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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

MULHER DE 109 ANOS DIZ TER VISTO PADRE CÍCERO E BANDO DE LAMPIÃO, NO CE

Por Diana Vasconcelos Do G1 CE - Publicado em 20/09/2012
Aos 109 anos, Dona Amélia tem problemas de vista, mas se mantém lúcida.
(Foto: Família/Arquivo Pessoal)

Viúva duas vezes, mulher teve oito filhos. Dois deles morreram.

A aposentada Amélia Nunes dos Santos moradora da cidade de Mauriti, a 493 de Fortaleza, segundo ela, neste mais de um século de vida presenciou eventos históricos, como as missas celebradas pelo padre Cícero Romão Batista, os confrontos na cidade de Juazeiro, em 1914, e até passagens do cangaceiro Lampião e seu bando pelo sertão cearense.


Nascida em 20 de setembro de 1903, no Sítio Oitis na zona rural da cidade de Milagres, a “Dona Amélia”, como gosta de ser chamada, conta que se mudou para o distrito de Arapuá com pouco mais 10 anos, localidade próxima a Juazeiro do Norte. A partir de então passou a frequentar as missas de padre Cícero e os grupos de orações no turno da tarde.

 Segundo este site Dona Angélica a única irmã do Padre Cícero 
 http://portaldocangaco.blogspot.com.br

Disse Dona Amélia “-Eu o conheci indo para a missa dele, me ajoelhei aos pés dele e ele benzeu minha cabeça. Eu ia toda tarde para a reza dele. Ele era [um homem] miudinho, não era um 'homão', não. Era branquinho”, conta Dona Amélia. 

No mesmo período, o pai da aposentada foi chamado para combater na Sedição de Juazeiro, confronto de 1914 entre as oligarquias cearenses e o governo federal, no sertão do Cariri.

Continua ela: “- Meu pai voltou bem, mas porque foi ajudar padre Cícero”, diz a devota sobre o retorno do pai. 

Após a revolta, padre Cícero sofreu retaliações políticas. Ele foi excomungado pela Igreja Católica no fim da década de 1920, mas manteve a influência na região. 


Aos 23 anos, Dona Amélia afirma ter visto ainda a passagem do cangaceiro Lampião e seu bando por Irapuã. “O povo ficou com medo, eles (bando) saíram levando os cavalos e os animais do povo”, afirma.

Devota de padre Cícero, Dona Amélia deve renovar votos em cerimônia religiosa neste aniversário (Foto: Família/Arquivo Pessoal)

Lúcida aos 109 anos, a aposentada lembra com tristeza da perda de três irmãos. “Hoje só tenho uma irmã viva. Senti demais a morte dos meus irmãos. Viver de mais tem coisas ruins”, destaca. 

Dona Amélia perdeu também os dois maridos, primeiro o agricultor Antônio Nunes e depois o irmão dele, Jacó Nunes. “Casei com o mais velho, ele adoeceu e morreu. Depois casei com o mais novo”, conta com risadas.

Dona Amélia teve oito filhos, dois já morreram. “Vivos tenho três mulheres e três homens”, explica e completa dando risadas, “agora, os netos, eu não conto mais não minha filha. Parei de contar”. 

Apesar das perdas, Dona Amélia diz estar muito feliz com o aniversário e a festa que a família está preparando para ela. “Estou feliz porque eu estou bem, graças a Deus. E estou mais feliz porque minha família está toda aqui, é bom”, afirmou.

Segundo a filha, Nininha Teixeira,  a aposentada tem 33 netos, 68 bisnetos e 10 tataranetos, todos participarão da festa de aniversário no fim da tarde. Além deles, parte dos moradores do Distrito da Palestina, em Mauriti, também devem participar. De acordo com a filha, o aniversário causa uma certa comoção na cidade pela aposentada ser muito conhecida.

ADENDO - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

PESQUISANDO AINDA SOBRE DONA AMÉLIA ENCONTREI A SEGUINTE NOTA: 

Mauriti-CE: Morre aos 112 anos a 2ª. mulher mais velha do Cariri, Dona Amélia. - Publicado em 20 DE DEZEMBRO DE 2015


Aos 112 anos de idade, faleceu Dona Amélia, como gostava de ser chamada, tradicionalmente seus familiares se reuniam em sua residência para um jantar em comemoração a data tão especial, agora o encontro é de pesar, pois a família está de luto. Com seu primeiro esposo, Antônio Nunes, teve cinco filhos: José, Maria, Nininha, Demar e Teixeira. Ficando viúva, casou-se um ano depois com seu cunhado Jacó Nunes e teve mais uma filha chamada Benisa. Hoje são 33 netos, 70 bisnetos e 12 tataranetos. 

Dona Amélia Nunes dos Santos era de descendência de indígena e preserva costumes e tradições culturais como uso de ervas medicinais, religiosidade e a culinária.

A comunicação sobre o seu falecimento foi feita por um dos netos de Dona Amélia. 

"É com grande pesar que comunico aos amigos e familiares o falecimento de minha Avó Amélia! Viveu seus 112 anos de vida ente nós mas agora, contempla a face do criador. Comunico ainda que o seu corpo está sendo velado na rua São José próximo ao CRAS em Palestina, Wagner Juca Teixeira neto de dona Amélia.

Sites:

http://g1.globo.com/ceara/noticia/2012/09/mulher-de-109-anos-diz-ter-visto-padre-cicero-e-bando-de-lampiao-no-ce.html
http://cncariri.com.br/mauriti-ce-morre-aos-112-anos-a-2a-mulher-mais-velha-do-cariri-dona-amelia/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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