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sexta-feira, 8 de abril de 2016

AS CRUZES DO CANGAÇO - OS FATOS E PERSONAGENS DE FLORESTA.



O vereador florestano Ézio Feitosa guarda a história do seu primo, o Cangaceiro Maçarico. Sua genitora, Mariana Feitosa, era irmã por parte de pai de Pedro Gaudêncio, genitor do perigoso Marcos, o Maçarico.

Lançamento na abertura do Cariri Cangaço Floresta 2016, dia 26/05, às 19 : 30 hs na Câmara Municipal de Vereadores. O evento é gratuito e todos estão convidados. Vamos resgatar a nossa história.

Fonte: facebook
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ESSA FOTOGRAFIA EU TENHO CERTEZA QUE VOCÊS NUNCA VIRAM ANTES.

Por Geraldo Júnior

Para mim é sempre um imenso prazer apresentar algo novo para os amigos (as) membros e simpatizantes do Grupo O CANGAÇO e essa fotografia de Sila (Ilda Ribeiro de Sousa) companheira do célebre cangaceiro Zé Sereno nunca foi apresentada antes em redes sociais ou em qualquer outro meio de comunicação, pois se trata de uma fotografia pertencente ao acervo familiar que durante décadas permaneceu apenas ao alcance das pessoas mais próximas da família e que graças à atitude sensata e a gentileza da amiga Gilaene “Gila” de Sousa Rodrigues (In memorian) filha do casal cangaceiro é que podemos hoje ter acesso a essa e outras raridades fotográficas que ainda serão publicadas posteriormente em nossas páginas.

Sila e seu companheiro Zé Sereno foram alguns dos que sobreviveram ao ataque da Força Policial Volante de Alagoas comandada pelo então Tenente João Bezerra em 28 de julho de 1938, ocasião em que foram mortos; Lampião, Maria Bonita, nove cangaceiros e um Soldado Volante.
Após se entregarem às autoridades e posteriormente obterem a liberdade o casal juntamente com outros remanescentes do cangaço rumaram em direção à região sudeste do país, até chegarem ao estado de São Paulo onde fixaram residência e se estabeleceram definitivamente na capital do estado.

O casal ao chegar à grande metrópole passou por dificuldades e atribulações que geralmente a grande maioria dos retirantes nordestinos passa para se adaptarem a nova e dura realidade, mas com o passar do tempo a vida e as dificuldades foram se estabilizando e conseguiram finalmente vencer todos os obstáculos que a vida os proporcionou e terminaram seus dias de vida como pessoas de bem, honestas e cumpridoras de seus deveres. Deixando a vida passada apenas em suas memórias.

A fotografia (acima) de Sila provavelmente foi registrada entre as décadas de 1960/1970 na cidade de São Paulo/SP onde residia.

Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior 
Grupo: O Cangaço
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ESSA É DE ARREPIAR...


Nos idos do término de 1929, Lampião, pela primeira vez consente, levando, uma mulher fazer parte do grupo de cangaceiros. Tomando Maria Gomes de Oliveira como companheira, ele a faz ‘Rainha do Cangaço’.

Essa atitude, inesperada do chefe mor, causa muitas controversas dentre aqueles que faziam parte dos seus comandados.

Uns achavam que a mulher estando junto, quebraria a ‘proteção do corpo fechado’. Já outros a usaram em benefício próprio, como, por exemplo, Corisco, que dois anos depois, resolve levar Dona Sérgia consigo, formando o casal Corisco e Dadá.

Corisco, na aurora dos idos de 1931 determina “Lampião já tem companheira, a ‘comadre Maria’, e ele avisou que quem quisesse podia levar também a sua companheira, desde que tivessem amor e respeito”. ( Corisco – A sombra de Lampião. DANTAS, Augusto de Souza. 1ª edição)


Corisco e Dadá, já há algum tempo que ‘viviam’ como casal. Mais ou menos há uns três anos, antes da decisão de Corisco, ela, Dona Sérgia, já havia deixado a casa paterna. Quando desse acontecido, autores citam que Dadá já estava com ‘o bucho pela boca’, em outras palavras, estava grávida e em estado bastante avançado.

No, hoje, município de Paulo Afonso, existia dois lugares que tornaram-se em coitos quase que permanentes de cangaceiros. Esses dois lugares era a fazenda Riacho e Arrasta – Pé. Como sempre, alguém dá com a língua nos dentes e as autoridades ficam sabendo desses esconderijos. Então é formada uma força volante, comandada pelo tenente Arsênio Alves, que tendo vinte soldados como contingente, parte para acabar com coites, coiteiros e bandoleiros.


Mas, meus amigos, Lampião não fora considerado “Rei do Cangaço” simplesmente. Sua malha de informantes era tão, ou melhor, eficiente que a das autoridades. Ele fica sabendo da Força que o persegue naquele instante e, imediatamente, manda chamar seu “cumpade Corisco”.

O chamado é recebido e em cima da ‘bucha’ é respondido que está tudo acordado.

Os dois grupos seguem pela madrugada a fim de atacarem, de surpresa, a volante perseguidora. Ao chegarem no local indicado, a Força já havia partido, horas antes.

Assim como os cangaceiros, as volantes ao deixarem seus acampamentos procuravam apagarem qualquer vestígios que pudessem levar seus perseguidores ao seu encalce.

Depois de muita procura por algum sinal, o cangaceiro Labareda encontra a pista que a volante deixou, colocando seu chefe e demais companheiro na pista certa.


Os vestígios os levam ao sítio denominado, na época, Tanque do Touro, hoje, Lagoa do Mel. Nesse local o tiroteio irrompe ensurdecedor. A tropa do Tenente não economiza munição e os cangaceiros são obrigados a responderam a altura. O Tenente arsênio está munido de uma metralhadora “hot kiss”, beijo quente, que, infelizmente trava, emperra em suas mãos.

No momento que a arma emperra, diminui, notadamente, o volume de disparos. Com isso os cabras de Lampião aumentam seus tiros instintivamente.

A coisa não fica boa para o lado da polícia e, como era de se esperar, começa a debandada em busca de salvar a vida. Na tentativa de salvar-se, o sargento Leomelino Rocha tenta saltar uma cerca que ali existia, nesse momento o cangaceiro Pretão o atinge, e o mesmo morre com a cabeça presa entre as varas da cerca. Pretão era cunhado de Corisco, irmão de Dadá.

Vendo que não conseguia fazer a arma voltar a funcionar, o tenente retira p ‘alimentador’ da mesma, deixando-a sem serventia alguma, e tenta esconde-la entre algumas pedras que ali existia. Em seguida, dá a ordem de retirada para não perder mais homens, pois já havia um saldo negativo de 13 soldados mortos, mais ou menos.

Do lado dos cangaceiros, tem uma baixa importantíssima para o “Rei”, deixando-o por demais entristecido. É que quem também foi abatido nesse combate foi o cangaceiro Ponto Fino, irmão mais novo de Virgolino, chamado Ezequiel. Mas, mais tarde, Dadá falando sobre o embate do Touro, nos relata que outros cangaceiros também foram feridos, inclusive se amado, Corisco... Nas quebradas do Sertão baiano.

Fonte Ob. Ct.

Fotos Benjamin Abrahão 
Joãozinho Retratista 
Ob. Ct.


PS// As fotografia dos casais de cangaceiros, foram clorizadas pelo professor Rubens Antonio.

Fonte: facebook
Página: Geraldo Junior
Link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=680789118728310&set=pcb.617492755081511&type=3&theater

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