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sábado, 13 de maio de 2017

CALEM-SE TODOS! LIANA PARTIU.

Por Jerônimo Dix-huit Rosado Ventura
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Calem-se todos! Liana partiu.

Dizem que quando alguém morre, vira uma estrela. Não foi o caso de Liana. Ela nasceu e morreu uma estrela.

Quero aqui testificar quem foi este ser, este bólido, que passou pela terra, deixando a sua marca, indelével no coração daqueles que a conheceram. 

A despeito de ter se mudado para o Rio de Janeiro quando meu avô era senador da república, não seguiu o modelo de sua classe social vigente. Causou uma disrupção social, tendo como amigos pessoas muito simples, que conhecia em Copacabana. Seus amigos eram os frequentadores das ruas, sejam lá quem fossem. Bastava estar no caminho entre o apartamento e a praia, sua paixão, para se tornar seu amigo. Eram vendedores de sorvete, atendentes da padaria, zeladores de prédios. Também tinha amigos moradores de rua, que muitas vezes ganhavam cobertores, lençóis, alimentos, todos retirados de sua casa, sem sequer perguntar se haveria permissão. Certa vez, presenciei uma cena muito interessante. Era inverno no Rio, morávamos na avenida Copacabana. Minha mãe retornou de uma ida à rua, sem o casaco com o qual saíra. Meu pai lhe perguntou. Nesse frio? Saiu sem casaco? Ela respondeu: é porque dei o meu casaco para um mendigo que passava frio.
Vejam quem foi a minha inspiração! Como não ter como paradigma de convívio humano uma pessoa que não possuía atavios, desprovida de ornamentos sociais? Para ela, pessoas sempre foram pessoas. Nada mais que isso. Quem pintava nossa casa eram os sambistas do morro da mangueira. Seus melhores amigos eram os gays. E imaginem o que era ter a casa cheia de gays nos anos setenta! Alguns diziam a ela: cuidado! Os teus dois filhos vão ser influenciados. Ela respondia: não há influência negativa. Há convívio. Convívio com pessoas de alta sensibilidade, boníssimas e que são meus amigos.

A sua miríade de sentimentos, de condutas, de aceitação, foi o nosso azo moral para nos tornarmos seres sem preconceitos. Nada nos diferenciaria um dos outros: nem raça, nem cor, nem religião e muito menos classe social.

A sua partida partiu o coração de muitos. Mas como não reverenciar e ficar feliz ao ver quem ela foi e o que fez na vida? Ela viveu intensamente cada momento de sua existência.

Ela fez a diferença na vida de muitos. Morou nos Estados Unidos, viajou por quatro continentes, foi destaque de escola de samba. Era uma vanguardista para a sua época. Ela abria as portas, os outros a seguiam. Quem conviveu com Liana, não a esquecerá jamais.

Teve uma vida atribulada. Um descolamento de retina nos anos setenta a tirou uma visão e a deixou permanentemente em busca de preservar a visão remanescente. 

Outros problemas físicos surgidos em seu final de vida infirmaram o seu ânimo e a sua alegria. 

As mortes do seu filho mais velho e do seu marido por 46 anos com uma diferença de uma semana foi o tiro de misericórdia no seu moral. Desde então uma sequência de mazelas a acometeram. Ela perdeu o brilho e a vontade de permanecer se esvaiu. 

Então, Deus resolveu convidá-la a se dirigir à luz. E ela se foi. 

Não temos o direito de ficarmos tristes por sua partida. Ela não nos permitiria. Daria aquela bronca tradicional e nos diria como é bom ser alegre, ver a vida pela ótica positiva.

Parafraseando Paulinho da Viola, padrinho de sua neta, ela foi um rio que passou em nossas vidas e nossos corações se deixaram ser levados.
Voe, Liana! Agora, em sua nova forma de energia, permita àqueles que moram em outras dimensões verem, como nós vimos, a magnitude de sua alma.

Te amo, mãe!
Jerônimo Dix-huit Rosado Ventura

Enviado pelo professor, escritor, pesquisado do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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CORTAR CABEÇA DE CANGACEIRO...O PORQUÊ ? A ORDEM ERA. MATAR E, CORTAR A CABEÇA...VC SERIA CONTRA OU A FAVOR DE TAL ATITUDE ?

Por Dr Iaperi Araújo
Fonte das Fotos: Google, A Noite Ilustrada

CORTAR CABEÇAS, ou morte por degola ou a separação da cabeça do corpo é uma prática muito antiga. Ela tem um significado POLÍTICO, ou seja, o da subjugação do vencido. Sob o aspecto religioso cristão, a cabeça separada do corpo, não permitiria a ressurreição do morto.

A bíblia fala do corte da cabeça de João Batista, a pedido de Salomé. Em Canudos, após a derrota de Conselheiro a DEGOLA, foi geral (triste página de nossa história...). Mesmo, após sua morte, foi procedida a exumação e o corte de sua cabeça.

Em 1926, quando da passagem da COLUNA PRESTES pelo Nordeste, ocorreram casos de degola tanto feita pelos revoltosos, quanto pelos legalistas.

No cangaço, esse procedimento teve uma ocorrência muito grande, sobretudo na 2ª fase do fenômeno, em que AS CABEÇAS eram apresentadas às autoridades, e, os matadores eram promovidos. A ordem era geral, ou seja, MATAR E TRAZER A CABEÇA.

A separação da cabeça do resto do corpo, mutilando-o, fragmenta a ideia da imortalidade. No caso da DEGOLA procedida em Angico (morte de Lampião, Maria e mais 9 cangaceiros), por ocasião da degola de MARIA, após o corte da cabeça, alguns policiais informaram que colocaram o dedo no canal medular extraindo parte da massa cinzenta-encefálica.

O próprio Tenente João Bezerra informou que após as mortes de cangaceiros em Angico, as CABEÇAS tiveram que ser cortadas, pois ficava impossível, trazer os corpos em face das dificuldades encontradas.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta
Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=672809929587651&set=gm.643901922485422&type=3&theater

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XXIII ENCONTRO ESTADUAL DE GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO NORTE ( XXIII EGEORN).

Por Profa. Maria José Costa Fernandes (UERN/FAFIC/DGE)

XXIII ENCONTRO ESTADUAL DE GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO NORTE (XXIII EGEORN). Por: Profa. Maria José Costa Fernandes (UERN/FAFIC/DGE)


XXIII Encontro Estadual de Geografia do Rio Grande do Norte ( XXIII EGEORN). Será realizado no período de 07 a 09 de junho de 2017 no Campus Central da UERN, em Mossoró/RN. Visite o site do evento (https://contatoxxiiiegeorn.wixsite.com/xxiiiegeorn).

Realização: Departamento de Geografia da FAFIC/UERN.

Profa. Maria José Costa Fernandes (UERN/FAFIC/DGE)

APRESENTAÇÃO

O Encontro Estadual de Geografia do RN (EGEORN), se constitui num evento acadêmico-científico já consolidado, que está em sua XXIII edição, sendo realizado anualmente pelas diferentes Instituições de Ensino Superior Públicas (IESP) do estado do Rio Grande do Norte, que ofertam Cursos de Graduação e Pós-Graduação em Geografia, ministrados pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN).
         
Em 2017, o EGEORN será realizado pelo Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais FAFIC/UERN, Campus Central, no período de 07 a 09 de junho de 2017 na cidade de Mossoró/RN. Além de docentes e discentes do Ensino Superior, o EGEORN tem como público-alvo professores do Ensino Básico e profissionais já graduados em Geografia e áreas afins, do RN e também de outros estados, possibilitando a socialização de experiências de estudantes e profissionais em diferentes níveis de formação, permitindo uma aproximação necessária entre o saber acadêmico e escolar.
           
O tema geral do evento intitula-se CENÁRIOS GEOGRÁFICOS DE UM MUNDO EM CRISE, abordado por palestrantes de diferentes Instituições de Ensino Superior (IES), articulando diferentes escalas de análise. Serão desenvolvidas atividades acadêmicas diversas como Conferências, Palestras, Mini-Cursos, Oficinas e Grupos de Trabalhos.
          
Anualmente o evento conta com a participação de significativa parcela da comunidade acadêmica da geografia potiguar, pertencente aos 06 (seis) Departamentos de Geografia do estado, que ofertam Cursos de Licenciatura e/ou Bacharelado, de forma presencial e à distância, localizados nos municípios de Natal (UFRN e IFRN), Caicó (UFRN), Mossoró, Pau dos Ferros e Assu (UERN). O evento homenageia um importante geógrafo potiguar, com a 6ª edição do Prêmio Professor José Lacerda Alves Felipe, destinado a premiação dos melhores trabalhos científicos, apresentados nos Grupos de Trabalho, escolhidos pela Comissão Científica do evento.
         
A cada nova edição, o EGEORN possibilita a integração de alunos e professores dos diferentes Cursos de Geografia existentes no RN, refletindo teoricamente sobre temáticas importantes da ciência geográfica, e discutindo as consequências dessas mudanças para as principais áreas da Geografia.
Sejam todos (as) bem-vindos (as) ao XXIII EGEORN
Atenciosamente
Comissão Organizadora do XXIII EGEORN
Mossoró/RN, 06 março de 2017

Enviado pelo professor, e pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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CONSIDERAÇÕES DO OFTALMOLOGISTA DR. NEVES PINTO SOBRE OS OLHOS DE LAMPIÃO, LOGO APÓS A MORTE DO MESMO..

Do acervo do Voltaeca Volta

CONSIDERAÇÕES DO OFTALMOLOGISTA DR. NEVES PINTO SOBRE OS OLHOS DE LAMPIÃO, LOGO APÓS A MORTE DO MESMO.

Fonte: Jornal de Alagoas..edição ..5-agosto—1938...

O Dr. Neves Pinto nos enviou-nos hontem a seguinte carta:

Ilmº Sr. Director do Jornal de Alagoas. Saúde..!

Tendo saído truncado as informações que prestei em meu consultório a um dos repórteres desse conceituado jornal, sobre a DOENÇA NO OLHOS DE LAMPIÃO, julguei necessárias as linhas que se seguem, para que fiquem bem focalizado do ponto de vista científico, o meu diagnóstico.

Confesso que ao ver a CABEÇA do celebre bandido, como oculista e, pelo facto de ser do domínio público que VIRGULINO FERREIRA era cego de um dos olhos devido a uma “belida“, tive a curiosidade de examinar de modo mais detido o aparelho visual.

 Ora, entre nós o leigo chama de “belida“ a toda mancha de olho, até mesmo a “catarata“, denominando-o “pterígio“ a outras neoformações oculares de “belida de carne“.

Encontrei, effectivamente no OLHO DIREITO do famoso bandido, UMA MANCHA BRANCA tomando quase toda a superfície da córnea na qual pude facilmente reconhecer o que em linguagem ophtalmológica se denomina de LEOCOMA ADHERENTE CENTRAL que é na maioria das vezes a consequência das úlcera perfurantes de córnea.

Em vista da extensão das lesões córneo-irianas poderia assegurar que o caso era INCURÁVEL.

No olho esquerdo encontrei, também, uma MANCHA BRANCA, que na realidade não deveria existir anteriormente, pois se tratava de cristalino luxado na camada anterior. Essa luxação cristaliniano deve ter sido provocada pelo choque das balas que atingiram a cabeça ou violentos traumatismos posteriores.

Quanto ao motivo de LAMPEÃO usar ÓCULOS ESCUROS, o que também me perguntou o aludido repórter, poderia ser por vaidade para esconder o defeito de seu olho direito ou mais provavelmente para se defender da “Photophobia“ (medo da luz) que é um dos sintomas mais frequente das moléstias oculares, agudas ou chronicas.

Sem outro assunpto, agradeço-lhe de antemão a publicação dessas linhas e, me subscrevo com estima.

Do patrício e admirador.
Dr. Neves Pinto.
Maceió, 04 de agosto de 1938.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta
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CLEMILDO, UMA PESSOA BEM SUCEDIDA.

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo*

Na sociedade de hoje, entende-se por uma pessoa “bem sucedida” aquela que junta bens, movimenta pomposas contas bancárias, guarda dinheiro suficiente para salvar milhões de criança da morte, mas não o faz, frequenta os meios mais badalados da alta sociedade, mesmo que ao final do dia vá dormir sozinho, contando histórias ao seu travesseiro de seda.

Não são consideradas pessoas bem sucedidas aqueles que, como nossos pais, lutaram para dá uma educação adequada aos filhos ou que se preocupam com os seus semelhantes. Clemildo, por exemplo, se preocupou em fazer o que gosta, sem ter que deixar a sua aldeia, mesmo sabendo dos limites de crescimento para um profissional do seu quilate, que seriam impostos por nossa pequena Pombal dos anos 60. Ele ainda era um menino quando tudo começou. Teve oportunidades, mas sempre voltou a sua aldeia, isso por que a sua preocupação foi mais 'de fazer' do que de aparecer. Se seu trabalho apareceu, isso foi consequência dá sua vontade e dá sua fé.

Clemildo Brunet de Sá e Severino Coelho Viana

Hoje é muito fácil, com as transmissões via satélites, o advento da internet e com as oportunidades de financiamentos de projetos, se fazer sucesso. Você abdicou do sucesso para ser exemplo. Sucesso muitos canalhas fazem, já ser exemplo, só quem teve uma educação berço, o é. Vejo em você um exemplo, um profissional que ainda tem muito para nos oferecer. Pena que o meio que você escolheu para atuar, para ser professor, mestre e exemplo seja tão predatório, ao ponto de usar os melhores e se aproveitar dos apenas bons.

Quando viajo ao sertão e ligo o rádio do meu carro é que vejo a falta que faz um Clemildo Brunet por trás dos microfones. O que se tem hoje, com raras exceções, são radialistas que beiram mediocridade. A sua importância é tão verdadeira que os bons ainda citam você como exemplo de mestre a ser seguido.

Você não pegou feito, ao contrário, construiu a partir da base e sempre trabalhou duro para chegar lá. Sei e vi, por isso posso testemunhar que o seu sucesso exigiu trabalho duro, só foi alcançado por que você se dispôs a enfrentar os revés com seu trabalho e com muita honestidade e perseverança. Um homem que não juntou “burras” de dinheiro, mas, juntou um patrimônio indelével e imensurável que é a admiração do povo de Pombal e dos seus pares.

Você é uma pessoa bem sucedida na vida, por que você reunir os fatores para isso, quais sejam: Trabalhou duro para chegar lá e o sucesso exige trabalho duro, e só pode ser alcançado pelos que se dispõem a enfrentar esse trabalho. Pessoas bem sucedidas são honestas. O sucesso por meios desonestos dura pouco. Pessoas bem sucedidas gostam de aprender novas coisas e você foi das difusoras à Internet com a mesma desenvoltura. Onde outros desistiram você buscou novas soluções, não perdeu tempo se queixando, porque sempre transformou os problemas em oportunidades.

Você reúne as características de um vencedor, de uma pessoa bem sucedida e é isso que nos faz acreditar que o momento que você passa é apenas mais um das duras provações que você já passou e que vai render muitas boas histórias, como já foi a sua volta a Natal depois de 30 anos, e belas reflexões, como você costuma fazer.

Lembro-me que uma noite, quando Lord Amplificador funcionava numa sala no Mercado Público ao lado da da alfaiataria do meu tio Léle, eu entrei nos estúdios por curiosidade e você, onde outro mandaria “cair fora” , me ensinou a mudar as faixa dos Lps, entre uma e outro anuncio. E disse: quando àquela luz vermelha acender, fica calado senão o povo vai ouvir suas voz la na praça. Acho que eu não tinha doze anos. Era a sua vocação para mestre sempre querendo ensinar alguma coisa.

Tenho certeza que, mais uma vez você vai vencer, por que você é uma pessoa bem sucedida. Seu Napoleão Brunet passaria as mãos brancas de farinha de trigo na sua cabeça e diria. Ainda estou contigo meu menino inquieto! E eu digo: - A luz vermelha ainda não acendeu Clemildo, continue a nos falar como nos velhos tempos, pois somos todo ouvido.

*Escritor Pombalense.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.


Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima.

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: anarquicolampiao@gmail.com.

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 leidisilveira@gmail.com.

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