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sábado, 4 de março de 2017

O CANGACEIRO JARARACA E SUAS GARGALHADAS NA CADEIA PÚBLICA DE MOSSORÓ

Por José Mendes Pereira

Muita gente pensa que histórias que se passaram no cangaço e foram contadas por cangaceiros que chegaram a ser presos, ou contadas por remanescentes que conseguiram salvar as suas vidas, quando perseguidos pelas volantes policiais, que após o fim do cangaço, estas histórias são apenas invenções. Mas nem todas são.

Leia o que disse o escritor "Xico Sá" sobre o que escreveu o jornalista Lauro da Escóssia, na entrevista que fez com José Leite de Santana, o cangaceiro Jararaca, lá de Buíque, no Estado de Pernambuco, quando estava preso na Cadeia Pública de Mossoró.

Historiador Vingt-un Rosado Maia da família numerada de Mossoró, e o jornalista Lauro da Escóssia.

"Mesmo com um rombo de bala no peito o cangaceiro Jararaca conseguiu gargalhar durante uma entrevista na cadeia.

O cabra de Lampião dizia que era por causa das lembranças divertidas do cangaço. Entre as memórias que ouviu do preso, Lauro da Escóssia descreve o dia em que Lampião teria invadido a festa de casamento de um inimigo e, com seu próprio punhal, sangrado o noivo. Já a noiva teria sido estuprada na caatinga pelos cabras do bando.


Segundo o relato de Jararaca Virgulino também ordenou que os convidados de um baile, todos, sem exceção, tirassem as roupas, e dançassem um xaxado completamente nus".

Para alguns, até poderá dizer que é invenção, mas o jornalista Lauro da Escócia era um homem que amava a sua profissão, e jornalista que ama a sua profissão, jamais publicará fatos que não aconteceram.

Eu o conheci muito quando eu fazia pesquisas escolares no Museu Histórico de Mossoró, na antiga cadeia pública de Mossoró, e vi em sua face um homem de grande responsabilidade, e neste período em que eu frequentava a repartição, ele era diretor do Museu, e tenho plena certeza que o jornalista Lauro da Escóssia não iria criar estes tipos de histórias.

E quem é capaz de passar a mão sobre cabeças de cangaceiros?

O mais difícil se acreditar é que nos bandos de cangaceiros tenham acontecido coisas boas, mas ruins, com certeza, aconteceram de montes.



http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

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