serrana. Assim fez o enviado, e logo depois retorna com a notícia de que os dois desceram a serra em um automóvel. Já tendo o chefe alertado toda a cabroeira para que estivesse pronta para tudo, mesmo assim, os ‘cabras’ estavam com os nervos a flor da pele, principalmente, por a maioria não saber o que iriam enfrentar.

Lampião tinha levado parte da sua cabroeira para as terras do sítio Baixio da Carnaúba, e, quando já se aproximava o ocaso do dia 24 de novembro de 1926, escuta o ronco do motor de um automóvel. Prepara a emboscada e intercepta o veículo na estrada que ligava Triunfo a Vila Bela, hoje Serra Talhada, PE.

São pegos os dois homens. O representante da Souza Cruz, alguns autores assim citam, que levava consigo uma grande quantia em dinheiro, já o da ESSO, não tinha a mesma quantia em seu poder. Lampião mantém Pedro Paulo Mineiro Dias como preso e ordena a Benício Vieira que siga no carro até Vila Bela, procurasse os comerciantes de lá e arrecadasse a mesma quantia, ou um determinado valor em ‘contos de réis’, que tinha tirado dele para pagar o resgate do amigo, e que iria esperar por o resgate no sítio Varzinha, onde seria liberado o refém após receber o dinheiro. Assim o funcionário da Souza Cruz se dispõe a fazer.

Virgolino Ferreira sabia que assim que Benício vieira chegasse à cidade de Vila Bela e contasse para todos o que aconteceu, haveria uma movimentação por parte das autoridades, devido à importância do prisioneiro, do refém ser representante de uma empresa multinacional. Estudando os acontecimentos políticos do Estado pernambucano, naquele período, notamos que o governador de Pernambuco, Júlio de Melo, havia nomeado o major Theófhanes Ferraz Torres como Comandante Geral das Forças Volantes contra o banditismo no interior do Estado, na região do Pajeú das Flores e, com certeza, através da sua ‘malha’ de informantes, o “Rei dos Cangaceiros” estava ciente dessa nomeação, mesmo antes dela acontecer, tornando-se, segundo o pesquisador/historiador Louro Teles, um forte motivo para a preparação do embate na encosta da Serra Grande, em novembro de 1926.

“(...) o governador Júlio de Melo ( de Pernambuco), iria nomear o major Theófhanes Ferraz Torres como comandante geral de todas as Forças Volantes em operação no interior, com a missão de prender ou matar Lampião, o famoso cangaceiro resolveu se vingar e desmoralizar o comando do major e logo que ele assumiu esse cargo aconteceu o grande combate da Serra (...).”(“A Grande Batalha de Lampião” – LIMA, Lourinaldo Teles Pereira. 1ª Edição. Pg 133. Paulo Afonso, 2017).

Notamos, nesse princípio de estudos, a forma modificada de Lampião agir. Primeiro, liberando um dos reféns com a incumbência de arrecadar entre os comerciantes e autoridades de Vila Bela uma soma muito alta e, segundo, dizendo para o mesmo onde estaria a esperar o resgate. Na verdade, Vigorlino Ferreira tinha preparado a vara, amarrado a linha e nessa, o anzol, depois estava, quando começa cedendo essas informações do local, atirando a isca para ver se a Força cairia na armadilha.

O representante da Souza Cruz sai rumo à cidade de Vila Bela, quando, ao mesmo tempo, Lampião, com o prisioneiro, e seus ‘cabras’ partem em direção contrária, procurando situar-se no pé da serra do Livramento, onde tinha deixado o restante do bando acampado e, juntando todos, seguem, deixando vestígios claros da sua passagem, por vários sítios até chegarem as margens do Rio Pajeú, no sitio denominado Carnaúba, onde foram vistos pela patriarca do imóvel rural, a qual conta para seu esposo, Antônio Vitoriano da Silva, e os dois correm e escondem-se no mato, pois não sabiam se era Volante ou cangaceiro que estavam chegando.

“(...) No sítio Carnaúba, as margens do Rio Pajeú, morava o senhor Antônio Vitoriano da Silva, vulgo Antônio Luzia. Sua mulher Ingrassa estava no terreiro quando avistou uma tropa atravessando o rio e lhe disse:

- Antoin vem muita gente armada ali. É melhor nós sair de casa, porque não dá para saber se é força ou cangaceiro.

Antônio e a esposa se esconderam no mato e os cangaceiros entraram em sua casa, roubando um par de alpercatas “Xô boi” que estava no torno e também um chapéu de couro e ainda beberam toda água que tinha nos potes (...).” (“A Grande Batalha de Lampião” – LIMA, Lourinaldo Teles Pereira. 1ª Edição. Paulo Afonso, 2017)

Após matarem a sede, o bando segue rumando no sentido determinado pelo chefe, e continuam caminhando mesmo estando o sol se pondo. Terminam por chegarem num local chamado Alto dos Prazeres e acampam. Desmontando o acampamento na madrugada, colocando novamente o pé nas veredas. Aproveitando a escuridão e a frieza da madrugada, os cangaceiros caminham até chegarem à casa de um ex subdelegado de Vila Bela, Silvino Liberalino. Silvino tinha sido vítima do “Rei dos Cangaceiros” no passado, onde tinha tido que pagar uma quantia para escapar.

Dessa vez, devido à falta de claridade, sem saber de quem se tratava, após notar uma grande quantidade de homens em frente a sua casa, Liberalino salta para o terreiro com um rifle nas mãos perguntando quem estava ali. Na pergunta ele diz querer saber se se trata da Força ou se era Lampião. Um dos homens do bando diz tratar-se de uma Força e que a mesma estaria à caça do cangaceiro chefe, que assombrava os rincões do vale do Pajeú das Flores. O infeliz baixou a guarda e, indo pegar água no pote para dar de beber aos homens que tinham lhe pedido, coloca a arma em pé escorada na parede, nesse momento, é pego e descobre que está as voltas com o bando de Virgolino Ferreira.

Na casa, além do dono, encontrava-se um genro chamado Laurindo, os quais, sogro e genro, são insultados e agredidos. O bando encontra um bacamarte, juntando as duas armas as levam, assim como os dois homens são levados prisioneiros. Após terem comido o que estava preparado partem madrugada a dentro. Logo, logo, Lampião solta Laurindo e diz a ele que se a Força chegar perguntando por ele, que ele estaria naquela serra, aponta e mostra a Serra Grande, esperando por ela.

A horda segue caminho afora, rumo a Serra Grande. Passando na casa do roceiro “Sinhozin Estevão”, fazem a primeira refeição matinal e, em seguida rumam para a da viúva de Antônio Estevão onde roubam o que acham ter valor. Ao deixarem a casa da viúva, já pelo caminho, encontram “Zé Toinho”, meninote contando com seus treze anos, o prendem e o obrigam a mostrar o caminho para chegarem à casa de Zé de Esperidião. Ao chegarem bem próximo à casa de Zé, Lampião divide o bando em três, ordenando que cada grupo fosse a residências de determinadas pessoas, enquanto ele mesmo seguiu para a casa de Zé.

“(...) Após localizar a residência o grupo se dividiu, uma parte foi para casa de Braz Estevão (tio de Zé Toinho), a outra foi para a casa de Agostinho Bezerra e o restante seguiu indo para o local que havia sido mostrado (...).” ( Ob. Ct.)

Naquele tempo, muitos daqueles que entraram para o cangaço, fora por questões pessoais e/ou familiares em busca de vingança, o mesmo, por inúmeras vezes, ocorriam o mesmo com aqueles que entravam na Volante para combatê-los. Na ocasião, dentre os cangaceiros de Lampião tinha um de alcunha ‘Jurema’. Esse havia passado a fazer parte do bando com o objetivo de vingar-se, exatamente, de Zé de Esperidião, por, há muitos anos atrás, Zé ter matado um parente do mesmo, ‘o velho João da Serra Negra’.

Na manhã do dia 25 de novembro de 1926, um dia antes da Batalha da Serra Grande, Zé de Esperidião tinha vindo a sua casa, pois trabalha desde bastante tempo, em outras terras de propriedade de Antônio Cazuza, para conhecer seu filho que contava apenas com sete dias de nascido. Pois bem, a esposa de Zé, dona Rosa Januária de Lima, estava a cuidar de alguma coisa fora da residência, quando... de repente, avista alguns homens armados se aproximando da casa. Ela não faz um cálculo perfeito da quantidade de homens e, achando que eram ‘apenas vinte’, relata para seu esposo. Zé, homem duro, valente e de sangue no olho, diz não ter medo nem ‘abrir’ para apenas vinte homens, seu erro fatal.

“(...) Por volta das 8 horas da manhã, Rosa Januário de Lima, esposa de José, se pronunciou:

- José, é melhor tu sair de casa que vem uns 20 homens armados ali!
José respondeu:

- Eu não tenho medo de vinte homens não!

Ligeiro pegou o rifle e um revólver, encostou-se ao pé da porta e ficou esperando a aproximação daqueles homens. Próximos do terreiro alguns ficaram esperando e apenas cinco se aproximaram (...).” (Ob. Ct.)

Lampião, raposa esperta, sabe da valentia a da disposição que Zé de Esperidião possuía. Conhecia um homem valente só em olhar. Aproxima-se com cautela, seguido por quatro ‘cabras’. O restante da cabroeira ficou no aceiro do terreiro. Lampião, de andar maneiro, apesar de manco, faz o cumprimento nordestino, dando bom dia e estirando a mão para o homem que estava a sua frente. Nesse momento, no aperto de mãos, o cangaceiro Jurema saca de uma arma de fogo curta, uma pistola, provavelmente, com a intenção de vingar a morte do velho João da Serra Negra, seu parente. Lampião não só...

CONTINUA...
Fonte Ob. Ct.
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COMEMORAÇÕES DOS 90 ANOS DA RESISTÊNCIA


Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço Benedito Vasconcelos Mendes

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Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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FLORESTA ESTÁ DE LUTO E CHORA A MORTE DE MAIS UM FILHO ILUSTRE.

Por Marcos Antônio de Sá 

Em vinte de junho de 1907, exatamente em uma "quinta feira", durante o mandato do Cel. José Gonçalves Torres (Cazé), através da lei estadual 867, Floresta foi elevada à categoria de cidade. Alguns dias após a elevação da categoria de vila à cidade foi criada a "Sociedade Progressiva Arborizadora ", por iniciativa do Cel. Cazé e dos florestanos João Gomes Barbosa e Alfredo Barros. No livro do Dr. Álvaro Ferraz, João Gomes Barbosa é identificado como o "pai dos tamarindos".



Um tamarindo centenário, testemunha de tantas histórias e que foi plantado com tanto amor e carinho, tornando-se o símbolo maior da nossa cidade, tombou sem vida no dia de hoje, 01 de junho de 2017. O gigante assistiu imponente, a feira que lotava o pátio da igrejinha do Rosário sempre aos sábados, a criação da Agência do Banco do Brasil e a posse de tantos prefeitos. Tantas celebrações foram feitas a seus pés, em cima das suas raízes. Tantas comemorações de Carnaval, São João, Sete de Setembro, Natal e Ano Novo. O que dizer as gerações futuras? E os nossos netos e bisnetos que não te conhecerão e virão apenas fotos tuas provando que tu existisse e que um dia fostes uma beleza sem igual, integrante dessa grande família de João Gomes Barbosa, de Alfredo Barros, de Cazé, e do nosso povo. 


Quando cheguei hoje de Petrolândia e visualizei o teu corpo caído ao chão já sem vida, não me contive em lágrimas e senti um aperto inexplicável dentro do meu coração. Fostes testemunha da minha infância e de tantos outros florestanos, quando brincávamos correndo nas praças de pés descalços, jogávamos bila e pinhão, subíamos no fogo simbólico. Quanta dor sinto nesse instante e a revolta me corrói o coração. Qual o motivo de não "podarem" nossos tamarindos? O que está acontecendo com os filhos de Floresta que não dão a mínima para a nossa história e nossa cultura? Será que só tomarão providências quando todos os nossos tamarindos morrerem ou quando caírem na cabeça de alguém? Cadê os nossos representantes que ainda não criaram uma lei para proteger os nossos tamarindos e nosso patrimônio histórico, ou se ela existe, qual o motivo de tanto descaso? Os tamarindos são velhinhos e precisam de mais cuidado e de mais atenção! 



E o batalhão? Vai ficar só no papel, só em promessas? Vão deixar cair mesmo? Até quando ele vai suportar?


Desculpe João Gomes Barbosa, Alfredo Barros, Cazé , Floresta e nossos descendentes, pois só estávamos preocupados com nós mesmos. 

Uma cidade que não tem passado, não terá presente e muito menos futuro.


Marcos Antônio de Sá
Escritor florestano.


Fonte: facebook
Página: Marcos de Carmelita

https://www.facebook.com/marcosdecarmelita.carmelita

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O COMBATE DE AREIAS DE PELO SINAL (PB)

Por  Geziel Moura

Dentre os diversos combates da saga de Lampião quero destacar, o ocorrido em Areias de Pelo Sinal (PB), pois este não teve grande visibilidade na literatura do cangaço, provavelmente, por ter acontecido logo após à invasão de Souza (PB), daí as narrativas sempre se reportarem a este acontecimento, e talvez por Lampião não está presente na ocasião do fogo, da mesma forma que em Souza.

Assim, temos nos escritores João Gomes de Lira, Marilourdes Ferraz, Sérgio Dantas e José Bezerra Irmão, narradores deste episódio, que ocorreu mais ou menos assim:

Após o ataque à cidade de Souza (julho de 1924), pelo bando de Lampião, sob o comando de Livino Ferreira, na medida em que, seu irmão estava se convalescendo, da lesão que sofrera no pé, no fogo da Lagoa do Vieira (PE), sendo que depois do assalto, o grupo de bandoleiros seguiram para o limite da Paraíba e Pernambuco, tendo há vários dias em seus rastos, as tropas dos sargentos Clementino Quelé e Higino Belarmino, incluindo diversos nazarenos nestas.

As volantes alcançaram os cangaceiros em agosto de 1924, em um lugar chamado Areias de Pelo Sinal, região de Princesa (PB), na casa do coiteiro Manoel Cazuza, em ato continuo, começou a fuzilaria, forçando os moradores da casa a se deitarem sob a cama.

O fato inusitado deste combate ocorreu, quando a polícia se aproximou da casa em que estavam acoitados os cangaceiros, que foi possível utilizar as torneiras (Orifício na parede, para introduzir o cano do fuzil, de dentro para fora de uma edificação, para atirar), da casa de modo inverso, isto é, quando os cangaceiros perceberam, era os policiais que introduziram suas armas nas torneiras de fora para dentro.

Os sentinelas dos cangaceiros atacaram a tropa, pela retaguarda, e conseguiram atingir mortalmente Gabriel de Souza. o Bié, caracterizando como a primeira perda, do grupo dos nazarenos, a morrer num combate com cangaceiros.

Os bandidos que estavam dentro da casa, liderado por Livino, conseguiram furar o cerco da polícia, utilizando como "Escudo Humano" uma mulher que era moradora da casa, e conseguiram fugir, deixando para trás o fruto do roubo realizado em Souza.

Fonte: facebook
Página: Geziel Moura
Grupo: Historiografia do cangaço
Link: https://www.facebook.com/groups/1617000688612436/?multi_permalinks=1777967479182422&notif_t=like&notif_id=1496169424240827

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