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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

“PAJEÚ EM CHAMAS: O CANGAÇO E OS PEREIRAS”


Recebi hoje do Francisco Pereira Lima (Professor Pereira) lá da cidade de Cajazeiras no Estado da Paraíba uma excelente obra com o título "PAJEÚ EM CHAMAS O CANGAÇO E OS PEREIRAS - Conversando com o Sinhô Pereira" de autoria do escritor Helvécio Neves Feitosa. Obrigado grande professor Pereira, estarei sempre a sua disposição.


O livro de sua autoria “Pajeú em Chamas: o Cangaço e os Pereiras”. A solenidade de lançamento aconteceu no Auditório da Escola Estadual de Educação profissional Joaquim Filomeno Noronha e contou com a participação de centenas de pessoas que ao final do evento adquiriram a publicação autografada. Na mesma ocasião, também foi lançado o livro “Sertões do Nordeste I”, obra de autoria do cratense Heitor Feitosa Macêdo, que é familiar de Helvécio Neves e tem profundas raízes com a família Feitosa de Parambu.

PAJEÚ EM CHAMAS 

Com 608 páginas, o trabalho literário conta a saga da família Pereira, cita importantes episódios da história do cangaço nordestino, desde as suas origens mais remotas, desvendando a vida de um mito deste mesmo cangaço, Sinhô Pereira e faz a genealogia de sua família a partir do seu avô, Crispim Pereira de Araújo ou Ioiô Maroto, primo e amigo do temível Sinhô Pereira.

A partir de uma encrenca surgida entre os Pereiras com uma outra família, os Carvalhos, foi então que o Pajeú entrou em chamas. Gerações sucessivas das duas famílias foram crescendo e pegando em armas.

Pajeú em Chamas: O Cangaço e os Pereiras põe a roda da história social do Nordeste brasileiro em movimento sobre homens rudes e valentes em meio às asperezas da caatinga, impondo uma justiça a seus modos, nos séculos XIX e XX.

Helvécio Neves Feitosa, autor dessa grande obra, nascido nos Inhamuns no Ceará, é médico, professor universitário e Doutor em Bioética pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal), além de poeta, escritor e folclorista. É bisneto de Antônio Cassiano Pereira da Silva, prefeito de São José do Belmonte em 1893 e dono da fazenda Baixio.

Sertões do Nordeste I

É o primeiro volume de uma série que trata dos Sertões do Nordeste. Procura analisar fatos relacionados à sociedade alocada no espaço em que se desenvolveu o ciclo econômico do gado, a partir de novas fontes, na maioria, inéditas.

Não se trata da monumentalização da história de matutos e sertanejos, mas da utilização de uma ótica sustentada em elementos esclarecedores capaz de descontrair algumas das versões oficiais acerca de determinados episódios perpassados nos rincões nordestinos.
Tentando se afastar do maniqueísmo e do preconceito para com o regional, o autor inicia seus estudos a partir de dois desses sertões, os Inhmauns e os Cariris Novos, no estado do Ceará, sendo que, ao longo de nove artigos, reunidos à feição de uma miscelânea, desenvolve importantes temas, tentando esclarecer alguns pontos intrincados da história dessa gente interiorana.

É ressaltado a importância da visão do sertão pelo sertanejo, sem a superficialidade e generalidade com que esta parte do território vem sendo freqüentemente interpretada pelos olhares alheios, tanto de suas próprias capitais quanto dos grandes centros econômicos do País.

Após a apresentação das obras literárias, a palavra foi facultada aos presentes, em seguida, houve a sessão de autógrafos dos autores.

Quem interessar adquirir esta obra é só entrar em contato com o professor Pereira através deste e-mail: 
franpelima@bol.com.br
Tudo é muito rápido, e ele entregará em qualquer parte do Brasil.

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LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima.
franpelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo e-mail: 

Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – 
(61) 98212-9563 

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LIVRO “PARAHYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO”

Por Antonio Corrêa Sobrinho

O que dizer de “PARAHYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO”, livro do amigo Ruberval de Souza Silva, obra recém-lançada, que acabo de ler, senão que é trabalho respeitável, pois fruto de muito esforço, dedicação; que é texto bom, valoroso, lavra de professor, um dizer eminentemente didático da história do banditismo cangaceiro na sua querida Paraíba. É livro de linguagem simples, sucinto e objetivo, acessível a todos; bem intitulado, pontuado, bem apresentado. E que capa bonita, rica, onde nela vejo outro amigo, o Rubens Antonio, mestre baiano, dos primeiros a colorizar fotos do cangaço! A leitura de “PARAHYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO” me fez entender de outra forma o que eu antes imaginava: o cangaço na terra tabajara como apenas de passagem. Parabéns e sucesso, Ruberval!

Adendo: José Mendes Pereira

Eu também recomendo aos leitores do nosso blog para lerem esta excelente obra, e veja se alguns dos leitores  possam ser parentes de alguns cangaceiros registrados no livro do Ruberval Souza.

ADENDO -  http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Entre em contato com o professor Pereira através deste 
e-mail: 
franpelima@bol.com.br

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CÓPIA DO PROCESSO CONTRA LAMPIÃO INSTAURADO NA COMARCA DE MARTINS-RN.


CÓPIA DO PROCESSO CONTRA LAMPIÃO INSTAURADO NA COMARCA DE MARTINS-RN.

Foto: cortesia Sr. Junior Marcelino..
Blog: JotãoVaqueiro.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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PADRE MÁRIO E O SERMÃO NA BARCA (OU A MISSA DE NATAL NA IGREJA SEM TELHADO)

*Rangel Alves da Costa

A mais maravilhosa e a mais inusitada das missas. O mais intenso, comovente e profundo dos sermões: O Sermão na Barca. E o pregador, como se pairasse sobre as águas em asas de anjo, o Padre Mário.

Mas por que o Sermão da Barca quando o Padre Mário pregou sobre um menino humilde nascido em manjedoura e que veio ao mundo e, persistente e esperançosamente, se lançou no esforço contínuo da salvação humana?

Nas palavras do Padre Mário a explicação: Aqui nesta igreja aberta, sem teto, sob o luar sertanejo, igual barca acolhendo os seus em travessia, a missa para celebrar o nascimento daquele que não desistiu do homem!

Sim, Ele não desistiu do homem! Quase bradou o Padre Mário na sua palavra inicial. E daí em diante mostrou a esperança como a força maior da vida humana, pois somente através dela o homem segue, sonha, persiste, luta, encontra valia e valor na vida.

Sentado na sua cadeira de rodas ao lado do singelo presépio, Padre Mário apontava a humilde e rústica manjedoura para dizer que aquele que veio assim ao mundo, enfaixado em capim e pobreza, venceu todas as dificuldades impostas em nome daquele que veio para salvar: o homem.

“Um menino que nasceu de braços abertos na sua rústica manjedoura. Aquele que pregou de braços abertos por onde andou, nos montes e nos templos. Aquele que morreu de braços abertos numa cruz. E também aquele que ressuscitou de braços abertos!”. Eis a força expressiva nas palavras do Padre Mário.

“Vejam. Sintam que coisa maravilhosa. Aquele que de braços abertos persistiu em nome do homem. E o fez pela esperança de que seu exemplo de luta, persistência e destemor, jamais fosse esquecido pelo homem”. Assim, este homem acreditado, amado, confiado, deve buscar no seu exemplo a mesma esperança que lhe foi creditada.


“Deus que é o Deus do improvável para se fazer presença. Assustou Herodes, assustou Maria, assustou os pastores, assustou a todos por ser tão forte e tão humilde. Nascido envolto em faixas, pobre e como os pobres depositado na palha de feno, certamente ainda assusta a todos. E assim por que ainda somos arrogantes, orgulhosos, vaidosos, e Ele com sua humildade assustadora”.

“Esse Deus improvável que agora surge nesta barca, nesta igreja aberta, ali na sua manjedoura, na sua simplicidade”. Deveras, uma presença numa situação jamais imaginada pelos fiéis de poço Redondo. Uma missa natalina numa igreja sem telhado, aberta, escancarada, fato que a muitos também assusta.

Mas assim a ação divina, eis que no templo desnudo de telhado também a visão do menino pobre nascido em meio a barca do tempo, entre palhas e capins, ao redor de animais, na proximidade de pastores e de gente humilde. O mesmo menino nascido assim, de modo tão improvável, e que reinou sobre a terra.

Logicamente que não foram exatamente essas as palavras utilizadas pelo Padre Mário, pois apenas sintetizadas. Logicamente que barca, significando um templo aberto, foi no sentido de expressar a Igreja Matriz sem telhado como está agora, nua das paredes acima, mostrando no teto o clarão do dia e o negrume enluarado da noite.

Não imaginei que Padre Mário fosse celebrar missa natalina na situação e na feição que a igreja se encontra agora. Contudo, não havia pensado que o nosso pastor também gosta de agir perante o improvável, o inusitado, o inimaginável. E tenho certeza que sua satisfação foi maior que se estivesse entre luzes e castiçais da mais suntuosa catedral.

Padre Mário é também do mesmo capim da manjedoura. É do mesmo feno que enfaixou o menino. É da mesma pobreza e humildade ali presentes quando daquele nascimento. Mas é principalmente a esperança. A grande esperança que hoje prega aos sertanejos.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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NOVO LIVRO NA PRAÇA "O PATRIARCA: CRISPIM PEREIRA DE ARAÚJO, IOIÔ MAROTO".


O livro "O Patriarca: Crispim Pereira de Araújo, Ioiô Maroto" de Venício Feitosa Neves será lançado em no próximo dia 4 de setembro as 20h durante o Encontro da Família Pereira em Serra Talhada.

A obra traz um conteúdo bem fundamentado de Genealogia da família Pereira do Pajeú e parte da família Feitosa dos Inhamuns.

Mas vem também, recheado de informações de Cangaço, Coronelismo, História local dos municípios de Serra Talhada, São José do Belmonte, São Francisco, Bom Nome, entre outros) e a tão badalada rixa entre Pereira e Carvalho, no vale do Pajeú.

O livro tem 710 páginas. 
Você já pode adquirir este lançamento com o Professor Pereira ao preço de R$ 85,00 (com frete incluso) Contato: franpelima@bol.com.br 
fplima1956@gmail.com

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2016/08/novo-livro-na-praca_31.html

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UMA FOTO ESPETACULAR! DOIS PERSONAGENS HISTÓRICOS E, UM BAÚ DE COURO

Por Volta Seca

Uma foto espetacular! Dois personagens históricos e um baú de couro muito bem trabalhado, feito pela família Ferreira, Virgolino ainda quando não era o Lampião, seu pai José Ferreira e seus irmãos, Livino, Antonio. Não se sabe a "autoria exata" de quem fez o baú de couro, mas foi a família Ferreira...

Ainda, na foto, visualizamos a ex-cangaceira SILA, ao lado de Vera Ferreira (neta de Lampião), em suas pesquisas a algumas décadas atrás, na região de Serra Talhada-PE (local onde nasceu o rei do cangaço).

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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1928 LAMPIÃO E SEU GRUPO DEIXAM PERNAMBUCO E ATRAVESSAM O RIO SÃO FRANCISCO RUMO AO ESTADO DA BAHIA.

Por Geraldo Júnior
Foto: Alcides Fraga

Lampião e um pequeno grupo composto pelos cangaceiros: Ponto Fino II (Ezequiel Ferreira), Luiz Pedro, Virgínio Fortunato da Silva (Moderno), Mariano Laurindo Granja e Mergulhão I, deixam o Estado de Pernambuco e atravessam o Rio São Francisco rumo ao Estado baiano. Em solo baiano, o pequeno grupo é reforçado com a chegada do cangaceiro Corisco e de seu primo "Arvoredo".

Lampião aproveita a calmaria no novo Estado para descansar e recompor seu grupo com novos integrantes.

Pouco tempo depois grande parte da Bahia e Sergipe conheceriam a verdadeira face de Virgolino Ferreira da Silva "o Lampião".

Nas quebradas do sertão.
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)


https://www.facebook.com/HistoriasdoCangaco/photos/a.435268929895318.1073741828.435240783231466/1159062400849297/?type=3&theater

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ÁREA GEOGRÁFICA PERCORRIDA PELO CANGACEIRO JESUÍNO BRILHANTE.


ÁREA GEOGRÁFICA PERCORRIDA PELO CANGACEIRO JESUÍNO BRILHANTE.

Nascimento: 1.844 - Patu -  Rio Grande do Norte
Morte: dezembro de 1879 (35 anos), em uma emboscada- Brejo do Cruz-PB

Cortesia: Lúcia Holanda.

Fonte: Facebook

PROFESSOR RESGATA OBRA INÉDITA


O professor Francisco Pereira Lima, historiador e pesquisador resgata obra inédita de grande importância deixada pelo padre Manuel Otaviano de Moura Lima.



A importante obra possui notas e apanhados históricos da cidade de Conceição e Ibiara com riqueza de detalhes de dados históricos, geográficos e genealógicos referente às cidades de Conceição e Ibiara.


O livro contém 56 páginas!
O valor de custo do livro é R$ 15,00 reais.
Os interessados podem entrar em contato com:

* Celso Miguel: em Bonito de Santa Fé-Pb 
Celular: Tim: 999789258


* Francisco Pereira Lima em Cajazeiras é só procurar Fátima Cruz no Abrigo de Idosos Lucas Zorn, em frete ao Bolsa Família. E-mail: 
franpelima@bol.com.br 
Celular. Tim: 9 9911 8286

Fonte: Facebook
Página: Sálvio Siqueira
Grupo: Ofício das Espingartas
https://www.facebook.com/salvio.siqueira.7?fref=nf

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ESPÓLIOS DE LAMPIÃO (Parte II)


... Os pesquisadores/historiadores, com seu ‘faro’ descobridor, terminam por verem, notarem, que muito das peças expostas em museus, não fizeram parte da tralha do cangaceiro mor.

“(...) Na época, nenhuma desconfiança foi levantada por alguém quanto a uma possível farsa relacionada aos pertences de Lampião. Mas passaram-se os anos e, pesquisadores mais atentos tiveram sua atenção voltada para o mosquetão que fora apresentado em 1938 como sendo o de Lampião. Frederico Pernambucano de Mello foi um desses pesquisadores, e, afirma em seu livro lançado em 1993, “Quem foi Lampião”, na página 107, ser falso o mosquetão que ora repousa naquele Instituto (Instituto Geográfico e Histórico de Maceió)(...).” (“LAMPIÃO – SUA MORTE PASSADA A LIMPO” – BASSETTI, José Sabino. e MEGALE, Carlos César de Miranda. 1ª edição. 2011)

A partir do momento, ou do descobrimento, da falsa arma, os olhos e sentidos dos pesquisadores se aguçam mais detalhadamente nesse rumo. O mosquetão usado por Lampião era modelo do ano de 1922, e a imagem do que aparece sendo sua arma, desde a foto das escadas da Prefeitura, em Piranhas, AL, seria modelo 1908. Para leigos no assunto, a coisa passaria despercebida, porém, há dentre os pesquisadores, verdadeiros experts em identificação de armas. E vejam só onde está a diferença:


“(...) vemos na frente da cabeça de Lampião, um mosquetão sem a presilha dupla no cano, peça encontrada somente no modelo 1908. O modelo 1922 de fabricação belga possui presilha única, mais estreita e braçadeira. Até mesmo os enfeites da bandoleira do mosquetão da foto tirada em Piranhas, são diferentes dos que aparecem na foto do livro “Bandoleiros das Caatingas” e que foi entregue a Melchiadas da Rocha para ser exposto no Rio de Janeiro (...).” (Ob. Ct.)

Uma testemunha ocular, que com Lampião conviveu, andou, lutou e quase morreu junto ao mesmo, no dia do ataque em Angico, em meados de 1938, foi o senhor Manoel Dantas Loyola, no cangaço tinha a alcunha de Candeeiro, que após ter cumprido sua pena passou a morar em sua terra natal no município de Buique, PE, relatando ao pesquisador José Sabino Bassetti que o “Rei Vesgo”, usava um mosquetão de modelo 1922.

“(...) O ex cangaceiro Candeeiro afirmou que havia poucas armas deste tipo entre os grupos e que, Lampião realmente possuía um mosquetão modelo 1922 com a madeira da coronha em tonalidade clara (...).” (Ob. Ct.)

No discorrer dos acontecimentos descritos, segundo a obra literária pesquisada, encontramos uma citação, retirada do livro “Quem foi Lampião”, de autoria do sociólogo, pesquisador/historiador Frederico Pernambucano de Mello, onde o mesmo afirma ter comprado objetos que pertenciam a Lampião.

“(...) No mesmo livro e na mesma página 107, Frederico Pernambucano de Mello informa que além da família de João Bezerra, comprou também da família de Teodoreto Camargo do Nascimento, joias que pertenceram a Lampião. Vejamos o que diz:

“Parte das joias, antigos acervos dos comandantes volantes João Bezerra e Teodoreto Camargo do Nascimento, compõem hoje a Coleção Frederico Pernambucano de Mello, destinada a servir de base ao futuro Museu do Cangaço do Nordeste. Dela fazem parte ainda lenços de pescoço, cartucheiras, lapiseira, algemas e alpercatas de Lampião”.

O autor de “Quem foi Lampião” comprou da família de João Bezerra, o lenço de pescoço que o Rei do Cangaço usava na hora da morte, joias, bornais, um par de alpercatas e também os mosquetões que pertenceram aos cangaceiros Quinta-Feira e Sabonete. 

Cangaceiro Luiz Pedro

Da família de Teodoreto Camargo do Nascimento, adquiriu o punhal que pertenceu a Luiz Pedro, um vestido de Maria Bonita, um lenço de pescoço de lampião, além de joias (...).” (Ob. Ct.)


O ataque aos cangaceiros no coito do riacho Angico foi pela manhã do dia 28 de julho, uma quinta-feira, de 1938. Nessa mesma manhã, foram levadas as cabeças e os espólios dos cangaceiros abatidos, mais o corpo da única baixa militar que teve no ataque, o corpo do soldado Adrião, para a cidade de Piranhas, AL.

Após serem as cabeças devidamente colocadas nos degraus da escada da Prefeitura, junto aos aparatos ‘arrumados’, não sabemos informar, pois não encontramos, ainda, o local onde passaram a noite daquele dia. Só na manhã do dia seguinte, 29 de julho daquele ano, uma sexta-feira, ao romper da aurora, é que chega a Piranhas, AL, o comandante do II Batalhão que ficava em Santana do Ipanema, AL, coronel José Lucena de Albuquerque. O mesmo segue em caminhão com o cortejo macabro em direção a Pedra de Delmiro, de lá, após outras paradas breves nas cidades, vilas ou povoados na estrada, chegam ao seu destino primeiro onde o esperava o Comandante Geral da Polícia Militar de Alagoas, coronel Teodoreto Camargo do Nascimento.

Naquela cidade, Santana do Ipanema, na sede do II Batalhão, os comandantes, segundo os autores da obra pesquisada, fizeram um ‘conselho de guerra’ com determinação da ‘partilha’ daquilo que fora encontrado no acampamento dos cangaceiros. 

“(...) Foi aí que João Bezerra expôs aos dois comandantes a totalidade, ou quem sabe até, parte de tudo que conseguiu arrecadar em Angico (...).” (Ob. Ct.)

Pelo que notamos após a narração dos pesquisadores, o montante em joias e dinheiro não fora pouco. 

Havia, naquele tempo, um fazendeiro, grande latifundiário que era um dos maiores colaboradores de Lampião, Audálio Tenório de Albuquerque, que era primo do coronel José Lucena. E é das mãos do primo do comandante do II Batalhão que vemos surgir outros objetos que pertenceram ao cangaceiro mor. Esse primo do coronel Lucena, certa feita vai a capital pernambucana a fim de consultar um oftalmologista, Dr° Isaac, afim de saber qual medicação daria, ou faria em, a Virgolino Ferreira, pois o mesmo estava enfermo da vista esquerda, única que tinha. A consulta e o tratamento tiveram bons resultados.

“(...) O ex militar José Panta de Godoy afirma que o Tenente Coronel José Lucena “não quis ficar com nenhum objeto que tenha pertencido aos cangaceiros”, mas, quanto ao dinheiro nada comentou. Não disse como soube deste fato, mas, acertou quando afirmou que houve uma divisão do butim entre os comandantes. Na verdade, o coronel Lucena ficou com alguns objetos que foram depois repassados ao amigo e primo Audálio Tenório de Albuquerque e, hoje, também pertencem a coleção de Frederico Pernambucano de Mello (...).” (Ob. Ct.)

O cangaceiro, mistificado, produzido e aparentado por Lampião, diferenciava-se daqueles que os antecederam. Suas vestimentas não eram para camuflarem-se, pelo contrário, havia uma necessidade de mostrar-se, aparecer e ser visto pelas pessoas, exibindo-se mesmo. Com isso, muitas foram às pessoas que viram as peças artesanais, moedas e enfeites de algum metal precioso servindo de adorno para testeiras, barbicachos e bandoleiras das armas longas assim como o belo trabalho nos cabos dos punhais, facões e peixeiras.

O tenente que comandou o ataque aos cangaceiros na grota do riacho Angico, o pernambucano João Bezerra, não negou nem escondeu que tinha em seu poder os objetos que outrora pertencera a Lampião e seu bando. No entanto, sempre discordou, quando citavam que tivesse ficado com algum montante em contos e mil réis.

Já o comandante Ferreira de Melo, deu entrevista citando sobre o assunto...

CONTINUA...
Foto Benjamin Abrahão
Cangaçanabahia.com
Ob. Ct.
PS// FOTOS COLORIZADAS, DIGITALMENTE, PELO AMIGO Rubens Antonio.

Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira
Grupo: Ofício das Espingardas

https://www.facebook.com/groups/545584095605711/?fref=ts

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PELA VARIG

Por Roberto Bulhões

Essa, eu estava na hora em que Luiz Gonzaga chegou ao gabinete do prefeito de Juazeiro do Norte - CE, Manoel Salviano, em 1985.

Dispensando qualquer cerimônia e simples como ele só, entrou acompanhado por alguns funcionários que o admiravam e foi dizendo:

“Prefeito, estou chegando do Rio de Janeiro pela Varig e antes de seguir pro meu Exu, vim lhe fazer um pedido muito importante”.

O prefeito já estava de pé e foi logo abraçando Gonzaga e respondeu imediatamente:

“Pode pedir seu Luiz. Um pedido seu aqui na terra do Padre Cícero é uma ordem!”.

Gonzagão foi enfático e praticamente deu um ultimato ao prefeito:

- Em nome do povo de Juazeiro e do meu Padim Pade Ciço Romão Batista, faça uma correspondência à Direção da Varig e peça que a Companhia determine aos seus pilotos, que quando vierem para pouso em Juazeiro do Norte, procedam da mesma forma como procedem no Rio de Janeiro! Lá, Salviano, eles, os pilotos, fazem questão de anunciar que, do lado tal da aeronave, está o monumento do Cristo Redentor. Por que não fazer o mesmo procedimento em Juazeiro, dizendo que ao lado esquerdo da aeronave está o monumento ao padre Cícero?...

Não deu outra:

A solicitação foi feita no mesmo dia, a Varig, através do seu presidente Hélio Smith, que determinou o procedimento.

E, a partir desse dia, em todas as aeronaves, no momento do pouso, os pilotos falavam o jeito que Gonzagão pediu da seguinte forma:

- Senhores passageiros, estamos procedendo a um pouso normal, de escala, na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará. Do lado esquerdo da Aeronave os senhores podem observar a magnífica estátua do Padre Cícero Romão Batista, Padroeiro da cidade e de todo o Nordeste!
Sejam bem-vindos e... Viva o Padre Cícero!"

Oxente! Rei é Rei!...
Contribuição: Roberto Bulhões

http://www.luizluagonzaga.mus.br/000/index.php?option=com_content&task=view&id=14&Itemid=32

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