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domingo, 29 de janeiro de 2017

Hoje na História de Mossoró - 29 de Janeiro de 2017

 Por Geraldo Maia do Nascimento

Em 29 de janeiro de 1926 chegou a notícia a Mossoró que a Coluna Revolucionária chefiada por Luís Carlos Prestes entrava em território potiguar, vinda do Ceará. Isso causou um verdadeiro êxodo do povo de Mossoró, que esvaziou a cidade. É que a notícia que chegava era que o propósito dos revolucionários era de destruir as propriedades privadas, trazendo terror as populações nordestinas. 

A coluna terminou passando pela cidade de São Miguel, distante 40 léguas de Mossoró.

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Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

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EM 28 DE JANEIRO DE 1934 ERA INSTALADO O DIRETÓRIO MUNICIPAL DO PARTIDO SOCIAL NACIONAL - PSN EM MOSSORÓ

 Por Geraldo Maia do Nascimento

Em 28 de janeiro de 1934 era instalado o diretório municipal do Partido Social Nacional - PSN em Mossoró, que no Estado era dirigido pelo Deputado João Café Filho.
               
Estiveram presente representantes de vários municípios potiguares. O diretório ficou constituído pelos senhores Amâncio Leite - Presidente, Tertuliano Alves Dias - Vice-Presidente, José Octávio e Martins Vasconcelos - Secretários e Vicente José de Carvalho - Tesoureiro.

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Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

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CLIMA BOM, DINHEIRO PESTE

Por Clerisvaldo B. Chagas, 28 de janeiro de 2017 - Escritor Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica 1.626

Quando a elite tomou conta do centro das cidades, a plebe foi escorraçada à periferia. Seguindo o velho ditado “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, os miseráveis foram-se distanciando pelas áreas insalubres cem por cento arriscadas. Assim ocuparam os morros, margens de rios, encostas, mangues, bordas e sopés de barreiras. A grande maioria das tragédias causadas por chuvas e enchentes é proveniente dessas condições jamais solucionadas na totalidade.

BEBEDOURO/MANIÇOBA. Foto: (Clerisvaldo).

Mesmo assim, em muitos lugares do Brasil, os pobres ficaram em lugares privilegiados pelos cenários ou pelo clima. Os ricos e empreendedores mobiliários vêm invadindo esses lugares para construções de hotéis, mansões e conjuntos habitacionais.

Em Maceió, chama atenção o bairro que se formou no tabuleiro e que pega a ventilação de área baixa e de reserva ambiental. A pobreza ainda é grande, mas o lugar foi batizado de Clima Bom. Baseado ou não nessa localidade criou-se pela própria natureza, também em Santana do Ipanema, Alagoas, o Bairro Clima Bom, por trás do outro (Barragem), ao longo da BR-316. A parte mais alta é bem ventilada e agradável atestando o clima. Agora, imaginem a pobreza que impera por ali. Uma visita rápida ao Clima Bom, nos últimos dias, constata a mesma miséria de 20 anos atrás. Até a igreja da comunidade, iniciada com muita movimentação, nunca passou das paredes, agora caída pela metade. Chão de terra, lixo, esgotos a céu aberto, não se vê um único benefício público.

Mas não é somente o Clima Bom. É de cortar o coração o que se constata na periferia. Como foi dito, nada mudou em vinte anos: Panelas vazias na Rua da Praia, Bebedouro, Maniçoba, Conjunto Marinho, Conjunto Eduardo Rita, Clima Bom, Pedrinhas e parte da Lagoa do Junco, retrato do Brasil corrupto que mata seus filhos de fome.

Três adolescentes no Clima Bom, cada qual com uma boneca de carne nos braços, aguardando ajuda da pessoa que me acompanhou. Nada em casa para comer e nem beber.

Meu Deus, que Clima Bom e que dinheiro peste!



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MENINO OLHANDO O MAR

*Rangel Alves da Costa

Um leito de mar sem fim. Do beiral na areia molhada, o menino mira o seu espelho infinito. Uma infinitude que mansamente se alonga e se distancia. Sabe-se que o menino avista o mar. Mas ninguém sabe ao certo o que o menino imagina perante aquele mar imenso, aquele imenso mar.

Mar, lâmina molhada que se estende além e muito além de todo olhar. Vagas e véus que se misturam aos horizontes e infinitos e se perdem aonde voam as últimas gaivotas. Mas no seu beiral de areia molhada, um menino se lança em sua linha e seguindo vai por sua direção. O menino olha o mar, tão silenciosamente como um leve sopro de calmaria.

Uma fotografia de tristeza e solidão. Um retrato de silêncio e viagem em pensamento. Uma imagem mostrando a singeleza da vida a partir de um menino que olha o mar. Ou talvez o espelho de tudo aquilo que o ser humano deseja vivenciar enquanto seu olhar, demorado e calmo, faz rasante por cima das águas de qualquer mar.

Mas diante de mim, seja em retrato ou espelho, um menino que olha o mar. A moldura é ocre outonal, tudo envolto em branda ferrugem envelhecida. Talvez o tempo sem céu azulado faça dê às cores da paisagem uma tonalidade nublada. Ou talvez ainda um instante do dia onde o sol já esmoreceu sua força para chamar no seu resto o amarelado do poente.

Adiante o mar. Uma imensidão de águas azuis-esverdeadas que ao longe vão sumindo. Não há barco, vela ou escuna, apenas o mar aberto em seu silêncio e mistério. Não há navio nem qualquer outra embarcação, apenas águas na valsa da solidão. Também não há gaivotas nem outros pássaros, não há revoadas nem outras viagens de penas e voos. Os coqueirais inexistem, assim como as pedras molhadas que repousam em todo cais.


E o menino, aquele menino que olha o mar? Sim, avisto o menino. Ele está sentado na areia defronte àquela infinitude de águas. Não posso avistar seus olhos nem as marcas de seu semblante, pois está de costas de onde o avisto, mas creio ter um olhar que se tornou pequenino de tanto mirar aquele mar, mas também tão profundo e molhado como aquelas águas de mar. Veste uma camisa e talvez uma bermuda. Está descalço, com os pés tomados da areia úmida daquele beiral de mar. É um menino bonito.

É um menino bonito, assim imagino. Mas tenho certeza que também é um menino triste. Não é fácil encontrar meninos assim, sentados na areia, em posição demoradamente contemplativa, deixando que seus olhos avancem e naveguem sobre o mar. Não é fácil avistar meninos assim, no silêncio e na solidão, desejando apenas meditar e refletir sobre aquelas águas que se alongam em mistérios e encantamentos.

Perante o mar, naquele ritual singelo e filosófico de contemplação, o que estaria imaginando o menino? Meninos sonham, meninos viajam em sonhos, meninos fantasiam, meninos criam barcos mentais e neles navegam até onde quiserem. Meninos caminham nas águas, dão braçadas entre as vagas molhadas, sobem aos céus em revoadas, se tornam gaivotas quando desejam. Por isso mesmo difícil decifrar o que o menino pensa perante aquele mar.

Talvez o menino esteja repousando do cansaço do dia e apenas avistando aquele mar como qualquer água. Meninos gostam de cais, gostam das pedras do cais, gostam de correr nas areias, gostam de tomar banho sem roupa, gostam de deitar e adormecer ali mesmo nos beirais molhados. Mas aquele menino está vestido, aparentando estar apenas mirando o mar. E com este seguindo numa distância desconhecida. A força da imaginação no menino.

Será que o menino fez nascer no olhar um barquinho de papel e naquele momento já o avista entrecortando aqueles azuis-esverdeados? Ou será que está se imaginando um corsário em busca de tesouros perdidos e outros tomados à força da pirataria? Ou será que imagina que lá adiante, bem mais longe do mais longe, há uma terra igual aquela onde está sentado e nela uma vida muito melhor? Talvez seja um menino aflito, sofrido, que ali chora seu sofrimento enquanto viaja nas águas do mar em busca de sonhos bons.

Não sei. Não sei. Apenas avisto o menino olhando o mar e de repente sinto vontade de ser aquele menino. Talvez seja eu mesmo aquele menino. Já faz muito tempo que preciso avistar o mar. Talvez seja eu mesmo aquele menino.

Escritor
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AS CANGACEIRAS, TRAIÇÕES E PENA DE MORTE

Por Paulo George

Lampião era um disciplinador por excelência, apesar de comandar homens rudes e violentos, cada um querendo se mostrar mais valente do que os outros, eram raras as brigas entre eles. Havia muitas discussões por causa de jogo de baralho, mais brigas para valer não eram toleradas pelo capitão.

Com a presença de mulheres no bando um novo item passou a fazer parte do regimento disciplinar: o respeito. Os casais gozavam de privacidade nos acampamentos com direito de barracas isoladas das demais.

As mulheres deviam fidelidade absoluta aos seus homens. Lampião não permitia a mulher infiel ao seu homem, pois sabia que disputa no bando pelas fêmeas teriam consequências incontroláveis, perturbando a harmonia entre seus meninos. 

Houve fatos que marcaram a história das mulheres cangaceiras, foram as tragédias passionais, envolvendo Lídia, Lili e Cristina. Lídia (Lídia Pereira de Souza) mulher de Zé Baiano (José Aleixo Ribeiro da Silva) traiu seu companheiro com o cangaceiro Bem-te-vi e foi morta a pauladas por seu feroz companheiro. Lili (Maria Lídia Xavier) foi primeiro a mulher de Lavandeira (Joao Alves Teixeira). Quando Lavandeira morreu, em 1933, ela ficou com Mané Moreno (Manoel Ribeiro da Silva, primo de Zé Baiano).

Depois, Mané Moreno passou a viver com Áurea, e Lili juntou-se a Moita Braba (José Batista dos Santos), um cabra nascido na Várzea da Ema. Lili era uma mulata clara, cheia de vida, assanhada. Certo dia moita braba pegou ela em pleno ato sexual com o cangaceiro Pó Corante (Martins da Silva). Pó Corante conseguiu fugir pelo mato nu, mais Lili não teve a mesma sorte, morreu na hora, seis tiros.

Cristina de Português (Francelino do Juá) teve um caso com Jitirana que era cabra de Corisco. Jitirana queria ficar com ela, mas Corisco não consentiu. Mandou os cabras levar ela até um certo ponto, onde um coiteiro estava esperando pra ela ir ficar com a família, foi morta no meio do caminho a mando de Corisco. Esse fato ocorreu uma semana antes do acontecido em julho de 1938 no Angico. 

Outro caso grave envolvendo mulheres foi a morte do cangaceiro Antônio de Engrácias, homem de confiança de Lampião, que teria sido assassinado pelo próprio irmão Cirilo de Engrácias  numa bebedeira em um forró, próximo a Várzea da Ema-Ba. Cirilo matou o irmão por ciúmes.

Quando um cangaceiro morria, a companheira teria que ficar com outro dentro do grupo. Caso curioso o de Joana Gomes, que viveu quatro anos com Cirilo de Engrácias, e quando ele morreu, ela se juntou ao cangaceiro Jacaré que morreu também, e por isso, nenhum cangaceiro quis ficar com ela, pois os cabras achavam que ela dava azar. Joana foi expulsa do bando, teve sorte, pois era tempos de Lampião não aceitar ninguém abandonar o grupo, pois um ex-cangaceiro (a) era um arquivo vivo, podia sair falando segredos do bando. Se insistisse em sair, a sentença era a morte, como aconteceu com Rosinha segunda mulher de Mariano. Na morte de Mariano nenhum cabra queria ficar com Rosinha. Ela pediu muito a Lampião para ir ver os pais. Lampião ordenou para ela ir e não demorar muito, pois era um risco cair nas mãos da volante. Rosinha com muitas saudades da família demorou uns dias. Lampião ficou preocupado, e gostava muito de Mariano, e ordenou que Luiz Pedro resolvesse o que fazer com Rosinha. Mandou Elétrico e Luiz Pedro ir buscar ela, marcando outro lugar para o encontro. Rosinha chegando, tentou explicar que seu pai tinha adoecido. Lampião disse:

- Rosa, porque você passou de minhas ordens?

Rosinha trêmula, diz:

- É que meu pai estava doente...!

Lampião:

- Mentira, Rosa! Você sabe que me contam tudo, Luiz Pedro vai com os meninos pegar umas encomendas na fazenda Paus Pretos. Acompanhe eles.

Sem alternativa, Rosinha acompanhou os cabras, e no caminho, muito apreensiva, procurou puxar conversa com eles, mas ninguém lhe dava a atenção. Para eles, uma conversa amigável iria tornar a situação difícil na hora de executar Rosinha.

Ao cruzar um riacho perto das pias das panelas, Pó Corante, amigo do peito de Rosinha, encostou por trás da cabeça dela sua pistola, e desfechou um tiro no ouvido. O corpo foi enterrado lá na beira do riacho. 


Lampião e suas leis...

https://www.facebook.com/virgulinoferreira.ferreira.5/posts/736586079831983

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RELAÇÃO DE LIVROS À VENDA (PROFESSOR PEREIRA - CAJAZEIRAS/PB).



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A VIOLÊNCIA DAS VOLANTES


Sobre a violência das volantes, o corajoso e imparcial repórter Miguel Amaro Ribeiro, enviado especial do jornal "O Globo", tirou as seguintes conclusões:

1 - "a perseguição a Lampião não é nem útil, nem prática, nem mesmo necessária";

2 - "com espancamentos, a polícia transforma os sertanejos em cangaceiros; 

Lampião só espanca o inimigo, a polícia toda população ordeira;

3 - "Quando Lampião toma um cavalo devolve-o, usando até de ameaças de morte para os portadores no caso de não entregarem; 

a polícia tira em nome do governo, e o que passa para o Estado o dono perde; 

Em Salgueiro as forças carimbaram quatrocentos animais com o carimbo especial do Governo do estado";

4 - "enfim, é preferível a visita de Lampião à da polícia..."

Do livro: Lampião, seu tempo e seu reinado
De: Frederico Bezerra Maciel

Fonte: facebook
Página: Luiz Pedro

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1735929816723044&set=gm.768604309970354&type=3&theater

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POR QUE ENTREI PARA O CANGAÇO!


Muitos foram os motivos daqueles, e daquelas, sertanejos (as), nordestinos (as), que fizeram parte do cangaço. Causas? Seria necessário um livro exclusivamente só para tentar mostrar a causa, razão, de cada uma das personagens. 

Falaremos de uma das personagens que teve um motivo sublime, especial a nosso ver, que foi a paixão, o amor por um dos que lá, nas trilhas sangrentas, há muito vivia.

No município, hoje, de Paulo Afonso, BA, havia umas terras que receberam o nome de Arrasta-pé. Nessas, um casal seguia o que o Livro Sagrado determina, “crescei e multiplicai-vos”. Trata-se do casal Pedro Gomes de Sá e de dona Santina Gomes de Sá.

Os pais da cangaceira Durvinha - Durvalina Gomes de Sá

O velho Pedro Gomes escolhe um local especial para construir sua morada. Ela ficava em um ponto de onde se podia observar todo o vale. Estrategicamente fora, acreditamos ali erguida o seu lar, para que nas tardes em que estivesse em casa, poder, junto à sua amada, vislumbrarem o magnífico panorama que o bioma da caatinga contém. 

 
Alguns os chamam de "tanques", outros de "pias", e outros ainda de "caldeirões".

Além de em seu derredor existirem vários ‘tanques’ naturais na pedra bruta onde se acumulava o líquido mais precioso do Sertão na estação chuvosa, para ser usado na época da estiagem.

Escombros da casa dos pais de Durvinha - queimada pela volante do tenente Douradinho

Dentre seus filhos, aos 15 dias do mês de dezembro do ano de 1915, nasce à bela Durvalina Gomes de Sá. 

Como toda criança sertaneja, sua infância foi curta. Não havia naqueles lugares muito para fazer a não ser começar cedo no ‘batente’. Os filhos, logo seguiam o pai para a lida dos roçados, cuidar de animais e etc... Já as meninas, desde muito pequeninas, seguiam a mãe nas lidas domésticas. Os pais tinham obrigação de ensinarem aos filhos o uso da foice, do machado, da enxada e de como lidar com reses, animais e criações, além de como se portar quando estivessem prontos para seguirem suas vidas independentes. Já as mães, obrigatoriamente, tinham a responsabilidade de ensinar as filhas os afazeres da casa, preparando-as para ser uma espécie de servientes aos maridos, quando a hora chegasse, e, se por ventura, a ‘coisa’ desanda-se, a mãe era responsabilizada pelo resta da vida.

Assim, mais ou menos, era a criação de uma família de tempos não tão longínquos idos, nas quebradas dos sertões nordestino. 

A vida naquela fazenda não era tão monótona como também, alguns, devam estar imaginando. Pelo contrário. O pai de Durvalina sempre fazia tremendas festas em sua casa, tanto que o nome de onde moravam lembra uma dança sempre dançada nos forrós sertanejos “Arrasta-pé”.

A cangaceira Durvinha - Durvalina Gomes de Sá — com luiz pedro da ingazeira.

Normalmente, a adolescente ao completar 15 anos de idade, seus pais fazem uma festa comemorativa que ficará para sempre em suas lembranças. Para Durvalina, o ‘presente’ não veio dos pais, mas de um acaso da vida. Ela, já bastante participativa das festas que o pai promovia, conhecia todos os garotos da sua idade naquela ribeira, até mesmo ensaia um namorico com um deles. Porém, parece nenhum ter-lhe tocado o coração.

A fazenda Arrasta-pé, dos pais de Durvalina, tornou-se uma passagem obrigatória do bando de cangaceiros chefiados por Lampião, pela sua aproximação, quase limítrofe, do Raso da Catarina. A cabroeira ia e vinha sempre parando para resolverem alguma coisa entre Lampião e o velho Pedro Gomes, até o mesmo tornasse um coiteiro do chefe cangaceiro.

Pois bem, dentre os vários cangaceiros que faziam parte da caterva de Lampião, teve um que chamou, em demasia, a atenção da jovem menina. Era um cabra vistoso, alto, forte e sempre andava nos conformes. Passando a prestar mais atenção, nota como ele é elegante e a trata como nunca outro a tratou, isso na prática e nos sonhos "imagináveis" sonhados por todo adolescente. Pronto, cupido fez mais uma das suas, e o seu primeiro amor ‘destaboca’ com uma paixão até mesmo insana, como são as paixões, com a força e o calor de um vulcão em erupção.

O cangaceiro Moderno - Virgínio Fortunato da Silva

O cangaceiro Moderno Virgínio Fortunato da Silva antes de torna-se um cangaceiro, fora casado com uma filha de José Ferreira chamada Angélica Ferreira, sendo a irmã mais velha de Lampião. Quando da ida da família Ferreira para a terra de Padim Ciço, Juazeiro do Norte, CE, já tendo os pais de Lampião falecido em terras alagoanas, Angélica engravida. Historiadores pouco relatam sobre essa gravidez, assim como, nada ou quase nada, citam sobre a sua prematura morte. Pelo pouco que lemos, tem-se a impressão que a causa mortis fora de problemas no puerpério, fase muito crítica no pós-parto, principalmente se ocorreram problemas na gestação, coisa que também não fora ‘explorado’ pelos pesquisadores.

IDENTIDADES: 1- Zé Paulo, primo; 2 -Venâncio Ferreira (tio); 3 - Sebastião Paulo, primo; 4 - Ezequiel, irmão; 5 João Ferreira, irmão; 6 -Pedro Queiroz, cunhado (casado com Maria Mocinha, que está à sua frente, sentada); 7- Francisco Paulo, primo; 8- Virgínio Fortunato da Silva, cunhado (casado com Angélica) 9 - ZÉ DANDÃO, agregado da família. SENTADOS, da esquerda para direita: 10 - Antônio, irmão; 11-Anália, irmã; 12 - Joaninha, cunhada (casada com João Ferreira); 13 -Maria Mocinha, ou Maria Queiroz, irmã; 14-Angélica, irmã e 15 - Lampião. Dos nove irmãos da família Ferreira, dois estão ausentes nesta foto: LEVINO, que morrera no ano anterior, 1925, no sítio Tenório, Flores do Pajeú/PE, em combate contra as volantes paraibanas dos sargentos Zé Guedes e Cícero Oliveira. E VIRTUOSA, que, sinceramente, não sei dizer se simplesmente não quis aparecer na foto, ou já era falecida.

Virgínio contam os historiadores, nascera em 1903, em terras do Estado do Rio Grande do Norte. Muitos deles, escritores, não citam o lugar exato em que nascera, por isso, não citaremos também. Fortunato fica viúvo em 1926. Quando do mandato de prisão, através de Carta Precatória das autoridades pernambucanas, para todos da família Ferreira que em Juazeiro estava, o sargento que fez a escolta dos membros da mesma, revela aos mesmos que havia um plano, e, portanto, uma ‘ordem’ para que todos fossem assassinados. Tendo aberto o jogo, em vez de procurar matá-los, o sargento prontifica-se em dar-lhes proteção até os limites em que poderia atuar. Não gostando desse rumo dos acontecimentos, Virgínio, junto com o irmão mais novo de Virgolino, Ezequiel Ferreira, resolvem não irem presos para Vila Bela, PE, e caem nos matos catingueiros até chegarem onde se encontrava o “Rei dos Cangaceiros”, e entram para o cangaço, ficando conhecidos, a partir desse momento, Virgínio como “Moderno” e Ezequiel como “Ponto Fino”.

Em 1930, já com quatro longos anos como cangaceiro, Moderno já havia ganho a confiança do ex-cunhado e termina por ter seu pequeno bando. Disponibilizado, principalmente, quando se fazia necessário ir buscar alguma coisa de valor como dinheiro extorquido ou mesmo munição e armas compradas a pessoas que nem todos deveriam saber que eram. O coração do cangaceiro depois que perde a esposa, está mais duro que antes. No entanto, ao começarem as passagens por uma casa nos limites do Raso da Catarina, quatro anos depois de enviuvar, uma pequenina jovem, faz com que ele bata mais forte. Ele contando, na época com 27 anos de idade.

O casal cangaceiro Moderno e Durvinha - Virgínio Fortunato da Silva e Durvalina Gomes de Sá

A coisa tornasse até um tanto infantil, como é infantil e imprevisto o amor, quando puro, torna-se fazer parte do respirar, comer, viver... e o gostoso é amar. Entre os dois, o cangaceiro e a menina da fazenda Arrasta-pé, o amor mostra-se completo, insensato, indomável, até mesmo irracional. Sempre havia uma desculpa qualquer para se chegarem e prosearem um pouco. A cada encontro a coisa fica mais amarrada. O cangaceiro, com as ‘teias de aranha’ do seu velho coração limpas e a jovem a imaginar aventuras infinitas nos braços dele, fosse onde fosse. Não restando outra saída, os dois marcam o dia e a hora de fugirem. Data e hora são chegada, os dois se metem nas matas da caatinga. As folhas das árvores serviram de colchão, as árvores como parede e a claridade do luar, ou mesmo o brilho das estrelas, foram testemunhas de várias noites de amor pleno entre os dois apaixonados...

Assim, muitos daqueles que sobreviveram ao fim do Fenômeno, sempre tem uma história para contar sobre sua adesão as fileiras sangrentas do mesmo, seja ela por vingança, perseguições, maus-tratos, etc... Já para a jovem Durvalina Gomes de Sá, conhecida nas hastes da história do Fenômeno Social Cangaço como a cangaceira Durvinha, entrar para o cangaço foi tão somente por opção, por querer. Por estar sentindo amor, um amor que levou consigo por toda sua existência por um cabra de Lampião chamado Moderno... Nas quebradas do Sertão baiano.

Fonte “Moreno e Durvinha – Sangue, amor e fuga no cangaço” – LIMA, João de Sousa (João De Sousa Lima). 1ª Edição. 2007.
Foto Neli Conceição (filha de Durvalina e Moreno)
Ob. Ct.
Benjamin Abrahão

PS// FOTOGRAFIAS COLORIZADAS, DIGITALMENTE, POR NOSSO AMIGO, PROFESSOR Rubens Antonio

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E VOCÊ, LEITOR, ACHA QUE ALÉM DO EZEQUIEL FERREIRA DA SILVA MARIA BONITA CONHECEU JOÃO FERREIRA, VIRTUOSA, ANÁLIA E MARIA FERREIRA IRMÃOS DE LAMPIÃO QUE AINDA ESTAVAM VIVOS?

Por José Mendes Pereira

Eu acho que dos irmãos de Lampião Maria Bonita conheceu o Ezequiel Ferreira da Silva e o João Ferreira da Silva (dos Santos).

Este último havia morado no município de Propiá no Estado de Sergipe, e me parece que foi nesse mesmo período que Lampião foi assassinado.

Eu me baseio João Ferreira ter morado em Propiá no que diz o pesquisador do cangaço Guilherme Machado em seu blog: http://portaldocangaco.blogspot.com.br/…/rarissima-fotograf…

(...) "Seu João Ferreira recebeu a notícia da morte do seu irmão Virgolino dias após o triste passamento. A princípio não acreditou nos boatos que corria. O mesmo aguardava Virgolino para uma reunião de família assim que o mesmo voltasse de alagoas. Quantas vezes corriam o boato da morte do rei do cangaço. ”Lampião foi morto em tal e qual lugar” tinha gente que jurava que viu o cangaceiro morto. Tempos depois, aparecia Lampião brigando, espancando ou fugindo. Uma tarde de sol em Propiá, atracou no porto uma barca e saltaram em terra dois oficiais um major e o capitão João Bezerra. (Subira de posto pela façanha de Angico) procuravam a casa do irmão de Lampião. Queria ter uma conversa com o irmão do assassinado cangaceiro. O capitão Bezerra foi logo ao assunto. Disse que não admitia que o pobre lavrador não falasse em vingança senão! E qualquer alusão nesse sentido, o irmão teria o mesmo fim de Lampião".

Mas lembrando ao leitor que eu não tenho certeza se realmente foi no mesmo período que Lampião rondava pelo Estado de Sergipe, e não tem nenhum valor para a literatura lampiônica.

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ASCRIM/PRESIDÊNCIA -RECESSO ASSOCIATIVO ASCRIM/2017-OF. Nº 009/2017,


 MOSSORÓ(RN) 24 DE JANEIRO DE 2017      

RECESSO  ASSOCIATIVO ASCRIM/2017
INÍCIO: 28/01/2017 TÉRMINO: 28/02/2017

PREZADO(A)S ESCRITOR(AS)ES MOSSOROENSE(S)

1. NA QUALIDADE DE PRESIDENTE EXECUTIVO DA ASCRIM, ALBERGADO NOS PODERES QUE ME CONFEREM O ESTATUTO, DECRETO O RECESSO ASSOCIATIVO DA ASCRIM NO PERÍODO DE 28.01.2017 A 28.02.2017, CONCERNENTE AS FÉRIAS DA ASSOCIAÇÃO.

2. NO PERÍODO DO RECESSO SUPRAMENCIONADO, TODAS ATIVIDADES DA ASCRIM ESTARÃO SUSPENSAS, EXCETO PROGRAMAÇÕES ESPECÍFICAS, JÁ COMUNICADAS OFICIAL E TEMPESTIVAMENTE ANTES DE INICIAR ESSAS FÉRIAS, VIA EMAIL, A TODOS ASSOCIADOS REGULARES INSCRITOS E AOS INTERESSADOS/ENVOLVIDOS.

3. EM CARÁTER EXCEPCIONALÍSSIMO, PARA DESPACHAR COMPROMISSOS EXTERNOS E ADMINISTRAR OBRIGAÇÕES INTERNAS ESPECÍFICAS DA PRESIDÊNCIA, EM ANDAMENTO, APENAS O PRESIDENTE DA ASCRIM MANTERÁ EXPEDIENTE COM PLANTÃO LÍTERO-CULTURAL, PARA CUMPRIR ESSE MISTER.

3.1. EVIDENTEMENTE, CASO ALGUM ASSOCIADO DELIBERADA E ESPONTANEAMENTE QUEIRA PARTICIPAR DESSE PLANTÃO, JUNTO AO PRESIDENTE, ESTARÃO AUTORIZADOS. 

4. DE OUTRO MODO, OS INTEGRANTES DO CORPO SOCIAL DA ASCRIM, ENQUANTO ASSOCIADOS REGULARES INSCRITOS, PODERÃO PARTICIPAR, USANDO O VESTIÁRIO E ACESSÓRIOS OFICIAIS DA ASCRIM, APENAS DE ATIVIDADES LÍTEROS-CULTURAIS EM QUE A PRESIDENCIA TENHA CONFIRMADO SUAS PRESENÇAS, ANTES DO INÍCIO DO RECESSO ASSOCIATIVO ASCRIM/2017, .

5. OUTROSSIM, OS PRAZOS DA ASCRIM ESTARÃO SUSPENSOS NO PERÍODO DO RECESSO SUPRAMENCIONADO, DEVENDO REINICIAR A CONTAGEM NO 1º DIA ÚTIL SUBSEQUENTE AO TÉRMINO DESSE PERÍODO RECESSIVO
.
6. SITUAÇÕES DE CARÁTER EXCEPCIONAIS, RELEVANTES E INADIÁVEIS, PODERÃO SER DEMANDADAS, A CRITÉRIO DO PRESIDENTE EXECUTIVO, ADMITIDA CONSULTA PRÉVIA A DIRETORIA EXECUTIVA, EM REGIME DE URGÊNCIA, CASO NECESSÁRIO.

SAUDAÇÕES ASCRIMIANAS

BOAS FÉRIAS !

FELIZ RETORNO !

FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO
PRESIDENTE DA ASCRIM

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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