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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

NOVIDADES DO CARIRI CANGAÇO PIRANHAS LUIZ RUBEN LANÇOU: "LAMPEÃO ANTES DE SER CAPITÃO"

Por Luiz Ruben

Apresento neste trabalho, o meu 10º sobre o tema cangaço, matérias dos jornais publicadas no período de 1920 a 1926, não faço intervenções, apenas atualizo os nomes das cidades que ao longo do tempo tiveram seus nomes trocados. A iconografia deste livro abrange a década de 1920 e início dos anos 30.

Foram consultados os seguintes: A Imprensa - Sobral CE; A Gazeta - São Paulo SP; A Lanceta – Maceió AL; A Noite - Rio de Janeiro RJ; A Província - Recife PE; A Rua - Recife PE; Correio da Pedra - Água Branca AL; Diário de Pernambuco - Recife PE; Diário da Noite - Recife PE; Estado das Alagoas; Gazeta de Notícias - Rio de Janeiro RJ; Jornal do Comércio - Recife PE; Jornal do Recife PE; Jornal Pequeno - Recife PE; O Globo - Rio de Janeiro RJ; O Jornal - Rio de Janeiro RJ; O Paiz - Rio de Janeiro RJ; Pacotilha - São Luiz MA; Revista da Cidade - Recife PE.

Os jornais tomam posição de críticas ao governo utilizando a situação provocada pelo cangaço, principalmente no território pernambucano. Os números divulgados pela imprensa com relação à quantidade de cangaceiros combatidos pela polícia eram sempre exagerados. Algumas vezes foi noticiada, erradamente, a morte de Sinhô Pereira e de Lampeão, mas eram também, às vezes, retificadas essas notícias. Ao vasculhar esse período tive algumas surpresas que tenho certeza os leitores pesquisadores perceberão. Alguns fatos publicados na época, nunca foram mostrados posteriormente em livros.

A imprensa publica muitos nomes de cangaceiros que ainda não foram catalogados por pesquisadores e que ainda pode ser motivo de estudo e pesquisa mais apurada. Encontrei coisas curiosas, inusitadas, até mesmo grandes equívocos, como a informação da morte de Luiz Padre, quando na realidade foi Antonio Padre.


O caso dos pobres roceiros que tinham seus chapéus de couro tomados nas feiras, pela polícia, por serem ‘trajes de cangaceiro’.

Em outubro de 1920 se publica a união do cangaceiro Sinhô Pereira com o grupo de Antonio Matilde, ou seja, incluindo Lampeão ou Virgulino e seus irmãos, Livino e Antonio Ferreira. Este último, o Antonio Ferreira, é citado como cangaceiro, em dezembro de 1920. A presença de Luiz Padre ainda é noticiada em 1921.

Em janeiro de 1921, Sinhô Pereira é chamado pela imprensa do sul de Átila do Pajeú. O capitão Theophanes também é chamado de Átila, conforme notícias da imprensa.

Em maio do mesmo ano se noticia a presença do grupo de cangaceiros chamado de ‘os três Antônios’ e em setembro a morte do cangaceiro Pedro Porcino.

Em dezembro de 1921 foram mortos três bandoleiros de nomes: Emygdio Ferreira, José de tal, vulgo Papudo e José Veríssimo Machado, vulgo Zezé, o grupo tinha como chefe Alfredo Guimarães, vulgo Caboclo.

Em 1922 os jornais fazem a cobertura sobre a morte do coronel Luiz Gonzaga, em Belmonte PE.

Em junho de 1923, a polícia de Pernambuco começa a recrutar praças no sertão para combater Lampeão.

A imprensa publica em 1923 uma carta esclarecedora da amizade de Luiz Padre com José Inácio, do Barro, que fora assinada em 1921; Publica uma matéria de como Sinhô Pereira entrou para o cangaço, assinada por João do Norte, um colunista do jornal; Também veremos a divulgação de um bilhete de extorsão assinado por Sinhô Pereira;

Uma publicação sobre a tática de guerra de Sinhô Pereira denominando-o ‘terror dos sertões’;

Ainda uma pequena cobertura jornalística sobre a invasão da cidade de Souza na Paraíba, pelos cangaceiros, identificando apenas o grupo de Francisco Pereira, embora saibamos da participação dos irmãos de Lampeão no acontecimento;

Apresento na íntegra a primeira vez que o nome de Lampeão é citado na imprensa, no Jornal Correio da Pedra, pertencente a Cia Fabril.

O Jornal, do Rio de Janeiro noticia uma estória fantástica sobre a transformação de Virgulino em Lampeão. 

Uma das curiosidades apresentadas, que também não vi registrado em livros é o Decreto instituído por Lampeão, para alistamento de cangaceiros nas fileiras do banditismo.

O jornal A Província, publica em setembro de 1923 a ação criminosa do coronel João Nunes contra indefesos e pacatos sertanejos.

Em 1924 é noticiado falsamente a morte de Lampeão e seu irmão Livino. O jornal pernambucano, A Rua, publica pela primeira vez sobre um desertor da força pública de Pernambuco que teria se incorporado ao grupo de Lampeão, um tal de Ansilon Ribeiro;

Mostro o registro que antes de receber a patente de capitão do Batalhão Patriótico do Juazeiro, a imprensa já tratava Lampeão de “coronel” e de “capitão”;

A imprensa pernambucana, através do jornal A Rua, tenta pela primeira vez traçar uma biografia de Lampeão; Em fevereiro de 1926, o Jornal do Recife traz uma sensacional entrevista, dizendo que Lampião quer juntar mil homens para declarar guerra oficial aos estados da Paraíba e Pernambuco.

Apresento esse vasto material na intenção de contribuir na montagem de um gigantesco quebra cabeças que é o estudo do cangaço. Que não fique esquecido no passado o que foi conhecido pela sociedade, na época dos acontecimentos. Que ao juntarmos os retalhos, fazendo a cronologia, descobrindo detalhes, cruzando e descartando informações, descobrindo pessoas e lugares, possamos continuar estudando e assim, entender melhor esse processo que é parte de nossa história.

Boa leitura 
Luiz Ruben F. de A. Bonfim
Serviço 

Livro "Lampeão antes de ser capitão" edição do autor 371 páginas. Valor: R$ 60 (sessenta reais) com frete incluso. Para adquirir entre em contato com o autor pelo email luiz.ruben@gmail.com



http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2016/08/novidades-do-cariri-cangaco-piranhas.html

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ANTÔNIO CORRÊA SOBRINHO E O LIVRO “O FIM DE VIRGULINO LAMPIÃO – O QUE DISSERAM OS JORNAIS SERGIPANOS” DE SUA AUTORIA.


O livro traz inúmeras matérias de jornais sobre a morte de Lampião que foram manchetes nos principais jornais sergipanos. Um livro/documento que não pode faltar na coleção dos estudiosos e apreciadores da história do cangaço.

Quem desejar adquirir o trabalho do escritor e pesquisador Antônio Corrêa Sobrinho, basta entrar em contato diretamente com o autor através do e-mail tonisobrinho@uol.com.br

O Livro custa apenas R$ 30,00 (Trinta Reais) com frete incluso.

Geraldo Antônio de Souza Júnior 

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MULHER NOVA BONITA E CARINHOSA FAZ O HOMEM GEMER SEM SENTIR DOR...

Por Archimedes Marques
Elane Marques, Dr. Archimedes Marques e Lili Conceição

Unindo o útil ao agradável, na noite de ontem (03/08/2016), eu, a minha esposa Elane Marques e a nossa hospede querida amiga Lili, fomos prestigiar o confrade do Cariri Cangaço KIKO MONTEIRO que se apresentou com a sua banda no Restaurante VILA BOTEQUIM (um dos points da alta sociedade na nossa amada Aracaju)... Se apresentou e "ARREBENTOU A BOCA DO BALÃO" com um show de aproximadamente quatro horas ininterruptas com a casa superlotada. Kiko, além da sua excelente voz, ritmo e cadencia, tem bastante carisma porque ele canta com o coração, com a emoção, com amor... 


Escritora Elane Marques



E falando em amor ele mostrou que estava com os pelos dos braços arrepiados quando cantou a meu pedido a canção de Zé Ramalho "MULHER NOVA, BONITA E CARINHOSA FAZ O HOMEM GEMER SEM SENTIR DOR"... 

https://www.youtube.com/watch?v=cq-VuCr1Q5k

E a emoção dele também contagiou a nossa mesa em especial quando entoou os versos "Virgulino Ferreira, o Lampião / Bandoleiro das selvas nordestinas / Sem temer a perigo nem ruínas / Foi o rei do cangaço no sertão / Mas um dia sentiu no coração / O feitiço atrativo do amor / A mulata da terra do condor / Dominava uma fera perigosa / Mulher nova, bonita e carinhosa / Faz o homem gemer sem sentir dor."

Kiko Monteiro e seu grupo musical



Tudo isso só vem a comprovar que o sangue nordestino/sertanejo corre em nossas veias e que a história do cangaço é contagiante em diversos setores, além do mais o nosso movimento, o Cariri Cangaço, a grande família Cariri Cangaço nos trás mais sabores do que dissabores, nos trás mais amigos do que inimigos, UNE AS PESSOAS de diversos lugares. Acho até que Lampião, mesmo sem querer, fez essa grande bondade para todos nós.
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Página: Archimedes Marques

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LIVRO: CANGACEIROS DE LAMPIÃO DE A A Z.



SE VOCÊ NÃO CONHECER OS PERSONAGENS... NÃO CONHECERÁ A HISTÓRIA.

ESSE NÃO PODE FALTAR NO “CAÇUÁ” DE QUEM ESTUDA, PESQUISA E SE INTERESSA PELA HISTÓRIA CANGACEIRA.

UMA EXCELENTE FONTE PARA PESQUISAS.
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo O Cangaço)


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CARIRI CANGAÇO PIRANHAS 2016 29 DE JULHO 2016 EM ÁGUA BRANCA.

Por Manoel Severo Barbosa

A cada nova edição do Cariri Cangaço novas emoções afloram e laços de harmonia, fraternidade e confiança mútua se consolidam no desafio da construção de nossa verdadeira história. No estado de Alagoas no grande Cariri Cangaço Piranhas 2016 não foi diferente. Água Branca que realizava seu primeiro Cariri Cangaço, abriu não só as portas da cidade ou da magnânima Matriz de Nossa Senhora da Conceição, ou da Extraordinária Casa da Baronesa Siqueira Torres; Água Branca abriu seu coração.


Por toda sexta-feira, dia 29 de julho, andando por entre as ruas de um casario invejável, cheio de memória, história e tradição, olhando a arte a se manifestar em praça pública e apresentações cheias de dedicação e amor, olhando nos olhos e vendo o sorriso das pessoas... Ah, isso não tem preço, levaremos Água Branca em nosso coração, sem dúvidas esse foi o primeiro de muitos Cariri Cangaço na bela serra alagoana.

O Brasil do Oiapoque ao Chui marcou e confirmou presença em nosso Cariri Cangaço Piranhas e Água Branca; amigos vaqueiros da história de todos os cantos e recantos do país nos permitiram compartilhar o aconchego e hospitalidade alagoana. Em Água Branca, como em todas as cidades por onde temos passado a receptividade foi além de nossa expectativa e merecimento, sem dúvidas a generosidade daquele bom povo ficou a mostra, e aí a emoção pontuou cada momento de nossa visita.

Abraçando o grande e abnegado Edvaldo Feitosa e a querida prefeita Albani Sandes Gomes, traduzimos toda nossa gratidão por momentos tão especiais, onde além de voltarmos no tempo, aprofundarmo-nos nas memórias do lugar, cercados de belezas por todos os cantos, ainda sentimos forte o pulsar da alma nordestina em Água Branca.

A apresentação dos índios Kalankó, se traduziu numa demonstração da grande força de nossa raiz, os Kalankó sob a chefia do Cacife Paulo e do Pajé Pedro pareciam nos abraçar a cada um a partir da dança, do canto e do olhar. Os Kalankó hoje se resumem a cerca de 390 índios em 54 famílias que vivem no município de Água Branca, em Lageiro do Couro. Sensacional !

A Matriz de Nossa Senhora da Conceição parecia abençoar o grande encontro: Pela primeira vez os vaqueiros da história, a família Cariri Cangaço chegava a Água Branca. O canto forte e grave dos Kalankó deram passagem ao Forró Pé de Serra e ao Xaxado, típicos da alma nordestina, sem falar no bordado, no artesanato, nas comidas típicas, a isso chamo Cariri Cangaço Água Branca. 

Manoel Severo Barbosa
Cariri Cangaço Água Branca
29 de Julho de 2016
Água Branca, 

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2016/08/a-alma-do-brasil-se-encontra-em-agua.html

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A SENSACIONAL MATRIZ DE ÁGUA BRANCA...EM FOTOS ESPETACULARES... CONFIRA...!



Fotos da Matriz de Nossa Senhora da Conceição.Belíssimo e majestoso templo religioso da cidade de Água Branca-AL.





Fomos recepcionados nesse imponente monumento arquitetônico, tendo o prazer de ter o amigo Edvaldo Feitosa como anfitrião do seminário Cariri Cangaço Água Branca-AL, o qual realizou-se de forma magistral. 







Parabenizo o amigo Evaldo, pelo sucesso que foi o Cariri Cangaço em sua encantadora cidade, Ficou o desejo do retorno breve. Sucesso! Sucesso!...






https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

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GENTE DAS RUAS DE POMBAL SEU BANDEIRA. MANOEL DE SOUZA BANDEIRA

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo

Seu Bandeira nasceu na comunidade de Lagoa Escondida arredores de Pombal. Estudou no Colégio Diocesano Padre Rolim em Cajazeira. Seu primeiro emprego foi como escrevente do cartório de 1º ofício no ano de 1941. Em 1945 foi trabalhar na Coletoria Estadual Federal como servente. Trabalhou em Patos, santa Luzia, Cajazeiras, Princesa Isabel, Piancó, Catolé do Rocha e Antenor Navarro. Terminando o seu tempo de serviçona cidade de Sousa onde passou 20 anos trabalhando, saindo com a função de Auditor-Fiscal do tesouro Nacional.


Casou-se no dia 11 de marco de 1948 com dona Maria Rosiclear Salgado: pais de Kleber Bandeira, Alberto Bandeira. e Gutember gue Salgado Bandeira.


Manoel de Souza Bandeira era apaixonado por música, eventos de massa e por uma boa comunicação, e nesse sentido foi que ele instalou a “Difusora Guarani", que funcionou de 1942 a 1947, no sobrado de Joaquim Assis, Rua Nova, cuja locução era confiada a seu Agu Rodrigues e ao próprio Manoel de Souza Bandeira. Em 1953, seu Bandeira vendeu a difusora para seu a Afonso Mouta que muda o nome para “Difusora Tabajara”, instalando-a em 1958 no prédio do Cine Lux.


Seu Bandeira esteve a frente da fundação do “Pombal Ideal Clube” (PIC), tornando-se o primeiro Presidente na curta gestão de 1962/1963. Como dona Maria Rosiclear Salgado trabalhou incansavelmente para realizar a primeira vaquejada em nossa cidade. O casal fundou, em 1969, o “Bloco do Sujo”, que abrilhantou os Carnavais de Pombal por muitos anos, levando alegria, marca registrada do casal, as nossas ruas, e que até os dias atuas faz parte da memória e da saudade dos jovens da época.

Foi eleito vereador em 1962 assumindo a função na Câmara Municipal em 1963.

Seu Bandeira enviuvou de dona Rosiclear Salgado, a mulher por trás das suas realizações, em 1979. Voltou a casar em 1981 com a senhora Maria Betânia Rodrigues. O casal era pais de Johâma e de Bandeirinha.
Dona Rosiclear Salgado faleceu no dia 4 de fevereiro de 1979 e seu Manoel de Souza Bandeira, faleceu no dia 26 de Junho de 2011, deixando para a cidade um legado de trabalho e de alegria ao nosso povo.

Jerdivan Nóbrega de Araújo

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Cardoso

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O CANGAÇO AGONIZA APÓS 28 DE JULHO DE 1938


Lampião tinha uma maneira diferenciada de agir. Não entrava em combates sem necessidades, pois, além de lhe custar desperdício de material bélico, perdia-se vidas.


Após a morte de Lampião, chacinado juntamente com mais dez cangaceiros na grota do Riacho Angicos, em terras sergipanas, a margem direita do rio São Francisco, em 28 de julho de 1938, as dificuldades, que já eram muitas, ficaram insuportáveis para o restante dos cangaceiros.


Lampião e o cangaço começam a morrer logo depois da ordem do Presidente Getúlio Vargas, passada do Palácio do Catete, na Capital do País, Rio de Janeiro - RJ, na época, exigindo um basta, um extermínio, um fim, aos grupos de bandoleiros que assolavam os quatro cantos dos sertões nordestino.


O 'Rei Vesgo' fora a mola mestra em todos os aspectos que dizem respeito a sobrevivência da horda de bandidos durante os quase vinte anos em que comandou o Cangaço. Tinha seus contatos, fornecedores de alimento, vestimenta, munição, armas e informações em várias localidades dos Estados nordestinos por onde passou. Sabia onde mandar buscar “o quê”, e “a quem”, fosse preciso para abastecer seus 'cabras'. Tornou-se, de certo tempo em diante, um comerciante mor, entre asseclas e fornecedores. Se na máfia fosse, seria o ”Padrinho” de cada membro do bando. Comprava munição e armas, caras, mas, sabia repassar ganhando.


Uma das maiores realizações guerrilheiras que o 'Cego' fez, foi a divisão do grupo em subgrupos. Facilitava seus deslocamentos, escondiam-se melhor os vestígios, enganando os comandantes de volantes, deixando-os com várias informações de diferentes lugares ao mesmo tempo. Isso, junto a rapidez de entrar, pegar e sair, nos ataques as pequenas povoações, eram atos que não davam chances de um eventual confronto com volantes. A maioria das brigadas que realizou com as volantes foram em locais escolhidos por ele. Ele, usando de várias maneiras e formas, conseguia colocar os soldados aonde, antes, tinha imaginado que estariam. Com isso, vários combates foram ocorridos com a volante, pensando ser caçador, e era, na verdade, a caça. Estando, de uma hora para outra, com inimigos em três ou quatro frentes de batalha, pois, o “Rei dos Cangaceiros”, anteriormente, tinha dividido o grupo em flancos direito e esquerdo, retaguarda e, ele mesmo comandava na brigada, a vanguarda.


Quando, em sua histórica saga, estudamos alguns pequenos confrontos que se deram ao acaso, ele mesmo foi ferido, além de perder vários homens.


Com sua morte, em 28 de julho de 1938, também morreu esse lado pensador, calculador, do cangaço.

Dentre os chefes dos subgrupos tais como Labareda, Português, Zé Sereno, Corisco e outros, não havia um único que soubesse usar das artimanhas que usara seu grande chefe. Lampião não repassou para nenhum deles os nomes dos ‘grandes e fortes’ contados fornecedores de munição e armas. A ‘arrecadação monetária’ foi à zero. O terror, temor, sentido pelas pessoas quando recebiam os famosos “bilhetes de Lampião”, também se acabaram. Ninguém obedecia mais aos pedidos de extorsões mandos pelos chefes dos subgrupos sobreviventes. Além de ser uma esperteza, não passar para ninguém que eram os ‘grande contatos’, pois ele, o ‘Capitão Virgolino’, seria o único distribuidor aos asseclas, era também uma maneira de proteger sua própria vida. Com certeza, algum espertinho sempre tinha pensamentos em matar o “Rei” e conquistar seu lugar de liderança.


A literatura cangaceira cita, quase que unânime, que Corisco seria seu sucessor. Corisco não tinha esse dom de raciocínio. Era homem de briga, valente e de ação, não de planejamento, além de só viver embriagado, deixando o comando do grupo com Dadá. Labareda, apesar de valente, vivia de pegar migalhas nas roças e casas de sertanejos, Português era um frouxo sem domínio e Zé Sereno, em pouquíssimo tempo, torna-se um dos maiores perseguidores de cangaceiros, principalmente de Corisco.

E assim, a agonia da fase terminal do cangaço se intensifica com a morte de seu chefe mor, começando a descida para seu ponto final. A cada dia, após o dia 28 de julho de 1938, apaga-se um pouco, a existência daquele Fenômeno Social, que surgira dentro de outro Fenômeno Social, denominado “Coronelismo”, por volta de 1765, na zona da mata da Capital pernambucana, com o famigerado bandido José Gomes, o Cabeleira...


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O PALACETE DE ÁGUA BRANCA (AL)

Por Geziel Moura

A despeito de, o assalto do palacete da baronesa de Água Branca (AL), não ser unanimidade, como primeiro evento criminoso de Virgolino, na qualidade de chefe cangaceiro, devido, ainda, a presença de Sinhô Pereira em Pernambuco, o acontecimento aponta para isto, pois a partir dele, diversos desdobramentos foram produzidos e seu nome começou a aparecer na imprensa, como comandante do grupo de facínoras.


Segundo o escritor, José Bezerra Irmão, a invasão ocorreu ao amanhecer do dia 26 de junho de 1922, sendo que os cangaceiros entraram na cidade, camuflando seus armamentos, em esteiras de pipiri e transportando em duas redes, conforme o uso em funerais de pessoas, daquela época, cujo objetivo era passar despercebidos, pela polícia local, o que conseguiram com sucesso.



O acesso se deu, pelo portão posterior do prédio, em que foi forçado, cruzaram um porão, que era usado como senzala, no século anterior, e subiram a escada que ligava o porão ao térreo do palacete. 



A baronesa contabilizava 90 anos e morava com uma neta e uma empregada, o que favoreceu o roubo de dinheiro, joias e utensílios domésticos, sem falar nos colares que foram retirados do pescoço da idosa, e que ainda, hoje subsistem como testemunha daquele dia de junho 1922.




A Imagem do palacete de Água Branca é famosa, na literatura do cangaço, confesso que nunca havia visto, suas dependências internas, mas o segredo acabou, pelas mãos do amigo Camilo Lemos, que gentilmente cedeu os flagras para esta postagem.

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