Seguidores

domingo, 23 de outubro de 2016

JARDIM DE PEDRA

*Rangel Alves da Costa

Talvez o Eclesiastes ainda não tenha se revelado em mim. Procuro acreditar que amanhã será outro dia, que a boa semente enfim vingará e que se cumprirá a sina de o sorriso aparecer depois da tristeza. O Eclesiastes se esqueceu de mim.

Como um dia li de um poeta qualquer, chega um tempo de ser um tempo tão revoltoso que já não serão mais ouvidos os trovões das tempestades nem o estilhaçar vidraças pelos raios que abruptamente caem aos pés. E nem o pingo grosso faz molhar o que já tão inundado.

Todos os dias eu procuro onde deixei meus sentimentos e não há jeito de encontrá-los. Quero ter de volta minha sensibilidade e não consigo mais senti-la dentro de mim. Mãos táteis que apenas tocam e não sentem. Um tanto faz assim de tanta dor. Dói ser assim.
Dói viver perante um jardim de pedra, adiante e dentro de mim. Como um arco-íris sem cor ou uma borboleta sem brilho, eis o matiz do olhar que nunca mais avistou nada além de brumas e cerrações. Tanto faz a lua, tanto faz o sol. A vida e seu inverso, tudo tanto faz.

Eu não queria nem ser assim nem estar assim. Tenho poemas inacabados, escritos ainda em sementes, talvez alguns sonhos que precisam despertar em realidade. Preciso lembrar-me de colocar açúcar no café e de acender a lamparina quando tudo é escuridão.

Jurei jamais sofrer por amor, comprometi-me a jamais lamentar perdas vãs, a não acenar ou entristecer por adeuses que não deveriam continuar. Mas acho que tudo de mim se foi com o que tanto prometi. Quando tudo partiu, então me restei assim perante o jardim de pedra.

Eu era tão diferente. Coisas simples, mas singelas, assim como o entardecer, o sol se pondo, a sonata, o noturno, tudo me fazia tão bem. Acendia um incenso e deitava no tapete flutuando na Barcarola de Offenbach, navegando pelo Danúbio todo azul com Strauss, sentindo conforto espiritual com aquele Jesus de Bach.


De repente foi como os espelhos sumissem de minha frente, as janelas e portas se fechassem, as estações deixassem de ter importância. Quanta importância eu dava à flor viçosa e à folha seca! Mas agora, tanto a flor como a folha se perderam no jardim de pedra.

Comecei a sentir-me assim quando deixei de caminhar ao redor do jardim, de sequer pensar em observar borboletas e colibris voejando sobre as flores. As folhas secas se acumulando infinitamente, o mato tomando os canteiros, meu velho banco quase sumindo pelos outonos.

Sim, ainda avisto adiante begônias, lírios, rosas, cravos, jasmins, girassóis, violetas e outras flores. É amanhecer, e ao sol nascente as flores parecem mais vívidas, mais perfumadas e coloridas. Mas apenas parecem. Mas como distinguir uma flor de outra flor, um perfume de outro perfume, se tudo está petrificado no jardim?

Tanto faz que as flores estejam assim tão vívidas, perfumadas e coloridas. Meus olhos apenas veem, apenas avistam, mas sem qualquer sentimental correspondência. Já não sou sensível a manhãs nem a jardins, já não avisto mais senão o ferro, a ferrugem, a pedra, o pó.

Eu bem poderia ter um muro no lugar da janela e ainda assim teria a mesma manhã. Eu bem poderia avistar túmulos no lugar das plantas floridas e ainda assim não enxergaria nem jazigos nem roseirais. Eu bem poderia ter a noite no lugar do alvorecer e ainda assim tudo seria a mesma visão.

O meu gato não está aqui. Também tanto faz. Talvez o meu cachorro esteja miando e o gato latindo. Não ouço nem vejo nem um nem outro. O que me rodeia o faz por mera insistência. Não sei se ando calçado ou descalço, se grito ou silencio. Penso que retratos antigos são folhas mortas e os lanço à ventania.

Sei que há um jardim além da minha janela. Sei que há um jardim bem depois da porta lateral. Também sei que há amendoeiras imensas e folhagens que caem dentre os muros, formando um tapete ocre-acinzentado. E também que há um velho banco tomado de folhas onde eu costumava sentar ao entardecer.

Sei por que minha memória desperta ao que faz doer. Somente na memória tudo isso ainda vive. Ainda assim tudo chega como punhal, como lâmina afiada, como ponta de espinho, como cálice de sutil veneno.

Não sei, não sei. Não envelheço para a insensatez. Eu queria ouvir uma notícia boa. Eu precisava ter a certeza de que alguma coisa boa acontece na vida. Algo que chegasse como um motivo, um suspiro, um alívio. Mas nada acontece além do jardim de pedra.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com


PRIMEIRO SHOPPING DO BRASIL (DERBY CENTRO COMERCIAL) RECIFE- 1899


Principais realizações Ver artigo principal: Derby Centro Comercial (Recife)

Em 1899, inspirado pela Feira Internacional de Chicago de 1893, inaugurou no Recife o Derby, um moderno centro comercial e de lazer, que pode ser considerado o primeiro shopping center do Brasil. Esse empreendimento foi um grande sucesso e motivo de orgulho para o Recife, e chegou a atrair multidões estimadas em mais de 8 mil pessoas, até que foi deliberadamente incendiado em 2 de janeiro de 1900 pela polícia de Pernambuco, por orientação do Conselheiro Rosa e Silva, que era feroz inimigo político de Delmiro, e a mando do então governador Sigismundo Gonçalves , fiel rocista.

Após o incêndio, ateado por razões políticas no Derby, e também em virtude de ter-se apaixonado por, e depois raptado, uma filha natural de 16 anos do então governador de Pernambuco, seu arqui-inimigo político, Delmiro concluiu que sua vida corria perigo no Recife e transferiu-se, em 1903, para Pedra, em Alagoas, uma povoação perdida no coração do sertão, mas de localização estratégica para seu comércio, na Microrregião Alagoana do Sertão do São Francisco, fazendo fronteira com Pernambuco, Sergipe e Bahia, e hoje denominada Delmiro Gouveia em sua homenagem. Delmiro comprou uma fazenda em Pedra, às margens da Ferrovia Paulo Affonso, onde centralizou seu lucrativo comércio de peles e construiu currais, açude, sua residência, e prédios para abrigar um curtume.

Planejando construir ali uma fábrica de linhas de costura - que até então eram importadas da Inglaterra, as conhecidas Linhas Corrente, que monopolizavam o mercado brasileiro - e apelando para ideais nacionalistas, nativistas e cívicos então em voga, conseguiu do governo de Alagoas concessões que incluíam o direito à posse de terras devolutas, isenção de impostos para a futura fábrica, e permissão para captar energia da cachoeira de Paulo Afonso, além de recursos governamentais para ajudar na construção de 520 quilômetros de estradas ligando Pedra a outras localidades.[2][5] A partir de 1912 iniciou a construção da fábrica de linhas e da Vila Operária da Pedra, com mais de 200 casas de alvenaria. . Em 26 de janeiro de 1913 inaugurou a primeira hidroelétrica do Brasil com potência de 1.500 HP na queda de Angiquinho. Em 1914 iniciou as atividades da nova fábrica sob a razão social Companhia Agro Fabril Mercantil, produzindo as linhas com nome comercial "Estrela" para o Brasil, e "Barrilejo" para o resto da América Latina. Com preços muito abaixo das "Linhas Corrente", produzidas na Inglaterra pela Machine Cotton, que até então monopolizava o mercado de linhas de costura em toda a América Latina,[5] logo dominou o mercado brasileiro, e amplas fatias dos mercados latinoamericanos.[4]

O sucesso da empresa - que em 1916 já produzia mais de 500.000 carretéis de linha por dia - chamou a atenção do conglomerado inglês Machine Cotton, que tentou por todos os meios comprar a fábrica.[5] Por motivos políticos e questões de terras, Delmiro Gouveia entrou em conflito com vários coronéis da região, o que provavelmente, segundo a maioria dos historiadores, ocasionou seu misterioso assassinato à bala. Outros historiadores - apoiados no conceito de Direito Romano qui prodest? - A que isto serviu? A quem isto aproveitou? - incluem a Machine Cottton no rol dos suspeitos.[6] Seus herdeiros, não resistindo às pressões da Machine Cotton, venderam a fábrica à empresa inglesa, detentora na América Latina da marca "Linhas Corrente", que mandou destruir as máquinas, demolir os prédios, e lançar os maquinários e escombros no rio São Francisco, livrando-se assim de uma incômoda concorrência.

http://pioneirsmopernambucano.blogspot.com.br/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MORRE EM NATAL RIO GRANDE DO NORTE O EMPRESÁRIO EDSON NEGREIROS

Por Raimundo Feliciano

Morre em Natal Rio Grande do Norte o empresário Edson Negreiros, homem de uma índole ímpar, humilde, brincalhão, desprendido das maiores bobagens deste mundo, orgulho e dinheiro. 

Uma vez em sua casa você me disse que era meu amigo. Hoje lhe digo: Vá em paz, meu irmão! Que Deus o receba nos tabernáculos eternos.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ROBERTO PEREIRA E ILDA RIBEIRO DE SOUZA A "SILA CANGACEIRA"

Foto: Roberto Pereira

Pesquisando pela internet me deparei com essa fotografia de autoria de Roberto Pereira (foto) que ao menos para mim era até então desconhecida. 


Na fotografia o cabra Roberto Pereira aparece ao lado de Ilda Ribeiro de Souza a "Sila" companheira do cangaceiro Zé Sereno (José Ribeiro Filho) que no cangaço chegou a chefiar um subgrupo do bando de Lampião.

A fotografia foi tirada na Grota do Angico em data por mim ignorada.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

DETALHES SOBRE O CURSO


O Cangaço na Bahia é tema de curso que será desenvolvido em Feira de Santana, nos dias 12 e 13 de novembro (final de semana), no auditório da Faculdade de Tecnologia e Ciências, localizada no bairro SIM. As aulas, que serão ministradas pelo historiador e geólogo Rubens Antonio, acontecem das 8h às 17h, com carga horária de 15 horas. Conta com o apoio da FTC, Prefeitura Municipal de Feira de Santana, Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana e Quântica Eventos.

A proposta do encontro é conhecer mais sobre a História do Cangaço, um movimento que agitou o Nordeste, tendo por foco a Bahia. Será trabalhado o sabido e documentado de eventos como combates, abrangências e disposições que constituem, muitas vezes, pontos-de-partida para o verdadeiro entendimento enquanto fenômeno histórico. Serão abordados elementos em sua significação realista, bem afastada de mitificações.

Na oportunidade o público irá conferir algumas imagens da exposição “Pepitas de Fogo: O Cangaço e seu tempo colorizados”. A mostra foi apresentada, pela primeira vez em Salvador, no mês de agosto, no museu Palacete das Artes (vinculado a Secult/Ipac). Consta de 40 a 50 imagens colorizadas e retificadas relacionadas ao momento do Cangaço. Refletem seu tempo de maneira ampla, sendo fruto de uma longa pesquisa de resgate das configurações e cores prováveis. Aparecem tanto aquela de cangaceiros, no seu dia-a-dia, quanto de aspectos de Salvador à época de evento.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:

12 de Novembro (Manhã)
Lucas da Feira; Bando do Tará; Bando do Brejo do Burgo; Cauassus;Fronteiras com Piauí e Goiás; Convênios

12 de Novembro (Tarde)
1924 a 1929: Cangaço em ascensão; Alvorada lampiônica; As primeiras notícias; O crescendo do temor; Reações pomposas e inúteis; A chegada efetiva; As primeiras sagas e tragédias; Perplexidades

13 de Novembro (Manhã)
1929 a 1932: Cangaço tonitruante; O apogeu do Cangaço na Bahia; A melhor percepção; Menos perdas; Bandos, subgrupos e domínios; Início do contra-ataque; Violência de lado a lado

13 de Novembro (Tarde)
1933 a 1940: Derrocada do Cangaço; Grandes perdas; Marcando passo; Às portas do fim; Lá, apaga-se o Lampeão; Cá, apaga-e o Corisco; Olhando para frente; Mitificação; Olhando para trás

SOBRE O PALESTRANTE: Rubens Antonio da Silva Filho: Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1078-1982), em Licenciatura e Bacharelado em História pela Universidade Federal da Bahia (1995-1999), tendo cursado também Artes Plásticas pela Universidade Federal da Bahia (1989-1993). Mestre em Geologia pela Universidade Federal da Bahia. E Servidor público, desde 1984, atuando como Geólogo do Museu Geológico do Estado da Bahia, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, respondendo por questões relacionadas à Minerologia, à Geologia, à Paleontologia e às Histórias Geológica e da Mineração. Autor de livros e mapas, Ministra cursos relacionados a Geologia, História Geológica, Artes, História, com ênfase para o Cangaço, e urbanização de Salvador, no Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.

APOIO: FTC, Prefeitura Municipal de Feira de Santana, Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Instituto Histórico Geográfico de Feira de Santana e Quântica Eventos.

INSCRIÇÃO: 

Valor: R$ 60,00 (sessenta reais) – taxa única
Local de realização: FTC – Feira de Santana
Rua Artêmia Pires Freitas, s/n, SIM - CEP: 44.085-370
Mais informações: cangaconabahia@gmail.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

SÓCIO EFETIVO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE – UMA GRANDE HONRA!

Autor – Rostand Medeiros

Recentemente eu recebi a informação que meu nome havia sido aprovado pelo Conselho de Admissão e Sindicância do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte-IHGRN e que no próximo dia 27 de outubro me tornarei sócio efetivo desta instituição, a mais antiga instituição cultural do Rio Grande do Norte.

Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, fundado em 29 de março de 1902 – Fonte – ormuzsimonetti.blogspot.com

Confesso que para mim foi uma grata surpresa essa indicação e só me trouxe alegrias.

Enfim eu frequento o nosso Instituto Histórico desde que me entendo por gente. Pois a lembrança mais antiga que tenho daquela casa é de ter sido levado pela mão da minha mãe, quando tinha sete anos de idade, para uma simples visita. Nunca esqueci o como fiquei fascinado com aquele ambiente, os livros nas prateleiras e os quadros pendurados com as imagens dos ilustres homens do passado.


Foi lá que se formou em minha mente o gosto e o desejo de escrever sobre História, principalmente sobre a História da minha Terra e da minha Região.

Nesta casa, fundada em 29 de março de 1902, estão arquivados acervos documentais que guardam grande parte das fontes da história colonial, imperial e republicana do Rio Grande do Norte.

Neste local descobri muitos momentos fantásticos e saborosos da terra potiguar e das pessoas que no passado fizeram parte de sua História ao passar as páginas amareladas dos antigos jornais.

A importância desta instituição para a nossa gente é enorme e fico muito orgulhoso de ter o meu nome inscrito no seu quadro de sócios efetivos.


Está naquele ambiente sempre foi para mim uma fonte de enorme prazer e satisfação e, tão importante quanto descobrir os interessantes caminhos de nossa História foi a grata satisfação dos muitos amigos que fiz nesta casa.

Perdi as contas de quantas vezes procurei a ajuda das amigas Antonieta Souza e Lúcia, duas abnegadas funcionárias da casa, sempre dispostas a ajudar os que ali buscam fontes históricas pra desenvolver milhares de pesquisas. Não me esqueço de Lucia Lima com seu amplo sorriso e alegria infinita, ou do sempre prestativo Manuel Bezerra, ou do grande José Maria Fernandes de Lima, o Zé Maria do computador, e todos aqueles que ali trabalham com dedicação e zelo.

Convite para discussão dos estatutos do IHGRN em 1902, ano de sua criação.

Não posso olvidar a figura do nobre Professor Olavo Medeiros, grande pesquisador, autor de vários e importantes livros sobre Rio Grande do Norte e de sua gente. Como eram maravilhosos os papos que tivemos naquela valiosa casa da Rua da Conceição, nº 622.

Outra figura importante nas lembranças que tenho da minha passagem pelo Instituto Histórico é a do primo Antônio Luís de Medeiros, um dos maiores genealogistas potiguares, que me mostrou a importância daquela casa para a preservação da nossa memória.

Já ao dileto amigo Gutemberg Costa tenho o mais profundo agradecimento por ter tido a iniciativa de ter colocado meu nome junto ao Conselho de Admissão e Sindicância do IHGRN, uma instituição com 114 anos de atividade.

Ao presidente Ormuz Barbalho Simonetti, ao vice-presidente Roberto Lima e a Odúlio Botelho de Medeiros, membro da diretoria do IHGRN, tenho a certeza que sei que vou fazer valer esta indicação que tanto me honra, pois o respeito e devoção pelo Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte eu já tenho de longa data.

Extraído do blog Tok de História do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros

https://tokdehistoria.com.br/2016/10/22/socio-efetivo-do-instituto-historico-e-geografico-do-rio-grande-do-norte-uma-grande-honra/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

TODOS NÓS PAGAMOS UM PREÇO

Por Zé Ronaldo

Todos nós pagamos um preço
Quando nascemos nesta vida
Uns vivem se divertindo
Outros sofrendo as feridas
Uns enganando e mentindo
Como crianças iludidas.

Alguns só pensam em status
Carros motos e mansões
Neste mundo tão ingrato
Vem a ganancia e os ladrões
Muitos precisam de um abraço
Mais só tem humilhações.

Trabalhamos sem parar
Na cruel sobrevivência
Nem dar mais tempo sonhar
Acuados de carências
E colados a um celular
Foi-se embora a paciência.

O amor já se esfriou
Neste mundo vil cruel
Ninguém sabe o que é valor
Tudo tem sabor de fel
Só Deus nosso criador
Para nos levar ao céu.

Já nascemos no pecado
E continuamos errando
Pelo o orgulho separados
Mais Deus está nos esperando
Quando estamos magoado
Ele vem nos confortando.

Tudo aqui tem o seu preço
Cada moeda e tostão
As vezes as pessoas pagam
Sem saber porque razão
E ainda nos indagam
porque tal situação.

Esta vida é passageira
Aqui o dinheiro pode comprar
As farras e as brincadeiras
E alguém pode esbanjar
Quero ver comprar o reino
Quando Deus vinher julgar.

Pense bem amado irmão
Meu amigo verdadeiro
Tenha em seu coração
Espírito de paz e ordeiro
Dê a todos atenção
Para ser no céu o primeiro.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LIVRO "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS"


PARA ADQUIRI-LO VEJA OS ENDEREÇOS ABAIXO:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

VEJA MENINO PEDRO MOTTA POPOFF ENTREVISTA CANGAÇO TV CÂMARA

https://www.youtube.com/watch?v=sywVZ_-q7yg&feature=youtu.be

VEJA MENINO PEDRO MOTTA POPOFF ENTREVISTA CANGAÇO TV CÂMARA

Publicado em 29 de julho de 2016

Veja o Pedro Motta Popoff conversando com Nelson Itaberá sobre o tema que mais gosta. Cangaço, TV e Radio Câmara...

Categoria
Licença
Licença padrão do YouTube

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

COMO NÃO ACREDITAR EM DEUS?

Por Zé Ronaldo

É bonito olhar a natureza
Aquarela de Deus na criação
Ver o rio seguir na correnteza
E um pássaro almoçar de grão em grão
Uma cobra dar o bote na esperteza
O rebumbo do corisco com o trovão

João de Barros construir apartamentos
Engenheiro pequeno da natura
A formiga armazenar seu alimento
E o terreiro chover de tanajura
A cigarra ecoar o seu lamento
Uma coruja cantar na noite escura

Ver um galo cantar na capoeira
Acauã soltando o seu lamento
Uma rã e um caçote tão ligeira
E a hora cantada por um jumento
Um ratinho fugir da ratoeira
E as folhas perder seus pigmentos

Nuvens escuras carregadas lá no céu
Com os raios do sol é um espetáculo
Foi Deus que compôs com seu pincel
Presente para nós sem intervalo
Tudo grátis não pagamos aluguel
Pois o pai nos oferta com agrado

Eu só posso acreditar num Deus
Que no amor fez toda criação
Porém o homem tomado de cobiça
Trouxe a terra a cruel destruição
Veio a gula o rancor e a preguiça
Dizimando uma nova geração

Ele é bom em tudo que sempre faz
Onipotente onisciente e imutável
Desejou para este mundo só a paz
Repreende num tom sempre amável
Mais o ódio cresceu tão voraz
E homem ficou insaciável

Ainda nos dar o pão de cada dia
Preserva da vida as crianças
Eu não posso crer em heresias
Porque vejo sua obra de bonança
E a natureza nos prestigia
Com o vento na palha que balança

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

FESTA DE SÃO SEVERINO BISPO 2016 em NOVA FLORESTA - PB

Por Antônio Kydelmir Dantas de Oliveira

Histórico: SEVERINO era um cidadão romano e rico, que doou seus bens aos pobres e foi viver no deserto do Egito, em oração; logo depois, atendendo a um ‘chamado de Deus’ foi evangelizar os descrentes no Vale do Rio Danúbio. Construiu várias igrejas e evangelizou grande parte da Áustria e da Bavária. Para sua canonização foi ouvido o relato de Eugippius sobre o corpo de São Severino, Bispo de Norticum, morto em 482 d.C., diz que “Seis anos após sua morte, o corpo foi encontrado incorrupto.” 


Na Liturgia da Igreja, às vezes ele é mostrado afastando os gafanhotos; às vezes com um ramo de cereal ou trigo; às vezes com uma armadura lembrando que repeliu os bárbaros. 


No Brasil existe um Santuário em homenagem a São Severino, nas terras do antigo Engenho Ramos, na cidade de Paudalho – PE. O Santuário é na Capela de Nossa Senhora da Luz, hoje mais conhecida como Igreja de São Severino. Existe uma imagem que teria sido trazida de Roma por um filho da então proprietária do engenho. É tratado simplesmente como São Severino, ou como “São Severino do Ramo”, em virtude do nome do engenho, ou ainda “São Severino dos Ramos”. Esta confusão levou a que o grande dia de romaria seja no Domingo de Ramos, e não no dia 08 de janeiro.

Em Nova Floresta - PB o dia 20 de Outubro é dedicado ao nosso Padroeiro, SÃO SEVERINO BISPO. Sua imagem veio para a Capela a ele dedicada por doação do Sr Felinto Florentino de Azevedo, sendo celebrada a primeira missa na capela a ele dedicado no dia 21 de novembro de 1936.

As fotos abaixo são da mesma imagem em momentos distintos e pertencem ao acervo deste pesquisador.

Antônio Kydelmir Dantas de Oliveira. Poeta. Escritor. Engenheiro Agrônomo. Funcionário da PETROBRAS S. A. Natural de Nova Floresta - PB.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

BOATOS E VERDADES SOBRE A VIDA DE LAMPIÃO E MARIA BONITA.

Maria Bonita e Lampião

13 de fevereiro de 1926, o Jornal Pequeno acorda os recifenses com a publicação da notícia da emboscada armada pelo tenente Optato Gueiros dando fim ao cangaceiro Lampião entre Custódia e Alagoa de Baixo, em Pernambuco: Lampião estava morto. 

Já era à época, capitão. Patente recebida para combater a Coluna Prestes, de passagem no Ceará, recebeu a patente militar de um funcionário público de Juazeiro – que, mais tarde, diria que diante dele e de seus cabras assinaria até a demissão do então presidente Arthur Bernardes. 

Nessa época seus crimes eram tão populares que o nome Lampião passou a ser usado até em propaganda de pílulas para aliviar prisão de ventre. Esse alívio durou pouco para quem confiou na estatura da notícia do Jornal, era mais um anúncio falso. 

Lampião reaparecera meses depois ao governador de Pernambuco propondo a divisão do Estado em dois, para que ele pudesse ser nomeado governador do Sertão. Viveu mais 12 anos, se apaixonou, viveu e morreu ao lado de Maria Gomes de Oliveira fazendo-a sua companheira no cangaço. 

O Brasil surpreendeu-se quando viu as fotos de Maria Bonita e as outras cangaceiras enfrentando com alegria e vaidosamente ao lado de seus homens a vida nas entranhas das caatingas. Sertão para o litoral era sinônimo de miséria e violência absolutas… Os sertanejos eram tidos como “sub-raças” impossível viver uma vida bela ou sequer desenvolver uma convivência pacífica e amorosa em meio à crueza da região. 

Contam que a entrada da mulher no Cangaço foi o começo do enfraquecimento do movimento. Acreditam que elas deixavam os homens mais “moles” e mais vagarosos. Com Maria Bonitas muitas outras mulheres dividiram com os cangaceiros, por opção ou não, aquela vida temerária… Mas pode-se dizer que eram mulheres valentes, caprichosas, dispostas sempre a seguirem seus homens para onde fossem… 

Lampião começou a viver com Maria Bonita com mais de 30 anos e certamente já começava a pensar em se acomodar ou mudar de vida, morreu já com 40 anos de idade, bem mais cansado e desencantado com o Cangaço, então, pode-se pensar que existe uma “forçada” de barra, em dizer que foram as mulheres quem enfraqueceram o Cangaço. 

As mulheres foram para o Cangaço porque ele já estava enfraquecido, elas apenas contribuíram com seu senso e sensibilidade mais diferenciado em ver e viver a vida. 

Frederico Pernambucano de Melo

“Na fase final de suas tropelias, entre os anos de 1936 e 1938, Lampião mostrava-se bem mudado”, afirma Frederico Pernambucano de Mello. O historiador registra que ele trocou as constantes movimentações pelo sertão por uma vida mais sedentária e confortável em refúgios em Sergipe, “onde sua agressividade diluía-se nos braços de Maria Bonita, a quem amou profundamente, dedicando-lhe sempre calorosas palavras de elogio”. 

O cangaceiro Vinte e Cinco

Em entrevista em 2009 o cangaceiro Vinte e Cinco relatou que o famoso casal vivia em harmonia “Nunca ouvi reclamarem. Eles se acostumavam. Nem faziam futuro, nem pensavam em morrer, porque eles sabiam que a qualquer momento podia acontecer, daí o que viesse estava bom” esse modo de viver, quase romântico, repercutia no resto do grupo. “Chegasse o momento em que podíamos dançar, nós dançávamos; na hora de correr, nós corríamos; na hora de brigar, brigávamos; e a gente queria terminar aquele negócio logo, era matar ou morrer.” 


O lugar onde se deu o assalto e chacina era chamado, por Corisco, de “cova de defunto” pelas características que tinha e mesmo com o aconselhamento do assecla Lampião, resolveu pernoitar ali onde encontraria, através de 45 homens e três metralhadoras sua e da sua companheira a dura morte. 

Umburana de Cheiro

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1133277626757113&set=gm.1345954722084309&type=3&theater

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

CANGAÇO NO PIAUÍ


Mais um livro do escritor e fundador da SBEC -  (Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço) Paulo Gastão.


Entre em contato com o autor através deste e-mail:

paulomgastao@hotmail.com

Peça logo o seu para não ficar sem ele: Livros sobre cangaço se demorar adquiri-los ficará sem eles, porque são arrebatados pelos colecionadores.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

II BIENAL DO LIVRO EM BRASÍLIA.... segundo dia...


Nosso livro O Sertão Anárquico de Lampião está com seus exemplares se esgotando já no segundo dia da Bienal, no Stand da Arco-Íris... continuam as procuras e o interesse pelo conteúdo da narrativa sertaneja nordestina que envolveu a Coluna Prestes e os cangaceiros, nos espaços amplos do coronelismo do início do século passado.


Igualmente os livros de nossas escritoras amigas da Casa de Autores e da Livraria Arco-Íris, sendo que o livro infantil de nossa editora Clara Arreguy, TIO Labina, de franco interesse pela criançada. Outubro Edições

A presença no Stand da Arco-Íris de Ziraldo, nosso talentoso escritor, cartunista, chargista, colunista, sendo organizada uma fila para crianças tirarem fotos ao seu lado.


Foto com a Sra. Claudia Bananeira, da estima dos amigos do Portal Cariri Cangaço, que adquiriu seu exemplar do Sertão Anárquico no Stand.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10207272203505787&set=pcb.10207272236546613&type=3&theater

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

GRAÇAS AO TEMPO

Por José Ribamar de Carvalho Alves

Apenas creio no tempo presente
Me fez o tempo pensar diferente
Se o futuro não pertence a gente
Chega de tempos nunca garantidos...
Graças ao tempo eu desaprendi
A reviver tudo que vivi
Até as boas lembranças perdi
Pelos caminhos dos anos vividos.

Graças ao tempo, desfruto o agora
Sem recordar o que virou outrora
Feliz ou não me vejo sem hora
De arranjar tempo para ter saudade...
Do que partiu para não voltar,
O que não volta só me faz pensar
Que o que se foi pra não regressar
Para o presente nunca foi verdade.

Se o futuro da vida é escuro
E adivinhar nunca foi seguro
Não tem futuro pensar que o futuro
Tem mais futuro do que o presente...
De acreditar, pois quem pensa desiste,
Quem teu juízo em crer não insiste
Se o amanhã, na verdade existe
Não participa da vida da gente.

O PÁSSARO E O HOMEM 
José Ribamar de Carvalho Alves

O pássaro não trai seu amor leal,
Não põe escondido outro amor no ninho
Por falta de amor, nenhum passarinho
Padece no seu mundo natural.

O homem por ter desejo carnal
Por outra, magoa quem te dar carinho
E às vezes acaba ficando sozinho
Por não ver que o mal só constrói o mal.

O pássaro não fere seu fiel amor
Trata a companheira que tem como a flor
Que recebe afago do seu jardineiro

E o homem que trai o seu bem-querer
Na desilusão, finda por não ter
Simples, nada de amor verdadeiro.

SONHOS DE PEDRA 
José Ribamar de Carvalho Alves

Os meus dias verdes
O sol do verão...
Do tempo escondeu,
Só me deixou marcas
Dos sonhos de pedra
Que a vida me deu.

Perdido no ermo
Do próprio destino
Caminho sem calma,
Das auroras vivas
Só lembranças mortas
Conduzo na alma.

No vale do nada
Nas tardes de angústias
Lanço o meu queixume
Ensaiando as sátiras,
Do meu infortúnio
Que não se resume.

A dor da revolta
De um expatriado
Não supera a dor
De quem tem mil sonhos
Mas nenhum dos mil
Dá sorte no amor.

Meus sonhos de pedra
Me desaproximam
Da realidade
Sou eu o poeta
Que deixando o mundo
Não deixa saudade.

GOSTO DE SONHAR
José Ribamar de Carvalho Alves

Desistir para quem sonha não existe
Fraquejar não condiz com insistir
Quem insiste na vida em desistir
Arrepende-se demais quando desiste
Da batalha, quem perde, volta triste
Na penumbra da dor que o intimida
Guerrear sem receio de ferida
É sonhar em vencer e se amar
Quem desiste do gosto de sonhar
Joga fora o prazer que adoça a vida.

Abrir mão da vontade de vencer
É a única maneira de deixar
De viver com desejo de sonhar
Com o dom do espírito de viver.
Deixe a vida sorrir para não perder
Os encantos que a tornam bem vivida
Ela é uma graça oferecida
Por quem tem muitas graças para dar
Quem desiste do gosto de sonhar
Joga fora o prazer que adoça a vida.

Na cadência dos dias merecidos
Deixe os olhos da alma vislumbrante
Como ave nos bosques verdejantes
Rodeada de sonhos coloridos
Ouça a voz dos seus egos, dê ouvidos
Ao chamado da fé que vence a lida
Se pensar que a vida está perdida
Pense noutra maneira de pensar.
Quem desiste do gosto de sonhar
Joga fora o prazer que adoça a vida.

AVAREZA
José Ribamar de Carvalho Alves

O poder escraviza a indigência
Por soberba e sem dó tem quem procure
Evitar que o bem comum perdure
Nas pessoas supridas de carência.
O orvalho das nuvens da prudência
Fortalece a videira da bondade
E a voz que demonstra autoridade
Cala a voz da razão da mendicância
Quem se nutre do trigo da ganância
Desconhece o sabor da caridade.

A pessoa que banha-se de poderes
Limpa o sujo nas suas vítimas limpas
Tira suas vantagens mais supimpas
Do suor e sofrer dos pobres seres
O poder que rege os afazeres
De que faz para ter dignidade
Disfarçado de dono da verdade
Orgulha-se da própria dominância
Quem se nutre do trigo da ganância
Desconhece o sabor da caridade.

Quem se mantém do sangue dos plebeus
Por não ter coração, não se espreita
Caridade não falha, quando feita
Mas império sem fim só o de Deus!
Quem apenas tem olhos para os seus interesses
Não tem humanidade
Tem apenas, no âmago, a vontade
De ter altos padrões de importância
Quem se nutre do trigo da ganância

Desconhece o sabor da caridade.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com