Seguidores

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

GENTE DAS RUAS DE POMBAL OTACÍLIO TRAJANO: O FILHO DE DIASA E DONA NELLY

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo

OTACÍLIO TRAJANO nasceu na cidade Pombal no dia 17 de agosto de 1954, filho do casal Otacílio( Diasa) e dona Nely.

Tal qual o pai Diasa e o irmão Zeilto, Otacílio também é músico instrumentista, arranjador e compositor com composições em homenagens a Festa do Rosário e aos nossos grupos folclóricos.


A vocação para o rádio começou como menino curioso, aos nove anos de idade, e de repente já estava atuando em todas as posições: redator, comentarista, repórter, discotecário, locutor, e se botar o disco no seu pino ele ainda faz a vez da vitrola.

Em João Pessoa ele trabalhou no Sistema Correio da Paraíba, tanto na emissora como na Rádio.

Grande conhecedor das histórias das ruas de Pombal, boêmio dos barrancos, oiticicas e ingazeiras do rio Piancó, é um defensor do patrimônio cultural da Cidade, e um fazedor e cultivador de amigos.


Fora dos microfones oficiais, mas, não da vocação de radialista, Otacílio, que começou falando para difusora em postes para em seguida passar para as rádios com frequências de alcance estadual, hoje tem sua própria emissora na WEB: da coluna da Hora para mundo.

A Rádio Oiticica no blog (www.radiooiticica.blogspot.com.br), mostra que Otacílio é um homem adaptado ao ao seu tempo.


A escolha do nome Rádio Oiticica para a sua emissora foi uma reverência e uma referência a cidade de Pombal, já que a Oiticica por muito tempo foi a redenção econômica da nossa cidade. Morando na rua presidente Rua Benjamin Constant, duas coisas fizeram parte da vida de Otacílio: cortejo funeral em direção ao cemitério Nossa Senhora do Carmo, e os sofridos trabalhadores que seguiam para a labuta na Fábrica Brasil Oiticica.

Mas, para Otacílio, a sua ligação com a Oiticica vai mais além, conforme ele descreve:

“Foi o primeiro dinheiro que ganhei – eu seis ou anos de idade – como a OITICICA é nativa qualquer beira de rio/riacho ela dar eu e outros meninos da minha rua, juntávamos esses frutos e vendíamos no armazém de seu Osmídio, pagamento à vista! Era uma festa!!! E o comprador ainda incentivava a gente para colher o quanto pudesse. Cada lata de 20 litros era paga em cruzeiros (moeda da época).

E terceiro ponto do nome da RÁDIO OITICICA, pela tenacidade de muitos conterrâneos por não deixarem que a chaminé da antiga B.O.S.A. – Brasil Oiticica Sociedade Anônima—fosse demolida pela especulação imobiliária. Já que não saia mais fumaça pela velha chaminé, a qual eu vi sua construção “tijolo por tijolo num desenho lógico”, nós tentaremos afogar essas belas lembranças com o “apito” dos bons acordes e versos musicais que serão emitidas pela WWW.RÁDIOOITICICA.BLOGSPOT.COM.BR

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e Gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com


MISSA EM MEMÓRIA DOS GILO


O Cariri Cangaço Convida:

Dia 28 de agosto de 2016, estaremos completando 90 anos da maior Chacina do Cangaço. Na fazenda Tapera dos Gilo, em Floresta - PE, no dia 28/08/1926, num ataque de Lampião e seu bando, a família de Mané Gilo foi barbaramente assassinada, ao final a morte de 12 civis, um soldado, e de quatro cangaceiros. O Cariri Cangaço e o GFEC - Grupo Florestano de Estudos do Cangaço em nome de todos os descendentes dessa grandiosa e amável família, convida a todos para a primeira celebração em memória desses grandes heróis que tombaram sem vida.

A missa acontecerá dia 27/08, sábado às 15:30 hs.

Cariri Cangaço - Manoel Severo
GFEC - Marcos de Carmelita
GPEC - Narciso Dias
GECC - Angelo Osmiro

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2016/08/missa-em-memoria-dos-gilo.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

PARQUE CULTURAL PRONTO PARA O INÍCIO DO IX FESMUZA


Dirigentes do Parque Cultural O Rei do Baião reuniram-se para os últimos preparativos do IX FESMUZA, que começa nesta sexta-feira, 19/08.

A preocupação de toda a diretoria é que todas as providências sejam tomadas em tempo hábil para que os milhares de visitantes que comparecerão às festividades recebam tratamento especial, principalmente no que condiz a segurança.

As grandes atrações do IX FESMUZA são:

* Realização da 1ª Corrida de São Severino, com início previsto para as 16h00 na saída da sede do município e final na entrada do Parque. Trata-se de uma homenagem ao padroeiro do Parque Cultural, São Severino.

* III Missa do Vaqueiro já é uma tradição importantíssima. Este ano homenageia o saudoso vaqueiro Antônio Amâncio. A solenidade começa com a celebração conduzida pelo Padre Damião Nunes, e a música principal da solenidade religiosa será a “Morte do vaqueiro”, homenageando Raimundo Jacó, primo de Luiz Gonzaga.

* A partir das 20h00, começam as apresentações dos 24 sanfoneiros inscritos no IX FESMUZA, representando diversos estados nordestinos, numa demonstração de que o evento vem aumentando a cada ano.

Momentos antes do início do festival acontecerá a realização emocional da IX SANFONZAGADA, quando todos os sanfoneiros participantes e seus ritmistas vão executar a música “Cacimba Nova”. O mais interessante nessa história é que os sanfoneiros pouco se conhecem, mas quando se reúnem tocam a música num ritmo solene.


http://www.caldeiraodochico.com.br/parque-cultural-pronto-para-o-inicio-do-ix-fesmuza/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

A MORTE DO CANGACEIRO "ESPERANÇA"


O cangaceiro "Esperança", Antônio Ferreira, irmão de Lampião, é tido na história por alguns autores como sendo o mais dos sanguinários dos quatro irmãos que fizeram parte do cangaço.

Lampião e Antonio Ferreira

Em termos estratégicos, Lampião o colocava na retaguarda ou em algum dos flancos, quando mentalizava suas emboscadas para pegar as volantes.

https://www.youtube.com/watch?v=jyybp1lL3Cs&feature=youtu.be

Após sua morte e ser enterrado, chega nas terras da fazenda Poço do Ferro, do cel. Ângelo da Gia onde tudo aconteceu, uma volante comandada por Manoel Neto, a mesma desenterra o corpo do cangaceiro, corta seu pescoço e coloca sua cabeça numa estaca da cerca do curral que ficava 'encostado' no oitão da casa.

Dias mais tarde, sua cabeça é enterrada em outra 'cova'. Esse, como tantos outros cangaceiros, fora enterrado em mais de uma cova.

"Sucesso" no linguajar sertanejo significa acidente. Foi o que aconteceu com Antonio Ferreira, vulgo Esperança, irmão de Lampião.

Acompanhamos em visita guiada, pelo Cariri Cangaço Floresta 2016, os historiadores, pesquisadores e amantes da saga sertaneja do cangaço e fomos ao local desse famoso acidente que tirou a vida de Antonio Ferreira, conhecido como um cabra valente e que agia no bando de Lampião como estrategista de retaguarda, garantindo os ataques e retiradas dos cangaceiros nos cenários de refrega."

Categoria
Licença
https://www.youtube.com/watch?v=jyybp1lL3Cs&feature=youtu.be
Licença padrão do YouTube

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

REVIRANDO O BAÚ DE FOTOGRAFIAS...


... me deparei com essa antiga fotografia que me foi cedida gentilmente pela minha querida amiga Neli Conceição (Lili Neli) filha do casal cangaceiro Moreno e Durvinha.

Na fotografia abaixo está a saudosa Durvinha (Durvalina Gomes de Sá), antiga componente do bando de Lampião e o escritor e pesquisador do cangaço, João De Sousa Lima, autor do Livro MORENO E DURVINHA – SANGUE, AMOR E FUGA NO CANGAÇO, que escreveu a biografia do casal cangaceiro Moreno e Durvinha, trabalho esse que contribuiu para a elaboração de trabalhos jornalísticos e documentários, além de outros.

Quando vejo essas imagens em minha mente vem logo o velho e verdadeiro dito popular que diz... que dessa vida a gente só leva a vida que leva.

FICA O REGISTRO E O RESGATE.
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo O Cangaço)

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=624793444351222&set=gm.1288431644503284&type=3&theater

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

DESEJO

Por Juciana Miguel

 DESEJO  

Eu busquei palavras, procurei feições
Pra dizer lhe amo, dizer que lhe quero
Cantei no chuveiro, fiz encenações
Trabalhei a mente, com muito esmero.

Mesmo sem querer, nunca foi efêmero
Esse grande amor, por tantas razões
Desde de criança, amor lhe paquero
Nós somos um só, em dois corações.

Hoje sou mulher, com tantos desejos
Com tantas paixões, com ardentes beijos
Procurando alguém, pra compartilhar...

Esse alguém que falo, é você meu bem
Me ame em seus braços, me faça refém
Fazendo eu feliz, fazendo eu sonhar!

Juciana Miguel
Quixadá CE
16/08/16

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e Gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

GENTE DAS RUAS DE POMBAL NENA QUEIROGA OU “MADRINHA NENA” (FRANCISCA MARIA DE QUEIROGA)

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo

Sempre que assisto a série "Downton Abbey" e vejo a Condessa Viúva Violet Grantham, interpretada por Maggie Smith, me vem à cabeça a imagem de dona Nena Queiroga. Isso por que quem a conheceu sabe que ela era uma legítima representante da aristocracia inglês do início do século XIX, nas ruas quentes de Pombal”.

WJSolha a descreveu como uma pessoa “Viajada, amiga de uma boa leitura (ela me forneceu muitos, muitos livros) foi uma das mais estranhas surpresas para mim ao chegar do sul a Pombal, pelo toque de nobreza meio à Deborak Kerr, que sempre soube manter com enorme naturalidade”.


Nena Queiroga nasceu no dia 16 de fevereiro de 1922, era filha do casal João Ferreira de Queiroga e dona Maria Querubina de Queiroga (dona Neca). Seus irmãos eram: Joquinha, Dr. Queiroga, Maria das Neves, Epitácio Queiroga, Zé Pretinho, Ritinha e Pedro Queiroga, um ex-combatente da Segunda Guerra Mundial, que faleceu de infarto numa praia do Rio de Janeiro, ao tentar salvar do afogamento um amigo.

Nena Queiroga foi responsável pelo “financiamento” dos estudos de muitos jovens pobres de Pombal, ação essa que ela fazia questão que não fosse divulgada, razão pela qual ainda hoje muita gente ignora esse lado “mecenas” de dona Nena, o que mais uma vez a leva em direção à aristocracia inglesa.

O acesso a Dona Nena, muito embora as pessoas a tivessem como uma mulher arrogante por sua dificuldade de emir um sorriso e por não medir as palavras na hora de uma repreenda, era feito da mesma forma, fosse para um humilde agricultor fosse para um representante da alta sociedade de Pombal: ela nunca negou uma ajuda a quem a procurava.


Dona Nena gostava de viajar. Seu destino preferido era o velho mundo, em particular a Inglaterra. Foram mais de 75 viagens por 25 países diferentes. Para uma mulher nascida no interior da Paraíba, em um tempo em que o deslocamento até dentro do Estado era difícil, não deixa de ser uma façanha digna de registro.

Fez parte do seu roteiro de viagens mundo: Rússia, Portugal, França, Alemanha, Jerusalém, Espanha e Itália. Ela estava de viagem marcada para o Japão, quando adoeceu, ficando impossibilitada de realizar sua excursão.

Sempre que regressava das viagens fazia questão de compartilha suas aventuras e aprendizados com as alunas da escola Normal Josué Bezerra, como uma forma de mostrar a elas, que acreditassem em si mesmos que tudo seria possível.

Em 1982 eu estava em Pombal e recebi a informação que dona Nena queria falar comigo. Achei muito estranho, já que entre nós dois não havia nenhuma aproximação. Aliás, eu sabia que ela existia, mas, tinha certeza que ao contrário não era verdadeiro. Apreensivo, dirigi-me até o Cartório, após me apresentar iniciamos uma curta conversa. Ela falou que estava contente em saber que eu havia me casado com sua “afilhada”, Thereza Christina, mas, achava que casamento era para ser “abençoado por deus” e não simplesmente duas pessoas resolverem morar sob o mesmo. Eu perguntei se era uma reclamação da mãe de Thereza, ela riu e respondeu que sim e que havia prometido a Maria Júlia ter essa conversar por amizade, mas que na verdade “ela não tem nada a ver com a situação”. Em seguida pediu-me desculpas “pela intromissão”.

Thereza Christina foi uma das “afilhadas” de “madrinha Nena”, que conseguiu para ela uma vaga no internato Colégio Cristo Rei, em Patos, o que a época só era possível para as filhas da alta sociedade da Paraíba a Rio Grande Norte.

Entre os afilhados de Nena Queiroga o mais emblemáticos foi Manoel Freire. Manoelzinho, nasceu por volta de 1942, no Sítio Serra Verde, do município de Piancó, e morreu em Moscou, em dezembro 1965, aos 23 anos. Patrocinado por Nena, foi seminarista em Cajazeiras, e fez curta carreira na Petrobrás e Banco do Estado de São Paulo.


Em análise das cartas que ele escreveu para “madrinha” Nena, e que foram publicadas por WJ Solha no Jornal Correio da Paraíba em 1992, conclui-se que Manoel Freire era uma pessoa de inteligência acima da média, inquieto e, envolvido com política e movimento sindical. Ele trabalhou como já citado, na Petrobrás onde militou no sindicato da categoria escrevendo para o informativo. Envolvido com o PCB em plena a Ditadura Militar, acabou viajando para Europa, e terminando os seus dias em Moscou, onde morreu acometido de um tumor no cérebro, com apenas 23 anos.

Nena Queiroga nunca se casou. Ela faleceu no dia 24 de fevereiro de 2008, quando faltavam oito dias para completar 86 anos de idade.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e Gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ATENÇÃO - AMANHÃ, SEXTA-FEIRA, É O DIA DO LANÇAMENTO DO MEU LIVRO.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

IMPERDÍVEL

Djanilson Pedro neto de Cassimiro Gilo, no local onde tombou o soldado João Ferreira de Paula, da volante de Manoel Neto (quixabeira do soldado).

Dia 28 de agosto de 2016, completa 90 anos da maior Chacina do cangaço, ocorrido na fazenda Tapera dos Gilo, em Floresta - PE. 

Com Djamir, Dona Dejinha, respectivamente neto e filha de Cassimiro Gilo, Carmelita (minha mãe) e eu, no cemitério sagrado dos Gilo.

O grupo florestano de estudos do cangaço (GFEC) em nome de todos os descendentes dessa grandiosa e amável família, convida a todos para a primeira celebração em memória desses grandes heróis que tombaram sem vida, no dia 28/08/1926, num ataque de Lampião e seu bando, culminando na morte de 12 civis, um soldado, e de quatro cangaceiros. 

Com Dona Neusa, filha de Cassimiro Gilo e Maria Pequena. Primeiro Gilo a nascer após a Chacina. Maria Pequena estava na casa na hora do ataque de Lampião.

A missa acontecerá dia 27/08, às 15:30 hs. O dia 28 tornou-se inviável, devido o pároco desta cidade não dispor de nenhum horário para a celebração. 

Com Cristiano Ferraz  meu parceiro no livro, e Oscar de Alpiniano. Aos 12 anos de idade, esse senhor foi testemunha ocular de toda carnificina.
Cassimiro Gilo (único sobrevivente da Chacina) com o neto Djalmir, filho de Dona Dejinha.

Dessa forma em entendimento com a família Gilo, resolvemos antecipar para o dia 27, um sábado, para que as pessoas que moram mais distantes, possam retornar aos seus lares, no domingo. 

Com Dona Cícera Maneca, filha de Manoel Cipriano Freire, guardiã da história da passagem de Lampião na sua casa, logo após o ataque aos Gilo.
Cristiano Ferraz, Manuel José Torres ( Véio de Zé de Anjo) e eu. Através dessa testemunha, conseguimos descobrir muitos segredos dessa terrível tragédia. Cassimiro Gilo dormiu na casa de seu pai, Zé de Anjo, por isso escapou, além desse sertanejo ter tido filhos com Maria Pequena e Lulú, que estavam dentro da casa dos Gilo, na hora do ataque.

Peço a todos os amigos que compartilhem essa publicação. A família Gilo e o GFEC, agradecem desde já a sua presença. Sejam todos bem-vindos. 

Djanilson Pedro, neto de Cassimiro Gilo, filho de Dona Dejinha, mostrando os escombros da casa dos seus antepassados.
Local onde Lampião e seu bando ficaram abrigados. O bando conseguiu cercar a casa por todos os lados.
Nesse local foram enterrados em única vala, os Gilo e seus parentes e amigos. 
Ferro de Gilo Donato do Nascimento.
Cícero da Penha (entrevistado), filho de Ernesto do São Pedro (morto na Tapera).
Quixabeira do Arcanjo onde foi morto Pedro Alexandre, tropeiro que se dirigia à feira naquela madrugada, e foi morto por Barra Nova.
Quadro pintado por Maninho na década de 60, retratando a Chacina da Tapera. Observe ao lado esquerdo, na parte de baixo, a data correta do acontecido, retratado pelo pintor florestano.
Croquis de Cristiano Ferraz, parceiro do livro. Os outros também foram feitos por ele. Tudo com os pontos em GPS.


Apoio de Cangaceiros Cariri, na pessoa de Manoel Severo Barbosa e demais grupos de estudos do cangaço.


https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1727229720871693&set=pcb.1727232914204707&type=3&theater

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

NOVO LIVRO – “O CANGAÇO: PODER E CULTURA POLÍTICA NO TEMPO DE LAMPIÃO”, DE MARCOS EDÍLSON DE ARAÚJO CLEMENTE


A Editora Massangana da Fundação Joaquim Nabuco prepara para o dia 18 de agosto, a partir das 18 horas, na sala Calouste Gulbenkian, em Casa Forte, o evento Cultura Pernambucana: Retrato Vivo da Nossa História, com o lançamento coletivo de cinco importantes títulos que se somam ao acervo da Fundaj e enriquecem a cultura de Pernambuco. Entrada franca. 

Entre estes: O Cangaço: poder e cultura política no tempo de Lampião é resultado de uma tese de doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro e o objeto de estudo são as relações de poder e cultura política do ciclo do cangaço, cujo chefe mais expressivo foi Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião.

A análise busca explicitar as singularidades deste tipo de cangaço, comparativamente a outras formas já existentes desde a segunda metade do século XIX. O livro revela a complexa trajetória desse personagem pelo conjunto de valores, atitudes, normas e crenças nos sertões nordestinos, no correr das décadas de 1920 e 1930.


No auge da fama, Lampião inovou ao permitir o ingresso de mulheres nos bandos. Diferenciou-se ao expandir seu território de mando, arregimentando maior número de cangaceiros. Lampião foi único na maneira com que praticou a violência, acusado de flagelo e terror dos sertões. Um sujeito proscrito, porém articulado com instâncias oficiais do poder. Agia nos sertões em proveito próprio e distribuía alguma forma de justiça quando era do seu interesse pessoal.

A História sempre surpreende. Após um aprendizado de décadas de novas abordagens e perspectivas, os historiadores sabem que um tema nunca se esgota por completo. O cangaço é um tema inesgotável. Haverá sempre formas novas de abordar, criativamente, as opções destes sujeitos complexos, que possam superar as análises definitivas que os qualificam unicamente como “bandidos rurais”, “fanáticos facinorosos”, “criminosos implacáveis”. Porém eram tudo isso e mais um pouco: eram sujeitos ativos de uma cultura desigual e violenta, que decidiram resolver seus conflitos utilizando os mesmos meios que o Estado e seus prepostos utilizavam, sem dó nem piedade, sem arrependimento, sem culpa. O livro de Marcos Edilson de Araújo Clemente é um trabalho de reflexão crítica e  de referência obrigatória.

Na ocasião, os autores/organizadores farão apresentação das obras e haverá uma palestra sobre a cultura pernambucana e show com o músico e pesquisador Silvério Pessoa. Confira abaixo as resenhas dos lançamentos.

Prof. Dr. Marcos Edilson de Araújo Clemente

O Autor

Marcos Edílson de Araújo Clemente, natural de Paulo Afonso, sertão da Bahia, é sócio da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, mestre em História Social do Trabalho pela Unicamp, doutor em História pela UFRJ. 

Durante anos atua como professor na Universidade Federal do Tocantins e integra o corpo docente do Programa de Mestrado Profissionalizante em Ensino de História. Autor de vários artigos e do livro Lampiões Acesos: o Cangaço na Memória Coletiva, lançado em 2009.


https://tokdehistoria.com.br/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com