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sábado, 13 de maio de 2017

CLEMILDO, UMA PESSOA BEM SUCEDIDA.

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo*

Na sociedade de hoje, entende-se por uma pessoa “bem sucedida” aquela que junta bens, movimenta pomposas contas bancárias, guarda dinheiro suficiente para salvar milhões de criança da morte, mas não o faz, frequenta os meios mais badalados da alta sociedade, mesmo que ao final do dia vá dormir sozinho, contando histórias ao seu travesseiro de seda.

Não são consideradas pessoas bem sucedidas aqueles que, como nossos pais, lutaram para dá uma educação adequada aos filhos ou que se preocupam com os seus semelhantes. Clemildo, por exemplo, se preocupou em fazer o que gosta, sem ter que deixar a sua aldeia, mesmo sabendo dos limites de crescimento para um profissional do seu quilate, que seriam impostos por nossa pequena Pombal dos anos 60. Ele ainda era um menino quando tudo começou. Teve oportunidades, mas sempre voltou a sua aldeia, isso por que a sua preocupação foi mais 'de fazer' do que de aparecer. Se seu trabalho apareceu, isso foi consequência dá sua vontade e dá sua fé.

Clemildo Brunet de Sá e Severino Coelho Viana

Hoje é muito fácil, com as transmissões via satélites, o advento da internet e com as oportunidades de financiamentos de projetos, se fazer sucesso. Você abdicou do sucesso para ser exemplo. Sucesso muitos canalhas fazem, já ser exemplo, só quem teve uma educação berço, o é. Vejo em você um exemplo, um profissional que ainda tem muito para nos oferecer. Pena que o meio que você escolheu para atuar, para ser professor, mestre e exemplo seja tão predatório, ao ponto de usar os melhores e se aproveitar dos apenas bons.

Quando viajo ao sertão e ligo o rádio do meu carro é que vejo a falta que faz um Clemildo Brunet por trás dos microfones. O que se tem hoje, com raras exceções, são radialistas que beiram mediocridade. A sua importância é tão verdadeira que os bons ainda citam você como exemplo de mestre a ser seguido.

Você não pegou feito, ao contrário, construiu a partir da base e sempre trabalhou duro para chegar lá. Sei e vi, por isso posso testemunhar que o seu sucesso exigiu trabalho duro, só foi alcançado por que você se dispôs a enfrentar os revés com seu trabalho e com muita honestidade e perseverança. Um homem que não juntou “burras” de dinheiro, mas, juntou um patrimônio indelével e imensurável que é a admiração do povo de Pombal e dos seus pares.

Você é uma pessoa bem sucedida na vida, por que você reunir os fatores para isso, quais sejam: Trabalhou duro para chegar lá e o sucesso exige trabalho duro, e só pode ser alcançado pelos que se dispõem a enfrentar esse trabalho. Pessoas bem sucedidas são honestas. O sucesso por meios desonestos dura pouco. Pessoas bem sucedidas gostam de aprender novas coisas e você foi das difusoras à Internet com a mesma desenvoltura. Onde outros desistiram você buscou novas soluções, não perdeu tempo se queixando, porque sempre transformou os problemas em oportunidades.

Você reúne as características de um vencedor, de uma pessoa bem sucedida e é isso que nos faz acreditar que o momento que você passa é apenas mais um das duras provações que você já passou e que vai render muitas boas histórias, como já foi a sua volta a Natal depois de 30 anos, e belas reflexões, como você costuma fazer.

Lembro-me que uma noite, quando Lord Amplificador funcionava numa sala no Mercado Público ao lado da da alfaiataria do meu tio Léle, eu entrei nos estúdios por curiosidade e você, onde outro mandaria “cair fora” , me ensinou a mudar as faixa dos Lps, entre uma e outro anuncio. E disse: quando àquela luz vermelha acender, fica calado senão o povo vai ouvir suas voz la na praça. Acho que eu não tinha doze anos. Era a sua vocação para mestre sempre querendo ensinar alguma coisa.

Tenho certeza que, mais uma vez você vai vencer, por que você é uma pessoa bem sucedida. Seu Napoleão Brunet passaria as mãos brancas de farinha de trigo na sua cabeça e diria. Ainda estou contigo meu menino inquieto! E eu digo: - A luz vermelha ainda não acendeu Clemildo, continue a nos falar como nos velhos tempos, pois somos todo ouvido.

*Escritor Pombalense.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogpot.com

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