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domingo, 11 de dezembro de 2016

BELOS ENSINAMENTOS DO CORONEL DELMIRO GOUVEIA

Em um ato intempestivo, o coronel Delmiro Gouveia resolveu raptar a menor Carmela Eulália do Amaral Gusmão, por quem se apaixonara. A moça era filha do governador de Pernambuco, Segismundo Gonçalves (1845-1915), importante aliado de Rosa e Silva.

"Enquanto elles viviam pelas ruas, cafés, casas de pensão, restaurants, trens e mesmo em seus escriptórios, onde à falta de trabalho passam o tempo a se occupar da vida alheia, eu estava no labor do meu negócio, externuando-me na verdadeira lucta pela vida, afim de conseguir o que tanto hoje os incommoda" (GOUVEIA, 1 jan. 1898, 2).

"O que medeia entre essa humillissima posição e a de um industrial util á minha patria, que sou hoje, é apenas uma pagina de trabalho" (GOUVEIA, 7 jul. 1899, 4).

"Fiquem certos esses calumniadores de officio que não ganho nem estrago dinheiro em jogatinas; não empresto a juros de vinagre; não sirvo de capacho, de limpa botas de quem está acima de mim em posição ou vantagens (...)" (GOUVEIA, 5 jan. 1900, 2).

"Si elles tivessem no sangue, nos nervos, nas faces, vergonha, e no organismo alguma coisa de energia e sentimento, deviam orgulhar-se de haver um homem do povo, pobre porém trabalhador, capaz de mostrar-lhes com exemplos que quem lucta pela vida com honradez, actividade e perseverança, póde conseguir uma posição na sociedade e, em vez de andarem pelas ruas, cafés, trens e esquinas empregando-se na maledicência, podiam dedicar-se ao trabalho proveitoso, que nobilita o homem e dá-lhe sempre o direito de confundir seus inimigos gratuitos" (GOUVEIA, 1898, 2).


www.usp.br/pioneiros/n/arqs/tCorreia_dGouveia.doc

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