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quinta-feira, 23 de março de 2017

MOBY DICK EM CORDEL

Por Prof. Stélio Torquato Lima 
Prof. Stélio Torquato Lima e o filho Davi

Para desmistificar a ideia que cordel é somente Sertão, cangaceiro ou vaqueiro, a Cordelaria Flor da Serra publica uma aventura no mar. Moby Dick em cordel é de autoria do poeta Stélio Torquato, com ilustração de Cayman Moreira e é um folheto integrante da coleção Obras Primas em Cordel. Têm 173 estrofes de sete linhas, distribuídas em 44 páginas.

Moby Dick foi originalmente publicado em três fascículos em Londres, em 1851. No mesmo ano, a obra saiu em edição integral em Nova York. O romance foi inspirado em um fato verídico: o naufrágio do navio Essex, comandado pelo capitão George Pollard, após a embarcação ser atingida por uma baleia. A história se abre com uma das frases mais célebres de todos os tempos (“Call me Ishmael”, ou seja, “Chame-me Ismael”), pois se volta para o jogo de máscaras presente no processo de narração. Apesar ser uma obra revolucionária para a época, com descrições minuciosas e realistas sobre a arte náutica e sobre a caça de baleias, não foi bem recebida pela crítica, contribuindo para o declínio da promissora carreira literária de Melville. Entre as numerosas versões (ou alusões) à obra, cabe destacar o filme britânico de 1956, dirigido por John Huston, com Gregory Peck no papel do atormentado Capitão Ahab, e com uma antológica participação de Orson Welles, interpretando um pastor protestante. 

O autor, Herman Melville nasceu em 1819, em Nova York, onde também faleceu, em 1891. Após a morte do pai, em 1832, teve de ajudar a manter a mãe os sete irmãos, vindo a trabalhar como bancário, professor e agricultor. Em 1839, embarcou como ajudante no navio mercante St. Lawrence, com destino a Liverpool e, em 1841, no baleeiro Acushnet, a bordo do qual percorreu quase todo o Pacífico. Quando a embarcação chegou às ilhas Marquesas, na Polinésia francesa, Melville decidiu abandoná-la para viver junto aos nativos por algumas semanas, experiência depois narrada no livro Typee, de 1846. Após uma série de incidentes vividos como caçador de baleias, passou a se dedicar integramente à carreira literária. Em 1850, conheceu o também escritor Nathaniel Hawthorne, a quem dedicou Moby Dick, publicado em Londres, em 1851. O fracasso de vendas de Moby Dick e de Pierre, de 1852, fez com sua carreira literária começasse a declinar, até o autor ficar inteiramente esquecido. Entre suas obras, merecem destaque: Typee (1846), Omoo (1847), White-Jacket (1850), Moby-Dick, a baleia branca (1851), Ilha da Cruz (1853) e Billy Budd (1924


A seguir leia os versos iniciais da adaptação de Stélio. Para ler a obra completa faça seu pedido pelo Email cordelariaflordaserra@gmail.com ou pelo WhatsApp (085) 999569091. Entregamos pelo Correio.


Trate-me por Ismael,
Meu prezado companheiro.
E saiba que há muito tempo,
Achando-me sem dinheiro,
Eu decidi navegar
E afoitamente cruzar
Os mares do mundo inteiro.

Quando o tédio me domina,
Tornando vazia a vida,
Quando eu venho a ser tomado
Por uma fúria desmedida,
Quando um novembro cinzento
E úmido traz-me tormento,
O mar é minha saída.

Pois há na água um encanto
Difícil de se explicar.
Esta leva o ser humano
Pra dentro de si olhar.
Negro, amarelo, vermelho...
Não importa: ela é um espelho
Que leva o homem a se achar.

Com essa ideia na mente,
Por uma semana inteira
Eu viajei pra New Bedford,
A cidade baleeira.
Num navio ingressaria
E baleias caçaria:
Eis minha meta primeira.

Antes a caça à baleia,
Chamada baleação,
Era bastante rentável,
Pois muito produto então
Do animal era tirado,
Incluindo um óleo usado
Para a iluminação.

Tendo isso na cabeça,
Em New Bedford eu cheguei,
A tempestade caía
Quando em um bar eu entrei.
Marujos mal-encarados
Me olharam desconfiados
Quando ali eu ingressei.

Sem ligar para os sujeitos,
Ao balcão me dirigi.
Logo pedi uma bebida,
Que bem depressa bebi.
Estava muito encharcado,
Com o corpo todo molhado,
E, ao beber, eu me aqueci.

O atendente perguntou
Se de um quarto eu precisava.
Como eu disse que queria,
Ele logo me informava
Que eu dividiria então
Com o homem do arpão
A cama que eu alugava.

“Você vai caçar baleias?”
– Vem ele a me perguntar.
“É a minha intenção!”
– Não demorei a falar.
O atendente, então, me informa:
“De permissão, dessa forma,
Você vai necessitar.”

“Permissão?” – Eu retruquei,
Surpreso e bem curioso.
Foi quando, juntinho a mim,
Um sujeito musculoso
Me disse: “Se é forasteiro,
Pegue a permissão primeiro.
Seja nisso cuidadoso.”

“Quem dá essa permissão?”
– Perguntei meio sem jeito.
“Quem nasce em New Bedford,
Como eu” – Disse o sujeito.
“Porque nossa é a baleia
E o mar onde ela vagueia.
Não acha que isso é direito?”

Como falei que era justa
Aquela ponderação,
O sujeito forte disse
Que eu ganhara a permissão.
Todos os que ali estavam
Prontamente me saudavam,
Tendo seu copo na mão.

Minha alegria era grande,
Porém logo foi quebrada
Quando vi uma ilustração
Na parede pendurada.
Nela, um cetáceo bravio
Destruía um navio
Com uma forte cabeçada.

“As baleias são capazes 
De tal destroço fazer?”
Respondendo essa pergunta,
O fortão veio a dizer:
“Elas podem, meu rapaz,
Fazer isso e muito mais,
Pois têm um enorme poder.”

“Se uma baleia salta,
Logo um maremoto vemos.
E se cair sobre alguém,
O tal vai direto aos demos.
Se um navio destruir
E os marujos engolir,
Limpa os dentes com os remos.”


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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CARRO DE BOI, RELÍQUIA DO BRASIL (II)

CARRO DE BOI, RELÍQUIA DO BRASIL (II) (Seriado em três crônicas) Clerisvaldo B. Chagas, 23 de março de 2017 Escritor Símbolo de Sertão Alagoano Crônica 1.649 

Ainda com gramática e dicionários tontos e várias informações desencontradas, é correto se escrever carro de boi no singular e carros de boi no plural. Os carros de boi transportavam de tudo. Pelo Brasil afora, regiões chegaram a usar até mais de oito parelhas no carro. No Sertão de Alagoas, nas décadas de 50 e 60, o comum era o carro de boi puxado por duas parelhas: as de trás chamadas “do coice” e as da frente denominadas “de cambão”. Na zona açucareira, além das inúmeras tarefas, o carro de boi era o transporte favorito para levar a cana-de-açúcar para os engenhos. No Sertão era o grande transportador dos produtos agrícolas e gente para as cidades e vilas, retornando das feiras com muitos produtos de armazéns que também seriam revendidos nas bodegas. Entre eles: latas de querosene, ferramentas, tecidos, charque, bacalhau, arame farpado, bebidas, bolachas e rapaduras. Todos os bois são guiados pelo condutor chamado carreiro que nomeia bois de coice e de cambão: Paraná, Ouro, Branco, Sombrante, Caçula e assim por diante. Existem diferenças na apresentação do carro de boi da Zona da Mata e do Sertão, dentro do mesmo estado e outras diferenças entre carros de bois de estados diferentes. A essência, entretanto, é a mesma. Veremos na próxima e última crônica sobre o tema, todas as peças que formam o carro de boi, a serventia de cada uma delas e o tipo de madeira usada, pelo menos nos carros fabricados no Sertão. Os nomes de cada peça são encantadores e diferentes e muitos deles o leitor jamais ouviu falar. Não é simples fazer um carro de boi que é coisa para mestres com muitos e muitos anos debruçados sobre a arte. Além das peças grandes e pequenas que formam o carro de boi, propriamente dito, temos à parte os acessórios utilizados pelas parelhas que representam outro mundo de segredos das pessoas do ramo. Em terceiro lugar, os objetos usados pelo carreiro, instrumentos esses obrigatórios e tradicionais consolidados nas longas travessias. O jumento, o cavalo, o burro e o carro de boi, foram gigantes desbravadores e alavancas do progresso até o final do Século XX. Hoje, mais reservados, aguardam pacientemente o reconhecimento do Século XXI. • Continua amanhã.


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MEMÓRIAS DO PUTEIRO

*Rangel Alves da Costa

Agora apenas uma luz apagada. Aqueles afastados do centro da cidade não mais ficam iluminados pela luz vermelha anunciando o puteiro, dizendo que ali a feira do sexo, da carne, do pecado, da busca e da entrega. Buscando em Jorge Amado uma descrição, ali os xibius em flor procuram jardineiros ávidos para despetalar prazeres fingidos. Xoxotas a preço de cesto de mangas e priquitas a custo de banana de fim de feira.

Nunca foi de ostentação. Sempre uma ambientação simples como o próprio lugar onde estava instalado. Não havia falsas francesas de línguas enroladas nem virgens disputadas entre os mais endinheirados. Tudo que chegava ali já era gado de outros pastos, de outros matadouros, fazendo vida noutros cabarés ou mesmo nas traições conjugais ou nos escondidos das famílias.

Mas todas de cabaré, desde a mais novinha a mais velha de todas elas. Algumas mais novas tentavam manter seus status de seriedade a todo custo. Sempre repetiam que na cidade ninguém sabia que faziam vida. Chegavam pelos fundos e se escondiam entre batons e carregadas pinturas. A cada cliente pediam por tudo na vida que não espalhasse aos quatro cantos que abria as pernas em troca de vintém. Mas não adiantava. Onde passava todo mundo avistava a puta, jamais a mulher.

E as motivações para tal? Ao ouvi-las, não raro que surgissem reflexões além daquela realidade. Uma havia sido flagrada pelo marido em ato de traição e daí em diante acostumou na putaria. Outra foi desvirginada à força pelo capataz da fazenda e depois jogada pela família no meio do mundo, então não encontrou outra coisa a fazer senão bater às portas de cabaré. Já outra sempre afirmava que vivia muito triste com a vida que levava, pois era moça séria e de respeito, mas uma força desconhecida a jogava em qualquer cama e já de pernas abertas.


Contudo, em algumas havia também um realismo mais que aflorado. Uma dizia que gostava de homem mesmo, que dava o xibiu por que gostava de trepar mesmo. Outra dizia que foi acostumando com a safadeza e de repente já nem se importava mais que fosse chamada de puta de cabaré. Ao que outra dizia: Tenho uma profissão e minha profissão é ser puta. Encaixo macho, boto dentro homem, lido com todo tipo de coisa mole e dura. Não é trabalho fácil não. E o pior de tudo é que já não sinto prazer algum e o que ganho nem dá pra ser uma puta sequer arrumada.

Assim naquele puteiro antigo. Ao menos assim no passado, pois tais depoimentos já não fazem parte das mulheres que vivem sua realidade. Algumas sumiram, muitas rumaram pelas estradas em busca de outros puteiros igualmente chinfrins, outras fecharam o tacho por absoluta falta de quem quisesse se lambuzar em restos malcheirosos e engilhados. As putas de hoje são umas quengas velhas que ainda continuam na lide por absoluto saudosismo, mas quase sem clientes. De vez em quando um bêbado, um velho afogueado, um viajante desconhecedor daquele resto de feira.

Ao longe se avista apenas a casa carcomida de tempo. Já de perto e porta adentro, apenas os restos daquilo que um dia foi de farta clientela. Que ambiente mais sombrio e triste. Na velha vitrola um bolero antigo, melancólico, choroso demais. Cheiro de limão e aguardente pelo ar, um aroma mofado de sexo encardido e suarento. Pelos cantos e escondidos, como se fantasmas nus, de bocas lânguidas e corpos cansados de entrega, buscassem nas camas imundas seus últimos refúgios de qualquer prazer.

Apenas um arremedo de cabaré. O velho puteiro agora não passava de escombros. Depois das guerras e batalhas de corpos baratos em refregas, depois das sedes embriagadas e dos gozos fingidos, agora apenas um puteiro em escombros, em entulhos de malcheirosas lembranças, em retalhos apodrecidos de corpos lamacentos da ilusão do prazer. As pulgas ainda povoam as camas, os ácaros estão por todo lugar, há respingos de sangue que jamais se apagam, há ainda um falso gemido nas noites fantasmas.

Aproximar-se de uma mesa num canto é a certeza de encontrar uma velha quenga chorosa e embriagada. Diante de si um copo de aguardente misturada com refrigerante e uma carteira barata de cigarros já chegando ao fim. Numa mão segura o cigarro e com a outra leva o copo à boca. Usa um bato vermelho que se espalha muito além dos lábios. Um pó avermelhado tenta dar alguma cor ao rosto murcho e enrugado. Não tem brilho algum nos olhos, nem por fora nem por dentro, apenas um olhar perdido em lembranças ébrias.

Nunca mais teve qualquer cliente. Também tanto faz, segundo diz. Continua por ali apenas como uma vigilante de um cemitério maldito e abandonado. Diariamente convive com fantasmas do passado, mas também com alguma lembrança boa de quando era mais jovem. Chega senta no mesmo lugar e pede a mesma bebida. Bebe avidamente e ouve bolero antigo. Mas não há mais bebida nem bolero, apenas a velha puta nos seus idílios de sofrimento e solidão.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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UM BRINDE À VIDA

Por Adilson Costa

Um brinde à vida
Presente em quase todas as partes do planeta,
através de lagos, rios, mares e oceanos,
ninando águas vivas e tartarugas marinhas,
e outras vezes, tempestuosos e bravios,
dispostos a ceifarem odes
e fragmentos de reminiscências e ilusões...

Às vezes assume a forma de cascata
ou até mesmo das seivas orvalhadas e risonhas,
que nos despertam pela manhã,
beijando todos os nossos sonhos ...

Pigmentada em plasmas,
ou vestida de lençóis freáticos e bacias fluviais,
a tua existência é coberta de mistérios e fantasias!

Ontem consegui sonhar com uma caravela
que espalhava espumas marinhas
pelas inspirações dos meus versos
e os meus versos chegavam a chorar...

PRONTO!
Descobri que também estavas presente 
nas pálpebras dos poetas,
quando chegavas a escorregar 
suavemente por toda a face da sua poesia!

Perambulavas por artérias a fora
e muitas vezes conseguias se abrigar
nos algodões suspensos das nossas imaginações...

Também vives a rodopiar pelas pedras desencontradas
de destinos arredios e brincas de separar nações,
para, logo depois, tentar uni-las novamente,
feito um caleidoscópio de bandeiras e idiomas...

Tu, que ajudaste a edificar templos e coliseus,
povoas desertos, sertões e caatingas,
como fosse uma pequena sombra sentada 
pelas areias do meu passado...

Tu, somente tu, que és a proprietária da essência
de todos os povos!

De todo o nosso planeta!
Chamam-te de água, 
mas muitas vezes respondes 
por VIDA e RENASCIMENTO!

VIVA à nossa soberana água!
Um brinde à vida!
Adilson Costa


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
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O LIVRO O FOGO DA JUREMA JÁ ESTÁ À VENDA COM O PROFESSOR PEREIRA


Se você está interessado no livro "O FOGO DA JUREMA" é só entrar em contato com o professor Pereira lá da cidade de Cajazeiras, no Estado da Paraíba,  que ele tem e está disponível aos amigos. 

São 318 páginas, preço R$ 50,00 com frete incluso.
Pedidos: franpelima@bol.com.br e fplima156@gmail.com

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HOJE À NOITE NO TEATRO DE MARÍLIA


O TEATRO DE MARÍLIA RECEBE O SHOW - GRATUITO
LITERATURA CANTADA - DIA 23 DE MARÇO - 
QUINTA-FEIRA 20H30

Espalhe, envie para seus amigos de Marília...
CONTOS, CRÔNICAS E NARRATIVAS VIRAM CANÇÕES...

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1132998120142331&set=a.120493134726173.21353.100002964619577&type=3&theater

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O CANGACEIRO GATO

Por Ivanildo Alves Silveira

Sobre o cangaceiro "Gato" cai o estigma de ser o mais perverso dos homens a pisar as fileiras do cangaceirismo.

Participou do massacre a Brejão da Caatinga (BA), em 04 de julho de 1929, quando quatro soldados e um cabo da polícia baiana foram mortos; Participou do assalto a Queimadas (BA), em 22 de dezembro de 1929, quando sete praças da polícia baiana foram barbaramente assassinados; Participou da invasão a Mirandela, distrito de Pombal, no dia 25/12/1929, onde morreram dois civis e um soldado. Era descendente dos Índios Pankararé, que habitam o Raso da Catarina.

Breve histórico: Cangaceiros descendentes de índio

No centro do Raso da Catarina, na tribo dos Pankararé, os índios admirados diante do impacto causado pela ostensividade e profusão de cores das vestimentas dos cangaceiros e mais ainda, fascinados pela exuberância dos aparentes cordões de ouro, dos anéis e alianças, sem contar os abarrotados bornais recheados de dinheiro, além das realizações dos permanentes bailes e tanto ainda pela liberdade do livre transitar, sem serem presos às duras rotinas diárias, cederam aos encantos da nova vida e vergaram sobre seus corpos as vestimentas inconfundíveis, trazidas por Lampião.

A esse mundo diferenciado, índios Pankararé entregaram-se em boa quantidade á vida do cangaço. Os mais famosos a participarem do cangaço foram: Gato, Inacinha, Antônia, Mourão, Mormaço, Catarina, Açúcar, Balão, Ana, Julinha, Lica e Joana.

Não se tem, na história do cangaço, outro homem que tenha sido tão sanguinário, cruel e frio, como foi esse cangaceiro. Além de Gato, duas irmãs dele seguiram os subgrupos do cangaço: Julinha, amante de Mané Revoltoso e Rosalina Maria da Conceição, que acompanhou Francisco do Nascimento, o cangaceiro "Mourão".

Não podemos perder de vista, a forma como cada cultura pensa e elabora determinados fatos históricos. Assim, a percepção que os indígenas têm da participação dos seus "parentes", no cangaço, em muito, difere-se das dos não-indígenas. Hoje, o cangaceiro "Gato" aparece nos relatos dos Pankararé do Raso da Catarina, como uma força espiritual, por eles chamados de "santo do Gato", com um lugar específico assegurado á sua memória.


Mourão além de ser cunhado, era também primo de Gato e acabou sendo morto por ele, depois que Mourão e Mormaço acabaram uma festa acontecida no Brejo do Burgo, onde deram alguns tiros, colocando a população em pavorosa fuga, sendo Gato cobrado por Lampião, para que desse conta da arruaça realizada pelos membros de sua família, resultando que a festa havia sido na casa de um dos fiéis coiteiros do cangaço.

Gato perseguiu os dois cangaceiros indo encontrá-los pegando água em um barreiro, localizado em um coito no Raso da Catarina. Gato fuzilou os dois sentenciados de morte.

Gato, por pouco, não matou a própria mãe por ela ter feito comentários sobre as constantes aparições dos cangaceiros nas proximidades de sua casa. O cangaceiro dirigiu-se até a casa da mãe, com a finalidade de cortar a sua língua, sendo dissuadido por alguns familiares do macabro intento, sem deixar de mostrar prá mãe dois facões que portava na cintura, dizendo: "Este é o cala a boca corno, e este é o bateu cagô"

Sob o estigma da ferocidade de Gato recai, ainda, a morte de seis membros de sua família, em represália a um sumiço de bodes e cabras que estavam acontecendo e sendo creditado a Lampião.

Outra vez, Lampião entregou o caso a Gato, e ele perseguiu os envolvidos, indo encontrar em uma casa de farinha, Calixto Rufino Barbosa e Brás, ceifando friamente a vida dos dois e seguindo até a casa de Valério, na Fazenda Cerquinha, onde assassinou Luiz Major, seus filhos Silvino, Antônio e o sobrinho Inocêncio. Um duro castigo como pagamento de uma dívida sem provas.

Da chacina, saiu ferida uma criança que conseguiu fugir por intermédio de uma prima de Gato. O jovem faleceu recentemente e trazia na face a marca de um corte feito pela lâmina afiada do punhal do cangaceiro.

Gato foi casado com Antônia Pereira da Silva. O casamento aconteceu nas Caraíbas, fazenda de Dona Sinhá, no Brejo do Burgo. Tempos depois, o cangaceiro carregou a índia Inacinha, prima de Antônia.

A cangaceira Antonia não aceitou os argumentos do marido quando ele propôs ficar com as duas e por ele foi espancada. Antônia fez queixa a Lampião, prometendo ele que iria resolver o problema, porém ela não esperou a resposta e, durante a noite, aproveitando a escuridão e sonolência dos amigos, deixou o coito onde estavam arranchados e fugiu, indo para a proteção de um tio, capitão reformado da polícia, que residia na margem do Rio São Francisco, pelo lado baiano, e com ele permaneceu até o término do cangaço.

Gato encontrou a morte quando invadiu a cidade de Piranhas/AL, quando tentava resgatar sua companheira Inacinha, baleada e presa, pela volante do Ten. João Bezerra. Gato saiu baleado desse tiroteio, e foi morrer dois ou três dias depois, sem ter a chance de ver o seu filho que Inacinha carregava no ventre, ao ser presa.

Inacinha, apesar do tiro que sofreu, conseguiu dar á luz seu filho e tempos depois retornou para Brejo do Burgo, onde se casou com Estevão Rufino Barbosa. A ex-cangaceira morreu em 1957, de câncer, depois de ter lutado contra a doença, sem ver resultados, fugiu do hospital e mandou um mensageiro ir avisar ao marido que queria morrer em casa. Estevão selou uma junta de burros e foi atender ao último pedido da companheira. Em casa, Inacinha sofreu por alguns dias até descansar, deixando a eterna lembrança, no coração do homem que por ela ainda verte suas lágrimas. Estevão, ainda vive no Brejo do Burgo

FONTE: - João de Sousa Lima co-autor do livro "AS CAATINGAS" organizado por Juracy Marques.

https://www.facebook.com/groups/ocangaco/permalink/1506455149367598/

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UM BRINDE À VIDA.

Por Adilson Costa

Presente em quase todas as partes do planeta, através de lagos, rios, mares e oceanos, ninando águas vivas e tartarugas marinhas, e outras vezes, tempestuosos e bravios, dispostos a ceifarem odes e fragmentos de reminiscências e ilusões...

Às vezes assume a forma de cascata ou até mesmo das seivas orvalhadas e risonhas, que nos despertam pela manhã, beijando todos os nossos sonhos ...

Pigmentada em plasmas, Ou vestida de lençóis freáticos e bacias fluviais, a tua existência é coberta de mistérios e fantasias! Ontem consegui sonhar com uma caravela que espalhava espumas marinhas pelas inspirações dos meus versos e os meus versos chegavam a chorar...

PRONTO! Descobri que também estavas presente nas pálpebras dos poetas, quando chegavas a escorregar suavemente por toda a face da sua poesia! Perambulavas por artérias a fora e muitas vezes conseguias se abrigar nos algodões suspensos das nossas imaginações...

Também vives a rodopiar pelas pedras desencontradas de destinos arredios e brincas de separar nações, para, logo depois, tentar uni-las novamente, feito um caleidoscópio de bandeiras e idiomas...

Tu, que ajudaste a edificar templos e coliseus, povoas desertos, sertões e caatingas, como fosse uma pequena sombra sentada pelas areias do meu passado...

Tu, somente tu, que és a proprietária da essência de todos os povos! De todo o nosso planeta! Chamam-te de água, mas muitas vezes respondes por VIDA e RENASCIMENTO! VIVA! Um brinde à vida!

Adilson Costa 22/03/2017

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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RESGATAR ESSAS HISTÓRIAS E LEVÁ-LAS AO CONHECIMENTO DE TODOS (AS) É O MEU MAIOR PRAZER E MINHA RECOMPENSA. DEGOLLADO A SABRE O BANDIDO “BEMTEVI”.

Por Geraldo Júnior

Esse era o título da matéria do Jornal “Diário da Noite” (RJ) em sua edição de 01 de abril de 1939.

A matéria trata da morte de um cangaceiro de alcunha Bem-Te-Vi, que se confirmado, seria o quarto cangaceiro a utilizar a alcunha.

Bem-Te-Vi foi capturado por uma Volante sergipana, não identificada na reportagem, entre os municípios de Porto da Folha e Gararu no estado de Sergipe.

Conduzido à prisão, foi morto e degolado, tendo sua cabeça exposta ao público em praça pública.

Infelizmente a matéria não fornece maiores informações (Nomes e datas).

Na imagem abaixo a esquerda podemos ver três policiais (Soldados) que participaram da prisão do cangaceiro e a direita a cabeça decepada do suposto Bem-Te-Vi IV.

Fonte da pesquisa: Jornal “Diário da Noite” (Rio de Janeiro)
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)

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MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS EM CORDEL

Por Prof. Stélio Torquato Lima

Memórias Póstumas de Brás Cubas, maior clássico da literatura brasileira e, na minha humilde opinião, comparável somente a textos de Dostoiévsky, recebeu uma primorosa adaptação para a poesia popular pela verve do poeta Stélio Torquato Lima. Brás Cubas, em cordel, publicado pela Cordelaria Flor da Serra tem a ilustração do grande Cayman Moreira. É um super folheto de cordel. São 229 estrofes de sete versos distribuídos 56 páginas narrando fielmente o texto original do Mestre Machado de Assis, o Bruxo do Cosme Velho.

Memórias Póstumas de Brás Cubas foi publicada originalmente em folhetim, de março a dezembro de 1880, na Revista Brasileira. A publicação em livro, no ano seguinte, deu início ao Realismo no Brasil. O livro inaugura um novo estilo de Machado de Assis, sendo marcado pela ironia e pela crítica social. Como afirmou o autor, o romance recebe influência de duas obras: Tristam Shandy (1759-67), de Laurence Sterne, e Viagem ao Redor do meu Quarto (1872), de Xavier de Maistre. 

A obra traz elementos do realismo mágico, posteriormente desenvolvidos por escritores do peso de Jorge Luís Borges, Júlio Cortázar e Gabriel Garcia Márquez. Por essa razão, alguns críticos apontam-na como a primeira narrativa fantástica brasileira. Juntamente com Quincas Borba (1891) e Dom Casmurro (1899), forma a “trilogia realista machadiana”, que tem como marca a sondagem psicológica das personagens e a crítica da sociedade brasileira. 

A obra sofreu várias adaptações, incluindo três versões cinematográficas: a que foi dirigida por Fernando Cony Campos em 1967 (e que se chamou Viagem ao Fim do Mundo); a de 1985, que teve como diretor Júlio Bressane (com Luiz Fernando Guimarães no papel principal); e a de 2001, dirigida por André Klotzel e com três atores no papel de Brás Cubas: Alfredo Silva (Brás Cubas criança), Petrônio Gontijo (Brás Cubas jovem) e Reginaldo Farias (Brás Cubas já velho).

O autor Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, no Rio de Janeiro, onde também faleceu, em 29 de setembro de 1908. Além de romancista, contista, cronista, dramaturgo e poeta, foi também jornalista e crítico literário. Superando a origem humilde (o pai, filho de escravos alforriados, era um pintor de paredes; a mãe, nascida nos Açores, era lavadeira), Machado de Assis é considerado o maior escritor brasileiro de todos os tempos. Assumiu diversos cargos públicos, passando pelo Ministério da Agricultura, do Comércio e das Obras Públicas, e obteve grande notoriedade em jornais, nos quais publicou vários textos analisando a situação política e cultural do país. 
Em 1897, reunido a colegas próximos, fundou e foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras. Entre suas obras, merecem destaque os romances Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908), entre outras publicações.

Leia, a seguir, as primeiras estrofes do cordel "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e, para ler o desfecho da fantástica narrativa desse cordel, não deixe de fazer seu pedido para cordelariaflordaserra@gmail.com ou pelo WhatsApp (085) 9.99569091.



Dedico eu ao primeiro
Dos vermes que então roeu
As frias e podres carnes
Do triste cadáver meu
Estas Póstumas Memórias,
Que, em lembranças merencórias,
Este meu punho escreveu.

Foi com a pena da galhofa
E a melancólica tinta
Que eu escrevi esta obra
Singela, porém, distinta.
Ela é, em seu conjunto,
Uma obra de defunto,
Digo, de forma sucinta.

Desde já, informarei
Ao meu prezado leitor:
Não sou um autor defunto,
Mas sim um defunto autor, 
Pois só depois que morri
É que, de novo, nasci,
Dessa vez como escritor.

Foi aqui, no outro mundo,
Depois que deixei os meus,
Que esta obra foi escrita,
Com todos os defeitos seus.
A quem gostar, eu saúdo;
Se odiar, leva um cascudo,
E, após isso, eu digo: “Adeus!”.

Bem antes de estas memórias
Trazer ao leitor fiel,
Assaltou meu coração
Uma dúvida cruel:
Eu as abriria, enfim,
Pelo início ou pelo fim,
No espaço deste papel?

Sendo bem mais criativo,
Comecei pelo final,
Iniciando esta obra
Com o momento fatal
Do meu último revés.
Mais criativo que Moisés
Eu vim a ser, afinal.

Depois que cada detalhe
Preliminar foi exposto,
Convém dizer que morri
Pra tudo ficar bem posto,
Lá no século dezenove,
No ano sessenta e nove,
Numa sexta-feira de agosto

Com sessenta e quatro anos
E sem nunca ter casado,
Eu, da vida, vinha a ser
Para sempre desterrado.
E, além de ser solteiro,
Eu possuía dinheiro.
Fique o leitor informado.

Apenas onze pessoas
Lá no cemitério havia.
Não houve anúncio e nem cartas,
E acrescento que chovia...
Foi por isso, certamente,
Que tão pouquíssima gente
Em meu enterro se via.

Sob uma chuva fininha
Que caía sem cessar,
Um amigo, ao pé da cova,
Veio a todos declarar:
“Vejam que até o céu chora
Ao dizer um adeus agora
Ao nosso amigo sem par!”

Que bom e fiel amigo!
Jamais me arrependerei
Sim daquelas vinte apólices
Que para ele deixei.
Seu discurso tão sentido
Deixou-me bem comovido,
E quase que solucei.

No instante da minha morte,
Estavam, bem junto à cama,
Minha irmã, a filha dela,
Mais uma terceira dama,
Da qual nada agora conto,
Pois trato agora de um ponto
Importante desta trama.

É necessário contar
A minha leal plateia
Sobre uma minha invenção,
Uma genial panaceia.
A humana melancolia
Logo um extermínio teria
Ao ganhar corpo esta ideia.

Emplastro Brás Cubas era
O nome dessa invenção
Que iria livrar o mundo
Da tristeza e depressão.
A milagrosa pomada
Por mim idealizada
Era minha obsessão.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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A HISTÓRIA DO CANGAÇO MERECE SER REESCRITA

* Por: Antônio Neto

O objetivo deste artigo consiste em abordar a forma como vem sendo escrita e tratada a história do cangaço. Todavia, pouco se tem levado em conta a fundamentação das pesquisas nessa área, não só na elaboração dos dados, mas, notadamente, na abertura de caminhos para a descoberta das relações dos pesquisadores com o próprio processo de conhecimento no aprofundamento das questões passadas no Sertão nordestino. Muito do que foi escrito, acerca do cangaço, tende a ficar retido na peneira da verdade e muitos outros irão se perder na poeira do tempo.

Historiar o cangaço é um termo recorrente. Existe um acervo enorme sobre esse tema. Sem nenhum exagero, há mais de 500 títulos que abordam o assunto. Quase todos os meses, um novo livro é lançado sobre essa proposição. 

Essa temática tem sido o motivo de muitas reportagens na mídia falada, escrita e televisiva, além de ser uma fonte perene para pesquisadores do Brasil e do exterior.

Qualquer escrito sobre essa questão carrega de importância esse contexto, embora, pouco se tenha valorizado os dados efetivos e consistentes. De um modo geral, as pesquisas realizadas até o momento, sobre essa epígrafe, têm seguido a linha da entrevista vocal, na qual o entrevistado narra a sua versão, sem o compromisso de apresentar provas, tudo feito na base do que ouviu dizer. Desse modo muitos textos foram produzidos em cima de simples falatórios. Apesar disso não tira o mérito do escritor, nem torna a sua obra menos valiosa. Sem esses pioneiros da pesquisa e da escrita, nesse campo, nada teria sido registrado nos anais da história do cangaço. Os precursores dessa gesta merecem o reconhecimento de todos os estudiosos do cangaceirismo, sobretudo, pela coragem na investigação dos acontecimentos ao longo da trajetória cangaceirada nas quebradas do Sertão do Nordeste, contribuindo de modo substancial com a sua contextura histórica. 

Centenas de obras acerca desse objeto, especialmente no tocante a Lampião e outros bandoleiros, foram lidas pelo autor deste artigo, desde os primeiros títulos em formato de livros sobre essa proposição, entre os quais, destacam-se: “Lampeão – Sua História” (1926), redigido pelo jornalista paraibano, Érico de Almeida. Em sequência, “Viajando pelo Sertão” (1934), de Luiz da Câmara Cascudo, “Lampião – Documentário” (1934), de Ranulfo Prata, “Serrote Preto” (1961), de Rodrigues Carvalho, “Cangaceiros” (1953), de José Lins do Rego, “Lampeão” (1953), de Optato Gueiros, o “Rei dos Cangaceiros” (1954), de Nelly Cordes, “Lampião Cangaço e Nordeste” (1970), de Aglae Lima de Oliveira, “Lampião Seu Tempo e Seu Reinado” (1980) de Padre Frederico Bezerra Maciel e outros mais. Entretanto, é valido ressaltar que esses livros e tantos outros, que vieram depois destes, com ressalva de alguns, foram elaborados com o caráter descrito e narrativo fundamentados em opiniões pessoais individualizadas, isto é, sem comprometimentos com dados reais, tais como documentos, fotografia e citações de fontes confiáveis. 

Nesse contexto, há exceções para os escritores Geraldo Ferraz, Frederico Pernambucano de Melo, Billy Jaynes Chandler que, além de opiniões individuais, pautaram suas produções na exploração bibliográfica em materiais publicados em livros, artigos de jornais, revistas e, ainda coletas em acervos públicos. Enquanto, os demais seguiram o critério da investigação oral, tais quais os primeiros, sem o aprofundamento na cata de elementos concretos sobre a conjuntura do banditismo no Nordeste. Fica aqui uma indagação: por que os escritores não fizeram uso dos autos dos processos existentes nos arquivos da polícia e da justiça para narrarem a saga do cangaço, se ali reside, toda verdade desse caso? Não é fácil entender a razão que levou pesquisadores, historiadores, escritores, estudiosos desse fenômeno escreverem, sobre essa temática, utilizando-se apenas, de opiniões pessoais de alguns, em vez de fazerem uso dos autos de processos judiciais e de arquivo policiais no âmbito do cangaceirismo, os quais, ainda hoje, se encontram em acervo público da justiça de Pernambuco e de outros estados à disposição dos interessados.

Caso as obras existentes, a respeito desse argumento, tivesse sido fundamentadas em elementos reais, a história do cangaço seria bem diferente da que existe, pois são essas fontes confiáveis que retratam a verdade desse caso.

A leitura minuciosa dos processos que envolveram os cangaceiros, principalmente os personagens Antônio Silvino, Sinhô Pereira, Luiz Padre e Virgulino Ferreira – o Lampião, levou-me à conclusão de que a história do cangaço merece ser reescrita, em fundamentos reais, para o bem da verdade.

* Antônio Neto é pesquisador, biógrafo, escritor, dicionarista e poeta.
Fonte: Revista de Literatura Novo Horizonte
Edição: Maio / 2015

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