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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

A CASA DA BARONESA DE ÁGUA BRANCA-AL..!

Na foto, abaixo, temos a casa da Baronesa e, vizinho à mesma, UM PRÉDIO com o nome de Barão de Água Branca.

Ali em 1922, 16 anos antes da sua morte, Lampião recém "nomeado" líder do bando de Sinhô Pereira ataca Água Branca, e assalta o casarão da Baronesa Joana Vieira Sandes, viúva do Barão de Água Branca, e era viúva do Barão de Água Branca;  Joaquim Antônio de Siqueira Torres; e já contava mais de 90 anos quando sua residencia foi invadida e assaltada por Lampião e seu bando, nesse que é contado em prosa e verso, como o primeiro ato do Rei do Cangaço, como chefe efetivo de um bando.


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O POBRE RICO POÇO REDONDO (HISTÓRIA, CULTURA E ABANDONO)

*Rangel Alves da Costa

Muito triste e doloroso perceber que para muitos tanto faz que Poço Redondo tenha história ou não, que tanto faz que seja rico em tradições ou que seja um município privilegiado em importantes aspectos. Lamentável que toda riqueza espalhada pelos seus quadrantes, desde a ponta da serra à beirada do rio, seja simplesmente negligenciada ou negada. Até o natural não conhece as potencialidades de seu rincão sertanejo, não conhece suas raízes nem a importância que sua terra possui no cenário nordestino e brasileiro.

Angustiante perceber que sequer reconhecem o valor histórico da Gruta do Angico (chacina do bando de Lampião em 38), da Fazenda Maranduba (uma das maiores batalhas travadas entre cangaceiros e volantes), do Poço de Cima (a primeira povoação), da Cachoeira do Bom Jardim, do Sítio Arqueológico do Charco, das cruzes da estrada do Curralinho, do acervo histórico de toda a margem ribeirinha, da Serra da Guia e sua comunidade quilombola, das povoações ribeirinhas e seus costumes e tradições, do Alto de João Paulo e suas raízes cangaceiras, do Território de Maria do Rosário, do Morro da Letra, do casarão de Bonsucesso e os resquícios das pedras escravas, da lendária figura de Zé de Julião. Saliente-se que Dona Zefa da Guia é um monumento vivo, mas muito mais reconhecido pelo forasteiro.

Por que não proporcionar a valorização merecida a um artista original como Antônio Neto? Ora, o exímio aboiador possui fama assegurada noutras regiões nordestinas, mas não em Poço Redondo. Por que não valorizar a obra literária de escritores como Edézio, Manoel Belarmino e tantos outros de rascunhos escondidos por falta de apoio? Até mesmo a obra de Alcino Alves Costa seria renegada ao esquecimento local se não fosse o surgimento de um memorial contendo o seu acervo e também muito da história sertaneja. Dizem muito da perda da identidade e de seus costumes, mas não reconhecem que as tradições somente permanecem com os fazeres, os usos, a continuidade.


Talvez sequer saibam que Poço Redondo é o maior município de Sergipe, é o que possui o maior número de assentamentos e assentados, é o detentor da maior bacia leiteira do estado (Santa Rosa do Ermírio), no seu chão está localizado o ponto mais elevado de Sergipe, na Serra Negra (Serra da Guia), com 742m, que de sua terra brota a nascente do rio Sergipe, na Serra Negra. Foi cenário, em 1975 e 1976, respectivamente, dos cine documentários para o Globo Repórter “O Último Dia de Lampião” (de Maurice Capovilla) e “A Mulher no Cangaço” (de Hermano Penna) e do premiado filme “Sargento Getúlio” (em 1985, de Hermano Penna). Mais recentemente serviu de cenário para o filme “Aos ventos que virão”, de Hermano Penna, baseado na história de Zé de Julião. E ainda sobre este famoso ex-cangaceiro e político, o mesmo diretor fez este ano o lançamento do documentário “Zé de Julião - muito além do cangaço”. Saliente-se ainda que Poço Redondo foi o município nordestino que mais contribuiu com cangaceiros para o bando de Lampião, num total de 34 poço-redondenses, sendo 27 homens e 07 mulheres.

Como observado, Poço Redondo possui riquezas, grandiosidades, aspectos históricos, geográficos e artísticos relevantes demais para serem simplesmente deslembrados ou premeditadamente esquecidos. Mas quem vem administrando o município faz de conta que nada disso existe. E como será com o futuro prefeito? Uma resposta difícil demais para o momento. Mas eu saberia muito bem o que fazer já no primeiro instante: mapear todos os atrativos turísticos do município e, a partir de então, elaborar uma eficiente política de preservação e de atração turística, com a formação de guias e proporcionando boas condições de acesso. 


Uma política para a cultura e o turismo não no talvez ou no deixar para depois, pois com a urgência requerida para o desenvolvimento municipal através da exploração responsável das potencialidades, de eventos turísticos e da demonstração ao Brasil e ao mundo do que temos de melhor e mais convidativo. E trazer de volta ao chão sertanejo, com a pujança merecida, a cavalhada, a renda de bilros e as bordadeiras, o autêntico forró, as danças e as tradições ribeirinhas, o xaxado, os pífanos e muito mais. Por que a arte do Mestre Tonho e de outros mestres da terra é tão renegada? O centro da cidade carece de uma suntuosa edificação que sirva tanto para produção como para comercialização artesanal.

Ora, se municípios vizinhos e empresários ganham rios de dinheiro explorando e vendendo destinos turísticos pertencentes a Poço Redondo, por que não o próprio município? O Cariri Cangaço, por exemplo, um evento de âmbito nacional e que todo ano reúne centenas de pesquisadores, só não é realizado em Poço Redondo por que não há apoio da gestão municipal. Será preciso, pois, acabar com a cegueira administrativa e passar a ter olhos admiravelmente abertos para as potencialidades da terra de Alcino Alves Costa.

Escritor (natural de Poço Redondo)
blograngel-sertao.blogspot.com

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NOVO LIVRO DO ESCRITOR SABINO BASSETTI - LAMPIÃO O CANGAÇO E SEUS SEGREDOS


Através deste e-mail sabinobassetti@hotmail.com você irá adquirir o  mais recente trabalho do escritor e pesquisador do cangaço José Sabino Bassetti intitulado "Lampião - O Cangaço e seus Segredos".

O Livro custa apenas R$ 40,00 (Quarenta reais) com frente já incluído, e será enviado devidamente autografado pelo autor, para qualquer lugar do país.
Não perca tempo e não deixe para depois, pois saiba que livros sobre "Cangaço" são arrebatados pelos colecionadores, e você poderá ficar sem este. Adquira já o seu.

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EM 02 DE FEVEREIRO DE 1989 O BRASIL OUVIU O QUE NÃO QUERIA OUVIR: "O REI DO BAIÃO LUIZ GONZAGA FALECEU"

Por José Mendes Pereira
https://www.youtube.com/watch?v=bFbH91Hj4_A

Sabe-se que o rei do baião Luiz Gonzaga sofreu de osteoporose por anos, e no dia 02 de agosto de 1989, ele morreu vítima de parada cardiorrespiratória, no Hospital Santa Joana, na capital pernambucana.

Seu corpo foi velado em Juazeiro do Norte (a contragosto do filho Gonzaguinha, que pediu que o corpo fosse levado o mais rápido possível para Exu, sua cidade natal, irritando várias pessoas que iriam ao velório e tornando Gonzaguinha uma pessoa malvista em Juazeiro do Norte), e posteriormente sepultado em seu município natal. 

A Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga é uma homenagem ao rei do baião, que no ano de 2012 Luiz Gonzaga foi tema do carnaval da GRES Unidos da Tijuca, no Rio de Janeiro, com o enredo "O Dia em Que Toda a Realeza Desembarcou na Avenida para Coroar o Rei Luiz do Sertão", fazendo com que a escola ganhasse o carnaval carioca daquele ano. 


Ana Krepp, da Revista da Cultura escreveu: 

"O rei do baião pode ser também considerado o primeiro rei do pop no Brasil. Pop, aqui, empregado em seu sentido original, de popular. De 1946 a 1955 foi o artista que mais vendeu discos no Brasil, somando quase 200 gravados e mais de 80 milhões de cópias vendidas. 'Comparo Gonzagão a Michael Jackson. Ele desenhava as próprias roupas e inventava os passos que fazia no palco com os músicos', ilustra [o cineasta] Breno [Silveira, diretor de Gonzaga — De pai para filho]. Foi o cantor e músico e também o primeiro a fazer uma turnê pelo Brasil. Antes dele, os artistas não saíam do eixo Rio-SP. Gonzagão gostava mesmo era do show biz: viajar, fazer shows e tocar para plateias do interior."

https://www.youtube.com/watch?v=OmgX4vsURA8

Em 2012, o filme de Breno Silveira Gonzaga, De Pai Pra Filho, narrando a relação conturbada de Luiz com o filho Gonzaguinha, em três semanas de exibição já alcançara a marca de um milhão de espectadores. [13]


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CONVITE POSSE MILTON MARQUES AMOL



Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.

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CANGAÇO NO PIAUÍ


Mais um livro do escritor e fundador da SBEC -  (Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço) Paulo Gastão.


Entre em contato com o autor através deste e-mail:

paulomgastao@hotmail.com


Peça logo o seu para não ficar sem ele: Livros sobre cangaço se demorar adquiri-los ficará sem eles, porque são arrebatados pelos colecionadores.

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BANDITISMO NORDESTINO

Por Raimundo Nonato

Houve, realmente, de 1912 a 1930, clima próprio ao vicejar dessa planta daninha e maldita que foi o banditismo nordestino.

As agitações políticas que abalaram os grandes centros do pais, tinham as suas raízes plantadas no obscuro sertão. Os coronéis e chefes políticos, de vilas e cidades, cercavam-se de contraventores da lei, a sua brigada de choque e paus para toda obra. Os afamados Contendas, Os Dungas, Os Zé-Inácios de Barros, os Maciéis e caterva, foram chefes temidos pelo seu poderio nos rifles de assalariados. Eles e outros, não eram mais que satélites de Juazeiro do Norte do Padre Cicero, centro convergente do fanatismo, místico e criminoso: Uma horda sem lei, sem luz e sem ordem. E, segundo o testemunho de abalizados observadores do meio e do homem, e que fixaram a gênese da Sedição de Juazeiro foi daquele antro todo o nordeste, a onda canibalesca do banditismo.

O banditismo oficializado tomou forros de coisa aceita de fato, nos vastos sertões do nordeste, sendo Juazeiro a Meca das hordas bárbaras que iam receber a benção do padrinho Cicero.

Lampião, ali, invernava com os sequazes, descansando, refazendo-se, e se restabelecendo de armas e munições que lhe eram ofertadas ou vendidas pelos seus agentes e protetores, existentes até nos meios mantenedores da ordem.

Só depois que Lampião assaltou Mossoró e diante do movimento geral de repulsa e repercussão causada pela sinistra aventura, fracassada felizmente, é que se generalizou o combate ao banditismo no nordeste, numa ação convergente de todos os governos. Uma caça as feras, constante e sistemática, foi estabelecida, até que, afinal o valoroso e valente Tenente Bezerra deu cabo da vida ao quadrilheiro famoso pelas suas correrias, sangrentas através de seu vasto trato do sertão nordestino.

Fonte: facebook
Página: Adauto Silva

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PEREGRINAÇÃO A ESTÁTUA DO PADRE CÍCERO - 1969.

https://www.youtube.com/watch?v=HKvZeJtchsw

Sempre nos posicionamos favoráveis a causa dos romeiros, pessoas que tornaram essa região o que é, e que muitas vezes passam como coadjuvantes desse grande espetáculo que é a religiosidade popular no Cariri, em especial no Juazeiro do Norte.

Esse "take" do documentário 'Visão de Juazeiro" de Eduardo Escorel, mostra um dos maiores símbolos já erigidos em memória do Padre Cícero, a recém-inaugura estátua do levita(1969), e o mais importante, a fé inabalável dos homens e mulheres que saem de seus lares em busca de fortalecer a devoção e agradecer as graças alcançadas, não houve papa e nem bispo, não houve políticos e nem forças militares que desviasse todos esses importantes protagonistas de suas missão principal.

As pedras da Colina do Horto, o calor escaldante, as dificuldades do caminhos em si e da estádia, todas vencidas com louvor pelos que tanto merecem nossa atenção, um VIVA aos ROMEIROS do Padre Cícero e da Mãe das Dores, iguais no mesmo sentimento e dignos de toda gratidão.
Conheça nosso canal no YouTube:http://bit.ly/21mu3yL

Assista a esse vídeo no YouTube:https:

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POSSE DO DR. GERALDO FERRAZ (NETO DO CEL THEOPHANES TORRES)


No dia 24 de novembro de 2016, às 19 horas, na sede da União Brasileira de Escritores, estarei tomando posse na Academia de Letras do Brasil, Cadeira 29, cujo patrono, escolhido por mim, foi o escritor florestano, parente e dileto amigo, Coronel Carlos Antônio de Souza Ferraz.


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PADRE CÍCERO E O RECEITUÁRIO DE ERVAS MEDICINAIS A D. FLORA FEITOSA.

Por Gurgel Feitosa

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VENENO ENCONTRADO COM LAMPIÃO ERA MORTÍFERO


No tempo do Cangaço, tinha-se a ‘ilusão’ de que estando uma bebida ou comida envenenada, esse reagiria em determinados metais.

Frasco contendo veneno encontrado em um dos bolsos de Lampião.

Com isso na cabeça, muitos dos cangaceiros levavam em seus ‘bornais’, algumas peças de metal banhada ou mesmo de Ouro ou Prata.

Colher de prata

A população sertaneja, também 'sabedora', imaginariamente, que tais objetos eram levados pelos ‘cabras’, temiam e não colocavam veneno na alimentação feita por eles para a cabroeira.

Coronel Audálio Tenório, no centro de terno claro e camisa escura, junto a autoridades do estado das alagoas, inclusive, José Lucena.

Porém, há um estudo comprovando que os venenos que na época existiam, nada faziam em tais metais. Não havendo qualquer reação química entre eles. Segundo a matéria sobre a reação química, tudo não passava de, mais um, 'folclore' dos sertanejos.

Contrapondo-se a isso, foi encontrado nos ‘troços’ do ‘Rei do Cangaço’ um frasco contendo veneno.

Cabo da colher de prata do cangaceiro "Esperança". Nele há duas letras 'impressas', A - M

Sabendo de como Lampião usava da sua inteligência para sair-se inteiro dos embates contra as volantes, ficamos a imaginar o porquê dele carregar consigo, segundo a matéria da Revista A Noite Ilustrada e do periódico ‘A Noite’, um recipiente com veneno, que fora encontrado em um de seus bolsos.

Seria para se, por um acaso, caísse vivo nas mãos dos policiais, usá-lo em si próprio? Ou seria para usar em outra pessoa? 

Punhal e colher de prata que pertenceram ao cangaceiro "Esperança".

É de nosso conhecimento, o que nos trazem os pesquisadores/historiadores nas entre linhas de suas obras e matérias, que ‘ele’, Lampião, certa vez confidencia ao grande coiteiro coronel Audálio Tenório, que, por sua vista esquerda estar doente, doendo muito, lacrimejando e com prurido, ele ao ver que ficaria cego da mesma, já que já era cego da vista direita, tomaria o veneno, mas, não cairia vivo nas mãos dos homens das volantes.

Imagem dos cientistas testando a potência do veneno.

Podendo fazer apenas suposições ‘...do que’ e ‘ ...e se’ com o que poderia acontecer.

Esse coronel coiteiro, vai a Capital pernambucana, nessa ocasião, e, fazendo uma consulta a um especialista, traz medicamentos para curar a doença no olho esquerdo do "Capitão".

Abaixo, veremos notas recortadas da reportagem do Jornal e da Revista onde nos mostram o recipiente, sem, no entanto, podermos ver o rótulo do produto, e ainda, a imagem do Dr. Epitácio Timbaúba, a época diretor do Gabinete de Pesquisas Científicas, junto ao perito Vilela, fazendo um teste, injetando o conteúdo, parte dele, em um rato, uma cobaia, para ver o potencial do veneno, no que se comprovou ser de ação letal.

Fotos Lampiãoaceso.com
João De Sousa Lima
TOK de HISTÓRIA
A Noite (edição de 06 de agosto de 1938)

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AS ALPERCATAS DE LAMPIÃO...!

Por Volta Seca pesquisador 
Foto feita em Juazeiro-CE, no início de março de 1926, que mostra, em detalhes, as famosas alpercatas do rei dos cangaceiros.

Em face das grandes distâncias que eram percorridas, a pé, pelos cangaceiros, as "ALPERCATAS" eram confeccionadas em couro de boi, com um solado resistente para longas caminhadas.

Em cada região que andava com seu bando, o rei do cangaço o "LAMPIÃO", já tinha em determinados locais, "SAPATEIROS" para cuidar de seus pisantes e, do respectivo grupo.

Página: Voltaseca Volta

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PRESIDENTE JOÃO PESSOAS...X...ADV. JOÃO DANTAS..../...ANAYDE BEIRIZ...X...REVOLUÇÃO DE 1930...ANAYDE BEIRIZ “OLHOS DE PANTERA DORMENTE”

Por: Lidiana Justo

Ao longo da história, vemos surgir grandes vultos femininos que deixaram seu legado de luta, de ruptura, de desafios à moral machista e burguesa. Seja na luta pelo voto feminino, num corte de cabelo, no uso de uma mini-saia ou por recusar-se a não se casar, ter filhos, enfim, atitudes aparentemente simples, mas que repercutiram no tempo delas.

Anayde Beiriz nasceu na Parahyba, no dia 18 de fevereiro de 1905. Terminou seus estudos na Escola Normal, e participou em 1925 de um concurso de beleza patrocinado pelo Correio da Manhã. Lecionou em Cabedelo numa aldeia de pescadores.

Anayde Beiriz

Foi uma mulher que quebrou tabus na provinciana cidade parahybana, professora, poetisa, uma mente brilhante e inquieta. Usava cabelos curtos a La garçonne, pintava suas madeixas,usava batom fumava, numa época em que as mulheres de recato não podiam sair às ruas, ela ousava e saia sozinha, sem acompanhantes e para completar, usava roupas provocantes e decotadas. Uma moça muito atraente e inteligente, recebeu o apelido de “olhos de pantera dormente”, de seus amigos íntimos.

Possuía idéias progressistas para época, estava sempre envolvida em saraus literários, além disso, defendia o voto feminino

Não se prendia a convenções. No que tange aos relacionamentos amorosos, teve um caso de amor nada convencional em 1928, com João Dantas, advogado e jornalista, que criticava a atuação de João Pessoa, então governador da Parahyba em seus escritos, e que era simpático ao coronel José Pereira de Princesa Isabel.

Veja o que ela escreveu sobre o matrimônio, em pleno anos 20 ela utilizou-se de sua arguta criatividade,para criticar a “escravidão” no lar:

““Nasci
Nasceu
Cresceu
Namorou
Noivou
Casou
Noite nupcial
As telhas viram tudo
Se as moças fossem telhas não se casariam...”

Anayde teve sua vida marcada tragicamente, por uma desavença política de seu amante, com o então governador da Parahyba. A polícia do estado invadiu a casa de João Dantas em busca de armas ou algo que o incriminasse, queimaram arquivos pessoais, destruíram móveis e arrombaram um cofre, onde era guardada correspondências entre ele e Anayde Beiriz.


Em mãos desse “achado”, o jornal do estado, A UNIÃO, publicou nas páginas principais as cartas íntimas do casal, um golpe baixo que manchou a reputação já questionada de Anayde Beiriz, sua vida foi atingida em cheio por esse ato. Fora isso, o Jornal que pertencia ao estado, vinha fazendo por seu turno, uma campanha para denegrir a imagem de João Dantas.

Durante dias ficaram expostas as cartas que envolviam amigos, clientes, parentes e fotografias íntimas do casal, aberto ao público para visitações.

Inconformado, João Dantas com seu orgulho ferido aproveitou-se da presença de seu inimigo, João Pessoa, em Recife (ao que tudo indica, o mesmo foi encontrar-se com sua amante, a cantora lírica Cristina Maristany, pois esteve na joalheria Krause, de acordo com historiadores como Horácio de Almeida e Amarylio de Albuquerque) no dia 26 de julho (até hoje comemoramos essa data, “a morte de João pessoa”), para o acerto de contas.

João Pessoa encontrava-se na "Confeitaria Glória", na companhia de 3 amigos, João Dantas armado, aproximou-se se apresentando: “Eu sou João Dantas”, e em seguida, disparou 3 tiros. Esse acontecimento repercutiu a nível nacional, pois o governador compunha a chapa da AL, a vice presidência, sua morte foi utilizada como álibi pela AL, para fazer a “revolução ”, que na verdade não foi revolução, e sim, um rearranjo de oligarquias, episódica Revolução de 1930!!

A morte do governador acirrou os ânimos na capital, comoção geral, luto, bandeiras vermelha e preta nas janelas das casas.

João Dantas foi preso, e posteriormente morto, sua morte até hoje é um mistério, foi encontrado degolado em sua cela, mas paira uma dúvida no ar: Terá sido realmente suicídio? Pois existe uma distância muito grande entre o real e o oficial.


Em meio a tudo isso, a nossa heroína teve sua vida abalada em todos os sentidos. Profissionalmente, pois qual família deixaria seus filhos em mãos de uma “indecente”? Seu nome durante muito tempo sequer podia ser pronunciado. 

Ela escapou de um apedrejamento, e acabou refugiando-se no Asilo Bom Pastor, em Recife. Sua morte foi no dia 22 de outubro, aos 25 anos de idade. Ela suicidou-se e foi sepultada no mesmo dia, como indigente.
Mas aqui está a escrita da história, dando-lhe a merecida homenagem ainda que morta, mas está em nossa memória, como ícone de mulher guerreira e amante do amor.

Uma vida efêmera, com muitos significados, viveu uma grande paixão, amou sem convenções, sem regras, um amor livre, autônomo e intenso. Simplesmente e atrevidamente, Anayde Beiriz!!!


Numa época em que o sonho de toda moça recatada, era ser uma esposa-mãe-dona-de casa, Anayde não se enquadrou nesse segmento, era limitá-la demais.

Portanto, ela sim, uma revolucionária!!

Referências bibliográficas:
Ribeiro, Flávio Eduardo Maroja. PARAHYBA 1930: A verdade omitida. João Pessoa: Sal da terra, 2008.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.

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AS ENTREGAS DOS CANGACEIROS..!

Por Volta Seca pesquisador
Visualiza-se, em foto, essa entrega.

Após a morte de Lampião e mais 10 cangaceiros na Grota do Angico-SE, pela volante do Tenente João Bezerra, em 28 de julho de 1938, o cangaço estava no fim. Alguns grupos ainda permaneceram em atividade, a exemplo de Zé Sereno, Pancada, Labareda e Corisco. 

No final do ano de 1938, alguns grupos se entregaram, restando, apenas, os de Labareda e de Corisco. Em 30 de março de 1940, o grupo de Ângelo Roque o Labareda após receber uma carta de garantia das autoridades policiais, se entregou na cidade baiana de Paripiranga. 

L E G E N D A da F O T O... !

1 - Ângelo Roque, o Labareda (CHEFE DO GRUPO),
2 - Benício Alves, o Saracura,
3 - Antonio Pedro Silva, o Patativa,
4 - Manoel Raimundo da Silva, o Jandaia
5 - Domingos Gregório, o Deus-Te-Guie
6 - Ana Conceição, companheira de Ângelo Roque,
7 - Mª José de Jesus (Zefinha), companheira de Jandaia
8 - Florzinha Alves de Lima (Mulher de Saracura e, a criança Eunice, de 4 anos, filha do cangaceiro Zezé (falecido)
9 - Josefa Maria de Jesus, mulher de Patativa,
10 - Major Felipe Borges de Castro,
11 - Capitão Salomão Rehem...



O nome Ana Conceição companheira de Ângelo Roque foi retirado de jornais da época das entregas. Logo, fico com essa informação, ao invés daquela prestada pelo seu filho, que, talvez, nem a tenha conhecido direito, bem como, não conheço prova documental (registro de nascimento ou certidão de óbito) a comprovar as alegações do aludido senhor. A uns dois anos atrás, a Rede RECORD, no Programa do Geraldo Luiz, fez uma extensa matéria com o filho, que tentava encontrar a mãe de todo jeito. Mas, me parece que as tentativas foram em vão. Essa é mais uma lacuna a ser estudada no que diz respeito aos personagens que vivenciaram o cangaço.

Adendo


O pesquisador do cangaço Adauto Silva disse o seguinte: 

"- O senhor Gregório é morador do Capão Redondo, aqui em São Paulo... "Sua saúde não está lá essas coisas", tenho um parente na região que o conhece"

Um fato interessante nessa foto é que os cangaceiros se entregaram de cabeça erguida, confiando nas autoridades, acima, e, mesmo na foto, não largaram suas armas. Nesse mesmo dia, o cangaceiro Patativa, se casou na igreja com sua companheira.

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