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quarta-feira, 13 de abril de 2016

DOCUMENTÁRIO: Lampião, O Rei do Cangaço

https://www.youtube.com/watch?v=XvjEd5-xXMk

Publicado em 27 de março de 2014

VIRGULINO FERREIRA DA SILVA-LAMPIÃO O REI DO CANGAÇO

Nascido na cidade de Vila Bela, atual Serra Talhada, no semiárido do Estado de Pernambuco, foi o terceiro filho de José Ferreira da Silva e Maria Lopes de Oliveira. O seu nascimento só foi registrado no dia 7 de agosto de 1900. 

Até os 21 anos de idade ele trabalhava como artesão, era alfabetizado e usava óculos para leitura, características bastante incomuns para a região sertaneja e pobre onde ele morava. 

Uma das versões a respeito de seu apelido é que ele modificou um fuzil, possibilitando-o a atirar mais rápido, sendo que o cano aquecia tanto que brilhava dando a aparência de um lampião. 

Sua família travava uma disputa mortal com outras famílias locais até que seu pai foi morto em confronto com a polícia em 1919. Virgulino jurou vingança. Tornou-se um mito em termos de disciplina. O bando chamava os integrantes das volantes de "Macacos" - uma alusão ao modo como os soldados fugiam quando avistavam o grupo de Lampião: Durante os 20 anos seguintes (começou aos 21 anos), Lampião viajou com seu bando de cangaceiros, que nunca ultrapassou o número de 50 homens, todos a cavalo e em trajes de couro, chapéus, sandálias, casacos, cintos de munição e calças para protegê-los dos arbustos com espinhos típicos da vegetação caatinga. 

Para proteger o "capitão", como Lampião era chamado, todos usavam sempre um poder bélico potente. Como não existiam contrabandos de armas para se adquirir, em sua maioria eram roubadas da polícia e unidades paramilitares. A espingarda Mauser e uma grande variedade de pistolas semiautomáticas e revólveres também eram adquiridos durante confrontos. A arma mais utilizada era o rifle Winchester. 

Lampião foi acusado de atacar pequenas fazendas e cidades em sete Estados além de roubo de gado, sequestros, assassinatos, torturas, mutilações, estupros e saques. Entretanto para muitas pessoas, especialmente no Nordeste, tem-se imagem de que Lampião era como o Robin Hood do sertão brasileiro, que roubava de fazendeiros, políticos e coronéis para dar aos pobres miseráveis, que passavam fome e lutavam para sustentar famílias com inúmeros filhos. 

Era devoto de Padre Cícero e respeitava as suas crenças e conselhos. Os dois se encontraram uma única vez, no ano de 1926, em Juazeiro do Norte. 

Sua namorada, Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Bonita, juntou-se ao bando em 1930 e, assim como as demais mulheres do grupo, vestia-se como um cangaceiro e participou de muitas das ações do bando. 

Virgulino e Maria Bonita tiveram uma filha, Expedita Ferreira, nascida em 13 de setembro de 1932. Há ainda a informação controversa de que eles tiveram mais dois filhos: os gêmeos Ananias e Arlindo Gomes de Oliveira, mas nunca foi comprovada a verdade dos fatos.

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UM DIA DE BEIJO

Por Rangel Alves da Costa*

Como tudo tem data para ser comemorado, a exemplo do dia do perdão (18/09), dia da paz mundial (01/01), dia da liberdade (23/01) e dia dos mortos (02/11), hoje se comemora o dia do beijo. Até uma data bonita: 13 de abril, dia do beijo. E na maioria das pessoas, principalmente as mais jovens, logo vem à mente o lábio encontrando outro lábio para a expressão de algo especial.

Sobre o beijo muito já escrevi. Talvez a inexperiência em beijar, tenha-me conduzido a divagações descabidas ou imaginações puramente poéticas. Também não é fácil falar sobre o beijo do outro, seu intencionalidade e sua recompensa, e assim porque beijar é experiência única que somente aquele que beija pode traduzir. Mas comecei fazendo algumas indagações, a seguir transcritas, seguidas de considerações mais ou menos beijadas.

O que será mesmo o beijo, hein? Por que esse toque de lábio a lábio, ou de lábio na face ou na mão, tem o poder de entorpecer, de encantar, de tornar a vida numa junção de paz e felicidade? Os animais se tocam, se bicam, se buscam através de suas bocas e nunca foi registrado um grito de dor após um beijo de amor.

Tão sublime, suave e encantador é o sincero beijo, que nele se aperfeiçoa todo o amor sentido, todo o querer, todo o prazer, todo o mistério do afeto amoroso. Verdadeiramente, não há quem não saía um pouco de si, que não viaje, não voe, não se perca diante do sabor calorento, do toque macio, do arrepio que causa o lábio e sua culpa.

Doce é o percurso, o procedimento, o proceder. Um tão esperado e desejado encontro, um olhar de mar de gaivotas, um sorriso da melhor estação, uma carícia de pássaro e flor, um toque de leve onda, um abraço levemente apertado, a boca, a outra boca, o beijo...

Nenhuma ciência, nenhuma máxima sabedoria filosófica, nenhuma suposição ou hipótese tem o poder de alcançar a gênese conceitual do beijo. O que os livros dizem são fruto do pensamento e não do beijo em si, daí sua incompletude diante da força expressiva do beijar.


Os livros dizem que o beijo é o ato de chegar os lábios a alguém, tocando-os sentimentalmente; é a ação e resultado de aproximar os lábios, com leve sucção, em pessoa e em sinal de estima, amor, carinho, respeito etc. É o contato dos lábios perante outra pessoa, por amor ou afeto. Nos lábios de outra pessoa, o beijo é tido um símbolo de afeição romântica ou de desejo sexual.

Não se trata aqui de ósculo, que é o beijo dado para selar amizade ou compromisso, nem do denominado beijo de língua, lambido e sugado, que é aquele tomado de forte conotação erótica, não se contentando no toque dos lábios e praticamente adentrando na boca do outro. Não, pois o beijo aqui revelado é aquele indefinível pelo significado amoroso que possui.

Quantas vezes já nos deparamos com cenas ou imagens de alguém que de repente, numa atitude solitária e de sentimento indefinido, leva o dedo à boca, por cima do lábio, e singelamente toca-o como relembrando o sabor e o calor de outro lábio que ali esteve em inesquecível visita?

Quantas vezes, principalmente em dias de chuvas e de saudades, o lábio entristecido vai de encontro à vidraça embaçada e lá deixa o seu beijo talvez à espera do outro lábio do outro lado? E os beijos com batom na mesma vidraça em dias ensolarados? E quantas vezes o espelho do quarto foi abraçado e beijado, e não num beijo em si mesma, mas no imaginário lábio que se reflete além?

Todas estas situações são de grande importância para se buscar compreender o beijo, seu significado e alcance. Em cada situação observada houve um gesto sublime, de doçura, de encantamento. E assim é o beijo. Para quem ama, o beijo dado e correspondido, sentindo nele uma pacto de felicidade e contentamento, nada mais é do que o sorriso do coração.

Se a saudade dói, a ausência machuca, a distância remói por dentro, então resta trazer a boa recordação através daquilo que de tão sublime e forte tem o poder de fazer o outro presente. Presente no lábio, na lembrança do beijo, na doçura do beijo, no calor que sentiu, no extasiamento que ele passou, na vontade de ter o outro ali para o diálogo do lábio.

Lembrar-se do beijo, além de lembrar-se de alguém, é dançar a valsa de plumas, de brisa, de cor azul; é ouvir uma magistral sinfonia, tocar no violino do coração, seguir os passos da sonata em si maior. Beijo é poesia maior, é brilho nos versos, é rima cadenciada ao calor do toque que se corresponde. Se a boca descrever sobre o beijo, o lábio que inicia não se abre para citar o final.

Só mesmo beijando para sentir tudo isso. Mas somente amando para sentir tudo isso num beijo.

Poeta e cronista
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PEDRO DE CÂNDIDO


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“O POVO BRASILEIRO: A FORMAÇÃO E O SENTIDO DO BRASIL”

Por Raul Meneleu mascarenhas

Darcy Ribeiro foi Ministro da Educação do Brasil e realizou profundas reformas que o levou a ser convidado a participar de reformas universitárias no Chile, Peru, Venezuela, México e Uruguai, depois de deixar o Brasil devido ao golpe militar de 1964. Notabilizou-se fundamentalmente por trabalhos desenvolvidos nas áreas de educação, sociologia e antropologia. Como ministro da Educação durante Regime Parlamentarista do Governo do presidente João Goulart (18 de setembro de 1962 a 24 de janeiro de 1963) e chefe da Casa Civil entre 18 de junho de 1963 e 31 de março de 1964, desenvolveu diversos estudos e projetos.

Durante a ditadura militar brasileira, como muitos outros intelectuais brasileiros, teve seus direitos políticos cassados e foi obrigado a se exilar, vivendo  durante alguns anos no Uruguai.

É de sua verve de pesquisador e historiador o livro “O Povo Brasileiro: A formação e o sentido do Brasil” onde entre outras culturas do vasto Brasil, mostra o início da civilização nordestina, trazendo para nós a figura do sertanejo arcaico, “caracterizado por sua religiosidade singela tendente ao messianismo fanático e por seu carrancismo de hábitos, por seu laconismo e rusticidade, por sua predisposição ao sacrifício e à violência. E, ainda, pelas qualidades morais características das formações pastoris do mundo inteiro, como o culto da honra pessoal, o brio e a fidelidade a suas chefaturas.”

Esses traços peculiares ensejaram muitas vezes o desenvolvimento de formas de conduta “que envolveram enormes multidões, criando problemas sociais da maior gravidade. Suas duas formas principais de expressão foram o cangaço e o fanatismo religioso, desencadeados ambos pelas condições de penúria que suporta o sertanejo, mas conformadas pelas singularidades do seu mundo cultural.”

Darcy Ribeiro coloca que até meados da década de 1930, “quando se acelerou a construção de estradas através do mediterrâneo sertanejo, operava, como forma de revolta típica da região, o cangaço.” E diz que foi uma “forma de banditismo típica do sertão pastoril, estruturando-se em bandos de jagunços vestidos como vaqueiros, bem armados, que percorreram as estradas do sertão em cavalgadas, como ondas de violência justiceira.”

Em seu estudo de características, diz que “cada integrante do bando tinha sua própria justificativa moral para aliciar-se no cangaço. Um, para vingar uma ofensa à sua honra pessoal ou familiar; outro, para fazer justiça com as próprias mãos, em razão de agravos sofridos de um potentado local; todos fazendo do banditismo uma expressão de revolta sertaneja contra as injustiças do mundo.
Resultaram, por vezes, na eclosão de um tipo particular de heroísmo selvagem que conduziu a extremos de ferocidade.”

Daí cita “os cangaceiros célebres que, se por um lado ressarciam aos pobres de sua pobreza com os bens que distribuíam depois de cada assalto, por outro, matavam, estropiavam, violentavam, em puras exibições de fúria. É de assinalar que o cangaço surgiu, no enquadramento social do sertão, fruto do próprio sistema senhorial do latifúndio pastoril, que incentivava o banditismo, pelo aliciamento de jagunços pelos coronéis como seus capangas (guarda de corpo) e, também, como seus vingadores.”

Avalia e conforme sabemos, que “freqüentemente, os fazendeiros aliciavam grandes bandos, concentrando-os nas fazendas, quando duas parentelas de coronéis se afrontavam nas frequentes disputas de terra. Esses capangas, estimados pela lealdade que desenvolviam para com seus amos, pela coragem pessoal e até pela ferocidade que os tornava capazes de executar qualquer mandado, destacavam-se da massa sertaneja, recebendo um tratamento privilegiado de seus senhores.”

Acresce Darcy Ribeiro, que cada bando de cangaceiros tinha “seus coronéis coiteiros, que os escondiam e protegiam em suas terras, em troca da segurança contra o próprio bando, mas também para servirem-se deles contra inimigos. Nessas condições, são condicionamentos sociais do próprio sistema que alentaram e incentivaram a violência cangaceira.”

Agora vem em sua avaliação e vários autores da Saga Cangaço bem o dizem, que o “mais relevante, ainda, é o fato de que toda a população sertaneja, renegando os jagunços pelo pavor que lhe infundiam, tinha neles padrões ideais de honorabilidade e de valor, cantados nos versos populares, e via, nos seus feitos mais violentos, modelos de justiça realçados e louvados. Por tudo isso, o cangaço e seus jagunços, sanguinários mas pios e tementes a Deus e aos santos de sua devoção, temidos mas admirados, condenados mas também louvados, constituíram um produto típico na sociedade sertaneja.”

Eram os heróis invertidos da população desguarnecida de lei e justiça que os viam como justiceiros, mesmo sabendo que tinha horas que esses heróis viravam carrascos contra eles.

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