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sexta-feira, 8 de julho de 2016

A MENINA DOENTE E A TRANSITORIEDADE DA VIDA

*Rangel Alves da Costa

A menina está doente desde antes de 1885, quando foi retratada pela sensível e emotiva genialidade de Edvard Munch. Obra-prima da pintura universal, a representação possui qualidade maior não apenas por ter surgida da paleta do artista de O Grito (o famoso quadro onde uma pessoa caminha espantada sobre uma ponte, com as mãos na cabeça, olhos saltados e a boca em grito), mas pela simbologia transmitida através da imagem da menina doente e a aflição de sua mãe.

Sempre demonstrei especial interesse pelas pinturas que vão além de retratações para explorar, através de simbologias, os sentimentos, as angústias, as tristezas e a solidões humanas. Aprecio muito - e isso me toma um tempo danado em frente aos retratos - os quadros onde Rembrandt retrata filósofos e religiosos nos seus mundos solitários, nos seus ambientes monásticos, permeados pelo claro-escuro, que é o próprio contraste da vida. As naturezas-mortas também não deixam de expressar reflexões acerca dos abandonos.

Contudo, já faz algum tempo que venho me encantando com uma magistral obra do expressionismo alemão, até mesmo despretensiosa para muitos, intitulada A Menina Doente onde o pintor norueguês Edvard Munch, retrata a angústia, o desespero e a dor de uma mãe ao lado do leito de uma menina enferma. Desenvolvida originalmente em litografia, um tipo de gravura feito a partir de um desenho matriz, alcançou fama exatamente pela expressividade da situação retratada.

Tal expressividade, contudo, possuía sua razão de ser. Munch simplesmente transpõe uma dolorosa situação familiar, pois na tela a mãe e a irmã do próprio pintor, sendo que esta acabaria morrendo de tuberculose aos quinze anos. Ali o artista transformado em testemunho de um sofrimento que se forjou em arte. Difícil imaginar o irmão e filho retratando tamanha aflição e, certamente de mãos trêmulas, dar posteridade a uma vida tão efêmera. E que situação mais triste, meu Deus!

Na obra, toda construída com riscados fortes e de cores escurecidas, muitas vezes chegando ao negro para expressar o sentimento doloroso mais aproximado à situação reproduzida, logo se vista um quarto onde repousa uma enferma. Nela vê-se uma jovem de pele clara (ou seria da palidez doentia?), cabelos lisos em tons avermelhados, vestida de negro, com mangas que chegam até os pulsos, com feições ainda de reconhecida beleza, deitada no seu leito, com os braços estendidos sobre uma colcha também escurecida e o rosto levemente voltado para uma mulher que segura na sua mão.


A menina se esforça para não demonstrar seu real estado, pois possui no semblante uma aceitação até confortante de sua frágil condição, tão própria dos enfermos que parecem querer consolar os outros mesmo em padecimento e proximidade do fim. Mas a mulher ao lado, sua mãe, é a mais pura demonstração de angústia e aflição. Sentada ao redor do leito, segurando com as duas mãos a mão esquerda da filha, na sua cabeça baixa e no seu corpo curvado reside toda a dramaticidade refletida pelo artista.

Não precisava que ela levantasse a cabeça para dizer de sua dor lancinante, nem deixasse os olhos à mostra para dizer de suas lágrimas incontidas. É uma mãe sim, e ali sua filha, e ambas velando a mesma dor dos que já se reconhecem partidos. Um consolo de mãe, um conforto de mãe. Mas que consolo, que lenitivo, que carinho, se a mais completa desconsolação recai sobre a própria mãe que chora, que grita por dentro, que não sabe mais o que fazer diante daquela situação?   

A pintura, pela sua expressividade e utilização de cores fortes e sombrias para descrever tanto a situação psicológica como o ambiente de convalescença, possui muitos adeptos, ainda que não iniciados na crítica de arte. Raquel Lautenschlager Santana, em texto intitulado “A Menina Doente”, publicado no site Belas Artes Médicas, (http://belasartesmedicas.blogspot.com/2011/09/menina-doente.html), assim se expressa sobre a pintura de Munch:

“Hoje acabei lembrando-me de um quadro de Edvard Munch intitulado ‘A Menina Doente’, que representa os últimos dias da irmã do pintor, que acabaria por falecer devido a um quadro de tuberculose. Neste quadro, há um predomínio de tons sóbrios e escuros, como as paredes e as vestimentas cinzentas das personagens, entretanto o fundo sobre o qual a menina repousa (o travesseiro) é luminoso. Tal luminosidade reflete o semblante da menina, que não parece enraivecida com sua condição. Muito pelo contrário, parece compreender a transitoriedade da vida”.

É isso mesmo, a transitoriedade da vida. E fico me perguntando e com raiva de mim mesmo, e daquele tempo e de tudo: por que aquele copo com remédio colocado num canto da mesinha não curou a menina doente? Tens razão, mãe, com sua dor. É a transitoriedade da vida. Sempre dói muito, mas é a vida em sua brevidade.

Escritor
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Luiz Ruben F. de A. Bonfim
Economista e Turismólogo
Pesquisador do Cangaço e Ferrovia

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O TRIO DE FERRO DA CULTURA NORDESTINA

Por Junior Almeida

Falar que o trio Lampião, Padre Cícero e Luiz Gonzaga é a santíssima trindade nordestina é de certa forma um sacrilégio, pois esses personagens não são bem uns santos, como diz a religião, mas sem exageros é algo bem próximo disso, incutido na mente de todos os leem sobre a cultura nordestina. É inimaginável falar de Nordeste sem falar nesse trio, e se o mesmo relato incluir os três ao mesmo tempo, é algo maravilhoso. Em seu livro, “O Sanfoneiro do Riacho da Brígida”, que foi lançado em 1966 e em 2012 já estava na nona edição, o paraibano por acaso, como gostava de brincar, pois dizia que fora concebido em Pernambuco e nasceu por acaso em Conceição do Piancó, Sinval Sá conta que o menino Luiz Gonzaga era um cabra mole, que corria às léguas de briga, mas mesmo assim era um fã do Rei do Cangaço. Que gostava de ver a foto de Virgulino nos jornais, que sua admiração pelo Cego de Vila Bela era grande, que sonhava em um dia incorporar no bando ganhando às caatingas junto com os bandoleiros ou mesmo tocar pra Lampião e seus cabras. Pensava em tocar um xaxado e Mulher Rendeira no seu fole, pros cabras dançarem com suas “namoradas” armas até amanhecer o dia, e quem sabe se com isso não ganhava uma harmônica nova, uma da marca “Veado”. Era um sonho que o menino Luiz de Januário tinha. Se espelhando no pai, o futuro Rei do Baião já começava a dominar a sanfona, mesmo escondido de sua mãe Santana, que dizia aquilo não ter futuro, que o que dava dinheiro mesmo era fazer corda de caroá.

Era março de 1926 quando estourou a notícia que Lampião estava na região do Exu, que estava indo pro Juazeiro ver o “Padim”, foi um corre-corre dos diabos pra quelas bandas, todo mundo aperreado e a vizinhança de Januário e Santana dizia que o cangaceiro já tinha saído de Granito, que ia subir a serra pela Ladeira do Bucu e passaria na Caiçara. Dizia a aflita Santana, apressando Luiz, que parecia viajar em pensamentos:

- Granito, Calumbi, Barriguda, Monte Belo, passa por aqui, vai pra Gameleira, Bucu e Ceará. Ai meu Deus! Completava a mãe de Luiz.

Era muita aflição. Santana estava de correr doida de tanto medo de se topar com o Rei do Cangaço. Pegava tudo que podia levar e jogava nos caçuás de um jumento da família de nome Pachola, inclusive várias sanfonas desmontadas da oficina de Januário. Todo povo da fazenda  já tinham ido embora. A “Mãe” Vicência, Tia Nova, Tia Bahia e todos os moradores já haviam ganhado o mato. Só faltava a família de Januário seguir destino também. Luiz Gonzaga com sua lerdeza proposital procurava um jeito de atrasar a viagem, pois pensava ele ser aquela oportunidade de realizar seu sonho, de conhecer Virgulino e seus sequazes. Não era todo dia que se tinha uma oportunidade dessas, de ficar cara a cara com Lampião. A lerdeza momentânea de Gonzaga foi curada com um grito no seu pé do ouvido.

– Te avia, coisa! Esbravejou Santana.

Januário, muito mal-humorado, não dizia uma só palavra, apenas um barulho cochichado saía dos seus lábios, que se julgava serem palavrões, enquanto arrumava os troços. Reza com certeza não era. Ninguém fala com o Senhor com uma cara de raiva daquelas. Ele estava fugindo sem essa ser a sua vontade. Queria ficar, pois achava que daria tempo fugir quando avistasse a súcia, mas fora convencido pela mulher a seguir com o grupo. Só pensava no trabalho que ia ter em separar as peças das várias sanfonas que tinham sido misturadas. Era isso que mais lhe tirava o humor, mas fazer o que? Tinha família pra criar. Lembrava de tudo que se falava sobre Lampião. Do caso do homem que disse que fumava, mas se o capitão quisesse deixava o vício, do outro que se lascou por ser obrigado a assoviar a noite toda pros cabras de Lampião dançar. Era muita coisa. O humor do capitão virava de um momento pra outro, melhor não arriscar. Era melhor seguir. E foram. Seguiram para um local pré determinado onde ficaram até a poeira baixar.

Souberam depois que Lampião fora nomeado oficial dos batalhões patrióticos com a patente de capitão dada pelo próprio governo. Quem assinou o papel com a nomeação foi um funcionário federal de nome Pedro Albuquerque Uchoa, lotado em Juazeiro, que fez tal promoção com as bênçãos de um santo vivo, o Padre Cícero Romão Batista.

O “Padim Ciço” ainda viveria mais oito anos, morrendo em julho de 1934, passando depois disso a comandar no céu, despachando com o próprio Deus, seu filho e Nossa Senhora, segundo a crença do sertanejo. Virgulino morreria no mesmo julho, só que quatro anos depois do padre, vítima de uma emboscada de forças volantes, que há muito o perseguiam. Luiz Gonzaga saiu da sua terra, ganhou o Rio de Janeiro e o resto do Brasil, mas sua terra não saiu dele. Assombrou o fino gosto do povo do Sudeste, ao se apresentar em programas de auditório vestindo gibão e chapéu de couro de aba quebrada, como um verdadeiro cangaceiro.

Gonzaga cantou como ninguém as coisas do Nordeste, cantou Padre Cícero, dizendo que ele continuava vivo no alto do Horto, cantou o Juazeiro, a árvore e as cidades, a baiana e a cearense, cantou o xaxado de Lampião. Disse que mesmo Lampião morrendo vários Lampiões ficaram, cantou a asa branca, o acauã, a seca, a chuva, o Velho Chico, o Pajeú, o Navio, a partida, a chegada, os forrós de pé de serra, a farinhada, a colheita, o milho, a pamonha, e tudo da vida do povo nordestino. Cantou aquilo que faz o cabra chorar de saudade de casa, quando está em terras estranhas. Gonzaga foi perfeito em sua obra. Apadrinhou vários artistas, e era tão abençoado que com quem fazia isso, que quem cantava com ele, estourava nas paradas de sucesso.

Ao longo do tempo LUIZ, por causa de uma zelação, uma estrela cadente, uma luz no céu; GONZAGA, por conta da devoção do padre que o batizou em São Luiz Gonzaga e do NASCIMENTO, por conta de ter nascido no mês do nascimento de Cristo, também sugestão/imposição do padre, ganhou vários nomes. Gonzagão, Lua, Luiz do Exu, Mestre, Rei do Baião...

Luiz Gonzaga foi eleito o pernambucano do século XX, foi aclamado por multidões, desde o doutor ao servente de pedreiro e principalmente o agricultor. Ganhou prêmios, deixou milhares de fãs, discípulos e multiplicadores, que mesmo em tempos modernos lutam para levar adiante os ensinamentos do Rei do Baião.

Impossível separar. Não tem como falar de Nordeste sem falar do trio de ferro da cultura nordestina. Viva Padre Cícero, viva Lampião, viva Luiz Gonzaga! VIVA A CULTURA NORDESTINA!

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A DINÂMICA DO CANGAÇO

Por Paulo Gastão

O sentido da normalidade mostra que todos nós começamos nossas trajetórias, frente ao cangaço, na qualidade de curiosos sobre o mundo cangaceiro. A próxima etapa é tornar-se leitor do tema. Taludos vamos ao campo, onde se descortinou o movimento bélico que mexeu não só com o Nordeste, mas com todo o Brasil.

Desde o século XIX que a literatura de cordel, tornou-se o veículo eleito para transportar as novas gerações, às histórias mirabolantes dos cangaceiros. Assim podemos citar nomes que fizeram folheto e história ao longo de muitos anos.

Citamos: Leandro Gomes de Barros, João Martins de Athaydé, Rodolfo Coelho Cavalcante, Francisco das Chagas Batista, Dila, J. Gomes, Zé Saldanha, Abraão Batista, José Costa Leite, José Bernardo da Silva e centenas de outros grandes poetas.

Logo em seguida, ou seja, a partir de 1912 com Carlos Dias Fernandes se deu o início para com as publicações em livro, sobre o tema que ganhava cada vez mais espaço, junto aos leitores curiosos e ávidos por novos relatos.

Juntaram-se jornalistas, poetas de cordel, escritores, profissionais liberais, religiosos, advogados, membros de academias de letras em nível nacional, estadual e outros, no sentido de ampliar uma história que cativava leitores de todas as camadas sociais.

O movimento iniciado a mais de um século continua. Parece mais o mar em calmaria, porém, estamos na base de um vulcão sempre emitindo suas larvas e, mostrando as forças que engrandecem ao homem e a natureza simultaneamente.

O espaço além de folhetos e livros foi ocupado pelo cinema, pintura, televisão, desenho, artesanato em madeira, ferro, fibras, palha, tecidos e uma gama intensa de processos criadores e voltados à manutenção da história dos povos das catingas.

Foram estudados coronéis de patente, coiteiros, volantes, rastejadores,
comerciantes, políticos e até religiosos. O somatório desses personagens engrandeceu substancialmente a história e ajustou os pontos onde restavam dúvidas ou interrogações da veracidade estabelecida.

Cangaço e cangaceiros são misturados com a Guerra de Canudos e Antonio Conselheiro - grande líder -, a Coluna Prestes, a Revolução de 30, padre Cícero Romão Batista, beatos e religiosidade popular, além de outros motivos bélico-religiosos ou não, que ocorreram nos sertões nordestinos.

São inúmeros os casos de pesquisadores que se arvoraram em registrar os momentos ocorridos, tendo-se à frente cangaceiros, volantes e demais participantes da história. Deixaram muitos espaços abertos para futuras investigações. Pois, novos personagens que participaram diretamente das refregas estão aparecendo e prestando suas informações de forma clara e transparente. Novos pontos dentro das fechadas caatingas têm sido visitados e em alguns casos temos os dados registrados pelo sistema oferecido pelo GPS.

Nos últimos tempos temos nos deparado com os depoimentos de Vinte e Cinco & Candieiro (registrados, porém não divulgados); Tenente João Gomes de Lira e Neco de Pautilha, hoje residentes em Carqueja, antiga Nazaré; Sílvio Hermínio Bulhões, filho de Corisco e Dadá, residente em Maceió; Sinhô da Beleza, que canta uma outra versão da música “muié rendeira’, Genésio e Artur Ferreira, primos de Lampião, Dona Especiosa, costureira de Lampião (falecida), e Luiz Flor membro de volante que perseguia cangaceiros, todos, residentes em Serra Talhada, estado de Pernambuco; Sargento Elias, residente em Olho d’Água do Casado, Alagoas, remanescente do episódio registrado em Angico, que na época pertencia a Porto da Folha, estado de Sergipe; Moreno e Durvalina (também chamada de Durvinha), casal residente em Belo Horizonte, Minas Gerais; Maria de Juriti que residia em Canindé do São Francisco e recém falecida; Aristéia, residente em Paulo Afonso, estado da Bahia.

Procurados, identificados e carentes de entrevistas temos: Alecrim, Antônia de Gato, Manuel Tubiba, Maria de Pancada, Bem-te-vi, Rita (vítima de Sabiá),
Garrafinha.

A tendência é conseguirmos um maior número de pessoas, desde que o cangaço teve seu término na região abaixo do Rio São Francisco, ou seja, nos estados de Alagoas, Sergipe e Bahia. Procurando com cuidado ainda conseguiremos bons resultados.

Por outro lado vejamos alguns dados sobre cangaceiros que atuaram na década de 20 do século passado: Félix da Mata Redonda, também conhecido como Félix Caboge. Era pardo, alto, desdentado, apresentando ter trinta e cinco anos de idade, no ano de 1925. Residente na localidade Mata Redonda, situada no município de Triunfo, estado de Pernambuco. Fez parte do grupo que assaltou Mossoró. Assaltou com seu grupo a cidade de Triunfo e tornou-se famoso. Esteve
ligado aos acontecimentos dos Sítios Alagoa do Serrote e Caboré (detalhes logo abaixo), ambos no município de Princesa, estado da Paraíba. Participou dos bandos que atacaram Mossoró em 1927. O cangaço não se resume à figura de Lampião.

Sabino Gomes identificado também, como Sabino Gore, Sabino Barbosa de Melo, Sabino Goa, Sabino das Abóboras. É na fazenda Abóboras no sopé da Serra de Triunfo, Pernambuco que está localizada a origem deste cangaceiro que recebeu a patente de tenente na cidade do Juazeiro do Norte, estado do Ceará. Era Sabino baixo, pardo, corpulento, de trinta anos de idade, mais ou menos, quando visitou o Rio Grande do Norte. Participou do fogo do Gavião, dos assassinatos ocorridos nos Sítios Alagoa do Serrote e Caboré, no município de Princesa, Paraíba, juntamente com Lampião, Antonio Ferreira, Horácio Novaes, José Cavalcante (vulgo Dé Araújo), Belarmino Novaes, André Sepahuba, Inácio de Tal (vulgo Jurema), Félix Caboge da Mata Redonda, Carolino (vulgo Juriti), Jorge de Tal (vulgo Maçarico), Manoel Izabel, José Rachel, Vicente - filho da negra Penha -, Sebastião Valério, Ricardo de Tal (vulgo Pontaria), Eleno (vulgo Asa Preta), Hermino de Tal (vulgo Chumbinho), José Cesário, Luiz Berto de Lima, Juvenal Porfiro, José Porfiro, Luiz Pedro, Raimundo Novaes, Damásio (vulgo Chá Preto), Antonio de Tal (vulgo Sabiá), Luiz - filho de Nominata - e outros. Seus familiares residem atualmente nos estados de São Paulo, Ceará, Bahia, Pernambuco e Paraíba. Um livro sobre sua vida, está sendo escrito por uma de suas netas, que reside atualmente no estado da Paraíba. Visita Mossoró e retorna para morrer em tiroteio na Piçarra, município de Brejo dos Santos, estado do Ceará. Era homem valente e da extrema confiança de Lampião. Continua em aberto o número de cangaceiros que atacaram Mossoró. Em discussão. Você pode habilitar-se. Aproveite o momento.

Luiz Pedro, também conhecido como Luiz Pedro Cordeiro, Luiz Pedro da Canabrava e ainda Luiz Pedro do Retiro. Não aceitou a retirada do seu nome, que indica o local de origem. O Retiro está localizado no município de Triunfo, estado de Pernambuco. Desta comunidade saíram muitos cangaceiros que ganharam fama e outros ficaram no anonimato. Localidade produtora de farinha - a melhor do mundo - e de punhais tão bem feitos, quanto os produzidos no Juazeiro do padre Cícero. O cangaceiro esteve ligado ao bando dos Ferreira desde que adentrou ao cangaço. Esteve na cidade de Mossoró e foi dos raros que chegaram a Serra da Baixa Verde, em Triunfo, e de lá após algum tempo, seguem em busca do território bahiano, quando vão viver a segunda fase do cangaço lampiônico. Luiz Pedro está registrado nos anais de Princesa, como cangaceiro que atacava aquela região, em represália à forma de tratamento que lhes era dada pelo Coronel Zé Pereira, líder da comunidade que, outrora, era identificada como Lagoa do Pecado. Tinha aproximadamente vinte e três anos de idade, quando da sua passagem pelo município de Princesa, deixando com seus companheiros, os seguintes mortos: Antonio Valdivino, Joaquim Alves - velho de 96 anos de idade -, Manoel Rodrigues de Melo, Ananias Alves, Antonio Zuza, Belizário Zuza e o menino Pedro Valdivino, de doze anos de idade. Fazia Luiz Pedro parte do comando maior de Lampião, valente, bravo e de extrema confiança do chefe. Sua morte em Angico e dos outros dez continua em discussão. Mossoró, 13.06.08. (*)

Escritor, pesquisador. Assessor de Comunicação da SBEC.

http://lentescangaceiras.blogspot.com.br/2008/07/dinmica-do-cangao.html

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ANTÔNIO CORRÊA SOBRINHO E O LIVRO “O FIM DE VIRGULINO LAMPIÃO – O QUE DISSERAM OS JORNAIS SERGIPANOS” DE SUA AUTORIA.


O livro traz inúmeras matérias de jornais sobre a morte de Lampião que foram manchetes nos principais jornais sergipanos. Um livro/documento que não pode faltar na coleção dos estudiosos e apreciadores da história do cangaço.

Quem desejar adquirir o trabalho do escritor e pesquisador Antônio Corrêa Sobrinho, basta entrar em contato diretamente com o autor através do e-mail tonisobrinho@uol.com.br

O Livro custa apenas R$ 30,00 (Trinta Reais) com frete incluso.

Geraldo Antônio de Souza Júnior 

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DIA 7 DE JULHO, DIA QUE SE COMEMORA O NASCIMENTO DO REI DO CANGAÇO LAMPIÃO


Hoje é dia de lembrar o nascimento de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião.

- Nasceu numa família de classe média baixa.

- Trabalhou com o pai, na infância e parte da adolescência, cuidando de gado.

- Trabalhou também com transporte de mercadorias em longa distância, utilizando burros como meio de transporte de carga.

- Envolveu-se em brigas familiares na juventude e entrou para um bando de cangaceiros para vingar a morte do pai.

- Em 1922, passou a comandar um bando de cangaceiros.

- Em 1923 (rever data), seu bando efetuou assalto à casa da baronesa de Água Branca (AL).

- Em junho de 1927, Lampião comandou seus homens na fracassada tentativa de tomar a cidade de Mossoró (RN). Chegaram nesta ocasião a sequestrar o coronel Antônio Gurgel.

- Na década de 1930, Lampião e seu bando passou a ser procurado por policiais de vários Estados do Nordeste. O bando passou a viver de saques a fazendas e doações forçadas de comerciantes.

- Em 1930, Maria Déia (Maria Bonita) ingressou no bando, tornando-se mulher de Lampião. Em 1932 nasceu a filha do casal, Expedita.

- Em 28 de julho de 1938, Lampião e vários cangaceiros do bando estavam na fazenda Angico, sertão de Sergipe, quando foram mortos por policiais da volante do tenente João Bezerra.

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CONSELHO: AGORA SEREMOS 30...

Por Manoel Severo

Um dos grandes objetivos, senão o primordial, do Cariri Cangaço é sem dúvidas criar ambientes favoráveis e responsáveis para o aprofundamento sério do estudo deste fenômeno que nos é tão caro e que possui inegável força em nosso nordeste: O Cangaço e suas múltiplas naturezas e imensa capilaridade. Temos perseguido com humildade esse caminho; hoje já são somos 16 municípios em 5 estados nordestinos...
Outro grande objetivo; esse verdadeiramente encantador; é o de promover o encontro das pessoas, ah, isso não tem preço...
Quando proclamamos que o Cariri Cangaço é o Lugar Onde o Brasil de Alma Nordestina se Encontra, o fazemos a partir de uma matemática implacável: 14 Grandes Seminários, 4 Grandes Caravanas de Trabalho, mais de 500 pesquisadores de todo o Brasil, mais de 90 conferências, 62 Visitas Técnicas e o numero impressionante de cerca de 35 mil pessoas em todos os eventos... Na verdade você que faz parte da Família Cariri Cangaço em todo o Brasil é o grande responsável por tudo isso. Não sei qual o legado que deixaremos para as gerações que virão, nem sei se possuímos algum mérito, mas se houver ele é inteiramente de todos vocês!
Temos um Conselho Consultivo, que tem um Patrono mais que querido; Alcino Alves Costa; e um time de primeira linha, 25 talentosos e determinados pesquisadores de todo o Brasil que nos ajudam a Sonhar e nos orientam no Realizar. A eles nossa eterna e permanente Gratidão... Mas, a esses 25 se somarão mais 5, o Conselho Cariri Cangaço passará a contar com 30 destacados membros, que seus nomes e suas posses acontecerão no grande Cariri Cangaço Piranhas 2016.
Conselho Cariri Cangaço: Napoleão Tavares Neves, Juliana Pereira, Ivanildo Silveira, Angelo Osmiro, Honorio de Medeiros, Narciso Dias, Sousa Neto, Geraldo Ferraz, Wescley Rodrigues, Ana Lúcia, Kiko Monteiro, João de Sousa Lima, Archimedes Marques, Rostand Medeiros, Aderbal Nogueira, José Cícero, Antônio Vilela, Bosco André, Múcio Procópio, Paulo Gastão, Kydelmir Dantas, Cristina Couto, Jorge Remigio, Professor Pereira e Leandro Cardoso.
A isso chamo Cariri Cangaço ! Avante...
Manoel Severo-Cariri Cangaço

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VIAJANDO PELO BRASIL

Por Benedito Vasconcelos Mendes

Amigo José Mendes, estou em plena viagem. No momento estou em Santarém e amanhã partiremos para Belém e Salvaterra (Ilha de Marajó).

Um abraço, Benedito Vasconcelos Mendes.


Encontro das águas do Rio Negro com as do Rio Solimões, nas proximidades da cidade de Manaus. Quando estes dois rios se encontram passam a ser chamados de Rio Amazonas, ou seja, o Rio Solimões passa a ser denominado Amazonas.


Benedito Vasconcelos Mendes é professor, escritor, pesquisador do cangaço e durante 24 anos, foi diretor da ESAM - Escola Superior de Agricultura de Mossoró, atualmente UFERSA - Universidade Federal do Semi-Árido.

Enviado pelo professor.

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