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sábado, 4 de fevereiro de 2017

O ASSALTO A CASA CARRAPATELO

Por Campos Monteiro

(I) O concelho de Marco de Canaveses foi fundado em 31 de Março de 1852, por decreto de D. Maria II, encorporando, no todo ou em parte, os julgados ou concelhos de Soalhães, Benviver, Canaveses, Portocarreiro, Riba Tãmega e Gouveia. Na altura do assalto, Carrapatelo pertencia ao concelho de Benviver, mas dois meses depois passou a integrar o concelho de Marco de Canaveses. Optaremos geralmente por dizer Soalhães/Marco, porque os documentos continuarão a usar, muitas vezes, a designação Soalhães.

(2) O funeral realizou-se no dia 5 para a Capela do Senhor Preso à Coluna, pertença da família, na Igreja Matriz de Paços de Gaiolo.

(3) In Campos Monteiro, obra citada. Alguns dos assaltantes fizeram a passagem do Canal em pequenos grupos, para não levantarem suspeitas. Levavam com eles duas cadelas (talvez com o intuito de acalmarem os cães da casa) e dois cães. O José do Telhado tinha com ele o seu cavalo. O comandante dera como senhas: Merda, para avançar, e Mesão Frio, para retirar.

[4) Bacamarte: "arma de fogo antiga, de cano curto e de grande calibre, com boca geralmente em forma de sino" (Dicionário da Academia); clavina: espécie de espingarda curta com estrias.

(5) Caniço: espécie de rede de canas entrelaçadas na qual se secam castanhas, ou se põem as carnes ao fumeiro ou se curam os queijos.

(6) Descrição feita pela criada Quitéria em declarações posteriores, num dos Autos. Botas Alamona = botas de montar a cavalo.

(7) Este anel ainda hoje se encontra na posse dos descendentes de D. Ana Vitória.

(8) Declaração de J. António dos Santos, um dos assaltantes que foi preso: «[...] que quem matou o criado, segundo o que ouviu dizer na saída a João Ribeiro Peneireiro, fora este, porquanto dizendo o José do Telhado que tinha feito mal em matar, porquanto ele tinha tratado bem as Senhoras da casa, este Peneireiro respondeu que o criado o tinha querido matar a ele, e que então ele o matara primeiro.» (In Autos, Tribunal da Relação do Porto.)

(9) Alguém ouviu da boca de Ana Amélia, mais tarde, que se não tem sido a sua intervenção, talvez o abusador não tivesse saído dali com vida.

(10) Nunca se sabe as más surpresas que a vida nos reserva: a informação da existência dos trinta mil cruzados fora passada para o José do Telhado pelo Fragas, que era, nem mais nem menos, afilhado do falecido sargento-mor e fora o fornecedor de pão e vinho na serra

Final(Resumo de testemunhas)

Enviado de Lisboa capital de Portugal pelo pesquisador Roberto Emídio

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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