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terça-feira, 18 de abril de 2017

LUIZ FERREIRA DA MOTA - 12/04/2017

Por Geraldo Maia do Nascimento

Em 16 de abril de 1898, num dia de sábado, nascia em Mossoró Luís Ferreira da Cunha Mota, sendo filho do Cel. Vicente Ferreira da Mota e de D. Filomena Ferreira da Mota. 


Seus primeiros estudos foram feitos no Colégio Diocesano Santa Luzia e no Grupo Escolar 30 de Setembro. Ordenou-se padre a 15 de abril de 1922, chegando a Mossoró em 21 de outubro do mesmo ano, onde permaneceu até a sua morte ocorrida em 27 de agosto de 1966. Foi o governante que mais tempo passou na administração municipal de Mossoró: nove anos e três meses como prefeito. Assumiu a Prefeitura em caráter interino, em substituição ao Dr. Duarte Filho, no dia 18 de janeiro de 1936, afastando-se em outubro para ocupar uma cadeira na Assembléia Legislativa  na vaga deixada por renúncia do deputado José Varela, reassumindo a Prefeitura em 23 de dezembro do mesmo ano.  Em 10 de novembro de 1937 houve o golpe de Estado, com dissolução do Congresso, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais, sendo implantado por Getúlio Vargas o regime denominado de Estado Novo. O padre Mota, no entanto, foi confirmado no cargo por nomeação do Interventor Rafael Fernandes, assumindo a 30 de dezembro de 1937. Governou até 3 de abril de 1945, quando foi exonerado por solicitação própria. Era um governante zeloso com a coisa pública, não sendo admitido nenhum gasto supérfluo. Qualquer importância arrecadada teria que ser aplicada em obras públicas ou destinadas ao pagamento dos servidores. Gostava de Mossoró. Aqui viveu toda sua infância e juventude, ausentando-se apenas o tempo suficiente para os seus estudos eclesiástico em Natal, Recife e, por último, Roma, onde cursou o Colégio Latino-Americano e se ordenou sacerdote, após defender direitos canônicos. Em torno de sua pessoa corre um vasto anedotário. Algumas dessas anedotas foram registradas pelo jornalista Lauro da Escóssia num livro intitulado “Anedotas do Padre Mota – vultos populares e outras coisas de Mossoró”. Uma das histórias mais conhecidas do padre Mota (ou seria estória?), teria acontecido quando o mesmo recebeu uma carta do Dr. Rafael Fernandes, Interventor Federal, recomendando um jornalista carioca que vinha a Mossoró proferir conferência. O Interventor pedia na carta, carta essa que o padre Mota leu no mais absoluto silêncio, que a Prefeitura ajudasse o conferencista que havia escolhido Mossoró, como cidade do interior, nivelando-a a várias capitais do país onde fizera conferência. Acontece que exatamente naquele período, vivia o administrador numa fase de muita economia. Mas o que fazer se o homem vinha recomendado pelo próprio Interventor? Chamando o conferencista, argumentou que não podia faltar a um pedido do Dr. Rafael Fernandes, mas que a Prefeitura não dispunha de recursos para atender a despesas dessa natureza. Finalmente, como se tratava de um auxílio, perguntou ao conferencista quanto ele desejava receber, ao que teria o mesmo se fixado em trezentos cruzeiros. –“Dou cem cruzeiros”, disse o padre. “E se não quiser, estamos conversados”. Claro que o conferencista aceitou e já no dia seguinte voltou à Prefeitura no propósito de receber o que lhe havia sido oferecido. E o prefeito pagou. Mas acontece que o tal conferencista entendeu de “botar banca” e foi dizendo: Senhor prefeito, sou versátil em qualquer assunto e desejava que o senhor escolhesse um tema para eu falar. O padre, que não estava gostando nenhum pouco dos modos do jornalista e, dada à insistência para a escolha do tema, foi dizendo: - Já que o senhor é tão versátil, fale da psicologia da bufa...

Se você usar este material ponha o nome do autor e a fonte pesquisada

Autor: Geraldo Maia do Nascimento

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O REENCONTRO DE CORISCO E LAMPIÃO

Por Sálvio Siqueira

Em setembro de 1926, Lampião faz uma ‘visita relâmpago’ ao Estado baiano. Como se trata de uma visita ‘dele’, logicamente já havia ao que parece ser uma olhada em ampliar suas fronteiras de ação, na mente, logicamente, ou algo para que, se por ventura ocorre-se uma necessidade, seria um lugar de ‘escape’. Claro que, acreditamos, o “cego” nunca imaginaria ter que voltar escorraçado dos Estados da margem esquerda do rio São Francisco para tal recanto nordestino. No entanto, em agosto de 1928, obrigatoriamente, transpõe as águas do “Velho Chico” de uma vez por todas, indo estabelecer as raízes do seu ‘reinado de sangue’ nas terras que outrora visitara.

Naquelas terras, sem ser incomodado por ninguém, por nenhuma autoridade, esconde-se sob a proteção do coronel Petronilo de Alcântara Reis, em uma de suas fazendas denominada ‘Gangorra’. Como nas localidades em que agiu anteriormente, desde o princípio da sua saga, Lampião, sabiamente, começa a procurar, e encontra, proteção da alta sociedade econômica e política na nova região.


Corisco, que desde sua saída do bando em terras do Pajeú das Flores em 1926, região do sertão pernambucano, já se encontrava agindo entre os Estados de Alagoas, Sergipe e Bahia, sabedor da nova ‘morada’ de seu antigo chefe, resolve aproximar-se e solicita fazer parte do bando novamente. A estada primeira de Corisco, época em que recebe essa alcunha, no bando de Lampião é curta. Seu chefe direto, na ocasião, foi o cangaceiro ‘Jararaca’. Aceito, intercede para que seu parente, o cangaceiro “Arvoredo”, também entre na parada. O que, logicamente, acontece. A partir daí, começa-se a formar, mais uma vez, um novo bando de terríveis cangaceiros que iriam assolar povoados, vilas e cidades da Bahia, Sergipe e Alagoas.


Lampião quando transpôs as águas do rio São Francisco, sua caterva estava reduzida a cinco homens que eram: Ponto Fino, Moderno, Luiz Pedro, Mariano e Mergulhão. Desde a fracassada tentativa de saque a cidade de Mossoró, RN, quando o bando teve uma das maiores elasticidades em se tratando de contingente, por volta de mais de cem homens, que fazendo um caminho diferente do da ida, na volta para o Estado de Pernambuco, os ‘cabras’ foram sendo mortos, alguns presos e outros desertaram.

Algum tempo depois do reencontro entre Corisco e Lampião, já em dezembro de 1928, estando tendo ficado na surdina nesse tempo, Lampião resolve voltar a ação. Não sabemos citar se um encontro do bando com alguns Praças da PM baiana fora programado ou se fora mero acaso, mas, sabemos que desses militares o chefe cangaceiros consegue mais de quinhentas balas de fuzil. O encontro deu-se próximo a um aglomerado de casas chamado Canché. A imprensa fora contatada e o caso publicado como sendo uma ação dos cangaceiros, porém, não há divulgação de contratempo, luta, briga nem mortes, só a notícia da perda da munição da volante que fazia parte do destacamento comandado pelo tenente Abdias.

É fato que ganhando um soldo miserável, o mínimo do mínimo, e passando vários meses sem recebê-lo, alguns soldados das Forças Públicas dos Estados que deram combate ao banditismo, vendiam parte da sua munição aos cangaceiros para conseguirem manter suas famílias. Depois, davam alguns disparos e, incluíam na conta destes, somavam, a munição vendida em seus relatórios.

Pois bem, pegando essa munição, seguem para o mato sem deixar pistas. Mais tarde aparecem numa comunidade chamada “Vila do Cumbe”, hoje, cidade de Euclides da Cunha, BA, e usando de uma nova tática, Lampião ‘discursa’ para os presentes referindo estar naquele Estado em missão de paz. Que estando ele impossibilitado de trabalhar, estava a viver com a ajuda das pessoas de bem que quisessem ajuda-lo.
“(...) “Os cangaceiros chegaram aqui já pelo fim da manhã e pouco (se) demoraram. Lampião manteve entendimento com o chefe político da cidade, Coronel José Abreu (Dedé), e fez umas poucas exigências aos homens importantes daqui, alegando estar sem dinheiro e ter compromissos a saldar, além de ter que alimentar seus homens. Por isso, vários comerciantes se cotizaram e entregaram-lhe o dinheiro apurado. Os ‘cabras’ compraram nas bodegas, beberam, pagaram as despesas, não provocaram qualquer alteração e ganharam o mundo depois.” (João Siqueira dos Santos, entrevista))” (“CORISCO – A SOMBRA DE LAMPIÃO” – DANTAS – Sérgio Augusto de S.. 1ª Edição, 2015)


Assim, Lampião vai conquistando a confiança dos baianos. A notícia daquela visita a Vila de Cumbe espalha-se rapidamente. Há alguns quilômetros de distância de Cumbe, ficava a cidade de Tucano. Nessa, a visita é anunciada antecipadamente. A população fica em pavorosa. Não com medo ou receio, mas, com curiosidade para conhecerem o “Rei do Cangaço”. É designado um automóvel, o transporte do vigário local, Padre José Eutímio, para irem buscar os cangaceiros e seu chefe. De automóvel, Lampião chega à pequena cidade, desce em pose, em frente à praça central.

A maior parte da população se aglomera para verem de perto Lampião e seus cangaceiros. São convidados para comerem, e é o que fazem. Já na hora da ceia, quando o manto escuro da noite começa a encobrir a vasta região, todos estão a se alimentarem, quando Corisco começa a improvisar versos, nesses referindo o que tinha feito nas quebradas do sertão dos três Estados que margeiam o ‘Velho Chico’, do lado direito Sergipe e Bahia e do lado esquerdo as Alagoas, quando da sua solitária saga. Nos contos contados pelos improvisos, narrado e cantado pelo alagoano, deixam o “rei vesgo” admirado, que chega a comentar:

“Este Corisco é uma peste! Vai em qualquer tempo; seja no inverno ou nas trovoadas!” (O Serrinhense, dezembro de 1928)

Após comerem, vão proseando e se divertindo com os versos de Corisco. Nisso chega o farmacêutico local e, encarecidamente, solicita uma entrevista com Virgolino, no que é atendido. Vão para a casa do solicitante para fazerem a entrevista.

“(...) O próprio Andrade anotaria depois:

“Por essa época, Tucano vivia às escuras. Lampião chamou ‘Corisco’ e acompanhou-me, sem nenhum receio e sem outras precauções, naturalmente porque percebeu quem era eu; viu que a minha casa ficava no centro da Matriz, não sendo, portanto, em local isolado, onde pudesse ser vítima de uma emboscada”.)” (Ob. Ct.)

No dia seguinte, a horda segue para outra cidade. Já era 17 de dezembro de 1928 quando ela chega para visitarem a “Vila de Ribeira do Pombal”. A tática, ou a nova tática, procede do mesmo modo como aconteceu nas outras povoações ‘visitadas’ pelos cangaceiros. Tudo calmo, sem provocações nem agressões de maneira alguma. Nessa cidade, ou vila, Lampião se deixa fotografar. O fotógrafo, amador, é um alfaiate, “Alcides Fraga”. O alfaiate faz várias cópias da captura e vende-as para pessoas da localidade e de outras regiões.

“(...) Várias cópias são feitas e vendidas nos dias seguintes pelo alfaiate e fotógrafo amador Alcides Fraga (...).” (Ob. Ct.)

Lampião faz uma solicitação às autoridades da cidade, referindo querer ser ‘escoltado’ pela Força local. O comandante do destacamento local, cabo Esmeraldo, escolta o bando até a próxima cidade ‘visitada’, na época, Bom conselho, hoje Cícero Dantas. Nesta, demoram-se pouco, só o tempo de fazerem algumas compras e danam-se dentro do mato. Sumindo novamente por vários dias.

Fonte “CORISCO – A SOMBRA DE LAMPIÃO” – DANTAS – Sérgio Augusto de S.. 1ª Edição, 2015
Foto Ob Ct.
Benjamin Abrahão

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UMA BELÍSSIMA PAISAGEM DE POMBAL QUE RESISTIU ATÉ O INÍCIO DA DÉCADA DE 1980, MAS QUE O TEMPO E A FORÇA DA GRANA NOS LEVOU.

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo

“Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva”

O prédio à direita, com duas águas, era o Sobrado de Dona Jardelina (esposa do Cangaceiro Chico Pereira) tinha oito janelões frontais. Nesse sobrado foi instalado inicialmente o Colégio Diocesano em 1954 e em seguida sede da Prefeitura Municipal.

Na década de 1970 passou a ser conhecido como o “Bar Mossego” (Bar de Sargento Sebastião).


O velho sobrado foi construído na época da abundância “Ouro Branco”, como era chamado o algodão, e quando o dinheiro resultante da sua produção corria solto na cidade.

Foi demolido no início da década de 1980, e no local foi construído um misto de prédio comercial e residência.

Na outra ponta a esquerda temos o não menos majestoso Sobrado de Joaquim Assis, onde por muito tempo funcionou a oficina de Joaquim Assis, um dos primeiros pombalenses a dominar o conserto de aparelhos elétricos e mecânicos. (Joaquim Assis, Joaquim Cândido Vicente Farias e seu Saturnino eram imbatíveis nessa área).


Em uma das fotos temos uma pequena construção que na foto seguinte já aparece como um terceiro sobrado. Aí residiu seu Raimundo de Castro que foi chefe da estação de trem na década de 1970. Seu Raimundo de Castro era o orgulhoso proprietário de um DKW, o qual era difícil se ver circulando nas ruas da cidade.

Enviado pelo professor José Romero de Araújo Cardoso

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OS NAMOROS EM POÇO REDONDO E EM QUALQUER LUGAR

*Rangel Alves da Costa

Muito diferente dos namoros passados, onde até chegar à relação sexual propriamente dita passava-se por um longo processo e intensas expectativas, atualmente os enamorados poucos se conhecem e já querem se conhecer muito mais.

Só pra lembrar, no passado o namoro possuía uma feição tão respeitosa e valorizada que equivalia mesmo mais a muitos casamentos de hoje. Num tempo mais distante ainda, o namoro era na casa da moça, sob os olhares dos pais, sentadinhos em cadeiras e sem chances de atracamentos.

Tal costume evoluiu, porém sem perder o caráter de respeito e seriedade. Namoro às escondidas, por detrás dos muros, não eram costumeiros como agora. Tantas vezes, o rapaz pedia a mão da moça para namorar e desde logo se comprometia a respeitá-la. Também havia aliança de compromisso e verdadeiro compromisso. Ostentar um anel de noivado era honra maior para toda moça.

Já casados, ou mesmo ainda noivos, a fidelidade era tamanha que o homem se ausentava por longo tempo e ainda assim nem sempre corria perigo de ser passado pra trás, ou corneado, como comumente se diz. Com efeito, quando a situação estava difícil no sertão (secas, desempregos) o homem arribava em busca de emprego no sul do país. A noiva ou esposa ficava esperando pacientemente o seu retorno. E de lá ele enviava uma pequena mensal ora para levantar uma parede da futura casa ora para manter a dignidade familiar.

Mas os tempos foram transformando as fidelidades em traições, os compromissos em banalidades, as relações em eventualidades. E de repente nem precisava que o homem estivesse distante para ser traído abertamente. Traíam-se pelas portas da frente e dos fundos, pelas janelas e através de amigas alcoviteiras. As mocinhas desgarraram-se dos pais e do respeito outrora sagrado, para também se embrenharem nos namoros libertinos e permissivos demais.


Se a prática sexual era usualmente permitida apenas depois do casamento, os ventos das mudanças foram transformando tudo em cafonice. De repente - e para espanto e desespero das famílias - as meninas apareciam barrigudas. E o pior: tantas vezes sem qualquer identificação do responsável pela prenhice. Depois das festas de agosto então. Depois da festa principal de Nossa Senhora da Conceição de Poço Redondo - a Festa de Agosto -, nos meses seguintes surgiam os comentários, as fofocas e os espantos. Muito sertanejo de hoje nasceu assim.

Mas depois não somente nas festas de agosto a situação se acentuava, pois bastava um baile qualquer e no outro dia os monturos, quintais, nas beiradas do riachinho e arredores, calcinhas e outras roupas íntimas eram encontradas aos montes. Gente que esquecia o sapato, a chinela, o tênis, mas principalmente a vergonha. Um mundo já de desmedida sem-vergonhice. Mas ainda nada comparado aos usos atuais que se dá ao corpo, como se o sexo pelo sexo justificasse qualquer verdadeiro prazer.

A verdade é que os modismos avançaram de tal modo que até o corpo passou a ser objeto de banalidade consumista. Pouco se vê ou se fala em verdadeiro namoro, em relacionamento respeitoso entre ambos os enamorados. E quase não há mais namoro, pois a juventude se permitiu enveredar por caminhos de tanto-faz, de experiências, de jogos sexuais. Em muitas situações, o termo namoro deu lugar ao “ficar”. E de ficar em ficar, quando o mel esvazia da colmeia, o que resta é somente a desonra.

Difícil de acreditar, mas em época de festas, com muitos rapazes de fora que se achegam já sabendo das facilidades em muitas mocinhas locais, os encontros e os olhares já são quase certeza de safadezas. Sem ao menos se conhecerem ou sequer sabendo o nome um do outro, num passo e já estarão se entregando em qualquer lugar. No dia seguinte ele desaparece e ela fica querendo mais. E aí o maior perigo: na ausência daquele, começa a querer se satisfazer com outros e mais outros. E de repente apenas a mulher de qualquer um.

Qualquer coisa que se diga à juventude sobre os perigos dessa nefasta permissividade, logo se corre o risco de ser achincalhado, chamado de ultrapassado, de cafona. Mas os exemplos permanecem e se acentuam cada vez mais. A verdade é que atualmente ter filhos requer cuidados muito maiores além da criação e formação, pois quando a porta é aberta e o mundo começa a chamar só mesmo Deus para livrá-los de todo o mal.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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CASTELO DO PROFESSOR GILMAR

Por José Romero Araújo Cardoso

Castelo do Prof. Gilmar (FALA/UERN), localizado na 1a. etapa do Conjunto Vingt Rosado - Mossoró - RN - Verdadeira atração turística no Conjunto Vingt Rosado. 

Nosso amigo e colega uerniano Gilmar inspirou-se em um Castelo existente em Felipe Guerra/RN, para concretizar a construção de sua residência.

Enviado pelo professor José Romero de Araújo Cardoso

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O MAR E O SEU TESOURO NA VISÃO DE UMA POETISA MAIS QUE ESPECIAL

Por José Romero Araújo Cardoso

O mar despertou e desperta fascínio em poetas e poetisas em todas as partes do planeta há tempos imemoriais. No Brasil, exemplos como Cecília Meirelles e Zila Mamede evidenciaram o êxtase exercido pela liberdade proporcionada pelo mar na poesia e na vida de brilhantes cultivadoras da arte de expor amiúde os segredos do espírito humano.
          
Para a poetisa paraibana radicada no Estado Rio Grande do Norte, o mar significou também grilhões eternos, pois Zila faleceu no mar que tanto amou, cuja paixão fora ao limite supremo de doar-se integralmente ao misterioso elemento pertencente ao planeta Terra.

Martha Cristina Maria
          
Poetisa de raros dotes, especialíssima na expressão do termo, Martha Cristina Maia, pedagoga, professora que ama a arte que professa, a profissão que abraçou, poetisa que expõe sem temor todos os sentimentos, vítima da poliomelite, provavelmente ainda no ventre materno,  convive com o mar desde tenra idade, tendo em vista o vínculo familiar na vizinha cidade de Icapuí (Estado do Ceará), onde tios e parentes próximos dedicavam-se à pesca da lagosta e à coleta de algas marinhas a fim de transformar em delícias, como gelatina.


Em trabalho que assinala a importância da autentica literatura popular nordestina em seu universo poético, por título “O MAR E SEU TESOURO”, Martha Cristina afirma que há no mar um lindo tesouro e que vive buscando alguém para amar, cuja personificação é em um corpo moreno que comporta o bem e o mau, ou seja, desejo e veneno, os quais amalgamam as delícias do mar.
          
A poetisa evidencia contradições inequívocas, pois no mesmo instante que enfatiza amor com ternura, destaca o receio de não querer atrever-se a penetrar nesse mar, fomentando a imperfeição do amor que julgava perfeito.
          
A poetisa esboça conflitos íntimos em seus versos, os quais são partes indissociáveis do próprio espírito humano, querendo intercalar desejo com a beleza do mar que faz parte de sua própria existência, pois é notável e extraordinário o fascínio pelos mistérios e segredos que o mar resguarda.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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CORRIGINDO...

Por Geraldo Júnior

A falta de conhecimento histórico ou a má assessoria leva o Diretor/Produtor/Cineasta a cometer um erro primário como esse que aparece na imagem abaixo extraída do filme "Lampião - O Rei do cangaço (1964)" de Carlos Coimbra, erro esse que pode comprometer toda o processo de produção e gerar enormes prejuízos financeiros.

Lampião como sabemos, teve seu olho perfurado no ano de 1925 durante um confronto contra uma Força Volante no Estado de Pernambuco, nas proximidades de Flores/PE. Um tiro que foi disparado pelo "Nazareno" Davi Jurubeba atingiu um espinheiro chamado QUIPÁ e os estilhaços dessa planta, provavelmente os espinhos, perfuraram o olho direito de Lampião, já lesionado anteriormente por um leucoma.

Na cena do filme o ator Leonardo Vilar que interpreta Lampião, tem o olho direito perfurado diretamente no espinho de um XIQUE-XIQUE, o que não condiz com a verdade dos fatos, e que como disse anteriormente o Rei do Cangaço, teve o olho perfurado por um estilhaço de um pequeno espinheiro chamado QUIPÁ.

Fica a dica para os (as) senhores (as) diretores (as) cineastas que por ventura se arrisquem a fazer trabalhos envolvendo a figura do cangaceiro Lampião.

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)

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O CABARÉ DE POMBAL NA DÉCADA DE 1970. NARRADO POR JOSÉ DA SILVA ALMEIDA, PICARETE (NA FOTO AO MEU LADO)”), QUE MORA NO CABARÉ HÁ 56 ANOS.

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo

O Cabaré de Pombal na década de 1970.

Narrado por José da Silva Almeida, Picarete (na foto ao meu lado), que mora no Cabaré há 56 anos. (Jerdivan Nóbrega de Araújo)


“Quando eu cheguei aqui, o cabaré mais afamado era o de Love, pois já fazia cerca de uns vinte anos que tinha cabaré! Mas me lembro do trem de passageiros que passava, trazendo toda sexta-feira as mulheres que vinham de Campina Grande e de outras partes, para fazer a feira e as festas nessa rua, quando era no sábado a tardinha o trem fazia baldeação em Sousa e levava as mulheres para as suas freguesias.


Você imagine que ali na frente tinha um cabaré com uma espécie de parada do trem, elas desciam naquele pátio grande, eram cerca de quarenta cinquenta mulheres, cada uma delas bem trajadas e cada qual mais bonita do que a outra. Aqui era uma festa só, não existia nada lá para o centro depois das 21: 00hs, não, tudo era aqui, na rua da Rodagem, coisa muito diferente do que a gente vê hoje, acabou!


Acabou os movimentos, porque deixaram de vir! Aqui era muito violento. Eles começaram a matar as mulheres, muitas vezes eram os próprios gigolôs, pois eram sustentados por elas. Eram uns homenzarrões afeiçoados, muitas vezes eram apaixonados, e não queriam deixar elas fazerem seus programas (como o caso de Geraldo Fogoió, hoje in memória, que pôs fim na vida de um viajante das bandas do Ceará, só porque estava sua puta sentada com o homem na mesa, ele puxou o revolver disparou no homem e fugiu tranquilamente na direção da Bolandeira). 


Eles queriam dinheiro, então por ciúmes e até por desconfiança, empurravam a faca! Por isso foi diminuindo, diminuindo, mas também hoje os cabarés são no meio da rua, não há concorrência, só que antigamente a rua da rodagem era concorrida”.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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ANTES QUE ME ESQUEÇA...

Por Francisco de Paula Melo Aguiar

Existem fatos curiosos na vida diária, dentre os quais aqueles relacionados a determinadas figuras de nossa sociedade local, como por exemplo: vota em "Y", porém quem ganhou a eleição para prefeito foi "H" e na hora da passeata da vitória lá estão tais figuras morrendo de amor pelo candidato que ganhou a eleição. E ainda acham pouco o festival de bajulação, quando nascem filhos em suas casas, correm e vão até o prefeito de plantão e o toma para padrinho de seus filhos. Isso é fato público e notório, tem figuras que é compadre de todos os prefeitos que conheci em minha Terra até a presente data. Isso é a ideologia do poder puder ter um contrato temporário renovado na edilidade. E na Câmara Municipal não é diferente, tais figuras carimbadas votam no candidato "Z", porém quem ganhou a eleição para vereador foi "K", mesmo assim ele provoca uma briga antes de sair da mesa apuradora o boletim final para justificar que estava defendendo "K". É a ideologia da coincidência de nunca errar e/ou “perder” um voto e por isso ser recompensado por mais quatro anos... E haja bajuladores e compadres enquanto o compadre for prefeito, vereador, deputado...
             
Conhecemos uma figura em Santa Rita que votou em um certo candidato e o mesmo foi eleito prefeito, a bajulação era roxa... aí o bajulador convidou o prefeito de plantão para ser testemunha do casamento de uma de suas filhas... era o mote do dia na referida família, parentela e amigos... o resumo da ópera foi que o prefeito mandou como presente de casamento para sua afilhada uma bandeja de plástico na cor vermelha... e na hora do casamento o prefeito apareceu de manga de camisa, calça jeans rasgada, desbotada, o pé na chinela japonesa, suja e além do mais embriagado até a alma...
           
É essa a leitura que fazemos de gente bajuladora de quem tem poder político, financeiro e intelectual para aparecer na sociedade que não lhe pertence...


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OS FUZILADOS DO LEITÃO.

Por Geraldo Júnior
Foto: Cortesia da escritora e pesquisadora Vilma Maciel Maciel Lira.
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)

No dia 05 de janeiro de 1928, o cangaceiro VINTE E DOIS é morto pela polícia. Seus cúmplices, Lua Branca, Manoel Toalha e Pedro Miranda são baleados e presos. Ainda nesse mesmo dia foram presos os primos: Joaquim Gomes e João Gomes sob a acusação de serem coiteiros.

Importante lembrar que apenas LUA BRANCA era cangaceiro, enquanto os demais eram simples recadeiros, coiteiros se assim podemos classificÁ-los.

Pouco tempo após terem sido presos os cinco homens foram escoltados até um local chamado ALTO DO LEITÃO, localizado entre as cidades de Barbalha e Crato/CE, onde após terem sido forçados a cavarem suas próprias covas, foram executados e consequentemente sepultados.

O grupo era chefiado pelo cangaceiro "Vinte e dois".
OS FUZILADOS DO LEITÃO.

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DIA 21, ÀS 16 HORAS, NA PRAÇA DO CORDEL DA BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO CEARÁ

Por Stélio Torquato Lima

Dia 21, às 16 horas, na Praça do Cordel da Bienal Internacional do Livro do Ceará, a Cordelaria Flor da Serra fará o lançamento da Coleção "Contos de fada em Cordel". De autoria de Stélio Torquato Lima, a caixa contém 10 folhetos com a versão poética dos principais contos de fada. O Gato de Botas é um deles.

O Gato de Botas é um conto de fadas de autoria do escritor francês Charles Perrault (1628-1703), sendo incluída no livro Contos da Mamãe Gansa (1697). O Gato de Botas é considerado um dos contos mais antigos, e pode variar muito em cada lugar que é contado. Em outras versões, o Gato de Botas era um cavaleiro enfeitiçado que precisaria trazer fortuna a um humano e assim tornar-se homem novamente. Folcloristas indicam que em versões ainda mais remotas, o gato de Botas era retratado como um escravo que deveria conceder a mão da princesa para seu amo, e assim poder se libertar das correntes (aqui representadas pelas botas). Há ainda uma outra versão antiga contada pelos negros em que o protagonista não é um gato de botas, mas um macaco flautista que fazia feitos heroicos como retribuição ao Doutor Botelho (equivalente ao aqui chamado Marquês de Carabás), que o teria libertado da vida na selva. Na contemporaneidade, o personagem Gato de Botas ficou bastante conhecido por ter tido participação em seis dos sete filmes da franquia Shrek.

Leia, a seguir, as estrofes iniciais desse cordel e para ler a obra completa, compre seu exemplar com o autor ou na banca da Cordelaria Flor da Serra, na Praça do Cordel ou ainda pelo E-mail cordelariaflordaserra@gmail.com ou pelo WhatsApp (085) 9.99569091.


Era uma vez um moleiro 
Que muito doente estava.
Sabendo que morreria,
Aos três filhos declarava:
“O que hão de herdar vocês
Conto agora para os três.
Não fiquem de cara brava!”

“Para o meu filho mais velho, 
Deixarei o meu moinho.
Ao segundo, vou deixar
O meu ativo burrinho.
Pro caçula, deixarei
Um animal que muito amei:
O meu singelo gatinho.”

Como queria o moleiro,
A divisão se cumpriu.
O mais velho dos três filhos,
Ficou alegre, pois viu
Que, com o seu moinho, iria
Ganhar uma grande quantia,
E por isso ele sorriu.

Gostou o filho do meio
Do burrinho que ganhou,
Pois com lucros já sonhava,
Como ele calculou:
“Com dois barris no animal,
Vendo água ao pessoal.
Ganhar boa soma eu vou.”

Contestes com o que ganharam,
Do irmão foram zombar.
O mais velho, disse logo:
“Esse aí só teve azar!
Herdar um gato? É pra rir,
Pois nada irá conseguir
Com esse bicho lucrar.”

E o segundo, igualmente,
Caçoou de imediato
Do irmão que era mais novo,
O qual só herdara um gato:
“Mas quem sabe algum fulano
Venha pagar pro bichano 
Ir correr atrás de um rato.”

Sem jamais perder a linha,
Tudo o caçula escutou.
Após a morte do pai,
A sua terra deixou.
Seguindo reto na estrada,
Foi pra longe o camarada
Com o gato que ele herdou.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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CANGACEIROS QUE MORRERAM NA GROTA DO ANGICO EM 28-07-1938

Por José Mendes Pereira
Foto colorida pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

Segundo o saudoso escritor e pesquisador do cangaço Alcino Alves Costa os cangaceiros que foram mortos na madrugada de 28 de julho de 1938, lá na Grota do Angico, no Estado de Sergipe, foram: O rei Lampião, Maria Bonita companheira do rei Lampião, Luiz Pedro, Quinta-Feira, "Colchete", Marselha, Enedina esposa do cangaceiro Zé de Julião (Cajazeira) , Elétrico, Mergulhão, e os irmãos Moeda e Alecrim. 

O leitor deve ver que este "Colchete" não deve ser confundido com o Colchete que foi morto pelos defensores de Mossoró, no Rio Grande do Norte, na tarde de 13 de junho de 1927, quando o bando de Lampião tentou invadir esta cidade. Os defensores faziam parte da trincheira do prefeito Rodolfo Fernandes.

O Colchete que morreu na Grota de Angico, segundo o escritor, era irmão do cangaceiro Pau Ferro, tendo sido este abatido nas Quiribas, pelo destacamento de Poço Redondo, no Estado de Sergipe.

Ainda informa o escritor que, são poucos que sabem que, entre os mortos na Grota de Angico, cinco destes cangaceiros, eram filhos lá da cidade de Poço Redondo. São eles: Enedina esposa de Zé de Julião, Moeda (João) e Alecrim (Zé Rosa) ambos eram irmãos, filhos de João Rosa lá da Serra, do Baixão e da Guia; Mergulhão e Elétrico.

Fonte de pesquisa:
Livro: "Lampião Além da Versão Mentiras e Mistérios de Angico"
Páginas: 356 e 357
Autor: Alcino Alves Costa

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CORISCO É BRAVO NA CAATINGA, MAS DENTRO DA SUA BARRACA É TÃO FROUXO QUE A SUA COMPANHEIRA DADÁ METE-LHE A LENHA!


Fonte: Diário de Notícias

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CORDEL DE STÉLIO TORQUATO LIMA


Este é mais um lançamento da Cordelaria Flor da Serra na Bienal Internacional do Livro, que começa dia 14, em Fortaleza. Autoria de Stélio Torquato Lima e Capa de Eduardo Azevedo. Primeiro da série "Contos de Fada em Cordel" ,Rumpelstiltskin (pronuncia-se ruâmpouestilskim) é um conto de fadas de origem alemã, o qual foi coletado pelos Irmãos Grimm e publicado pela primeira vez em 1812, vindo a ser revisado em edições posteriores. A mesma história aparece em várias outras culturas, encontrando-se variações do conto na Inglaterra, Escócia, Islândia, Jordânia, Rússia, Japão, América do Sul, etc. O nome Rumpelstilzchen é de origem alemã, sendo Rumpelstilt ou Rumpelstilz o nome de um tipo de duende, também chamado de Pophart ou Poppart que faz barulhos de chocalho em tábuas. No cinema, destacam-se as seguintes aparições da personagem: em Deu a Louca na Cinderela (filme de computação gráfica de 2007 dirigido por Paul Bolger), em Shrek Terceiro (filme de animação de 2007 dirigido por Chris Miller) e em Shrek para sempre (filme de animação de 2010 dirigido por Mike Mitchell), Nesse último filme, Rumpelstiltskin é o vilão principal da história que mostra o ogro Shrek casado e pai de três filhos. 

Leia versos iniciais da obra em poesia e para ler o folheto todo, faça seu pedido pelo E-mail cordelariaflordaserra@gmail.com ou pelo WhatsApp (085) 9.99569091.


Evite dizer mentiras,
Porque isso é bem ruim.
Uma mentira quase fez
Uma donzela ter fim,
A qual muito padeceu
Ao ver no caminho seu
O cruel Rumpelstiltskin.

Começa assim essa história:
Era uma vez um moleiro
Que era bastante pobre,
Não tendo nenhum dinheiro.
Saiba, pra medir seu drama,
Que o capim era sua cama
E a pedra seu travesseiro.

Sem dinheiro, como iria
Os seus impostos pagar?
Pra desespero do homem,
Mandou o rei lhe informar
Que ao castelo deveria
Ir até o fim do dia,
Pois tinha que se explicar.

Não tendo recurso algum
Para pagar seu imposto,
O moleiro decidiu,
Ainda que a contragosto,
Uma mentira contar,
A qual iria causar 
Um extremado desgosto.

Sem refletir que quem mente
Cedo ou tarde se atrapalha,
Disse que a filha podia
Extrair ouro da palha.
O rei, se maravilhando,
Já foi providenciando 
Toda a necessária tralha.

E o monarca advertiu
O moleiro atoleimado:
“Quando a palha virar ouro,
Serás bem recompensado.
Mas se estiver me enganando,
Eu vou logo lhe falando:
Sem dó vai ser castigado!” 
.
A caminho de sua casa,
Bastante se arrependeu:
“Por que nessa grande encrenca
Fui meter o anjinho meu?”
E com remorso sentindo,
Viu ao longe a filha vindo,
E de tristeza se encheu.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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