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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

A ANDORINHA E OS GAVIÕES

*Rangel Alves da Costa

Na concepção popular, andorinha simboliza luta, esperança, perseverança, a metamorfose, a vontade de realizar. Já o gavião, como toda ave de rapina, predadora e carnicenta, simboliza a perseguição, a destruição, através de voos rasantes para destruir os sonhos de outros voos.

Também conhecida como ave da partida e do regresso, a andorinha representa o eterno retorno e a ressurreição, em despedida e retorno para o recomeço. Busca refúgio no inverno para reaparecer no verão. Mas nunca voa muito distante, pois sempre preocupada em retornar para reiniciar os seus planos futuros e os seus próximos voos.

Já o gavião é um poderoso predador que não se inibe em atacar qualquer presa. Astuta, evita a copa alta das árvores para se manter furtivo entre os arbustos, de onde dá voos certeiros para atacar o que estiver ao redor. Parente e muito aproximado na aparência do carcará, faz da carniça um de seus pratos prediletos. Contudo, gosta mesma de ferroar suas vítimas para sentir a vida se esvaindo no sangue que incessantemente jorra.

Como visto, cada ave com seu jeito de ser, com seu estilo próprio de viver e de se alimentar. A andorinha, sem atacar ou ferir os demais animais, sobrevive dos grãos e restos encontrados nos seus pousos. O gavião, sempre violento e faminto, não mede consequências para fazer de vítima o mais inocente dos animais. Sua sanha é tamanha que leva no bico a marca sangrenta daquilo que vitimou.

Então vai a andorinha em seu voo pacífico, em seu voo leve, com seu destino de horizonte. Deseja apenas seguir, voar e voar muito mais, para depois retornar na mesma placidez da partida. Então, de baixo, avistando a liberdade da andorinha ao alto, o gavião logo imagina um jeito de tornar aquela paz em grito de dor e de aflição. Não deseja mais que a andorinha cumpra seu destino de vida, e sim que se prostre ante o punhal no seu bico.

Então a andorinha percorre sua estrada nas alturas sem ao menos imaginar que já foi avistada como vítima. Segue seu voo sem pensar que a maldade lhe aguarda no retorno, sem imaginar que sua paz já se ressente da ameaça. Enquanto isso, na sua persistência maldosa, o gavião afia suas garras, toma seu veneno, se alimenta de um ódio incompreensivelmente concebido. E se prepara para dar fim ao destino de paz da andorinha.


Na natureza, apenas uma presa e um predador. Aliás, é lei natural que assim aconteça, mas pelo instinto da sobrevivência e não pela simples maldade. Significa que alguns animais submetem a outros para se alimentar, para afastar perigos, para delimitar territórios. Porém, se aproxima demais do humano quando inverte a realidade do destruir para sobreviver para a mera dizimação pela infame crueldade.

Urubus e carcarás também são assim. São carnicentos, agourentos, terríveis predadores. São domados por instintos sanguinários e cruéis. São frios na ação e impiedosos na violência. São insensíveis e desumanos, acaso nas aves de rapina existisse um laivo de humanismo. Ferem, furam, bicam, cortam, sangram, fazem jorrar as seivas vitais das mais inocentes vidas. O pior é que nem sempre para se alimentarem, mas tão somente pela motivação da maldade.

Não seria errôneo se tudo isso fosse dito com relação ao ser humano. Pessoas existem que são verdadeiros predadores, que são terríveis e temíveis rapinas, que agem não pela necessidade de defesa, mas pelo simples desejo de ferir, magoar, violar a paz e a vida. Pessoas ocultadas em gaviões que outra coisa não fazem senão atacar a vida alheia. Então aquela pessoa que apenas procura viver como andorinha, seguindo o seu destino de passo e luta, de repente passa a ser atacada pela crueldade do próximo.

Gaviões humanos que alardeiam falsidades, que alastram mentiras, que semeiam discórdias, que se regozijam com o sofrimento do outro. Predadores humanos que vivem à caça da paz para torná-la em aflição, que vivem à espreita da felicidade para transformá-la em sofrimento, que se preocupam somente em subtrair as esperanças e os contentamentos. Numa selva tão vasta e tão enegrecida, eles estão por todo lugar. Os olhos são avistados, os passos ouvidos, as presenças sentidas.

Ante as tocaias dos gaviões, triste do destino das andorinhas humanas. Há uma vida inteira a ser vivida pelos que desejam viver, há uma felicidade que alguns desejam abraçar, mas em meio à selva de asfalto e chão sempre aqueles que cruzam os caminhos para, a todo custo, impedir a caminhada. Talvez não contentes com si mesmos, partem com venenosos punhais em direção aos que desejam apenas voar seus sonhos, suas vidas, suas esperanças. E por isso tanta violência e tanta maldade no mundo.

Mas que sigam as andorinhas. Que busquem seus céus e horizontes. Os gaviões não alcançam tudo. E contra todo predador haverá um predador ainda maior: o homem na sua autodestruição.

Escritor
Membro da Academia de Letras de Aracaju
blograngel-sertao.blogspot.com 

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O TIPO DE LAMPIÃO, A DESCRIÇÃO DO REI DO CANGAÇO.

Por Leonardo Mota

Amulatado e de estatura meã; magro e semicorcunda: barba e nuca ordinariamente raspadas: cabelos compridos e sempre que possível perfumados; na perna esquerda, encravada uma bala, com que alvejou o sargento Quelê, da polícia paraibana; o olho direito, branco e cego, escondido pelos óculos pardacentos, de aros dourados; mãos compridas que semelham garras; os dedos cheios de anéis de brilhantes, falsos e verdadeiros; ao pescoço, vasto e vistoso lenço de cores berrantes, preso no alto por valioso anel de doutor em direito; sobre o peito, medalhas do padre Cícero, escapulários saquinhos de rezas fortes: chapéu de cangaceiro, tipicamente adornado de correias e metal branco; calças de brim escuro; alpercatas reluzentes de ilhoses amarelos; a tiracolo, dois pesados embornais de balas e bugigangas, protegidos por uma coberta e xale finos; tórax guarnecido por três cartucheiras bem providas; ágil como um felino, mas aparentando constante estropiamento e exaustão; as mãos o fuzil e a cinta duas pistolas "Parabelum" e um punhal de setenta e oito centímetros de lâmina.

Fonte: Livro - No Tempo de Lampião - autor - Leonardo Mota

Pedro Ralph Silva Melo (administrador)


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UMA MENSAGEM MUITO LINDA E ESPECIAL!! FELIZ NATAL E QUE 2017 SEJA UM ANO DE SONHOS REALIZADOS!!!


"Atenção senhores passageiros! Está na hora de renovar o passaporte!

Estaremos dentro de pouco tempo, começando mais uma viagem, com um tempo previsto em todo o trajeto de 365 dias. Carimbem o passaporte, definam o destino e embarquem na plataforma 2017. Quem tiver mágoas, ressentimentos, pendências e tristezas antigas na bagagem, favor descarregá-las no Balcão 2016, ao lado dos banheiros. Recomendamos o uso dos sapatos da boa vontade e as camisas do otimismo, evitando, durante a viagem, as saias justas da competitividade insana e os nós da gravata da ambição desenfreada.

Os passageiros que portarem sorriso nos lábios, coração aberto e mãos prontas a construir terão assento preferencial ao lado da janela da felicidade. Solicitamos a todos que apertem o cinto da esperança e recomendamos que ninguém, em hipótese alguma, utilize a saída de emergência durante a viagem.

Caso haja períodos de turbulência, mantenham a calma e a confiança no piloto desta aeronave, o Grande Comandante Universal. Em qualquer situação de medo ou desespero, contem também com nosso atendimento de bordo realizado permanentemente por nossos anjos do espaço que estarão ao lado de cada passageiro. Recomendamos durante todo o trajeto, atitudes de solidariedade, de atenção e carinho, principalmente, com as crianças e idosos, o que garante a participação em nosso programa de milhagem.

O ar das cabines, em virtude das ações do homem, está extremamente seco, por isto, sugerimos a ingestão de água durante toda a viagem. Além disto, moderação com os alimentos gordurosos. Recomendamos também exercícios físicos como exercitar as pernas, braços e pés, evitando os inchaços prejudiciais à saúde.

Importante lembrar, que embora tenhamos pessoas viajando em classes diferentes, nada assegura que na próxima viagem os passageiros terão direito aos mesmos assentos. Portanto, respeito e bom relacionamento com cada companheiro de viagem, independente da classe a qual pertença, será motivo de avaliação no momento do check-out. Para isto lembramos utilizarem o crachá da amizade e palavras de agradecimento e compreensão.

Teremos, como já é de conhecimento de todos, muitas escalas durante o trajeto, o que implica na necessária entrada e saída de pessoas, valendo recordar em todos os momentos da contínua confiança no Grande Comandante Universal.

A todos, uma excelente viagem!"


Enviado pelo professor e escritor Benedito Vasconcelos Mendes

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O HABEAS CORPUS DE ZÉ DE JULIÃO ( ex-cangaceiro Cajazeira )


O amigo escritor Carlos Mendonça nos coloca diante de um documento importantíssimo na história política de Poço Redondo. Este Habeas Corpus concedido a Zé de Julião representou, contudo, apenas uma mínima reparação perante as tantas e mais tantas injustiças contra ele praticadas pelos meandros do poder de então, principalmente Leandro Maciel, líder da UDN. 


Acrescenta Carlos Mendonça: "Segundo consta, esse Habeas-corpus foi concedido propositadamente com o intuito de Zé de Julião ir pra UDN, pelo menos foi o que lhe propuseram enquanto estava preso. Como homem de palavra, continuou no PSD e como pessedista foi assassinado". Viveu na bravura, morreu na honradez. Este, sem dúvida, um nome que jamais poderá ser esquecido por Poço Redondo e todo o sertão.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/574856762723272/?notif_t=like&notif_id=1482341972422590

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LIVRO “O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO”, DE LUIZ SERRA


Sobre o escritor

Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.

Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira …

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína, pelo e-mail: 
anarquicolampiao@gmail.com.
Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 
leidisilveira@gmail.com.
Pelo e-mail do professor Pereira: e-mail: franpelima@bol.com.br

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O NATAL ESTÁ CHEGANDO. DÊ UM LIVRO AO SEU AMIGO(A) SOBRE CANGAÇO


Para o Natal deste ano presentei quem mais você gosta com um livro sobre "Cangaço". Quem você escolher, verá que você tem interesse que ele(a) fique informado(a) com o que aconteceu no século passado no Nordeste Brasileiro. 

Aqui está o endereço do maior livreiro do Brasil sobre este tema. E-mail: franpelimabol@.com.br

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ATROCIDADES DESNECESSÁRIAS PORQUE OS CANGACEIROS JÁ ESTAVAM DOMINADOS

O cangaceiro Jararaca

O material abaixo foi escrito pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.

Fonte: http://cariricangaco.blogspot.com.br/2010/06/o-trucidamento-de-jararaca-em-mossoro.html


Certa vez, diz o escritor Romero, Vingt-un Rosado me disse que havia indagado a Juvenal Lamartine sobre o motivo por que tinha mandado matar todos os cangaceiros que haviam sido aprisionados e enviados para responder processo no Rio Grande do Norte. A resposta de Juvenal Lamartine, segundo Vingt-un Rosado, foi curta e grossa: 

“Mandei matar, mandava de novo, e só tenho pena dos que não pude mandar fechar, para deixarem de serem cabras safados”.

 Cangaceiro Chico Pereira - não tenho o nome de quem a coloriu!

Essa resposta revelou como era o homem que foi responsável também pela morte do cangaceiro Francisco Pereira Dantas, talvez, tudo indica, devido sedução de uma sobrinha de Juvenal Lamartine em Serra Negra, a qual contava quando do defloramento a tenra idade de doze anos.

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OLHA QUE LINDO! TEXTO DE AUTORIA DE BRUNO PITANGA, DOUTOR EM NEUROIMUNOLOGIA, NEUROCIENTISTA, PROFESSOR UNIVERSITÁRIO E PALESTRANTE:

Acervo por escritor Benedito Vasconcelos Mendes
Dr. Bruno Pitanga

Pra viver melhor, não se preocupe, *se ocupe.* Ocupe seu tempo, ocupe seu espaço, ocupe sua mente. Não se desespere, *espere.* Espere a poeira baixar, espere o tempo passar, espere a raiva desmanchar. Não se indisponha, *disponha.* Disponha boas palavras, disponha boas vibrações, disponha sempre. Não se canse, *descanse.* Descanse sua mente, descanse suas pernas, descanse de tudo. Não menospreze, *preze.* Preze por qualidade, preze por valores, preze por virtudes. Não se incomode, *acomode.* Acomode seu corpo, acomode seu espirito, acomode sua vida. Não desconfie, *confie.* Confie no seu sexto sentido, confie em você, confie em Deus. Não se torture, *ature.* Ature com paciência, ature com resignação, ature com tolerância. Não pressione, *impressione.* Impressione pela humildade, impressione pela simplicidade, impressione pela elegância. Não crie discórdia, *crie concórdia.* Concórdia entre nações, concórdia entre pessoas, concórdia pessoal. Não maltrate, *trate bem.* Trate bem as pessoas, trate bem os animais, trate bem o planeta. Não se sobrecarregue, *recarregue.* Recarregue suas forças, recarregue sua coragem, recarregue sua esperança. Não atrapalhe, *trabalhe.* Trabalhe sua humanidade, trabalhe suas frustrações, trabalhe suas virtudes. Não conspire, *inspire.* Inspire pessoas, inspire talentos, inspire saúde. Não se apavore, *ore.* Ore a Deus! Somente assim viveremos dias melhores. 

Um ótimo final de ano e um excelente 2017 com Deus no controle.
Boa noite!

Enviado pelo professor, escritor Benedito Vasconcelos Mendes

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O CANGAÇO: PODER E CULTURA POLÍTICA NO TEMPO DE lAMPIÃO


Um livro que "nasceu" através da elaboração de uma "Tese de Doutorado" que foi aprovada com reconhecimento na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O objeto de estudo constantes na obra são as relações de poder e cultura política do ciclo do cangaço independente.

O referido livro contém 352 páginas e o preço promocional de lançamento é de apenas R$ 55,00 com frete incluso.

Os (as) interessados (as) deverão entrar em contato com o Professor Francisco Pereira Lima através do e-mail franpelima@bol.com.br e fazer o pedido.

ADQUIRAM.
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)


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A MECHA DOS CABELOS DE LAMPIÃO


Em nosso imenso sertão nordestino, há muito que as pessoas guardam, com muito carinho e respeito, alguma coisa que lembre um ente querido. Uma foto, um lenço, um objeto qualquer, são exemplos daquilo que o pessoal guardava e/ou guarda daqueles que estejam ausentes.


Assim, para matar a saudade, esses objetos são vistos e revistos várias e várias vezes. Tocados, acariciados e até mesmo beijados.

Nos estudos da saga cangaceira, citando a fase lampiônica, parte do Fenômeno mais estudada, deparamo-nos com uma mecha de cabelos, que segundo a matéria, pertenceram ao cangaceiro mor, Virgolino Ferreira da Silva, o Capitão Lampião.

Diante disso, surgiram, naturalmente, vários comentários de como alguém conseguiu aquele chumaço de cabelos e exatamente do “Rei dos Cangaceiros”?

Dúvidas apareceram, e ainda pairam no ar, para alguns, sobre ser, realmente, parte dos cabelos dele.

Pois bem, em nossas ‘fuçadas’ pelos diversos grupos e blogs sobre o tema, deparamo-nos com uma matéria que relata, exatamente, como fora parar nas mãos da filha e netas do casal “Rei” E “Rainha dos Cangaceiros”, não só aquele punhado de cabelos de Virgolino, mas, também, um cacho dos cabelos de Maria Gomes de Oliveira, a Maria de Déa, Maria Bonita.


No dia 1º de agosto de 2013, nosso amigo, pesquisador/historiador, professor Rubens Antonio, sentindo de suma importância essa revelação, esse fato histórico, não coloca dentro do ‘baú’ e passa a chave, pelo contrário, nos presenteia com a matéria “"Uma ventania... 


Um tropel...", nas páginas de seu blog Cangaçonabahia.com, um dos poucos que se empenham na responsabilidade dos fatos postados, dividindo-a com o mundo. A mesma traz o conteúdo de uma carta do Dr Orlins Santana de Oliveira, perito que participou da exumação dos crânios do casal chefe cangaceiro, Lampião e Maria Bonita, na capital soteropolitana, abatidos na manhã do dia 28 de julho de 1938, onde, nela, ele relata como conseguiu e enviou, não só os cachos dos cabelos de Virgolino e Maria, mas também dois dentes ‘inferiores’ do “Rei do Cangaço”, enviada para o amigo.

Transcrevo, abaixo, a matéria:
“"Uma ventania... Um tropel..."

Prezado Rubens.

“Presenteio ao mundo do cangaço, este magnífico e único momento. Quando da exumação das cabeças para o justo envio para suas famílias, retirei um verdadeiro tesouro que foi imediatamente entregue às duas netas presentes. UM CACHO DO CABELO DE MARIA BONITA E UMA MECHA DO CABELO DE LAMPIÃO, para entregar à Expedita, a filha amada do Capitão Virgulino e sua mulher Maria Bonita. Pedi que guardasse nos pés de Nossa Senhora. 


Uma forte e sufocante ventania invadiu o cemitério, em plena tarde de sol e calmaria. Após a entrega das mechas de cabelos e dois dentes inferiores do Capitão que, estavam soltos na bandeja. A ventania se foi como um tropel de cavalos. Falei com Vera, a neta. ELES VIERAM E SE FORAM FELIZES. Era a energia sentida. Mal podíamos abrir os olhos.

Para os que acreditam.

Se algum dia no futuro, os cabelos servirem para exames de envenenamento. O material está sob guarda no amado Sergipe.

Existem ainda lá 4 cabeças aguardando os entes queridos.
Dr Orlins Santana de Oliveira
Salvador Bahia
Membro da Sociedade Protetora dos Desvalidos.” (cangaçonabahia.com)

Portando, para aqueles que duvidam de que o cacho dos cabelos seja de Lampião, aí está à prova, que realmente são parte do corpo do “Rei e Rainha dos Cangaceiros”, retirados e enviados por um dos peritos que fizeram a exumação dos crânios. 

Trazemos, como o administrador do cangaçonabahia,com trouxe, essa informação do ‘cacho’ dos cabelos de Virgolino Ferreira da Silva, o “Capitão Lampião” para que todos fiquem ciente.

ADENDO - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Interessante! 

Não só eu como muitos leitores, ficamos a perguntar:

1 - Por que não fazem o exame de DNA para saber e comprovar a verdade sobre alguns comentários que Lampião não morreu em Angico? 

2 - O que evita este exame de DNA nos cabelos de Lampião? 

3 - Para que a escritora Vera Ferreira guarda cachos de cabelos que não tem certeza que eram do seu avô Lampião?

4 - Será que o medo é que Lampião tenha escapado mesmo da chacina de Angico, e se comprovar que não são cabelos dele, uma porção de escritos não terá mais valor na literatura lampiônica?

5 - Quanto custa um exame de DNA para ser feito e tirar a dúvida que está nas mentes de muitos estudantes do cangaço, se é ou não é cachos de cabelos do rei do cangaço Lampião?

Se ninguém quer gastar com isso, devemos fazer uma vaquinha para arrecadar dinheiro para este fim do exame de DNA, que com certeza, será dividido por centenas, e dará o valor de uma Coca-Cola.

Ninguém sabe responder o porquê. Alguma coisa estão escondendo. 

Foto acervo pessoal da família Ferreira
Benjamin Abrahão
cangaçonabahia.com

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MOSSORÓ - PARTE I


A história da cidade de Mossoró, hoje conhecida nacionalmente pelos seus atrativos culturais e pelos grandes resultados econômicos que tem alcançado ao longo dos últimos anos, é repleta de fatos curiosos que justificam o perfil do povo mossoroense, que consegue crescer nas dificuldades e superar as barreiras, buscando sempre dias melhores. Desde o início demos demonstrações de que somos diferentes, de que conseguimos avançar no tempo.

SOMOS GUERREIROS

A nossa origem nos remete aos índios Monxorós, cujo perfil descrito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o seguinte: tinham estatura baixa, eram bastante ágeis, o formato da cabeça era achatado e, o principal, eram hábeis guerreiros e silenciosos.

Segundo estudos do pesquisador potiguar Luiz Câmara Cascudo, citado pelo IBGE, as primeiras penetrações na área do que hoje é o município de Mossoró teriam ocorrido por volta de 1600. Cartas e documentos da época falavam sobre o encontro de salinas, que foram exploradas pelos holandeses Gedeon Morris de Jonge e Elbert Smiente até 1644.

NOSSA FORMAÇÃO

O distrito de Mossoró foi criado em 27 de outubro de 1842, conforme o IBGE, através da resolução provincial de número 87. Em março de 1852, o distrito foi elevado à categoria de vila. Virou cidade somente em 9 de novembro de 1870, através de lei provincial.

Até alcançar a atual formação, com aproximadamente três mil quilômetros quadrados, Mossoró passou por diversas mudanças, incorporando e desmembrando territórios. Foi assim com a área que hoje é as cidades de Assu, Governador Dix-Sept Rosado, Baraúna etc.

ABOLIÇÃO DOS ESCRAVO

O dia 30 de setembro é a maior festa cívica comemorada na cidade. Desde 13 de setembro de 1913, a data foi decretada feriado, como uma forma de homenagear todos que participaram das lutas pela abolição da escravatura. Hoje, 30 de setembro é dia de muita festa.

Diferente dos outros municípios brasileiros, Mossoró foi pioneira na libertação. Todo o processo foi concluído cinco anos antes que o restante do país fosse contemplado através da chamada Lei Áurea, que decretou a ilegalidade da escravidão no território nacional.

De acordo com os documentos históricos, o povo mossoroense foi o primeiro, entre os norte-rio-grandenses, a fazer campanhas sistemáticas pela liberação dos seus escravos. Em 1848, o deputado geral pelo RN, Casimiro José de Morais Sarmento, falou durante sessão sobre os benefícios que seriam alcançados com a transformação dos escravos em trabalhadores livres:

"Concorda em que o trabalho do escravo não é necessário. No Rio Grande do Norte há poucos escravos, e quase toda a agricultura é feita por braços livres. Conhece muitos senhores de engenho que não têm senão quatro ou cinco escravos, entretanto que têm 20, 25 e 40 trabalhadores livres, e se não os têm em maior número, é pelo pequeno salário que lhes pagão. Disto se convenceu o orador quando ali foi presidente, porque em consequência de elevar o salário a 400 reis por dia, nunca lhe faltarão operários livres para trabalharem na estrada que teve de fazer".

Os registros históricos mostram que não éramos uma cidade escravocata. Em 1862, tínhamos apenas 153 escravos, em meio a uma população de 2.493 habitantes. Em termos percentuais, equivaliam a apenas 6,137%. Essa falta de vocação escravista se deu pela falta de engenhos, onde geralmente os escravos eram empregados. Tínhamos mais criações de gado.

Mesmo assim, fomos pioneiros no movimento libertário. Mas isso tem uma justificativa. O ano de 1877 foi terrível para a região nordeste, com uma seca devastadora que durou até meados de 1879. Houve um êxodo em massa para a região litorânea, na fuga da seca.

Foi nesse período que Mossoró passou a receber maior quantidade de escravos, que eram enviados pelos ricos fazendeiros como uma forma de amenizar os prejuízos trazidos pela falta de água. Assim, o comércio escravista floresceu rapidamente junto aos mossoroenses.

Nesse contexto, onde a cidade passou a viver realmente a cultura da escravidão, é que foi despertado o sentimento de piedade. Ainda segundo os registros históricos, os primeiros ideais libertários surgiram no Ceará, nosso estado vizinho, em 1881, e logo chegaram por aqui.

Em 6 de janeiro de 1883 foi criada, em Mossoró, a Sociedade Libertadora Mossoroense, cujo objetivo era lutar pela libertação. De acordo com os historiadores, a ideia é atribuída à Frederico Antônio de Carvalho, da Loja Maçônica de 24 de junho. A presidência provisória da entidade ficou ao encargo de Raimundo Lopes Galvão, que logo ganhou adesão de personalidades ilustres da sociedade mossoroense, naquela época, dando força ao movimento.

A diretoria definitiva fica formada por: Joaquim Bezerra da Costa Mendes, como presidente; Romualdo Lopes Galvão, como vice-presidente; Frederico de Carvalho, primeiro secretário; Dr. Paulo Leitão Loureiro de Albuquerque, que exercia a função de orador. 

A Sociedade Libertadora Mossoroense tinha um código legal, criado com um único artigo, sem parágrafos. A norma dizia o seguinte: "todos os meios são lícitos a fim de que Mossoró liberte os seus escravos", deixando claro quais eram os objetivos daquela entidade.

Nessa época, ainda de acordo com os levantamentos históricos, a cidade de Mossoró contava apenas com 86 escravos. Em 10 de junho, 40 deles foram alforriados.

A ideia logo tomara conta de toda a população, que aos poucos foi aderindo ao movimento e, sem muita resistência, foi liberando seus escravos. Muitos mossoroenses não fizeram nem questão de receber as indenizações que foram oferecidas pelo governo na época, fruto do espírito libertador que havia tomado de conta dos mossoroenses, que hoje se mantém.

O dia 30 de setembro de 1883 foi a data designada para a liberação total dos escravos; e o objetivo foi alcançado. No dia 29 de setembro, o Presidente da Libertadora Mossoroense dirige a Câmara Municipal de Mossoró um ofício, agora transcrito na íntegra:

Ilustríssimos Senhores Presidente e Vereadores da Câmara Municipal.

A Sociedade Libertadora Mossoroense, por seu Presidente abaixo assinado, tem a honra de participar a V. Sªs que, amanhã, 30 de setembro, pela volta do meio-dia, terá lugar a proclamação solene de Liberdade em Mossoró. E, pois, cumpre-me o grato dever de convidar V. Sªs e seus respectivos colegas, representantes do Município, para que se dignem de tomar parte nessa festa patriótica que marcará o dia mais augusto da cidade e do município de Mossoró.

A emancipação mossoroense é obra exclusiva dos filhos do povo; a esmola oficial não entrou cá.

Sua Majestade, o Imperador, quando lhe comunicamos a próxima libertação do nosso território, foi servido de enviar a dizer-nos pelo Senhor Lafayette, Presidente do Conselho de Ministros, que nos agradecia. A libertação está feita e ninguém apagará da história a notícia do nosso nome. Os mossoroenses são dignos de ser olhados com admiração e respeito hoje e daqui a muito tempo, por cima dos séculos.
A Sociedade Libertadora mossoroense se congratula com V.Sªs por tão fautoso acontecimento.

Deus guarde a V.Sªs Ilustríssimo Senhor Romualdo Lopes Galvão, digno Presidente da Câmara Municipal desta cidade de Mossoró.

O Presidente Joaquim Bezerra da Costa Mendes.

Sala das Sessões da Sociedade Libertadora Mossoroense, 29 de setembro de mil oitocentos e oitenta e três.

O histórico 30 de setembro de 1883 foi comemorado pelos mossoroenses, que ainda hoje fazem uma belíssima festa para relembrar a atitude pioneira que foi tomada pelos nossos antecessores, mais uma prova de que sempre fomos um povo à frente do seu tempo.

A cidade amanheceu em festa. Ao meio-dia, a Sociedade Libertadora Mossoroense se reúne na Câmara Municipal (hoje funciona o Museu Histórico Lauro Escóssia). O Presidente da Sociedade, Joaquim Bezerra da Costa Mendes, abre a memorável sessão, que começa com a leitura de diversas cartas de alforria dos últimos escravos de Mossoró. Feita a liberação oficial, Joaquim declarou: “livre o município de Mossoró da mancha negra da escravidão”.

Na cidade foi criado o Clube dos Spartacos, que era composto, em sua maioria, por ex-escravos, tendo sido eleito para presidente o liberto Rafael Mossoroense da Glória. Ainda de acordo com as pesquisas históricas, o objetivo desta entidade era dar abrigo e amparo aos novos trabalhadores livres, tanto aqueles que já eram da terra, quanto àqueles que vinham para cá.

Mossoró, oficialmente livre da escravidão, logo passou a ser procurada por escravos que conseguiam fugir de outras regiões. O pessoal da Spartacos assumiu o papel de troca de choque dos abolicionistas, lutando para que os escravos não voltassem aos seus donos.

Esse “problema” foi gerado devido à antecipação do povo mossoroense, que não esperou pelo decreto nacional, assinado pela Princesa Isabel, libertando os escravos do Brasil. Por aqui, a escravidão já havia acabado cinco anos antes quando o resto do país foi atingido.

CONTINUA...

http://www.prefeiturademossoro.com.br/mossoro/historia/

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INÍCIO DE CARREIRA DE LUIZ GONZAGA

Contribuição: Compadre Luiz Lemos

Então, lá vai a primeira:

"Anselmo de Lica" era um amigo de Gonzaga, dos tempos de menino. Ele também tocava sanfona e ia a todos os bailes e forrós com o Lua. Quando Gonzaga arrumava um "xodó" no baile, botava o Anselmo pra tocar no lugar dele, e ia dançar ou... fazer outras coisas, que ninguém é de ferro. E a proposta era, no final do baile, dividir o "cachê" entre os dois, metade para cada um. Só que, na hora de dividir, Lua era sabido e Anselmo, coitado, meio bobo. Então, Lua dividia:

"Acá... são quarenta mirréis! Prestenção. Vamo reparti no meio:

Um pá eu, um pá tu, um pá eu.
Um pá eu, um pá tu, um pá eu...
Um pá eu, um pá tu, um pá eu...

E, assim, com esse estratagema, Lua ficava com dois terços da grana e Anselmo com um terço! Sabido, né?

https://www.youtube.com/watch?v=3XDblMUgBP8

http://www.luizluagonzaga.mus.br/000/index.php?option=com_content&task=view&id=14&Itemid=32

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