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terça-feira, 4 de abril de 2017

MULHERES CANGACEIRAS: A HISTÓRIA CONTADA POR JOÃO DE SOUSA LIMA

 
As Mulheres Cangaceiras, suas Histórias e Costumes analisadas na Palestra de João de Sousa Lima, acontecerá em Cruz das Almas, Bahia, as 14:00 hrs, no Auditório ! da EMBRAPA.

Haverá exposição com Joias e punhais do cangaço.

O Autor estará lançando seus livros sobre o cangaço, principalmente seu trabalho que foca AS MULHERES CANGACEIRAS.
 
 
 
 
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A ACADEMIA MOSSOROENSE DE LETRAS-AMOL

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A Academia Mossoroense de Letras-AMOL tem a honra de convidar Vossa Senhoria e família para a Solenidade de entrega da premiação do 3º Concurso Literário de Contos, Crônicas e Poesias.

Na oportunidade ainda será proferida palestra pelo Prof. Dr. Manoel Onofre Junior, com o tema " A Prosa de Ficção no Rio Grande do Norte".
Data: 06 de abril de 2017 (quinta-feira), às 19:30 h. 


Local: Auditório do Hotel Sabino Palace
Avenida Presidente Dutra, nº 1744
Bairro Alto de São Manoel - Mossoró-RN
Josafá Inácio da Costa
1º Secretário da AMOL

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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OLHARES E ADEUSES, ENCONTROS E DESPEDIDAS



*Rangel Alves da Costa 

De repente me vejo imaginando sobre situações aonde os breves encontros já chegam acompanhados de adeuses. Pessoas são avistadas, olhadas, diferenciadas pelo olhar, causando boas e estranhas sensações, trazendo consigo algum tipo de relembrança, mas num instante já desaparecem em meio aos outros ou nas distâncias da estrada.

Com as folhas mortas também acontece assim. E igualmente com borboletas, colibris e flores da estação. Tudo surge num instante para não mais serem avistados. As folhas passam em voo pela janela dizendo adeus. Em época primaveril, os visitantes chegam a voar pelo quarto, a pousar no umbral da janela, a fazer rasantes sobre o umbro e a cabeça, como se fizessem um carinho de despedida.

Pessoas existem que surgem diante do olhar de modo espantosamente diferenciado. Ao encontrá-las é como as estivessem apenas reencontrando, pois de feições aparentemente conhecidas de algum lugar, de algum passado, de alguma outra situação de vida. Olhar no olhar, e tudo parecendo em comunhão espiritual. Contudo, de repente passam, seguem, vão embora sem uma palavra sequer.

Em meio à multidão, numa rua qualquer de capital, de repente o olhar divisa outro olhar na distância. Há muitos olhos ao lado, nas proximidades, mas o olho encontra exatamente um de alguém que está meio à floresta de gente. Aproxima-se um pouco mais, mas ao chegar mais próxima tem a certeza que não conhece aquela pessoa. Contudo, tem máxima certeza que a conhece de algum lugar, de um algum instante de vida. Mas de onde?


Também é muito comum que o olho se espante ante o avistado. Surgem cenas tão impressionantemente marcantes que a pessoa sequer deseja se desapartar daquele instante. Um pedinte numa porta de igreja, uma criança que passa ao lado da mãe e lança um olhar e um sorriso tão profundos que mais parece um presente abençoado. No entanto, ao olhar novamente o menino, já não o encontra mais com a face voltada em olhar e sorriso.

Outro dia, estando na praça da catedral da capital sergipana, caminhando ao redor de velhas amendoeiras, de repente eu sentia folhas grandes caindo aos meus pés. Então eu me afastava um pouco e ficava meditando acerca daquele instante. Folhas agora velhas, enferrujadas, envernizadas de tempo, que pouco tempo atrás vicejavam no alto, simplesmente caindo mortas sobre o leito encharcada de restos de outras folhas. E eu dizia que se amanhã aqui retornar já não encontrarei nada do que presencio agora. E no dia seguinte retornei para a confirmação.

Um velho que dava milho aos pombos na praça do antigo palácio, certa feita me confidenciou uma coisa. Disse o homem em sua sabedoria: Conheço todos os pombos daqui. Sei os que chegam e sei os que partem e não voltam mais. Acostumaram tanto com minha presença que quando aqui chego já os encontro ao redor desse banco. Se o banco está ocupado, sequer se aproximam. E quando vou embora, não demora muito e eles também levantam voo. De repente vou seguindo e um pombo pousa bem no meu ombro.

Outro dia, viajando pelas estradas sertanejas, e sempre com o olhar atento nos casebres que se estendem pelas beiras da estrada, eis que o meu olho passou a observar mais atentamente um menininho que brincava debaixo de um umbuzeiro. Pedi para o carro passar mais lentamente e fui observando aquele menino em seu mundo. Num instante ele deixou seu afazer e se voltou para mim de modo tão convicto que até estranhei. E vi um sorriso nos seus lábios e um brilho maior no seu olhar. Mas segui adiante. Mais à frente olhei pra trás e avistei uma mão acenando em adeus.

Jamais esquecerei essa cena. Toda vez que retorno à região, meu olhar avidamente procura aquele menino. Mas nunca o encontro. Mas nunca saiu do meu pensamento.

Escritor
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GROTA DO ANGICO, COITO SEGURO

Por Raul Meneleu Mascarenhas

Quem esteve lá poderá opinar se realmente era desvantajoso ou não. Mas para mim, a experiência que Lampião e os cangaceiros tinham, para escolher um local seguro era que esse local, oferecia garantias. O local estrategicamente não era ruim. Quantos cangaceiros escaparam? Consta que no local estavam "acoitados" cerca de 35 pessoas. Isso mostra que a maioria de 24 pessoas escaparam. Se fosse mesmo "uma tumba" será que teria escapado a maioria do bando e chefes de grupo? Naquela noite, será que não tinha vigia ou o vigia teria falhado na missão? O tempo "ruim" teria contribuído para que não houvesse vigia? Será que Lampião vacilou em não escalar vigias?

Sinceramente digo que o "coito" ali era seguro sim, e que essa história de Corisco ou outros acharem o local perigoso, só veio a ser levantado depois do acontecido. Se o local ofereceu saída para a maioria dos cangaceiros, em fuga mesmo desordenada por terem sido pegos de surpresa, podemos dizer que estrategicamente o coito era um bom local. O que falhou ali foi a vigilância e uma série de fatores, encandeados.

A exposição tétrica das cabeças em Piranhas depois de Angico

Sabemos por diversos fatos acontecidos, que mesmo quando pegos em emboscadas, Lampião e demais subchefes se saiam bem pois estavam sempre prevenidos. Naquela manhãzinha neblinosa, a sorte sorriu para as volantes conjuntas, ao ataque a Lampião, mas apenas conseguiram acabar com poucos naquele dia.  A sorte, se é que podemos dizer assim, pelo menos levando em conta que não era para quem morreu, os soldados abateram naquela emboscada, o chefe, a esposa do chefe, seu maioral Luiz Pedro e pequena parte do bando, que mesmo assim podemos dizer que fora a primeira vez em que houvera grande baixa.

Se Lampião tivesse escapado, mesmo com grande baixa, teria continuado a infernizar a população do Nordeste, pois os que tinham sido abatidos, teriam seus nomes repetidos em novas aquisições de reforço a seu grupo. A sorte sorriu naquele dia para as Volantes e seus comandantes e podemos também dizer que sorriu para todos os sertanejos a quem o cangaço infernizava. Estava ali iniciando o fim do "Cangaço Tradicional", que ficou sem liderança, pois Lampião não preparara um sucessor, ensinando-lhe e apresentando-o aos coronéis da política. Os remanescentes, com o cerco policial e a vantagem policial imposta sobre eles, foram entregando-se aos poucos e essa "Saga Romântica" foi esvaindo-se e como final, tivemos a morte de Corisco, que já fugia por ter perdido a capacidade de aglutinar, abatido pelo Grande Caçador de Cangaceiros, o Tenente Zé Rufino.

Raul Meneleu Mascarenhas, Conselheiro Cariri Cangaço
Fonte:http://meneleu.blogspot.com.br/
Março de 2017

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2017/03/grota-do-angico-coito-seguro-porraul.html

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