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domingo, 6 de novembro de 2016

CAPA DEIXADA POR MARIA BONITA EM SERRINHA DO CATIMBAU (ATUAL PARANATAMA/PE)

Por Geraldo Júnior

Capa deixada por Maria Bonita em Serrinha do Catimbau (atual Paranatama/PE), logo após o ataque de Lampião e seu bando à localidade. 

O ataque ocorreu no dia 25 de julho de 1935. durante a invasão Maria Bonita e Maria Ema (cangaceira) foram baleadas e o cachorro de apelido "Dourado" foi morto por populares, o que forçou a retirada antecipada do bando da localidade.

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)

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OS ÚLTIMOS DIAS DE ORÊMIA FLORES

*Rangel Alves da Costa

Seu nome: Orêmia Flores. Um sobrenome ajustado ao jardim em pessoa. Flores viçosas de um dia, mas que agora refletindo as agruras dos outonos da existência. Nos seus cabelos brancos e no olhar ainda brilhoso, porém distantes, também a recordação de um cafezal em flor. E que bela flor a do cafezal, para depois se transformar em grão e pó.

Uma vida simples ao longo da vida. Desconhecida de todos se alguns, por força de parentesco ou de vizinhança, não a conhecessem. Mas bastava avistá-la uma única vez para jamais esquecer sua feição e do seu jeito de ser. De poucas palavras - talvez já cansada de tanto dizer -, porém com a lição certa a quem desejasse ouvir sua sabedoria.

Viúva desde muito, sem filhos, apenas uma velha senhora morando sozinha. Ela, sua moradia de janela e quintal, um gato e a vida. As duas coisas que mais gostava de fazer eram sentar numa velha cadeira de balanço rente à janela e andar de canto a outro depois da porta do fundo. Tinha o quintal como a própria casa.

Era no quintal que mantinha seu cantinho de plantas medicinais. Ali o manjericão, a erva cidreira, o boldo, o mastruz. Ali também, esquecido num canto, um antigo e carcomido pilão de raiz escrava. Nele, um dia, na sua batida distante, o café em grão, o arroz em casca, o caroço de milho, a folhagem seca para fazer remédio.

Gostava de sentar num resto de tronco deitado e dali ficar observando a dança do vento no varal. Mesmo sem roupa estendida, era como se avistasse pessoas de braços abertos ao passar do tempo. Um pássaro pousava em cima do arame, mas apenas via a brancura de lenços esvoaçando pela ventania. E de repente um seguia pelos ares como folha aberta. Uma carta cheia de saudades, talvez.

Ainda no quintal, de cuia à mão, ia respingando gota d’água na sua plantinha. De repente avistava uma goiaba caída e se esforçava como podia para fazer o recolhimento. Assim também com qualquer fruta que caísse. Olhava pra cima, enxergava fruta madura, porém já não tinha força nem equilíbrio suficiente para estender uma vara certeira.


Também conversava sozinha, e como dialogava sozinho no seu silêncio de solidão. Mas parecia conversar com alguém. Tiziu, um meninote acostumado a afanar fruta ali do quintal, não duvidava que ela conversasse com alguém. Diversas vezes se escondeu por trás da cerca para ouvir:

“Crimero, já lhe disse e vou repetir. Não precisa mais todo dia chegar aqui me alembrando que tenho logo de ir pra onde você tá. Já tem mais de dez anos, desde que você morreu, que todo dia volta dizendo que tá com saudade de mim, que sente muito a minha falta, e por isso mesmo quer que eu lhe acompanhe. O tempo é de Deus, homem. E só Deus pode abrir a porta e dizer que o meu tempo aqui acabou. Mas sei não. Acho que Deus anda querendo falar comigo...”.

Depois de ouvir tais palavras, e mesmo assustado, um pouco mais tarde o menino bateu à porta da velha Orêmia. Ela estava sentada na cadeira de balanço e disse apenas que podia entrar que a porta estava aberta. Então Tiziu entrou devagar, meio sem sujeito, também meio sem saber o que falar, mas se aproximou para expressar, num entristecimento de doer coração. 

“Dona Orêmia, eu não queria que a senhora morresse não. Sem querer eu ouvi uma coisa e fiquei preocupado. Não sei quem todo dia vem chamar a senhora, mas se me dissesse eu lhe dizia umas duas e essa pessoa nunca mais aparecia. Eu já perguntei a Deus o que ele queria falar com a senhora, mas ele não me respondeu ainda. Qualquer coisa eu venho lhe dizer. Mas peça a Deus que esqueça essa coisa de tempo. E também diga a Deus que a senhora já está muito velha pra sair sozinha pela porta quando ele mandar...”.

Dona Orêmia ouvia as palavras do menino com olhos marejados. Pediu para que se aproximasse um pouco mais, passou-lhe a mão sobre a cabeça, e com a voz embargada disse. “Deus está aqui e ele me chama. Cuide do meu gato e do meu quintal. Sinto a porta se abrindo, sinto a luz na porta, sinto...”.
E o menino chorou.

Escritor
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A REVOLTA DE PRINCESA MARCA E TRANSFORMA A PARAÍBA

Revolta de Princesa teve repercussão nacional - Foto: Reprodução/Cultura Popular

Tudo começou através de discórdias políticas e econômicas, envolvendo poderosos coronéis do interior do estado e o governador eleito da Paraíba em 1927, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque

A guerra de Princesa, em 1930, foi um acontecimento que marcou e transformou a vida estadual e teve repercussão nacional. Tudo começou através de discórdias políticas e econômicas, envolvendo poderosos coronéis do interior do estado e o governador eleito da Paraíba em 1927, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque. O principal deles era o chefe político de Princesa Isabel, o “coronel” José Pereira de Lima, detentor do maior prestígio na região, que se tornou o líder do movimento. Era a própria personificação do poder político. Homem de decisão e coragem pessoal, também era fazendeiro, comerciante, deputado e membro da Comissão Executiva do partido.


João Pessoa discordava da forma como grupos políticos que o elegera, conduziam a política paraibana, onde era valorizado o grande latifundiário de terras do interior, possuidores de grandes riquezas baseadas no cultivo do algodão e na pecuária. Estes “coronéis” atuavam através de uma estrutura política arcaica, que se valia entre outras coisas do mandonismo, da utilização de grupo de jagunços armados e outras ações as quais o novo governador não concordava. Nos seus redutos, eram eles que apontavam os candidatos a cargos executivos, além de nomearem delegados, promotores e juízes. Eles julgavam, mas não eram julgados. Verdadeiros senhores feudais, nada era feito ou deixava de ser feito em seus territórios que não tivesse a sua aprovação. Mas João Pessoa passou a não respeitar mais as indicações de mandatários para nomeações de cargos públicos.


Por esta época, esses coronéis exportavam seus produtos através do principal porto de Pernambuco, em Recife, provocando enormes perdas de divisas tributárias para a Paraíba. Procurando evitar esta sangria financeira e efetivamente cobrar os coronéis, João Pessoa implantou diversos postos de fiscalização nas fronteiras da Paraíba, irritando de tal forma estes caudilhos, que pejorativamente passaram a chamar o governador de “João Cancela”.

A gota d`água foi a escolha dos candidatos paraibanos à deputação federal. Como presidente do estado, João Pessoa dirigiu o conclave da comissão executiva do Partido Republicano da Paraíba que escolheu os nomes de tais pessoas. A ideia diretriz era a rotatividade. Quem já era deputado não entraria no rol de candidatos. Tal orientação objetivava afastar o Sr. João Suassuna, grande aliado de José Pereira que, como presidente do estado que antecedeu a João Pessoa, teria maltratado parentes de Epitácio na cidade natal de ambos, Umbuzeiro. No entanto, João Pessoa deixou na relação dos candidatos o nome de seu primo, Carlos Pessoa, que já era deputado. Isso valeu controvérsia na comissão executiva e apenas João Pessoa assinou o rol dos candidatos.

Com o apoio discreto, mas efetivo, do Presidente da República e dos governadores de Pernambuco, Estácio de Albuquerque Coimbra, e do Rio Grande do Norte, Juvenal Lamartine de Faria, o coronel José Pereira decidiu resistir a essas investidas contra seus poderes. Com data de 22 de fevereiro de 1930, ele rompe oficialmente com o governo do Estado, através do seguinte telegrama:

"Dr. João Pessoa - Acabo de reunir amigos e correligionários aos quais informei do lançamento da chapa federal. Todos acordaram mesmo que V. Excia., escolhendo candidatos à revelia Comissão Executiva, caracteriza palpável desrespeito aos respectivos membros. A indisciplina partidária que ressumbra do ato de V. Excia, inspirador de desconfianças no seio do epitacismo, ameaça de esquecimento os mais relevantes serviços dos devotados à causa do partido. Semelhante conduta aberra dos princípios do partido, cuja orientação muito diferia da atual, adotada singularmente por V. Excia. Esse divórcio afasta os compromissos velhos baluartes da vitória de 1915 para com os princípios deste partido que V. Excia. acaba de falsear. Por isso tudo delibero adotar a chapa nacional, concedendo liberdade a meus amigos para usarem direito voto consoante lhes ditar opinião, comprometendo-me ainda defendê-los se qualquer ato de violência do governo atentar contra direito assegurado Constituição. Saudações (a) José Pereira".

Como resposta, João Pessoa mandou a polícia invadir o município de Teixeira, reduto dos Dantas, aliados de José Pereira, prendendo pessoas da família e impedindo que ocorresse votação naquela cidade. Determinou que acontecesse o mesmo em Princesa, mas lá, o coronel se armou, juntou um exército e reagiu.

José Pereira tinha armas em quantidade, recebidas do próprio governo estadual, em gestões anteriores, para enfrentar o bando de Lampião e mais tarde a Coluna Prestes. Seu exército particular era estimado em mais de 1.800 combatentes, onde diversos desses lutadores eram egressos do cangaço ou desertores da própria polícia paraibana. Com esse poderio bélico e seu prestígio político, começou a planejar o que ficou conhecido como “A Revolta de Princesa”. Partiu então para a arregimentação de aliados. Nessa tentativa, no dia 27 de fevereiro de 1930, dirigiu ao Sr. Odilon Nicolau a seguinte carta:

"Amigo Odilon Nicolau, o meu abraço. O governo tem feito grande pressão aos eleitores e sei agora que têm sido espancados vários correligionários da Causa Nacional. Como você já deve saber, rompi com o governo de João Pessoa e estou disposto a garantir os nossos amigos, para o que envio vários contingentes. O meu pessoal não tocará em ninguém, salve se for agredido. Havendo de provocar a intervenção, pois estou disposto a ocupar todos os municípios do Sul do Estado. O mesmo se fará no Norte com outra força comandada por pessoa em evidência no Estado. Penso ter direito e bem razão em lhe convidar para esta luta, porque as minhas relações com você e sua família, me animam a assim proceder. Não me engane porque a luta está amparada pelos próceres da política nacional. João Pessoa está ilegalmente no governo, logo depois da eleição, dado o movimento, o Governo Federal tomará conhecimento dos atos absurdos e inconstitucionais praticados por ele. Venha e não se receie. Do velho amigo, José Pereira Lima. Princesa, 27 de fevereiro de 1930".

O movimento declarou a independência provisória de Princesa Isabel do Estado da Paraíba. Em 28/02/1930 o Decreto nº 01 foi aclamado pela população, que declarou oficialmente a independência da cidade (República de Princesa), com hino, bandeira e leis próprias.

Essa rebelião atingiu também diversos municípios como Teixeira, Imaculada, Tavares e outros. A cidade, que já tinha visto passar diferentes grupos de cangaceiros, passou a ser reduto de valentia e independência. Foram travadas sangrentas batalhas e inúmeras vidas foram perdidas. Princesa se tornou uma fortaleza inexpugnável, resistindo palmo a palmo ao assédio das milícias leais ao governador João Pessoa.

Mas a luta perde sua razão de ser. O "coronel" queria afastar o presidente João Pessoa do governo, porém, o advogado João Duarte Dantas, por motivos pessoais/políticos, assassinou o presidente do Estado da Paraíba, na confeitaria Glória, no Recife, às 17 horas do dia 26 de julho de 1930. É que João Dantas teve a sua residência e escritório de advocacia na capital da Paraíba invadidos pela polícia do Estado, tendo parte de seus documentos apreendidos e divulgados pelo jornal A União, quase um diário oficial do estado. Vieram à luz detalhes de suas articulações políticas e de suas relações com a jovem Anayde Beiriz. Em uma época em que honra se lavava com sangue, Dantas sabendo que João Pessoa estava de visita ao Recife, saiu em sua procura para matá-lo.

Com sua morte, o movimento armado de Princesa, que pretendia a deposição do governo, tomou novo rumo. Os homens de José Pereira comemoraram, mas o coronel, pensativo, teria dito: “Perdemos...! Perdi o gosto da luta. Os ânimos agora vão se acirrar contra mim".

E conforme sua previsão, os paraibanos ficaram chocados com o assassinato (a partir daí criou-se todo um mito). O crime foi apresentado como obra dos perrepistas, o Partido Republicano Paulista. Seus partidários, em retaliação, foram perseguidos e tiveram suas casas incendiadas, além de sofrerem outros tipos de perseguição e violência.

O Presidente da República, Washington Luiz, decidiu então terminar com a Revolta de Princesa e o "coronel" José Pereira não ofereceu resistência, conforme acordo prévio, quando seiscentos soldados do 19º e 21º Batalhão de Caçadores do Exército, comandados pelo Capitão João Facó, ocuparam a cidade em 11 de agosto de 1930. José Pereira deixa a cidade no dia 5 de outubro de 1930.

No dia 29 de outubro de 1930, a Polícia Estadual ocupa a cidade de Princesa com trezentos e sessenta soldados comandados pelo Capitão Emerson Benjamim, passando a perseguir os que lutaram para defender a cidade ameaçada, humilhando e torturando os que foram presos, sem direito a defesa. A luta teve um balanço final de, aproximadamente, seiscentos mortos.

Depois de anistiado, em 1934, José Pereira foi residir na fazenda "Abóboras" em Serra Talhada-PE.

Fonte: Blog Cultura Popular

http://novapalmeiraoficial.blogspot.com.br/2016/11/historia-revolta-de-princesa-marca-e.html?m=0

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DEPOIMENTOS DO SENHOR JOÃO DE DEUS ARAGÃO ESTIVE COM A NAVALHA NO PESCOÇO DE LAMPIÃO!

Por Geraldo Júnior

Morador da Fazenda Vaz Salgado na localidade chamada vila do Amparo na Bahia, declarou para o repórter de "A NOITE" que fez a barba de Lampião utilizando a sua afiada navalha no ano de 1928, quando morava na citada localidade. Enquanto "fazia" a barba de Lampião os demais membros do bando davam proteção ao chefe com armas em mãos.


Para todos os efeitos o Senhor João de Deus esteve com a vida de Lampião em suas mãos, porém um ato impensado de sua parte poderia acabar com a vida de crimes do cangaceiro, mas isso custaria a sua vida, de familiares e possivelmente de inocentes.


Colocando na "balança" os prós e os contras o Senhor João de Deus resolveu apenas dar um "talento" na "barbicha" do Rei do Cangaço, que saiu "renovado"... AMANDO, GOZANDO E QUERENDO BEM.

NAS QUEBRADAS DO SERTÃO.

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)

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ANTÔNIO CORRÊA SOBRINHO E O LIVRO “O FIM DE VIRGULINO LAMPIÃO – O QUE DISSERAM OS JORNAIS SERGIPANOS” DE SUA AUTORIA.


O livro traz inúmeras matérias de jornais sobre a morte de Lampião que foram manchetes nos principais jornais sergipanos. Um livro/documento que não pode faltar na coleção dos estudiosos e apreciadores da história do cangaço.

Quem desejar adquirir o trabalho do escritor e pesquisador Antônio Corrêa Sobrinho, basta entrar em contato diretamente com o autor através do e-mail tonisobrinho@uol.com.br

O Livro custa apenas R$ 30,00 (Trinta Reais) com frete incluso.

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NOVO LIVRO DO ESCRITOR SABINO BASSETTI - LAMPIÃO O CANGAÇO E SEUS SEGREDOS


Através deste e-mail sabinobassetti@hotmail.com você irá adquirir o  mais recente trabalho do escritor e pesquisador do cangaço José Sabino Bassetti intitulado "Lampião - O Cangaço e seus Segredos".

O Livro custa apenas R$ 40,00 (Quarenta reais) com frente já incluído, e será enviado devidamente autografado pelo autor, para qualquer lugar do país.
Não perca tempo e não deixe para depois, pois saiba que livros sobre "Cangaço" são arrebatados pelos colecionadores, e você poderá ficar sem este. Adquira já o seu.

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“VOCÊS SABEM O QUE É UMA UNIVERSIDADE, MOÇOS E MOÇAS? ”.


Por Coletivo #EuSouUERN – Por uma universidade Viva. Resistimos! Texto e sugerido pelo Prof. José Ronaldo Silva – UERN/FANAT. FONTE: facebook.

Não, ela não é um templo de saber. Não é feita de luxo, de vidro ou granito. Ela é feita de gente. Gente que ama. Gente que sonha. Gente que atravessa madrugadas dentro de ônibus, assistindo ao sol cortando a paisagem, cruzando fronteiras municipais. Gente que vai de bicicleta, de carona, que economiza para pagar o lanche, que divide a apostila com o colega. Gente que se forma e volta a sua cidade de origem, e é recebido com um sorriso de alegria. E pode mudar a vida de mais gente, em progressão que só o sonho alcança.


Ela não é só um lugar em que a gente pode estudar. Não é apenas um prédio, cheio de salas enfileiradas. Não é apenas um lugar onde adquirimos saber – essa coisa tão variada que existe no mundo, que está no homem de pé no chão, arando o campo e no doutor da cidade, encerrado em seu terno. 

Deixa eu te contar de uma universidade, uma só. Ela fica no Oeste, naquela terra onde o sol queima mais, o vento pesa menos, mas as pessoas sonham do tamanho do horizonte que as abriga. Esta é uma universidade que se espalha pelo interior do estado, como a flor rupestre, como os vestígios de caatinga, anunciando o verde, as promessas de futuro. Com mais de 10.000 alunos, mais de mil professores, essa universidade foi uma conquista para os filhos e filhas do semiárido, ela não nasceu, não foi criada, foi conquistada, numa luta árdua dos filhos de sua terra. Uma luta por educação, a mais digna de todas, um luxo que expande a alma, mesmo quando não enche os bolsos de dinheiro. Um luxo porque faz crescer o mundo que existe dentro da gente.

Esta Universidade do Estado do Rio Grande do Norte é grande porque é nossa. É feita de gente do povo. Gente que gasta a sola do sapato. Que acorda cedo e dorme tarde. O Campus Central em Mossoró espraiou-se, atingiu a serra, o sertão, adentrou o mato. Chegou a cidades como Assu, Patu, Pau dos Ferros. Foi ao Seridó, terra de Santana, erguer seus muros e levar ensino e formação a Caicó e até mesmo na capital do estado. Embora a grande referência da UERN seja Mossoró, seu Campus é do tamanho da interiorização.

Esta Universidade tem cotas, sabe? Muito antes de elas se tornarem uma imposição inclusive do ensino federal. Ela tem 50% (metade, isso mesmo) de cotas sociais, e estas ainda contemplam cotas raciais. Ela tem um departamento de inclusão que é referência no estado. Esta universidade feita de povo cresceu. Hoje ela tem pesquisa, tem extensão. Tem Mestrado e Doutorado. Gente que vive em Mossoró pode ser Mestre em Ciências Sociais e Aplicadas em Mossoró. Gente que vive em Pau dos Ferros pode ser doutor ou doutora em Literatura. Gente que mora em Caicó pode fazer mestrado em Filosofia. É gente, sabe? Alunos e professores, ambos reconhecidamente importantes. É de gente que uma universidade é feita. 

Agora, eu ligo a TV e vejo um senhor, de terno e cara amarrada. Vejo um senhor responsável pelo Tribunal de Justiça do meu estado – e ouço falar que no golpe que aplicaram em meu país, a mídia e o judiciário são os braços mais fortes. Pois bem, vejo este homem, que é responsável por conseguir aumentos de salário para o judiciário do meu estado, fazendo deste o mais rico do Nordeste, dizendo que tem um plano: privatizar a minha universidade. Aquela, feita de luta. Aquela, que tantos governantes já tentaram destruir, enfraquecer, negligenciar. Aquela onde cabem os meus sonhos. 

E disse que aluno ia ter bolsa de 1.500 reais, que o estado ia melhorar sua vida financeira, que o progresso, enfim, ia chegar. Ele pensa que a gente é bobo... O homem de terno e gravata claramente não sabe que a UERN somos nós. Que é feita de nossos sonhos e não vamos deixar que os cortem de nossa carne. O homem de terno no noticiário, que promete o que não pode cumprir não conhece a nossa história. Mas ele está muito enganado. Ele não sabe com quantos corações pulsa uma universidade. Mas teremos o prazer de contar a ele cada uma dessas histórias e fazê-lo entender que educação não é esmola, é direito, e a UERN não nos será comprada, ou vendida. A UERN é nossa.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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FUGINDO UM POUCO DO NOSSO TEMA - O GARFO FALA MAIS ALTO!


O garfo fala mais alto, a arma não amedronta a quem tem mãe e a quem tem fome...!!!

Foto tirada dia 30 de setembro, na Síria. Um garotinho tenta defender a mãe e quase nenhum grande órgão de Imprensa mundial publicou.

A imagem é da revista African Leadership, (publicação semelhante no Brasil à revista Exame) dirigida a endinheirados do continente africano.

Fonte: facebook
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LIVROS DO ESCRITOR GILMAR TEIXEIRA


Dia 27 de julho de 2015, na cidade de Piranhas, no Estado de Alagoas, no "CARIRI CANGAÇO PIRANHAS 2015", aconteceu o lançamento do mais novo livro do escritor e pesquisador do cangaço Gilmar Teixeira, com o título: "PIRANHAS NO TEMPO DO CANGAÇO". 

Para adquiri-lo entre em contato com o autor através deste e-mail: 
gilmar.ts@hotmail.com


SERVIÇO – Livro: Quem Matou Delmiro Gouveia?
Autor: Gilmar Teixeira
Edição do autor
152 págs.
Contato para aquisição

gilmar.ts@hotmail.com
Valor: R$ 30,00 + R$ 5,00 (Frete simples)
Total R$ 35,00

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MANOEL DUARTE FERREIRA


Manoel Duarte Ferreira um dos defensores entrincheirados no piquete da Intendência, tentativa de assalto de Virgolino Ferreira da Silva o Lampião à cidade de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte, na tarde de 13 de junho de 1927.  

A tradição oral o apontou - em virtude de sua exímia pontaria - como o provável matador do cangaceiro "Colchete". Não há prova conclusiva neste particular. 

Esta informação sobre o senhor Manoel Duarte que é apontado como o matador do cangaceiro Colchete está no livro "Lampião e o Rio Grande do Norte A História da Grande Jornada" 2ª edição - autor: Sérgio Augusto de Se Souza Dantas, página: 432.

Manoel Duarte era filho do fazendeiro Francisco Duarte um dos maiores proprietários de terras da cidade de Mossoró.  

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O CARRASCO DO SARGENTO EVARISTO CARLOS COSTA SOLDADO BANDEIRA

Por Guilherme Machado historiador pesquisador
Guilherme Machado e o militar Joselino Pinto Bandeira

O Senhor Joselino Pinto Bandeira, o último dos Moicanos. O popular sargento Bandeira. Nascido em 25 de setembro de 1935 em Olhos D’água das Flores Alagoas, Bandeira como é conhecido na brilhosa Polícia Militar Baiana.

O Cabo de Infantaria saiu de Alagoas em 1945, e em 1955 Ingressou na Polícia Militar da Bahia, onde veio a conhecer e conduzir detido para Salvador o sargento Evaristo Carlos Costa, único sobrevivente da chacina da cidade de Queimadas no Estado da Bahia. Terror implantado pelo cangaceiro Lampião e seu bando.

O velho Tenente hoje honradamente aposentado me falou que conduziu o seu superior para Salvador para ser ouvido pela Corregedoria da Polícia Militar da Bahia, para ser ouvido pela ouvidoria militar, por ser único sobrevivente ceifado por Lampião.

Futuramente se tornaram grandes amigos, e o velho tenente veio a comprar o sítio do sargento Evaristo na localidade Serra do Caixão no município de Santa Luz no Estado da Bahia.

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LIVRO “A PARAYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO”.

Por Ruberval Sousa

Eles estiveram na Paraíba, praticaram crimes, mataram, foram mortos e agora voltam em forma de livro em uma viagem fantástica pelo tempo.

Eles e suas histórias estão descritas no meu livro “A PARAYBA NOS TEMPOS DO CANGAÇO”.








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Página: Ruberval Sousa

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TIBAU DE TODOS OS TEMPOS

Autora Lúcia Rocha

TIBAU DE TODOS OS TEMPOS - Volume I - é o primeiro de uma série de livros sobre Tibau, a praia do mossoroense, localizada na divisa do Rio Grande do Norte com o Ceará.
           Lançamento na Feira do Livro de Mossoró, foi no dia 19 de agosto de 2016, a partir das 19 horas, no Expocenter, bairro Costa e Silva.
           No dia 20, houve uma manhã-tarde de autógrafos no Rust Café, na Praça Bento Praxedes, centro de Mossoró, a autora recebeu alguns amigos.
           Lançamento em Natal, dia 31 de agosto, em evento fechado para a colônia mossoroense.
           Lançamento em Natal, em evento aberto, dia 1º de setembro, local a confirmar.
Lançamento em Tibau no dia 9 de setembro, no Viola Beach, na Rua Pirambu, por trás do Brisa, centro.

           
Vendas com entrega via Correios para todo o país. Pedidos através do e-mail: emuribeka@uol.com.br - ao preço de R$ 50,00 - cinquenta reais.
           Contato para mais informações: 84 - 99668.4906

Lúcia Rocha
luciaro@uol.com.br

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