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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

LINDA PIRANHAS


...DEIXO ESSA MAGNÍFICA FOTOGRAFIA ONDE PODEMOS VER UMA VISÃO PANORÂMICA DA CIDADE HISTÓRICA DE PIRANHAS/AL. CIDADE QUE FOI PALCO DE INÚMEROS ACONTECIMENTOS NA ÉPOCA DO CANGAÇO.

Foto: Jorge Remígio (João Pessoa/PB)

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)


Fonte: facebook

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BIOGRAFIA DO CANGACEIRO ZÉ BAIANO


Zé Baiano (? — 7 de julho de 1936) foi um cangaceiro que integrou o bando de Lampião. Conhecido por sua crueldade, tinha o costume de marcar com um ferro em brasa as iniciais "JB" no rosto ou no púbis de mulheres de cabelo curto ou por estarem usando vestidos cujo comprimento ele considerava inconveniente, passando a ser conhecido por isso como o "ferrador de gente". Devido à cor de sua pele, foi apelidado também de "pantera negra dos sertões".[1] Liderou seu próprio bando, em companhia do qual foi morto em 1936 após uma emboscada em Alagadiço, povoado do município de Frei Paulo.[2]

Lampião e seu bando invadiram Alagadiço pela primeira vez em 1930, arrombando casas e roubando pertences dos moradores. Pelo povoado estar em uma posição estrategicamente privilegiada, e por não contar com destacamento reforçado de polícia, os cangaceiros transitavam livremente pela região. Lampião voltou mais três vezes à Alagadiço; na segunda ocasião, procurou o coiteiro Antônio de Chiquinho, querendo informações sobre um destacamento policial que perseguia seu bando.[3]

A última visita de Lampião ao povoado foi em 1934, quando deixou Zé Baiano no comando da região. Acompanhado de seus comparsas Demudado, Chico Peste e Acelino, ele aterrorizou a localidade, cometendo atrocidades, saqueando e impondo sua própria lei em Frei Paulo e vizinhanças. O bando costumava esconder-se da polícia nas casas de fazendeiros, ou então na mata, mas foi o coiteiro Antônio de Chiquinho que acabou pondo um fim ao reinado de criminalidade de Zé Baiano.[3]

Cansado de ser perseguido pelos policiais devido ao envolvimento com o cangaço, o comerciante armou uma emboscada aos criminosos. Durante uma entrega de alimentos em 7 de julho de 1936, acompanhado dos conterrâneos Pedro Sebastião de Oliveira (Pedro Guedes), Pedro Francisco (Pedro de Nica), Antônio de Souza Passos (Toinho), José Francisco Pereira (Dedé) e José Francisco de Souza (Biridin), Antônio deu fim a Zé Baiano e seu bando. Manteve segredo do fato durante quinze dias, temendo represálias de Lampião. O cangaceiro, contudo, decidiu não se vingar após ser convencido por Maria Bonita que o empreendimento poderia ser perigoso, pois o povoado contava com a presença de um canhão.[3]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Z%C3%A9_Baiano
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DESPEDIDAS, SENTINELAS E INCELENÇAS

Por Rangel Alves da Costa*

A morte é um fato triste, angustiante demais. Os povos se despedem dos seus segundo suas próprias crenças, tradições e costumes. Há sociedades que festejam ao invés de prantear, não significando alegria, mas na crença de que assim o ente querido não levará consigo o remorso da ausência terrena. Noutras sociedades os prantos e os rituais se prolongam por semanas inteiras, até que o morto esteja devidamente preparado para enfrentar o além.

No Brasil não há muitas variações de despedidas. Comumente a tristeza pelo acontecido, o último adeus no velório e os lamentos incontidos durante o cortejo fúnebre e a descida ao último leito. Nem sempre acontece missa de corpo presente nem acompanhamento de toda a família. Também pelo fato de que os velórios saíram das residências para os velatórios que se espalham pelas cidades.

Há de se considerar ainda que o sentimento pelo desaparecimento de um parente ou amigo não mais possui o pesar de outros tempos. Ao menos exteriormente, as feições dos que ficam não se mostram tão carregadas de consternações. Constata-se isso nos velórios que mais parecem silenciosas reuniões do que mesmo um momento de expressão maior de tristeza. Logicamente que nem sempre ocorre assim, pois situações existem onde familiares só faltam mesmo querer tomar o lugar do defunto.

Foi-se o tempo das vertigens, das agonias, dos gritos incontidos, dos descabelamentos, dos adormecimentos por força de remédios, do quase enlouquecimento, do choro incontido, das faces feridas pelo sofrimento, da descrença momentânea na divindade, dos lenços e roupas encharcados, do mundo parecendo querer acabar. Há pranto, há dor, há sofrimento, mas não mais expressado como noutros tempos. Talvez a concepção da morte como destino e não como um fim, tenha possibilitado uma nova forma de enfrentamento dessa dura realidade.

O sertão nordestino caminha para essa nova realidade do enfrentamento da morte, ao menos nos centros urbanos das cidades mais desenvolvidas. Nestas, poucos são os velórios feitos ainda nas residências familiares, pois mesmo uma cidade pequena não deixa de ter um ou dois velatórios. Na ausência de missa de corpo presente - pois tal ofício se volta apenas para defuntos mais importantes histórica ou socialmente -, geralmente o caixão é levado até a igreja e daí segue em cortejo até o cemitério. Nas cidades menores permanece o ecoar pesaroso dos sinos, dobrando melancolicamente para anunciar os falecimentos.


Tornou-se raridade, mas nas lonjuras nordestinas ainda se proporciona uma despedida decente e ao modo dos antepassados. Nas distâncias sertanejas ainda se reverencia o morto com todas as honrarias matutas. Os amigos logo chegam, choram a despedida, tecem recordações de amizade e permanecem pela noite inteira e madrugada adentro na residência do pranteado, só que do lado de fora, ao redor de fogueiras, bebendo o morto. Lá dentro, ao redor do caixão, iluminados pelas velas que crepitam entristecidas, familiares e amigas, principalmente as mais idosas, entoam cantos fúnebres até o momento da partida.

A sentinela de adeus se transforma então no ecoar aflitivo e triste de ladainhas e rezas de encomendação da alma. Os cantos são tão compassados e melancólicos que tudo ao redor parece se transformar num manto de dor. As velas chamejam, os lenços são levados aos olhos, os olhos descem sobre o caixão, a boca se abre para a ladainha, e assim a estrada do falecido vai sendo aberta rumo ao lugar merecido. Até que o sol surge para mostrar olhos já quase sem lágrimas para molhar a terra enquanto a pá vai jogando areia sobre o caixão.

Daí todo o encanto, embora por dolorosos motivos, dos autênticos velórios sertanejos. Mas nada mais comovente que as sentinelas que adentram a noite e varam a madrugada com aquelas vozes ecoando lamentos. Mesmo ao longe, as preces, rezas e orações são ouvidas numa plangência de cortar coração. Velhas senhoras com seus terços e rosários, seus véus negros e feições entristecidas, encomendando a alma do morto através das incelenças. Estas são cânticos recolhidos do tempo para ajudar na passagem do morto.

Então as incelenças ecoam em triste plangência: “Uma incelença de Nossa Senhora/ Pega essa alma, entrega na glória/ É de levar, é de levar/ Esse presente pra Nossa Senhora/ Duas incelença de Nossa Senhora/ Pega essa alma, entrega na glória...”. E também no caminho do velório, já arribando em direção ao cemitério: “Lá se vai a alma/ Vai junto nosso pranto/ Nada mais acalma/ Oh triste desencanto/ Alma tão bondosa/ Que triste desencanto/ Oh Mãe Graciosa/ Cubra com seu manto...”.

E muitas vezes o luto, muitas vezes a dor demorada, difícil de acabar. É também um sentimento diferenciado, verdadeiro, de um amor profundo que se prolonga além da morte. Os dias de finados sintetizam bem esse querer preservado no tempo, mesmo que muito tempo já havia se passado da despedida. Nos cemitérios, perante as covas, as flores e as velas adornam a saudade, enquanto os olhos se derramam em lágrimas. E o coração ainda chama, ainda deseja a presença.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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MORENO (ANTÔNIO IGNÁCIO DA SILVA)


Uma fotografia inédita do ex-cangaceiro Moreno companheiro de Durvinha que me foi cedida gentilmente pela amiga Neli Conceição, filha do casal cangaceiro.

Moreno foi um cangaceiro que participou de diversos confrontos com as policias e praticou inúmeros assassinatos durante o período em que esteve no cangaço. Após abandonar a vida das armas no ano de 1940, ele junto com Durvinha fugiram da região Nordeste e atravessaram vários estados se passando como romeiros até chegarem ao estado de Minas Gerais, onde se estabeleceram definitivamente e mantiveram suas vidas passadas em segredo de todos, inclusive dos filhos que nasceram no novo lugar escolhido para morarem.

Durvinha sempre foi uma mulher doce, meiga e foi a responsável direta pela criação dos filhos ao contrário de Moreno que se ocupava em seu novo ramo de atuação e sempre se orgulhou ao falar sobre sua vida passada e lembrava com entusiasmo seus antigos feitos realizados durante o período que trilhou pelas veredas do cangaço, segundo informações de familiares.

A fotografia de Moreno (acima), já em idade avançada, passa a impressão de que nem mesmo o passar dos anos foi suficiente para tirar a altivez e a imponência do antigo “Cabra” de Lampião.

Moreno enfrentou diversos inimigos e sobreviveu a inúmeros combates sem levar um único tiro, mas perdeu a batalha final para aquele que de tudo se encarrega. O tempo.

No dia 06 de setembro de 2010 em Belo Horizonte/MG, Moreno falecia deixando seu nome e sua história registrada para sempre nas páginas da fabulosa, fascinante e sangrenta história do cangaço.

Fotografia gentilmente cedida por: Lili Neli Conceição
Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)
Fonte: facebook
Grupo: O Cangaço

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DOS PRINTS DE BENJAMIN ABRAHÃO...


O capitão Virgulino Ferreira e seus cabras pegando a “boia” em meio à caatinga... Afinal “saco vazio” não para em pé e a cabroeira precisava estar fortalecida para fugir quando preciso e combater os seus perseguidores quando necessário.

Na cumbuca é claro que não podia faltar um pedaço de carne seca, farinha, rapadura...

Nas quebradas do sertão.
Fonte: facebook
Página: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

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FAZENDA ENXU (PORTO DA FOLHA/SERGIPE)


FAZENDA ENXU (PORTO DA FOLHA/SERGIPE)
Nesse local em 13 de setembro de 1932 nasceu Expedita Ferreira, filha de Lampião e Maria Bonita.

Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior 
Grupo: O Cangaço

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“TENTATIVA DE PAZ


Quem não conhece a História, acha, com certeza, que naqueles idos tempos as crianças e adolescentes já nasciam e cresciam de arma em punho, sem seus pais nunca tomarem providências para que a violência não existisse. Puro engano, tanto de um lado como do outro, houve tentativas da ‘coisa’ não ir ao extremo que foi. Tanto o pai de Zé Saturnino como o de Virgolino, principalmente o último, fez várias e várias tentativas para que a paz reinasse naqueles rincões sertanejos.

José Ferreira e Maria Sulena pais de Lampião

Abaixo, veremos a primeira tentava de José Ferreira, pai de Virgolino, para ‘apaziguar os ânimos”... para fazer com que a violência parasse. Isso, lá pelos idos de 1917. 

Quem nos conta essa parte da História, é nada menos nada mais, que o valoroso em volante João Gomes de Lira, através das páginas do seu belíssimo livro.

“(...) Por não querer barulho, no ano de 1917, para não ver seus filhos em desmantelo, José Ferreira resolveu se retirar do seu lugar, sítio Passagem de Pedras. 

Escombros da casa dos pais de Zé Saturnino

Para isto, falou com o professor Domingos Soriano, para procurar um lugar no distrito de Nazaré para comprar(...) Tendo o Professor apalavrado no lugar Poço do Negro, (distando) três quilômetros para o povoado de Nazaré, um terreno pertencente ao Sr. Antônio Freire. Feito o negócio, José Ferreira vende a sua terra em Passagem de Pedras aos Senhores Venacinho Nogueira e Néo das Barrocas, ambos residiam na ribeira do Riacho de São Domingos. Concluído o negócio, foi feito um acordo: os Ferreira não deveriam ir ao Riacho São Domingos, como também José Saturnino com os Nogueira não deveriam ir a Nazaré. Desse modo, José Ferreira deixou a sua querida morada.

Os Ferreiras chegaram a Nazaré, com o seguinte aspecto: chapéu de couro quebrado na frente e atrás, barbicacho passado no queixo, roupas de mescla, blusa tipo as usadas pelos cangaceiros do Sertão, montados em possantes cavalos galopando com os rifles enganchados aos ombros. Viajavam demonstrando uma verdadeira posição de combate, distante um do outro, tática usada pelos veteranos cangaceiros do Sertão. Tudo isso foi observado pelos nazarenos, principalmente pelo jovem Aureliano Francisco de Souza (Lero Chico), que se encontrava no lugar José dias, próximo a Nazaré, onde presenciou tudo minuciosamente, inclusive viu que, quem viajava na frente, era o Inspetor Manoel Lopes.

Zé Saturnino primeiro inimigo dos Ferreira

Um dia, José Saturnino foi avisado que os Ferreira tinham ido visitar sua tia, Joaninha Ferreira, na Serra Vermelha. Não satisfeito com a desobediência dos inimigos, José Saturnino manda Tibúrcio dos Santos, ‘cabra’ de confiança dele, emboscá-los nas proximidades da casa da tia deles, Joaninha Ferreira. Porém, como os Ferreira não vieram, nada aconteceu naquele dia. José Saturnino, tinha vendido um animal ao Sr. Agripe de Manoela, que mora em Nazaré, e o mesmo achou por bem ir receber o pagamento do animal vendido, em Nazaré. Assim, entre os meses de fevereiro a março de 1918, José Saturnino com o companheiro José Cipriano foram para Nazaré, desobedecendo Saturnino, ao acordo que haviam firmado.

Escombros da casa dos pais de Lampião

Em Nazaré, o Major João Gregório Ferraz Nogueira, notando Virgolino Ferreira num movimento completamente estranho e desusado, pediu a José Saturnino que tivesse muito cuidado. Este agradeceu, porém dizendo que não os temia, que podiam vir da modo que entendessem, pois estava pronto para recebê-los do jeito que quisessem. Adiantou que não estava ali por afronta a ninguém, porque a finalidade de sua presença em Nazaré era a de receber o dinheiro de seu negócio. A tarde, ao regressarem, José Saturnino e seu companheiro José Cipriano foram emboscados por Virgolino e seu primo Domingos Paulo. No dia seguinte, a frente de dezesseis ‘cabras’, José Saturnino cerca e ataca os Ferreiras na casa onde estavam, que era de sua tia Chica Jacoza, em Poço do Negro. Naquele dia, Virgolino enfrentou José Saturnino, com o tio Manoel Lopes e os primos Sebastião, Francisco e Domingos Paulo e o ‘cabra’ Luiz Gameleira. Notava-se naquele dia a ausência dos irmãos de Virgolino, Antônio e Livino Ferreira, por se encontrarem em viagem para Triunfo - PE. Por aqui já se tinha uma noção de quem era Virgolino Ferreira nas armas. Ficou naquele dia, definida a questão entre os Ferreira, José Saturnino e os Nogueiras (...)”.(Transcrito).

Daí para frente, o Sr. José Ferreira, submete-se a outras tentavas... Vendendo seus bens, destruindo aquilo que passou a vida para ‘arrumar’... nas quebradas do Sertão.

Fonte livro "LAMPIÃO - Memórias de um Soldado de Volante", LIRA, João Gomes de. LIRA. FUNDARPE, Recife, Impresso Brasil 1990, pgs 33 à 35.


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ATENÇÃO! - PRÓXIMA Visita ao Museu do Sertão em Mossoró


ATENÇÃO! Próxima visita ao Museu do Sertão será no dia 12 de março do corrente ano (sábado), de 7:00 às 12:00 horas. Não esquecer de entregar no Lar da Criança Pobre (Irmã Ellen) um quilo de alimento não perecível.

Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço Benedito Vasconcelos Mendes

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INFORMAÇÃO ÚTIL - COMO EVITAR VÍRUS DA ZICA


Vou repassar para vocês uma sugestão para ajudar a afastar o mosquito causador da dengue, zica, e chicungunha. Foi uma medica do Hospital de Câncer de Barretos que nos falou. É simples: o PROPOLIS... Tomando 5 gotas é o suficiente. Ele é expelido pelas glândulas Sudoríparas, ou seja, pelo suor e afugenta o mosquitinho. Repasse esta informação é simples, barata e pode salvar vidas.

O professor da UFERSA de Mossoró Benedito Vasconcelos Mendes foi quem me repassou para que eu repassasse para os meus amigos. Faça isto também repassando esta informação para os seus amigos também.

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A MALHA DE LAMPIÃO

 Foto de Lampião colorizada pelo "Mago dos Pincéis", Rubens Antonio

Virgolino Ferreira da Silva, foi uma das pessoas mais inteligentes que passou pelas quebradas do Sertão nordestino.

Ele usava muito bem aquelas pessoas que viviam e conviviam em sua volta. Desde aquele que apenas servia para dar recado até aqueles fornecedores de armas, munição e alimento.

Virgolino, ao longo do se ‘reinado’, conquistou, aí vem a ‘forma’ da conquista, que com certeza foram de “n” maneiras, uma multidão de adeptos protetores em vários lugares dos sete Estados por onde passou com sua horda.

Ele, para sobreviver por tanto tempo, duas décadas, no ‘trono maior’ do cangaço, com certeza tinha pessoas com poderes bastantes elevado dando-lhe proteção.

Abaixo, contaremos a história da prisão de dois comerciantes, um da cidade de Floresta e o outro da Vila Bela, hoje Serra Talhada, que eram fornecedores do bando de Lampião.

Nosso amigo, pesquisador/historiador Rostand Medeiros , através das páginas do seu magnífico blog, tokdehistoria.com, nos conta a história da prisão de Emiliano Novaes, naqueles idos tempos, assim:

“(...) o caso do comerciante Emiliano Novaes. Membro de uma proeminente família da cidade de Floresta, tido como amigo e coiteiro de Lampião, consta que chegou a cavalgar de arma na mão ao lado de cangaceiros. No livro de Luiz Bernardo Pericás, “Os cangaceiros: ensaio de interpretação histórica” existe a reprodução de um telegrama policial enviado pelo tenente Sólon Jardim, de Vila Bela para Recife (...)Informava o oficial que Emiliano Novaes estava chamando cangaceiros de várias partes para atacar a vila de Nazaré, onde viviam e se concentravam alguns dos maiores inimigos e mais tenazes perseguidores de Lampião.


O grupo de Emiliano Ferraz era superior a 100 cangaceiros e entre suas ações consta que no dia 29 de julho de 1926, no lugar Ingazeira, eles mataram o Soldado Cândido de Souza Ferraz, de número 386, lotado na 1ª companhia, do 3º Batalhão de Vila Bela. Consta que o Soldado Ferraz estava com a saúde debilitada e seguia para o quartel quando foi covardemente assassinado (...). Pelo crime Emiliano Novaes foi preso. Mas, em agosto de 1928, através do renomado Dr. Caetano Galhardo, seu advogado, conseguiu o desaforamento de seu processo para o município do Cabo, próximo a capital pernambucana. Depois o Dr. Galhardo impetrou uma ordem de habeas corpus. Esta foi julgada em 21 de agosto, sendo o processo anulado “Ab initio” e concedendo a liberdade ao acusado, que foi imediatamente solto (...)”.

Sabemos nós que esse é um único caso de um dos fornecedores. No entanto, com toda certeza do mundo, ele foi muito bem abastecido durante todo seu tempo por muito e muitos grandes e poderosos... Das quebradas do Sertão.

Fonte/foto blog Ct.
Benjamin Abrahão

Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira

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