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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

DOCUMENTÁRIO "A ESTÉTICA DO CANGAÇO"

Por Frederico Pernambucano de Melo
https://www.youtube.com/watch?v=RQRbcI4Kauc&feature=youtu.be&app=desktop

Conhecer a história é apenas o primeiro passo para o estudo do cangaço. Como disse Frederico Pernambucano Mello, foi a estética do cangaço que me revelou que eu não poderia trabalhar um tema a partir somente de um conceito jurídico ou sociológico. Sou um cientista social que foi salvo no momento que fui assaltado pela arte.

O que é a arte? Só mesmo um gênio da literatura como Leon Tolstói poderia responder a esta pergunta com um impressionante equilíbrio entre simplicidade e profundidade. "As palavras são a comunicação de conhecimento, enquanto a arte é a comunicação de sentimentos", diz o escritor.

Publicado em 11 de abril de 2016
O historiador e pesquisador do cangaço e banditismo rural Frederico Pernambucano de Mello destrincha os meandros deste fenômeno social sertanejo, tomando como ponto principal de aprofundamento no tema a produção artística e a estética que o caracterizava.

Realização: Fundação Joaquim Nabuco
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Lampião, Cangaço e Nordeste – José João Souza
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A GEO APONTA

Por Clerisvaldo B. Chagas, 3 de novembro de 2016 - Escritor Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica 1.585

“Vai moreninha
Cabelo de retrós
Entra lá pra dentro
Vai fazer café pra nós”.

Pois, entre um cafezinho e outro vamos aperfeiçoando a Geografia de Alagoas fora da pesquisa de campo. Homem e Natureza à disposição, Sol causticante e olhar arguto, vai saindo a coleção dos nossos dias. 

LAGOA PÉ LEVE. Foto: (Arapiracanews).

Vamos percebendo o esforço do agricultor no plantio sem agrotóxico, exigência da sociedade moderna. O incentivo do governo para o plantio e para a implantação das feiras que asseguram às vendas; o anúncio ao povo dos dias e locais onde se podem comprar os produtos rurais sem medo de veneno. Enfim, a força governamental para resolver alguns problemas relativos a esse segmento esteio do consumo.

Por outro lado, vem à tristeza nas investigações das lagoas de terras interiores. Não estamos nos referindo às lagunas costeiras e nem as do São Francisco. Com as diferentes formas de agir é o próprio homem que vai matando a galinha dos ovos de ouro. Os gritos de agonia são mais fortes quando as lagunas possuem mais representatividade como a Mundaú e a Manguaba. Mais fracos quando se trata das lagunas do Velho Chico. Sussurros quando se apontam as lagoas interiores, aquelas formadas nas depressões do Agreste porque as do Sertão somente carregam o nome.

Algumas lagoas de terras interiores ainda resistem como a Gado Bravo, Porcos, Canto, Funil, Salgada, Pé Leve e mais outras reveladas em trabalho específico. Aquelas que estão próximas às cidades e povoados e mesmo já fazendo parte do núcleo urbano, são as que mais agonizam com desmatamento, assoreamento, esgotos diretos, lixo doméstico e o abandono.

Muitas coisas têm sido feitas, é verdade, por esse tão belo estado de natureza pródiga. Mas é verdade também que muito mais se falta fazer. As ações tardias deixam a desejar.

E lá vai o bicho de dois pés correndo com duas bolas de chumbo nas pernas e uma chave inglesa na mão.


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NO PASSAR DAS HORAS

*Rangel Alves da Costa

Já dizia o velho doutor em sabedoria do mundo que o tempo é tudo, mas é no passar das horas, a cada instante, que tudo acontece. E por que cada instante vai somando o feito na vida, basta que se perca um segundo e tudo já estará diminuído.

Quanto não tinha outra coisa a fazer, Maria conversava sozinha. Levava a cadeira pra debaixo da mangueira e lá mantinha um diálogo consigo mesma que mais parecia uma interlocução entre duas pessoas:

“O que eu disse um dia a mais velha, agora digo o mesmo a mais nova: cuidado, cuidado, cuidado. A mais velha não me ouviu e um dia apareceu barriguda, prenha de namorado. E agora essa já deu pra namorar. O pio é se se danar a dar também outra coisa...”.

Por mais que tivesse ocupação, e ocupado estivesse o dia inteiro, Sizenando sempre reservava uma hora para escrever cartas de amor. Bem que poderia buscar inspiração depois do anoitecer, quando o luar despontava e trazia consigo a magia da inspiração, mas preferia durante o dia.

Já havia escrito mais de cinco mil, certamente, pois desde muito tempo que pega na folha e rabisca palavras amorosas a um amor verdadeiramente inexistente. Segundo ele, para que, acaso um dia encontrasse sua flor perfeita, já estaria mais que capacitado a fazê-la apaixonada através de sua doce escrita. E escrevia:

“Meu amor, minha flor, minha vida. Do grão que a paixão semeou, assim nasceu um jardim, no buquê de seus olhos, no beijo de prazer sem fim. E eu seria o mais triste jardineiro ao abrir a janela e não avistasse minha linda donzela, ali em meio a outras flores, perfumando minha vida de mil amores...”.

Torquato, reconhecidamente ruim da cabeça, só faltava endoidar em noite de lua cheia. Passava o dia contando as horas para a noite chegar e logo a lua sair, e quando a escuridão chegava se enchia de perfume, de brilhantina nos cabelos e saía pra namorar, e sua namorada era a lua. E então se presenciava situações verdadeiramente angustiantes.


Em cima de uma pedra grande, dizendo que queria beijar, abraçar, morder, namorar, então levantava os braços como se desejasse trazê-la para junto de si. E assim ia passando as horas em busca desse amor impossível, voltando somente na madrugada e já tendo deixado encontro marcado para o anoitecer seguinte.

No passar das horas Euflosina lavava, enxaguava, estendia roupa no varal, esperava secar para passar ferro. Contudo, nada mais sublime que o seu cantar após estender a roupa no varal, sentar numa cadeira de balanço debaixo do umbuzeiro, para deixar sua voz ser levada na ventania. E saudosamente cantarolava:

“Meu olhar se estendeu pela beira do mar e logo quis navegar pelo mundo afora. Atrás do amor, minha senhora, atrás de amar, minha senhora. Água que levou meu coração, não se esqueça que fiquei sofrendo na solidão. Então quando o meu coração voltar, que não volte sozinho, traga alguém para amar. Onde está meu coração agora? Foi atrás do amor, minha senhora, atrás de amar, minha senhora...”.

Não longe dali, o velho Cirineu pouco importa com as horas que vão passando. Sem pressa de nada, tanto faz a lua como o sol em sua vida. Mas passa seus instantes na simplicidade q  ue tanto gosta de ter. Pinica fumo pro cigarro de palha, cata cavaco pro fogão de lenha, senta na pedra e se põe a matutar. E lê na nuvem a chuva e a trovoada, sente no vento a bonança e a tristeza.

Horas que vão passando assim, nos afazeres simples do dia a dia. Apenas o relógio do tempo, do costume e do pensamento, para servir de ponteiro. Nada mais pontual que o sino badalando na igrejinha. Também nessa hora começa a subir pelos ares o cheiro de café torrado, de cuscuz ralado, de tripa assada em banha de porco. E tudo passa, e tudo vai passando, para de novo acontecer. Ou não.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com 

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ADQUIRA OS SEUS LIVROS SOBRE CANGAÇO, PADRE CÍCERO, CANUDOS, PAU DE COLHER... COM O PROFESSOR PEREIRA


Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016

O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira.
franpelima@bol.com.br

Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína, pelo e-mail: 
Coordenação literária: Assessoria de imprensa: Leidiane Silveira – (61) 98212-9563 

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ENCONTRO DE GERAÇÕES DE ESTUDIOSOS DO CANGAÇO E AMANTES DA CULTURA NORDESTINA.


O garoto Pedro Motta Popoff que atualmente é uma grande promessa da música nordestina e divulgador da cultura sertaneja, e o veterano Antônio Amaury Corrêa de Araújo, escritor e pesquisador do cangaço, autor de vários trabalhos sobre o tema, durante o evento destinado ao relançamento do livro em homenagem aos 25 anos de fundação do CTN/SP - Centro de Tradições Nordestinas, de autoria do idealizador José de Abreu.

https://www.youtube.com/watch?v=4DTLsiCBZJk

Enquanto manifestações de respeito, admiração e reconhecimento como essas acontecerem, o futuro da nossa cultura e de nossas tradições estará garantido.

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)

https://www.facebook.com/HistoriasdoCangaco/photos/a.435268929895318.1073741828.435240783231466/1144317272323810/?type=3&theater

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LIVROS DO GERALDO MAIA DO NASCIMENTO


ATENÇÃO: Novo livro do cangaço publicado: 

AMANTES GUERREIRAS: A Presença da Mulher no Cangaço, de Geraldo Maia do Nascimento, Natal-RN: Editora do Sebo Vermelho, 2015, 132 páginas. O pesquisador do cangaço, Geraldo Maia do Nascimento, também conhecido por GMaia, nascido em Natal e radicado em Mossoró, relança o Livro: AMANTES GUERREIRAS:..., agora em 2ª Edição, com o conteúdo ampliado, ou seja, com 132 páginas. O Autor faz uma compilação de quase 100 nomes de cangaceiras. O livro pode ser adquirido com o Professor Francisco Pereira Lima, em Cajazeiras-PB ou no Sebo Vermelho, em Natal-RN. - Carlos Alberto

No dia 17 de Agosto o professor Pereira estará  com esse excelente livro à disposição dos amigos, ao preço de R$35,00 
com frete incluso. 
Pedido: franpelima@bol.com.br


ADQUIRA LOGO O SEU:

MOSSORÓ NA TRILHA DA HISTÓRIA

ANOTAÇÕES


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A JUSTIÇA TARDA, MAS NÃO FALTA...

Por Roberto Soares
Coronel Cornélio Soares

A vida é cheia de surpresas e quando menos se espera a verdade aparece repentinamente. No dizer popular, “a mentira tem pernas curtas”. É prazeroso quando o bom imprevisto bate à sua porta de forma súbita! Contudo, para facilitar o entendimento desse caso que passo a narrar, preciso discorrer sobre fatos pretéritos, nascidos a partir de falsas premissas, ou melhor, de uma “estória mal contada”.

Devo esclarecer que vários autores, transcreveram trechos do equivocado livro de Rodrigues de Carvalho, “que alguns escritores consideram um clássico” (?), assinalando na parte que cita o Cel. GN/PE Cornélio Soares e o Cel. PM/PE Teofhanes Ferraz, verdadeiros exemplos no Sertão de outrora, como prováveis responsáveis pelo envio de armas para cangaceiros num certo dia de 1925. 

Aliás, é bom registrar que falar mal de policiais causa exultação, e afrontar os falecidos coronéis de uma época em que as únicas referências sertanejas eram a seca e o cangaço, afigura-se como provocação extasiante, quiçá sensação de turgescência. Escritores por vezes omitem fatos positivos e exteriorizam vastamente os negativos, ocultando ou distorcendo a verdade, almejando não se sabe bem o quê.

Pois bem, depois que “Serrote Preto” apresentou essa versão esdrúxula, um dos que transcreveram resolveu insinuar que esses dois coronéis eram “BANDIDOS” numa entrevista ao repórter Francisco José na Rede Globo de Televisão, emissora de larga divulgação, o que torna desmesurado o prejuízo à imagem desses íntegros homens públicos.
  

Tem-se que a palavra “BANDIDO” significa bandoleiro, quadrilheiro, salteador, ladrão, criminoso, assassino, delinquente, homicida, pistoleiro, trapaceiro, facínora, salafrário, malfeitor, mau-caráter, etc. Porquanto, advirta-se que o sujeito para ser de fato assim considerado, precisa de culpa ou dolo formal, além de uma condenação protocolar. Sem condenação na verdade não pode ser chamado de “bandido”, mesmo que contra si tramite uma situação “sub judice”.

Interpelado, o equivocado narrador fincou premissa em outros livros que incidiram na mesma versão (de “Serrote Preto”), e proferiu que “não era crime naquela época vender armas”, todavia, não sucumbiu qualquer condenação, mesmo administrativa, imposta aos ilustres Cornélio e Teophanes sobre o aludido caso de 1925, embora tenha sido instado. E, não apresentou alguma prova material do imaginável “delito” que pudesse corroborar a escrita ou declaração à imprensa, já que teceu acusação tão séria. Ora, seria adequado que tivesse anexado a cópia de um inquérito, intimação, citação, recibo, nota fiscal, carta, bilhete, documento, etc., porém, nada disso veio à tona, salvo cópias dos tais livros que na verdade se constituíram em réplicas do saltério “Serrote Preto” de Rodrigues de Carvalho.

Rodrigues de Carvalho

Não bastasse, a insensata e exasperada escrita de Rodrigues de Carvalho em Serrote Preto (pág. 293), que demonstra simples e claramente “uma presunção”, porque na verdade ele não prova o que diz com algum documento. Tão-somente, cinge-se a repassar, de forma irresponsável, uma variante fantasiosa criada pelo cangaceiro conhecido por “Cancão”, que o fez obviamente de forma maldosa para se vingar de Teophanes, o qual, heroicamente jamais deu trégua a bandoleiros. Por que Rodrigues não pesquisou um pouco mais antes de escrever?

É cediço que com base no direito, quando se tem a presunção de um fato, aplica-se o consagrado princípio jurídico “in dubio pro reo”.  Na dúvida, o juiz é compelido a absolver o réu.  Mas, alguns escritores tendem a agir, desfigurando princípios éticos e de Direito, talvez por não aceitarem os fatos optam em repassar situações advindas da paixão, divorciadas da realidade histórica. Só tendem a preocupar-se mesmo quando um caluniado, difamado ou injuriado resolve ingressar com um processo criminal para saldar a inverdade, ou uma ação cível para reparar os danos morais causados ao inocente da vez. Escondem-se na sombra de terceiros. É uma lástima, mas é a mais pura verdade.

Geraldo Ferraz

Retornando ao ponto essencial, aconteceu um lance espetacular que pode mudar o curso da história, ou da “estória”, como queira designar o leitor. Confesso que devemos isso ao GECC – Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará, ao GPEC – Grupo Paraibano de Estudo do Cangaço, ao ditoso “CARIRI CANGAÇO” e, por óbvio, em especial ao escritor que revelou o fato, bem como à investigação realizada por Geraldo Ferraz junto à PMPE.  A pesquisa responsável e imparcial empreendida por esses grupos compostos por homens de bem dedicados e estudiosos, vem produzindo bons frutos e com isso a verdade começa a aparecer de forma cristalina.

O ápice da questão é que um dos bons amigos de Rodrigues de Carvalho (autor de Serrote Preto), o eminente escritor Antônio Amaury Correia de Araújo, de São Paulo/SP, homem isento e de reconhecida responsabilidade, em texto muito claro para o GECC/Cariri Cangaço (set./13), colocou em dúvida a versão de 1925 que eventualmente teria ocorrido na Serra do Saco em Serra Talhada/PE, próximo da divisa com a Paraíba. Disse o estudioso Amaury que o respeitável escritor e pesquisador Geraldo Ferraz, vasculhou os arquivos da Polícia militar de Pernambuco e nada encontrou sobre o sangrento episódio contado por Cancão, o cangaceiro cujo nome era José Firmino e fora a fonte única de Rodrigues de Carvalho nesse episódio, que inclusive acabou por envolver os Cels. Cornélio e Teophanes. Ressalte-se: qualquer cidadão poderá fazer essa pesquisa no Comando da PM/PE. Finalmente, Amaury fechou a questão revelando que a imprensa sempre atenta aos acontecimentos relevantes, na época nada noticiara. Lamentavelmente, somente agora tomei conhecimento desse relevante texto de Amaury.

Romero Cardoso, Thiago Pereira, Manoel Severo, João de Sousa e Roberto Soares

Veja a lógica: “Cancão” disse que fora ferido nessa ocorrência de altíssima magnitude em que morreram vinte e cinco (25) soldados (pasme) nas mãos dos cangaceiros. Como pode isso ter acontecido se não consta qualquer registro nos arquivos da Polícia Militar de Pernambuco que, na época trabalhava em conjunto com a Polícia da Paraíba? Onde estão essas viúvas? Do mesmo modo, a imprensa dos dois Estados sempre alerta quanto aos casos mais relevantes como esse, absolutamente nada noticiou. Na verdade, essa ação nunca existiu nem produziu morto ou ferido.

A Polícia de Pernambuco e da Paraíba faziam ações conjuntas contra o cangaço, especialmente na divisa, mas nesse dia não houve nenhuma movimentação militar naquelas imediações. Ora, se não consta na imprensa nem nos anais da Polícia Militar tal episódio, com obviedade não aconteceu! Assim, não há como incriminar pessoas em evento inexistente. Seria um imaginário transloucado. Além disso, quando aferimos a biografia do Cel. Teophanes amparada em documentos oficiais do Governo de Pernambuco, da própria Polícia e analisando os atos de nomeação e designação, constatamos que nessa época esse ínclito oficial estava prestando serviço muito longe. 
  
Theophanes Torres

Encontrava-se em Petrolina, onde era delegado de polícia desde novembro de 1924 e de lá informava ao Governador de PE e ao Comando da PM as andanças da Coluna Prestes. Logo, como poderia esse oficial estar em dois lugares ao mesmo tempo, em época tão complexa para deslocamentos? Por sua vez, Cornélio que era genro de um Juiz de Direito da região, representava o Ministério Público Federal uma vez que fora nomeado em 1920 pelo Ministro da Justiça de Epitácio Pessoa para a nobre e honrosa função e agia repetidamente como mediador da luta entre Saturnino e Lampião. Tudo como se comprova no livro de José Alves Sobrinho e Antônio Neto (PEGADAS de um SERTANEJO – Vida e memórias de José Saturnino – Ed. dos Autores, 2015). Amiúde, atuava em conjunto com o Juiz de Serra Talhada, então Vila Bela. 

Dessa forma, essa variante esquisita sempre foi integralmente incompatível com a verdadeira história de Teophanes e Cornélio. É quase como acusar Duque de Caxias de traidor. Por isso, me senti na obrigação de escrever às pressas um livreto em defesa do meu avô (“Coronel Cornélio Soares – Uma História de Vida em Serra Talhada”), onde por óbvio, acastelei a conduta sempre ilibada dos dois coronéis.
  

Indagações: é peremptório que Lampião sempre foi heterossexual, pois se relacionou somente com mulheres. Contudo, um Juiz de Direito de Sergipe disse no seu livro que Lampião era homossexual. O citado livro foi suspenso pela Justiça e o autor fora agredido verbalmente por escritores que não aceitaram essa variante. Mas, homossexualidade é opção e não crime. Assim, como o seu livro foi liberado pela Justiça em nome da liberdade de expressão, deduz-se que isso dá o direito a outros escritores transcreverem essa versão absurda, evidentemente citando a fonte. Se hipoteticamente o mesmo juiz tivesse contado essa versão a Rodrigues de Carvalho, ele teria assentado isso no seu parcial livro? Aproveitando o mesmo entendimento, faço a seguinte inquirição: por que Cornélio e Teophanes jamais foram defendidos pelos escritores, salvo pelas suas famílias? Observe que há uma total inversão de valores!

Após essas fortíssimas comprovações e esclarecimentos, amplamente ratificados pelas contestações exibidas pelas famílias dos mortos ofendidos, constata-se que o falacioso episódio de 1925 não passa de uma grande falsidade. Pura fantasia. De tal modo, depois de tantas ilações como reparar a honra desses dois cidadãos injustamente aniquilada, quando certamente o direito de ação já se encontra prescrito?

Roberto Soares
Serra Talhada, Pernambuco

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2015/07/a-justica-tarde-mas-nao-falta.html

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VINKINGS, SAMURAIS E CANGACEIROS

Por Junior Almeida

Muita gente que não tem conhecimento de causa acha que grupos como o Cariri Cangaço, que reúne pesquisadores, escritores, familiares de coiteiros, cangaceiros e volantes e simplesmente aficionados pelo tema cangaço, ou mesmo que pessoas que participam de grupos ligados ao tema nas redes sociais são adoradores de bandidos ou que fazem apologia ao crime, não sendo difícil fazer algum comentário que não reflete a realidade. Não é isso. Muito pelo contrário. Se alguém fizer a famosa pergunta “se Lampião era herói ou bandido” a algum pesquisador sério, 100% deles sem titubear vai responder que Virgulino Ferreira foi o maior bandido que existiu em território brasileiro. O que se estuda desse celebre sicário é a sua mente privilegiada, sua capacidade de estrategista, sua liderança nata e várias outras qualidades usadas por ele no campo de luta, até mesmo “arte” de matar. Ao estudar o cangaço, se analisa o meio em que ele viveu, sua rede de protetores e até a política e corrupção daquela época.


Sempre foi assim. Em toda parte do mundo, em todas as épocas existiram conflitos armados, desde pequenas revoltas até grandes guerras, e todas elas foram estudadas, assim como se estuda o cangaço. Por divulgação de quem estudou os conflitos e os seus protagonistas, alguns guerreiros ficaram mundialmente famosos, como os Kamikazes japoneses, que sacrificavam suas vidas pelo Japão, os Samurais, guerreiros de belíssimas indumentárias, também da Terra do Sol Nascente, que lutavam colocando a honra acima de tudo. Em um tempo não tão distante existiram os Vietcongs, que com suas táticas de guerrilha semelhante às usadas pelos cangaceiros, ganharam a guerra para o seu país, conflito esse que os Estados Unidos, maiores potências do planeta, através do cinema e televisão, insistem em negar. Pela versão americana os Vietnamitas é que são os maus da história, pois tiveram a ousadia de defender a sua terra do inimigo invasor.

VINKINGS - Em parte da Europa, Noruega, Suécia e Dinamarca, existiram guerreiros de terra e mar denominados de Vinkings, isso de maneira mais forte entre os séculos VIII e XI. Até nos dias atuais é fácil identificar um vinking, pois esses têm suas características bem definidas de homens brancos, fortes, beberrões, sempre vestindo peles de animais, por viverem em países frios, e muitas vezes usando elmos com chifres. Esses conquistadores ficaram famosos por suas épicas batalhas com seus ataques sangrentos em parte da costa do Mar Báltico, parte da Rússia continental, Normandia, França, Inglaterra, Portugal, Espanha, Itália, Sicília e partes da Palestina. Os vikings também chegaram à América antes da descoberta de Cristóvão Colombo, quando tentaram sem sucesso colonizar a região sudeste do Canadá. Romantizados pela literatura e o cinema e até “infantilizados” em histórias em quadrinhos e desenhos animados, como Hagar, o Horrível, que desde 1973 faz sucesso em vários países do mundo. Atualmente uma série da televisão canadense, que enfoca esses guerreiros e tem o sugestivo título de “Vinking”, faz sucesso em vários países do mundo.

SAMURAIS – Esses guerreiros já foram usados como comparativo com os nossos brasileiríssimos e nordestiníssimos cangaceiros, quando o mestre Frederico Pernambucano de Melo disse que as chamativas indumentárias dos cangaceiros, com toda sua ostentação, se assemelhavam com as dos guerreiros japoneses. Tanto lá quanto cá, as roupas dos combatentes eram notadas de pronto, quando deveria ser ao contrário, pois de quem vive em conflito se espera camuflagem e a discrição, e não chamar atenção. Os samurais viveram no Japão por quase um milênio, de 930 a 1877, quando depois de perder o poder em 1868, e passaram a ser perseguidos pelo imperador até a sua extinção. Diferente dos cangaceiros, que se embriagavam constantemente e por dinheiro ou para salvar a pele, matava, surrava ou roubava qualquer um, fosse colega ou não, os samurais tinham grande disciplina e grande lealdade uns com os outros. O cinema também tratou de amplificar os feitos dos samurais, com astros como Bruce Lee e suas dezenas de filmes de artes marciais. Um clássico que aborda o tema é “O Último Samurai”, com o americano Tom Cruiser, que é ambientado no Japão do final do século XIX, pouco tempo antes do fim dos guerreiros.

Todos esses homens de armas se assemelham, mesmo que em épocas distintas. Personagens e conflitos são estudados a fundo por especialistas, e até exaltados como alguns cowboys americanos, que ainda fazem sucesso em produções hollywoodianas, então porque estudar cangaço é fazer apologia ao crime? Toda história, por menor que seja sempre tem o seu outro lado, então é necessário se estudar e acabar com mitos ou falsas versões seja de as histórias de vinkings, samurais e os “nossos” cangaceiros.

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SAUDADES DE ALCINO, O CAIPIRA DE POÇO REDONDO


Há exatos três anos, neste mesmo primeiro de novembro, desta vez em 2012, partia para o céu um dos seres humanos mais brilhantes que a comunidade que pesquisa o cangaço já conheceu. De Sergipe, e sua amada Poço Redondo, Alcino Alves Costa nos deixava para assumir mais uma Missão, certamente também essa, ligada a sua grande paixão... Sertão!

Naquele dia, amanhecemos mais tristes, e naquela hora elevamos uma prece a Deus pela chegada do Decano, o incrível Caipira de Poço Redondo, Alcino Alves Costa, Patrono do Conselho Consultivo do Cariri Cangaço; pesquisador, escritor, poeta, Mestre e amigo.

Hoje o sertão amanheceu mais triste.
O galo cantou mais rouco,
E os pássaros, as nhambus e as jaçanãs
Pareciam gorjear mais tímidos.
Hoje o Sertão amanheceu mais triste:
Seu poeta maior partiu.
O sol nascia parecendo trazer uma só dor:
A dor daqueles que amaram,
Amam e sempre amarão
Um dos seres humanos mais fantásticos
Que já pisaram
O chão tórrido e sofrido do sertão,
Da caatinga amada de todos nós.
Vai, Alcino, vai Caipira, vai Decano,
Tua missão agora é no Céu.
Não te preocupes, porque aqui ficaremos bem,
Com uma saudade sem tamanho,
Mas com teu exemplo
De amor às coisas de nosso sertão,
De amor às pessoas,
De amor à vida.
Muito obrigado, querido amigo Alcino,
Por ter-nos permitido compartilhar contigo
Um exemplo de vida.
Todos os momentos vividos a teu lado
Ficam guardados no fundo do coração.
Saiba que fizeste e farás sempre parte de nossas vidas.
Se o teu sertão alegre chora,
É de felicidade,
Por poder testemunhar a grande festa no Céu!
Por lá,
Todos estão falando e cantando:
“Hoje é festa no Céu,
Chegou o Caipira de Poço Redondo,
O Decano do Sertão!
Preparem as alpargatas
E o xaxado aprumado,
Que o bicho vai pegar!"


Manoel Severo
Curador do Cariri Cangaço

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SAUDADES DE ALCINO, O CAIPIRA DE POÇO REDONDO



Há exatos três anos, neste mesmo primeiro de novembro, desta vez em 2012, partia para o céu um dos seres humanos mais brilhantes que a comunidade que pesquisa o cangaço já conheceu. De Sergipe, e sua amada Poço Redondo, Alcino Alves Costa nos deixava para assumir mais uma Missão, certamente também essa, ligada a sua grande paixão... Sertão!

Naquele dia, amanhecemos mais tristes, e naquela hora elevamos uma prece a Deus pela chegada do Decano, o incrível Caipira de Poço Redondo, Alcino Alves Costa, Patrono do Conselho Consultivo do Cariri Cangaço; pesquisador, escritor, poeta, Mestre e amigo.

Hoje o sertão amanheceu mais triste.

O galo cantou mais rouco,
E os pássaros, as nhambus e as jaçanãs
Pareciam gorjear mais tímidos.
Hoje o Sertão amanheceu mais triste:
Seu poeta maior partiu.
O sol nascia parecendo trazer uma só dor:
A dor daqueles que amaram,
Amam e sempre amarão
Um dos seres humanos mais fantásticos
Que já pisaram
O chão tórrido e sofrido do sertão,
Da caatinga amada de todos nós.
Vai, Alcino, vai Caipira, vai Decano,
Tua missão agora é no Céu.
Não te preocupes, porque aqui ficaremos bem,
Com uma saudade sem tamanho,
Mas com teu exemplo
De amor às coisas de nosso sertão,
De amor às pessoas,
De amor à vida.
Muito obrigado, querido amigo Alcino,
Por ter-nos permitido compartilhar contigo
Um exemplo de vida.
Todos os momentos vividos a teu lado
Ficam guardados no fundo do coração.
Saiba que fizeste e farás sempre parte de nossas vidas.
Se o teu sertão alegre chora,
É de felicidade,
Por poder testemunhar a grande festa no Céu!
Por lá,
Todos estão falando e cantando:
“Hoje é festa no Céu,
Chegou o Caipira de Poço Redondo,
O Decano do Sertão!
Preparem as alpargatas
E o xaxado aprumado,
Que o bicho vai pegar!"


Manoel Severo

Curador do Cariri Cangaço

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O CAIPIRA QUE LEVOU HUMOR AO CANGAÇO


Em 1964, o cangaço ganhou um toque de humor, com um sotaque de caipira paulista. No lugar de Lampião – morto na grota de Angico, em Sergipe, 26 anos antes – entrava em cena Lamparina, interpretado por Mazzaropi, fenômeno de bilheteria de um Brasil que ainda mantinha um pé na fazenda. 


A história de Bernardino Jabá, um retirante vindo de Cabrobó, que chega à cidade de Sororoca, tendo que convencer cangaceiros de que era um deles, foi inteiramente filmada na Fazenda Santa, propriedade do próprio artista, no Vale do Paraíba, em São Paulo. O Lamparina foi um dos 34 filmes dirigidos e/ou interpretados por Amacio Mazzaropi, que faleceu em 13 de junho de 1981. 


Seu passamento foi chamado de capa no Diário de Pernambuco do dia seguinte, onde o jornal o tratava como “o mais popular cômico do cinema brasileiro".

Fonte: Diário de Pernambuco
Data: 13 de janeiro de 2015

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CLEYDSON MONTEIRO E A AUTÊNTICA POESIA POPULAR DO NORDESTE BRASILEIRO.

Por José Romero Araújo Cardoso

Cleydson Monteiro e a autêntica poesia popular do Nordeste Brasileiro

Licenciado em Letras, cuja conclusão do curso ocorreu no ano de 2012, graduação esta alcançada com êxito na Faculdade de Ciências e Tecnologia Professor Dirson Maciel de Barros, pós-graduando em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e Literatura; Ensino de Artes: Técnicas e Procedimentos–UCAM- Rio de Janeiro-RJ (2012-2013). Destaca-se ainda como professor da rede municipal e estadual de ensino de Pernambuco, além de membro da União dos Cordelistas de Pernambuco - UNICORDEL, da Sociedade dos Poetas Vivos e Mortos de Timbaúba e da Fundação Jader de Andrade, sendo possuidor de diversas obras publicadas, a exemplo de Desafio (2001); Meu Lugar sem Endereço (2003); Farsas e Farsantes (2009); Antologia Novos Poetas (2012); Minha Antologia de Cordel (2012); Literatura e Linguagens (Capítulo, 2013), constando ainda em seu curriculum como autor de 75 cordéis, Cleydson Monteiro vem enriquecer significativamente o extraordinário acervo literário da autêntica poesia popular do Nordeste Brasileiro com a publicação dessa importante antologia de cordel.

Berço de grandes talentos literários, nossa região vem se destacando pela ênfase ao legado ibérico dos folhetos de cordéis em razão da projeção de figuras imponentes como o paraibano Leandro Gomes de Barros, cuja menção honrosa de Carlos Drummond de Andrade classificou-o como o verdadeiro príncipe dos poetas brasileiros.

Nove cordéis compõem essa nova produção do brilhante versejador pernambucano, os quais destacam da beleza lírica que enaltece o encanto feminino em Mulher do olho bonito faz homem morre de amor – II, a ênfase ao imaginário fantástico em A mulher que expulsou o diabo de Timbaúba – O Reencontro. Em seguida o autor faz recordar noites enluaradas de um sertão ainda afastado da modernidade, quando em alpendres eram lidos folhetos contando as histórias fantásticas dos doze pares de França e o romance da donzela Teodora. O título do quarto cordel que integra esse importante trabalho literário de autoria de Cleydson Monteiro é A História da donzela que bem triste faleceu.

O quinto cordel, de cunho histórico, destaca a figura de Maria Quitéria, a heroína brasileira.

O sexto cordel destaca sublimes aspectos da inteligência e do raciocínio do autor através de O ABC das coisas.

O sétimo instiga o leitor a pensar em se tratar de algo que no final mostra-se totalmente diferente do imaginado, cujo título é Marcas de uma noite de amor, o qual prima pela jocosidade, por que não dizer pelo cômico em sua expressão maior.

O penúltimo cordel prima pela ênfase às emoções mais intensas em A saudade não mata, mas maltrata o coração de quem ama e vive ausente.

O último traz mensagem ecológica bastante atual através de A natureza carece de nossa preservação.

Livro de bolso principalmente do povo nordestino, o qual elegeu o cordel como símbolo de identidade, a presente obra vem contribuir de forma incisiva para a valorização de um patrimônio grandioso da maravilhosa cultura da terra do sol.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

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IRMÃ DULCE E O MENINO CANGACEIRO " VOLTA SECA ".


Colaboaração: Pesquisador José João Souza

A bem aventura Irmã Dulce, sempre esteve ao lado dos miseráveis, esquecidos e injustiçados da Bahia. Na sua juventude, por amor ao próximo, transformou um galinheiro em uma Hospital, que hoje é um complexo de saúde, que atende 2 mil pessoas dia, com 1600 leitos para internação, 100% SUS. É a última porta para os menos favorecidos do Brasil. A estória de Irmã Dulce é vasta e grandiosa. É uma grande brasileira, digna de todos os méritos. Antes de transformar a saúde pública no estado da Bahia, a jovem religiosa dedicava também os seus dias para levar a fé e esperança a pessoas e lugares marginalizados, como as Palafitas de Alagados e a Cadeia da Coreia, como era conhecido o presídio de Salvador, prisão de trabalhos forçados, onde os maiores criminosos eram levados, poucos resistiam e morriam ali mesmo. Raro era o civil que, em sã consciência, se aventurava a visitar aquela raça de gente. Irmã Dulce, na sua fé franciscana, uma vez por semana era vista por lá.

Volta Seca, um dos primeiros cangaceiros a ser preso, cumpriu pena nesta cadeia por 20 anos, talvez uns dos poucos brasileiros a ficar tanto tempo preso.

A chegada do jovem membro do bando de Lampião, causou enorme reboliço em Salvador. A cidade quase parou, a espera na estação de trem no bairro da Calçada, foi antecipada em Paripe, subúrbio ferroviário, distante da outra cerca de 60km, devido ao tumulto da população. Exibido como uma fera selvagem, um troféu de guerra, ficou isolado e incomunicável. Na primeira semana só falava com a imprensa amarrado e fortemente vigiado. A única pessoa que esteve frente à frente com o temido monstro, desprovida de medo, foi Irmã Dulce. A freira cantava muito bem e tocava acordeom como poucos, e foi com a música que ganhou a confiança e a simpatia do acuado guerrilheiro. Não o acusava de nada, não o interrogava e acima de tudo não tinha medo. Volta Seca era praticamente uma criança, tinha só 14 anos e sobre ele pesava as mortes, todas as invasões e todos os crimes de todos os cangaceiros. Por diversas vezes a religiosa esteve com o cangaceiro. Ele ouvia atentamente as palavras de conforto e fé, até se permitia a cantar com a religiosa. Por Volta Seca, Irmã Dulce, tinha muita afeição. Era um menino vítima do seu meio, que precisava de atenção e cuidados. Este encontro inusitado está no enredo da peça O Cangaceiro Volta Seca. Outros cangaceiros ouviram as palavras de candura de Irmã Dulce: Bananeira, Labareda, Deus-te-cuide, Saracura e Cacheado, presos com Volta Seca após a tocaia em Angicos, onde tombou morto o rei do cangaço.

COLABORAÇÃO: JOSÉ JOÃO SOUZA

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