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sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Cangaço_Fragmentos

Por Aderbal Nogueira - Aderbalvídeo

Publicado em 25 de mar de 2014
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Fonte: facebook
Página: Aderbal Nogueira
Grupo: Ofício das Espingardas

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ANTIGO ASPECTO DA CASA DE DONA GUILHERMINA RODRIGUES ROSA, MÃE DE DURVAL ROSA E DO COITEIRO PEDRO DE CÂNDIDO.


Esta casa ficava localizada na Fazenda Angico (Poço Redondo/SE) próxima à margem do Rio São Francisco. Na época em que ocorreu a morte de Lampião e parte de seu bando, Durval Rosa morava com a mãe nessa casa. Pedro de Cândido morava na localidade chamada Entremontes que fica localizada na margem alagoana.

Fonte: facebook
Página: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)
Grupo: O Cangaço

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HÁ EXATOS 21 ANOS, UM CÂNCER DE INTESTINO LEVAVA MAIS UMA IMPORTANTE TESTEMUNHA OCULAR DO CANGAÇO.


Sérgia Ribeiro da Silva, nasceu na cidade de Belém do São Francisco - PE, em 25.04.1915 e faleceu no dia 07.02.1994, no hospital São Rafael em Salvador.

Era por volta de 01:30 h, acabara de acordar de um coma induzido. Olha ao seu redor e pede por favor, a sua acompanhante, uma caixa de maquiagem que está em uma gaveta próxima e começa a se produzir, passa batom, se penteia, se maqueia, insiste que pinte suas unhas, se arruma como se fosse sair... Depois disse que iria numa festa com Jesus e não poderia chegar desarrumada.

Cumprida sua vontade, deixou recados carinhosos para seus netos e avisou que o Alcides estava ali, ao do seu lado e que sua hora tinha chegado... Sorriu para a amiga e faleceu. O relógio girava em torno das 02:20 h da madrugada.... E assim descansou Dadá, ficando gravado para sempre seu nome na História.

Obs: Este testemunho foi narrado para a família, por meio da senhora Fátima, uma psicóloga amiga, que substituía uma neta naquela noite de sua partida !

Fonte:
Sílvio Bulhões (filho);
Indaiá Santos (neta);
Volta seca (pesquisador);
Carlos Emydio (pesquisador).

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DEZ ANOS SEM VINGT-UN - 20 DE DEZEMBRO DE 2015

Por Geraldo Maia do Nascimento

Na próxima segunda-feira, 21 de dezembro de 2015, completa dez anos do falecimento do professor Jerônimo Vingt-un Rosado Maia. Mas apesar de todos esses anos, sua presença continua viva na memória de todos aqueles que tiveram o privilégio de sua convivência. Eu fui um desses privilegiados. Por cinco anos fiz parte do seu círculo de amizade e me tornei seu discípulo. Eu, que vim de outra cidade, passei a amar essa terra por ele denominada de “pais de Mossoró”, e a divulgar a sua história e a saga do seu povo. 



Em 25 de setembro de 1920, num dia de sábado, nascia em Mossoró, num velho casarão da Rua 30 de Setembro, Jerônimo Vingt-un Rosado Maia, sendo filho do patriarca Jerônimo Rosado e dona Isaura Rosado Maia. Era o vigésimo primeiro filho de uma família numerosa e numerada, como ele mesmo gostava de dizer, já que seu nome vem exatamente da seqüência à ordem numérica francesa dos nomes que Jerônimo Rosado dava aos filhos.
               
Teve uma infância normal, de brincadeiras telúricas, embora dando a impressão de ser um pouco contemplativo. Desde cedo se dedicou aos empreendimentos intelectuais, preferindo acompanhar a atividade do irmão mais velho, Tércio, filho do primeiro matrimônio do seu pai, que era um homem culto, poeta, amante dos livros e pioneiro do cooperativismo no Estado. E foi ainda na juventude que começou a cultivar o gosto pelos livros e pela pesquisa histórica. Na adolescência atuou como bibliotecário no Colégio Santa Luzia. E esse gosto pelos livros o acompanharia durante toda a sua vida.
               
Em 1940 parte para Lavras/MG para estudar agronomia. Lá chegando, o seu envolvimento com os livros, as letras e a pesquisa tornaram-se mais intensa. Nesse mesmo ano, com apenas 20 anos, publicou o seu primeiro livro, que recebeu o título de “Mossoró”. Concluindo o curso em novembro de 1944, voltou para Mossoró para desenvolver atividades junto à empresa familiar que atuava na área de exploração de gesso e paralelamente começou a desenvolver um trabalho no campo cultural, que culminou com a criação da Coleção Mossoroense.
               
Apesar de pertencer à tradicional família de políticos que comanda Mossoró por gerações, preferiu enveredar mesmo pelo caminho da cultura. Na verdade, chegou mesmo a disputar dois cargos eletivos. A primeira vez candidatou-se a Prefeito de Mossoró, perdendo por uma margem de 0,4% em 1968. Em 1972 elegeu-se vereador com a maior votação proporcional da história de Mossoró, até aquela data. Mas foi mesmo na área cultural que se destacou, tornando-se ícone da cultura local. Em 1940, com apenas 20 anos, publicou o seu primeiro livro, que recebeu o título de “Mossoró”. A esse, seguiram mais de duzentos, que foram da antropologia ao estudo das secas.
               
Como convocado de guerra em 1945, sofreu uma punição por transgressão disciplinar, ficando detido na cadeia da Companhia Escola de Engenharia de Ouro Fino/MG, por 15 dias. O motivo da pena foi ter fugido para encontra-se com sua namorada, América Fernandes Rosado, que seria sua companheira por toda a vida. Segundo um depoimento do próprio Vingt-un, ao terminar a carreira militar, o seu comportamento foi considerado insuficiente.
               
Vingt-un esteve sempre presente em várias frentes de atividade cultural, tanto no município como no Estado. Foi professor fundador de três faculdades e idealizador da URRN, hoje Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Foi fundador e duas vezes diretor da ESAM, hoje Universidade Federal Rural do Semi-Árido e professor Honoris Causa da UERN. Integrou o Conselho Estadual de Cultura, foi membro de quatro Academias em dois Estados da Federação, tendo sido criador e ex-presidente de duas delas, a Academia Norte-rio-grandense de Ciências e a Academia Cearense de Farmácia.
               
Jerônimo Vingt-un Rosado morreu no dia 21 de dezembro de 2005, aos 85 anos de idade. Morreu não; encantou-se. Continua vivo na memória do povo da terra que tanto amou, ao ponto de idealizar nela um país, o País de Mossoró. Nesta sua Pasárgada, ele era amigo do rei, mas era amigo também de qualquer homem do povo. Fez-se General da Cultura e nessa área abraçou várias causas, venceu várias batalhas: a batalha da cultura, a batalha da água, a batalha do petróleo e tantas outras batalhas que estão documentadas na sua grande obra. É nessa obra que deixou como legado que Vingt-un vive, pois esse é o segredo da imortalidade: ressurgir sempre que um livro seu é aberto, que uma frase sua é repetida e que um gesto seu é lembrado. Lembrando Celso Carvalho, “é triste passar pela vida como a sombra pela estrada. Quando passa é percebida... passou não resta mais nada”. Por isso Vingt-un fez-se luz. E assim criou o País de Mossoró. 

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comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.

Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento
Fontes:

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SERÁ MESMO, FILHA DE BENJAMIN ABRAÃO?


F O T O I N É D I T A...!

FILHA de BENJAMIN ABRAÃO no sertão do Estado de Sergipe.
Segundo um pesquisador, essa menina da foto abaixo, seria filha de Abraão... Observem que no verso da FOTO, há a assinatura do mesmo, data, e o Estado. 


Confrontando essa assinatura dele, com outras, me induz a acreditar, que a mesma é verdadeira. 
Não posso dizer o mesmo, quanto à "IDENTIDADE DA MENINA", pois, não disponho de elementos suficientes para comprovar essa afirmação, mas, o pesquisador que me fez a cortesia da foto, afirma, QUE SIM. 
Como sabemos, ABRAÃO (o homem que filmou Lampião e seu bando) era mulherengo. 
Compete aos estudiosos do tema chegarem a uma conclusão.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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TERRA DA BOA ESPERANÇA

Por Rangel Alves da Costa*

O sertão é, verdadeiramente, a terra da boa esperança. Por cima de sua terra, seja rachada de sol ou jogada semente, sempre há uma promessa de dias melhores. Dentro de seus quadrantes, seja debaixo do sol ou da lua imensa, sempre haverá um compromisso com a grandeza da vida. Na humildade uma riqueza sem fim, no jeito simples de ser a verdade humana mais pujante.

Natureza e homem vivem um só destino, um mesmo desafio e uma mesma promessa. O homem serve ao meio e dele tira todo o seu sustento, daí que o sertanejo cheira a terra, tem a fragilidade do velame e a força do mandacaru. O bicho é amigo do homem e por este é preservado com todos os meios e sacrifícios. Sofre a dor do animal padecente, chora a tristeza da pele ossuda, tudo faz para que não falte palma, capim, um pouco de água.

Pelo trabalho incansável, o sertanejo é um povo destinado à vitória, ao crescimento, à conquista. Contudo, a conquista maior está na sobrevivência, na sombra entre quatro paredes, no pote molhado, na moringa à janela, no fogão fumaçando o cheiro bom de qualquer comida. E quando tudo falta, quando não há nem água nem pão, quando da porta adiante está tudo cinzento e da porta pra dentro tudo é desvalia, então ele se renova na esperança. Aprendeu que o tempo castiga mas não lhe retira o encorajamento e a luta.

Não há nenhum povo que seja mais esperançoso, mais confiante, que o sertanejo. Não há tempo ruim que lhe tire a fé que logo, amanhã ou mais adiante, tudo será resolvido. Não há seca, sofrimento, padecimento ou dor parecida, que faça o sertanejo desacreditar que logo a ajuda divina chegará e uma chuvarada boa acabará com a aflição. Cada lar é um pequeno templo, cada casebre uma moradia de santos e anjos, cada oratório um céu encantado e com um Deus maravilhoso que sempre ouve a voz do necessitado.

Tanta esperança é fruto da profunda religiosidade do povo sertanejo. Para muita gente – talvez ainda a maioria das pessoas -, tudo é questão de destino, de desejo divino. Nada acontece sem que seja com a permissão de Deus. Daí que a seca é um castigo que precisa ser suportado para aumentar a fé, o respeito, fugir dos pecados. O sofrimento tem de suportado porque assim o divino quis. Nada, absolutamente nada, deixa de ter uma explicação divina. Daí ser o homem apenas um instrumento de sua vontade.


Suporta o sofrimento como destino do qual não se pode fugir, porém vive apegado na certeza que Deus não quer o sofrimento de ninguém. Por ser um Deus de bondade, então jamais descuidará dos filhos que tanto padecem e que tanto sofrimento têm de suportar com a falta de água, de comida, de terra molhada e planta no chão. Então a esperança nasce daí, dessa profunda certeza que mesmo abandonados pelos homens não estão desamparados pelas forças do céu.

É a fé, pois, que alimenta a esperança, e esta acaba preservando aquela. Ninguém desiste da sorte porque a crença na mudança não permite. Ninguém se entrega ajoelhado ao desalento porque confiante demais na força da prece, da oração. Ninguém dá nada por perdido ou desiste de lutar porque já entregou seu destino ao querer divino. E a força maior não permitirá que o sofrimento se demore onde o contentamento é tão esperado. Assim a fé do sertanejo, também a sua esperança.

E tantas outras coisas servem para comprovar esse dom de perseverança, de autoestima e positividade mesmo diante das agruras do dia a dia. Que alguém bata na porta de uma casinhola matuta e observe bem como será recebido. Mesmo que a casa esteja com o barro da parede desabando, mesmo que dentro não tenha sequer um banco pra sentar, mesmo que todo o contexto seja de absoluta pobreza, ainda assim encontrará o sorriso largo. Que não seja na expressão sorridente ao desconhecido, mas o coração festivo e demasiadamente acolhedor.

Assim, não se pode negar que há no sertão e no sertanejo os elementos essenciais para que sempre se reconheça uma terra da boa esperança. Toda aquela vida se assemelha ao dia após o pingo d’água cair. Durante muito tempo suportando as agruras da sequidão, o sofrimento da falta de tudo e as dores do abandono, de repente a porta se abre para os sinais do renascimento. Basta pouca chuva e tudo já começa a verdejar, a dar uma nova feição às paisagens. Basta avistar a mudança na terra e o homem já se esquece da sede de ontem.

Quando sobe aquele bafo quente, molhado, tipicamente sertanejo, é como se sentisse o cheiro de pão, de cuscuz no fogo, de café torrado. Dali da terra, através do plantio ou do trabalho, todo o alimento da casa e toda a vida da família. E depois da chuva a certeza que Deus ouviu suas preces e que um tempo novo chama à luta. Então limpa os ossos da seca, prepara a terra, lança a semente e olha para os céus. Ainda não será preciso rogar a Deus, apenas ter esperança.

Poeta e cronista
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