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sábado, 21 de novembro de 2015

LAMPIÃO O CANGACEIRO!


O mais novo Livro do escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima, e para adquiri-lo, basta entrar em contato com o autor através deste e-mail:

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ESCRITOR SABINO BASSETTI PÕE NA PRAÇA O SEU MAIS NOVO TRABALHO SOBRE CANGAÇO - LAMPIÃO O CANGAÇO E SEUS SEGREDOS


Através deste e-mail sabinobassetti@hotmail.com você irá adquirir o  mais recente trabalho do escritor e pesquisador do cangaço José Sabino Bassetti com o título "Lampião - O Cangaço e seus Segredos".

O Livro custa apenas R$ 40,00 (Quarenta reais) com frente já incluído, e será enviado devidamente autografado pelo autor, para qualquer lugar do país.

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Não perca tempo e não deixa para depois, pois saiba que livros sobre "Cangaço" são arrebatados pelos colecionadores, e você poderá ficar sem este. Adquira já o seu.

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UMA MULHER COMANDOU CANGAÇO CONTRA JESUÍNO

Por Epitácio Andrade

Em seu livro clássico Solos de Avena, o escritor catoleense Alicio Barreto narra que o jovem Zé Limão ao devolver uma junta de bois que havia sido emprestada ao major José Lobo dos Santos da Fazenda Dois Riachos, na zona rural dos municípios paraibanos de Belém de Brejo do Cruz e Catolé do Rocha, ao major Brilhante, pai do famigerado cangaceiro Jesuíno Brilhante (1844-79) no Sítio Tuiuiú, zona rural de Patu, no médio-oeste do Rio Grande do Norte, cometeu o infortúnio de cumprimentar o senhor major, sem a tradicional retirada do chapéu, situação que na sociedade escravocrata consistia num ato de grande desrespeito, ofensa que Jesuíno reparou com uma sova de chibatadas no escravo insolente.

Major Zé Lobo

Esse episódio desagradou, profundamente, dona Felícia Joaquina lobo Maia, esposa do major Zé Lobo dos Santos Maia, casal proprietário do escravo Zé Limão, criado favorito de dona Felícia, entre os muitos da Fazenda Dois Riachos, aonde veio a se formar grande parte do bando de cangaceiros da Família Limão. 

Dona Felícia

Em 1871, com a morte do major Zé Lobo, Dona Felícia passa a comandar ao lado de seu filho ainda jovem Valdivino Lobo Maia, coronel da guarda nacional as ações de enfrentamento ao cangaço de Jesuíno Brilhante.  

Coronel Valdivino Lobo

O temor a Jesuíno no Sertão também estava ligado à crença de que o bandoleiro tinha o corpo fechado, ou seja, invulnerável à penetrabilidade de armas brancas e projéteis. Tal crença está ligada ao mito do catolicismo popular de que o sacerdote tem o poder de transformar a hóstia em corpo e o vinho em sangue. 

Doc: O Lugar da Morte de Jesuíno Brilhante

Foi nesse cenário mítico-religioso-fatalista que os algozes do Brilhante conferenciaram na fortaleza do coronel João Dantas de Oliveira, segundo Câmara Cascudo, afeito à magia, no sítio Patu de Fora, zona rural de Patu, a confecção de uma bala envenenada e a mobilização de uma tropa destacada na cidade de Imperatriz (Hoje Martins) que, sob o comando do sargento Preto Limão organizou a emboscada fatal que ceifou a vida do cangaceiro Jesuíno Brilhante, no serrote da Tropa, comunidade Santo Antônio, zona rural de São José de Brejo do Cruz, na Paraíba, em dezembro de 1879. 

Fortaleza do Coronel João Dantas - 1981 - Foto: Emanoel Amaral

No documentário O Lugar da Morte de Jesuíno Brilhante depois de uma encenação de uma cerimônia de fechamento de corpo conduzida pela benzedeira patuense dona Francisca de Mica, o cidadão Nonagenário Mário Valdemar Saraiva Leão, com 98 anos, narrou que Jesuíno procurava rastrear a tropa e era alertado por um de seus cabras de que quem caça cobra, caça a morte e, ao ser alvejado por uma descarga fatal, sussurrou: Valha-me Nossa senhora uma bala envenenada atravessou meu coração. 

http://epitacioandradefilho.blogspot.com.br/2015/11/dona-felicia.html

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ESPAÇO PERNAMBUCO MOSTRA HISTÓRIA DE LAMPIÃO, O REI DO CANGAÇO


Clique no link abaixo: Um excelente vídeo sobre Cangaço. Se não abrir, leve-o até ao google.

http://g1.globo.com/pernambuco/videos/v/espaco-pernambuco-mostra-historia-de-lampiao-o-rei-do-cangaco/2794538/

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CONVERSANDO COM VERA FERREIRA NETA DE LAMPIÃO E MARIA BONITA

Por Rubens Antonio

Conversando sobre colorizações e outras referências.
Tive o prazer de receber a visita de Vera Ferreira.
Marcada pela cordialidade, afinidades e simpatia, tivemos uma muito proveitosa conversa sobre, principalmente, é claro, Cangaço.

Fonte: facebook

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PRECISAMOS COMPROVAR QUEM É QUEM NA FOTO

Por Geziel Moura

Solicito pequena ajuda dos amigos, na identificação de um cangaceiro, e para isto, farei breve relato, que me fez ficar em dúvida. Em seu livro, Lampião: As Mulheres e o Cangaço, edição de 1984, o escritor Antônio Amaury aponta tal cangaceiro, como sendo Cirilo de Engrácia (p. 156) (vide foto), é óbvio que não poderia ser, pois este morreu, em agosto de 1935, conforme o Diário de Pernambuco de 28.08.1935 (vide imagem), sendo que o autor da foto, Benjamin Botto esteve com o bando, por duas vezes, somente em 1936. Na edição de 2012, do mesmo livro, a foto foi suprimida, portanto a dúvida persistiu.

No Livro - Álbum, Os Cangaceiros de Élise Jasmin, o cabra aparece em diversas fotos, porém a autora não assume o nome, dizendo apenas que seja "desconhecido".

Em sua recente obra Corisco, A sombra de Lampião, de Sérgio Dantas, o cangaceiro aparece com o nome de Ricardo Rocha, vulgo Ricardo Pontaria (Vide foto), cuja identificação, tal autor se apoia, dentre outras coisas, o reconhecimento feito por Moreno, e Candeeiro. E agora? o que os amigos pensam sobre isto?

Fonte: facebook
Página: Geziel Moura‎ OFÍCIO DAS ESPINGARDAS

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O FORRÓ DE JAIME

Por Rangel Alves da Costa*

Com o falecimento de Miltinho, responsável pela preservação e continuidade da tradição forrozeira no sertão sergipano de Nossa Senhora da Conceição de Poço Redondo, alguns logo sentenciaram o fim do autêntico forró pé de serra como animação costumeira de chinelado e ralabucho. Com efeito, somente Miltinho mantinha a preocupação de não deixar esmorecer o autêntico forró de salão e aquelas raízes tão profundamente fincadas no povo sertanejo de mais idade.

Amainando as preocupações dos antigos forrozeiros, verdadeiros apaixonados pelo compasso suado e o vai-e-vem requebrado, alguns sanfoneiros continuaram puxando o fole no salão de Miltinho. Mas nada mais era como antes. Sem a presença do comandante maior, mesmo forró de casa cheia tinha a mesma animação nem o mesmo contagiamento de antes. Por consequência, os forrós foram se rareando e somente em épocas festivas o salão reabre suas portas.

Logicamente que tudo isso causava um desânimo danado nos apaixonados pelo velho e bom pé de serra. Ademais, era até incompreensível que em pleno sertão o seu habitante mais tradicional de repente se visse apartado da sanfona, do zabumba, do pandeiro, do triângulo, do cantador, do forró como expressão maior. Foi então que o empresário Jaime Mendonça teve a ideia de aproveitar um espaço aberto num seu empreendimento e ali colocar à disposição do forró e dos forrozeiros.

Foi a tábua de salvação forrozeira. A partir de então, todos os sábados, geralmente a partir da boca da noite e se estendendo até dez horas ou mais, a sanfona come solta ao lado do Alto de Tindinha, num espaço adjacente ao Posto Bijota, todo cimentado, seguro, com o frescor da aragem sertaneja, e distando menos de um quilômetro do centro da cidade. E é a coisa mais bonita de se apreciar: a velha guarda sertaneja ali reunida, dançando sem parar, sem pagar um tostão, num fôlego e disposição maiores que o da juventude.

A iniciativa de Jaime – que não somente fornece o espaço como cuida do bem-estar de todos e paga ao tocador e seu grupo - prosperou de tal forma que a fama do forró ultrapassou fronteiras. Todo sábado uma verdadeira procissão de forrozeiros, entre homens e mulheres, chega das redondezas sertanejas e até municípios mais distantes para aproveitar a festança matuta. Quem está na cidade sequer imagina a forrozança animada de logo depois da ponte.


É uma verdadeira romaria. Ônibus são fretados em Canindé exclusivamente para o chinelado bom, veículos de todas as placas estacionam para o “funrufá da moléstia”. Há um carteiro de Nossa Senhora da Glória, rapaz ainda moço, que não perde um só forró. Que chova ou faça sol, e ele marcando presença. E assim muitos outros que veem no Forró de Jaime a oportunidade de reencontrar suas raízes e cultivar suas tradições mais antigas.

Mas o Forró de Jaime só alcançou tal fama e importância pela organização que possui. Jaime fornece o espaço, paga o sanfoneiro, mas quem toma frente para tudo sair a contento é o vereador Aderaldo Caldeira, contando sempre com a ajuda de João e outros da velha guarda cabocla. Segundo o próprio Aderaldo, há também uma preocupação em socializar as oportunidades. Ou seja, não há um só sanfoneiro responsável pela festança, mas dando a cada um a chance de ganhar sua parte. Assim, um sábado é reservado a Olivan, outro sábado a Vera, ou mesmo os dois numa só noite, ou ainda outros tocadores. O próprio Aderaldo de vez em quando puxa o fole com gosto. Sabe mais fazer política, mas ali o dançador quer mesmo é o som do fole roncando.

E quando o fole ronca é um deus nos acuda. Pedro Rosendo puxa uma de lado e sai numa maestria forrozeira de deixar qualquer um de queixo caído. Zé Bina se transforma em menino novo e parece não querer mais parar de dançar. Fernando rodopia pelo salão de fazer voar a saia da companheira. Até Eraldo de Chico Bilato se mostra passinho de ouro naquele encantamento matuto. É coisa verdadeiramente de se admirar. Senhores com oitenta anos e mais num fôlego de espantar. Senhoras já tidas como velhas por muitos e ali numa graciosidade dançadeira e numa afoiteza que só vendo. E o forró correndo solto.

Toda vez que chego ali logo recordo de Miltinho. Todo forró tem a sua feição e a sua memória. E certamente que Jaime mandará levantar uma placa dizendo “Espaço Forrozeiro Miltinho”. Nada mais justo.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com 

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Livro CHARGES COM LAMPEÃO

Autor Luiz Ruben Bonfim

Adquira logo o seu através deste gmail: luiz.ruben54@gmail.com

Luiz Ruben F. de A. Bonfim
Economista e Turismólogo
Pesquisador do Cangaço e Ferrovia

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TEMOR EM MOSSORÓ, MEDO EM AREIA BRANCA

Por Tomislav R. Femenick – Historiador

No dia 31 de janeiro de 1926, quando o jovem Padre Luiz Ferreira da Mota (o célebre Padre Mota que depois viria a ser vigário geral, prefeito e deputado estadual) tomava posse como o novo vigário de Mossoró, correu a notícia de que os revoltosos da Coluna Prestes estavam na iminência de atacar a cidade. Em ata paroquial, o Padre Mota registrou o impacto que a noticia de um provável ataque da Coluna a “capital do oeste” teve entre a população da cidade. Dizia ele:

“Neste mesmo dia, espalhou-se pela cidade o terror da notícia de que os revoltosos se encaminhavam pa­ra nossas fronteiras, noticia que foi divulgada pe­la manhã, e logo começou o êxodo da população. Quando me dirigia para a Matriz, às 8 e meia, para a posse, fui, com surpresa, avisado do que se passava e sobretudo de que certas pessoas de autorida­de e responsabilidade já haviam abandonado, preci­pitadamente, a cidade. Diante desta situação, resolvi fazer um apelo de tranquilidade ao público, para melhor se resolver a situação e convocar uma sessão de todas as autoridades e pessoas de responsabili­dade, o que fiz de púlpito, com palavras repassadas de fé no patrocínio de nossa Virgem Padroeira, Santa Luzia, e também de confiança no patriotismo do nos­so povo. A sessão realizou-se no mesmo dia, a 1 ho­ra da tarde, no edifício do Colégio Diocesano, com grande comparecimento de povo e nela tomaram-se me­didas que são do domínio público. Dai por diante, nos dias de aflição e apreensão pa­ra o nosso povo, sempre tomei a dianteira de todas as manifestações civico-patrióticas pela defesa da nossa cidade, procurando, sobretudo despertar o ânimo do povo, aconselhando a calma, prudência e per­manência na cidade, para guarda dos acontecimentos. Aprouve a Deus que tudo se passasse sem desgraças e atropelos para nosso povo; os rebeldes tomaram outro rumo e nossa população voltou à paz do costu­me, que a caracteriza. Todos [nós] reconhecemos, nesta salvação de tamanho fla­gelo, [que foi] o dedo de Deus que nos protegeu, por intercessão da nossa querida Padroeira Santa Luzia. Em reconhecimento de tão grande graça, cantou-se um ‘Te Deum’ solene, em ação de graças, no domingo, 21, pelas 5 horas da tarde” – Texto transcrito do livro do tombo da igreja de Santa Luzia, em Mossoró-RN.
           
Mossoró, pela sua importância econômica e estratégica, foi um palco de agitação quando os revoltosos que estavam nas imediações da cidade de Jaguaribe, no Ceará, se preparavam para adentrar em nosso Estado. Diz Raimundo Nonato (1966): Mossoró era “um porto aberto ao intercambio de vasta área do comercio nordestino, no negócio de algodão, sal, sementes de oiticica, cera de carnaúba, gesso [e com] agência do Banco do Brasil, não sendo despropositada a precisão de assalto, depois de longas travessias e combates, a um porto que oferecia vantagens múltiplas, inclusive o reaprovisionamento de tropa”.
          
Essa ameaça de ataque iminente espalhou o medo na população que procurou fugir da cidade. Um grande contingente de pessoas foi se refugiar em Areia Branca. A companhia Estrada de Ferro Mossoró-Porto Franco colocou diversos trens extras, porém não conseguiu atender a demanda e mais de 150 pessoas não tiveram como embarcar. Quem não conseguiu lugar nos trens, fugiu para qualquer lugar da vizinhança.
          
Na cidade se preparava a resistência. O deputado Juvenal Lamartine, o chefe da polícia (Dr. Silvino Bezerra), o comandante da polícia militar (Cel. Joaquim Anselmo), o intendente municipal (Cel. Rodolfo Fernandes, que um ano depois comandou a defesa da cidade contra o ataque de Lampião), o presidente da Associação Comercial (Cel. Cunha da Mota), o vice-presidente da intendência (Dr. Hemetério Fernandes) e muitos outros organizaram o esquema de defesa. Algumas das decisões tomadas foram: a distribuição de armas e munições fornecidas pelo Exército Nacional, a formação de trincheiras em torno da cidade e na zona urbana e a vigilância da fronteira com o Ceará.
         
O Padre Mota, o novo vigário da Igreja de Santa Luzia, atuava em várias frentes. Ao mesmo tempo em que cedia o prédio do Ginásio Santa Luzia (onde hoje é a agencia central do Banco do Brasil) para servir de sede do “quartel general” da defesa da cidade, promovia reuniões entre os representantes do governo com as lideranças civis e procurava acalmar as famílias e evitar as fugas precipitadas, com seus sermões nas missas e, inclusive, com a publicação de um Boletim.
          
Os revoltosos não chegaram a Mossoró, como não chegaram a Areia Branca e Natal, cidade onde as notícias e boatos de ataques da Coluna Prestes também chegaram, com maior ou menos alarme que causaram na “capital do oeste”.
Medo em Areia Branca
            
No ano do ataque da Coluna Prestes ao Rio Grande do Norte, a cidade e o porto de Areia Branca tinham importância vital para a economia do Estado. Muito mais do que é hoje. Eram ligados a Mossoró pela Estrada de Ferro Mossoró-Porto Franco, cujos trilhos serviam de rota para as exportações e importações do oeste potiguar, da região jaguaribana cearense e, ainda, do alto sertão paraibano.
            
Segundo Paulo Pereira dos Santos (2002), por um longo período que vai das décadas de 70/80 do século XIX até as três primeiras do século XX, toda a atividade empresarial da região oeste do Estado, em especial dos estabelecimentos industriais e comerciais localizados em Mossoró, se refletia na intensa movimentação do porto de Areia Branca. De 1893 a 1895, cento e cinquenta e seis embarcações atracaram naquele porto, enchendo seus porões com mercadorias exportadas por firmas mossoroenses. Em 1911, cento e treze navios nacionais e outros 153 estrangeiros levaram produtos negociados por empresários de Mossoró, sendo 33 noruegueses, 30 ingleses, 50 alemães, 17 dinamarqueses, 10 suecos, seis holandeses, quatro portugueses, um americano, um francês e um russo. O porto de Areia Branca movimentava anualmente entre 200 e 250 mil toneladas de cargas, enquanto o porto de Natal movimentava cerca de 40 mil e os de Fortaleza e Cabedelo, 90 mil cada um deles. Era o sétimo maior porto do Brasil, em movimentação de tonelagem de cargas e contribuía com 58% das receitas portuárias do Estado, enquanto que Natal contribuía com 40%, e Macau apenas com 2%. Além de porto cargueiro, Areia Branca era também ponto de escala de navios de passageiros (os chamados paquetes) e navios mistos – carga e passageiros – da Companhia Nacional de Navegação Costeira, da Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro e de outras empresas marítimas.
          
Naquele começo de ano, a notícia que circulava na cidade era de que um batalhão de Exército estava vindo de Fortaleza pelo navio Paconé (embarcação de origem alemã, confiscada pelo governo brasileiro durante a Primeira Grande Guerra e então agregado à frota do Lloyd) e de lá deveria seguir para Mossoró e para o alto oeste, com a missão de defender as localidades ameaçadas de ataques pelos integrantes de um pelotão avançado da Coluna Prestes, o mesmo que já havia atacado cidades do interior do Ceará.
            
Envolta nesse clima, a cidade recebia uma multidão que era despejada das embarcações que faziam a ligação entre Porto Franco e Areia Branca. Eram as pessoas vindas de Mossoró – principalmente, mulheres, crianças e velhos –, fugidas de um possível ataque da Coluna Prestes. Como as hospedarias já estavam cheias pelos passageiros que esperavam a chagada do Paconé e que iriam embarcar para Recife, Maceió, Salvador, Rio de Janeiro e Santos, os mossoroenses foram abrigados em casas de parentes, amigos e até de desconhecidos.
            
Em uma localidade relativamente calma, essa situação inusitada de agitação gerou uma serie de hipóteses e especulações, envolvendo a cidade e o porto. Umas eram simples boatos. O mais difundido dizia que entre os defensores das cidades atacadas haveria um herói areia-branquense, José de Samuel, isso quando nem ataques ainda tinha havido no Rio Grande do Norte e o impávido Zé de Samuel estava placidamente trabalhando em uma máquina de beneficiar arroz, em uma fazenda localizada em Apodi. Outro propagava que o popular “Geleia, muito conhecido nos círculos de jogatina”, servia de indicador de caminho para os revoltosos.
           
Todavia as autoridades estudavam seriamente um sistema de defesa para o porto, tendo em vista a possibilidade de que os militares rebelados, com a habilidade de estrategistas que possuíam, optassem por um caminho alternativo e, evitando atacar Mossoró, atacassem Areia Branca, o seu porto de abastecimento. Seria uma maneira de garantir o reaprovisionamento das suas tropas e, ao mesmo tempo, um grande tento que, certamente, teria repercussão nacional como uma derrota das forças legalistas. Afora a invasão da multidão de mossoroenses que foram se abrigar na cidade, nada mais aconteceu em Areia Branca.
           
No Rio Grande do Norte as lutas da Coluna Preste se limitaram a São Miguel e Luiz Gomes.

Tomislav R. Femenick

Mestre em Economia, pela PUC-SP, com extensão de Sociologia e História; pós-graduado em Economia Aplicada para Executivos, pela FGV-SP e bacharel em Ciências Contábeis, pela Universidade Cidade de São Paulo.

É sócio e diretor principal da Femenick & Associados Auditoria e Consultoria S/C Ltda, empresa nacional de auditoria, perícia e consultoria, fundada em 1987 e foi diretor adjunto (assistente da diretoria) da Soteconti Auditores, Campiglia & Cia e da Revisora Nacional/Deloit, empresas nacionais de auditoria. Foi sócio e diretor da Technoway, empresa de organização de eventos e editora; diretor superintendente das Empresas Mayrton Monteleone, revendedoras Mercedes Bens e Massey Fergunson, em São Paulo e Goiás; gerente de divisão do Banco Geral do Comércio S/A; diretor adjunto da Cia. Real Brasileira de Seguros; assistente da diretoria do Banco Cidade S/A; titular do Serpes Serviço de Promoções e Pesquisas, de Mossoró-RN, empresa jornalística, instituto de pesquisas e de elaboração de projetos econômicos, além de funcionário do Banco do Nordeste do Brasil S/A.

Na capital paulista foi professor titular dos Centros Universitários UNIBERO, UNIFMU, FIAM-FAAM e Belas Artes, nas áreas de Economia, Contabilidade, Administração, Câmbio, Comércio Exterior, Finanças, Orçamentos, Mercado de Capitais, Custos, Auditoria e Perícia Contábil, além de Coordenador Acadêmico do curso de Hotelaria, do UNIFMU, e orientador de Estágios e Monografias, do UNIBERO. Foi professor visitante na PUC-SP, UNICID, Faculdades Paulo Eiró e Faculdade Santa Rita de Cássia. Atualmente é professor da FACEN-Faculdade de Ciências Empresariais e Estudos Costeiros de Natal e da Faculdade União Americana e professor visitante da UnP-Universidade Potiguar e da FAL-Faculdade de Natal.

É escritor, com mais de 40 obras publicadas, entre livros e monografias. Como jornalista, atuou em vários jornais do país. Atualmente é colaborador dos jornais Tribuna do Norte e O Jornal de Hoje, de Natal, e da Gazeta do Oeste e de O Mossoroense, de Mossoró – RN.

http://www.tomislav.com.br/temor-em-mossoro-medo-em-areia-branca/

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ESTES FORAM G-MAILS ENVIADOS PARA MIM POR DANIEL MOURA, BISNETO DE ANÁLIA FERREIRA DA SILVA IRMÃ DE LAMPIÃO.

Por Daniel Moura
Não sei quem é neto de Anália, se é o pai ou a mãe, mas os outros são bisnetos de Anália Ferreira

Boa tarde, amigo José Mendes Pereira! - Em Mossoró Rio Grande do Norte:

Eu sou o Daniel Moura bisneto da Anália Ferreira, e conforme o combinado, essa é a foto da minha família. Sentados estão meus pais, e em pé da esquerda para direita, minha irmã mais nova, e a mais velha, e eu, claro.

E perante as fotos já postadas, só peço que os leitores respeitem, e não façam o uso distorcido ou deturpado, juntamente com as informações por mim já fornecidas, pois tenho que prezar pelo bem da minha família né? Se puder avisar em seu blog, desde já agradeço.

Outro:

Mas ainda pode me tirar uma dúvida? Estou em conflito com o nome de minha bisavó, Anália/Amélia. Será que não teria por acaso alguma outra mulher na família com nome de Amélia segundo os estudiosos? Nem que fosse uma prima ou tia?

Adendo: - José Mendes Pereira

Grande Daniel Moura:

Eu estou apenas lhe passando o que estudei sobre os seus tios e tias, mas aprendi com os estudiosos do cangaço, e, eu, residindo em Mossoró, no Rio Grande do Norte, tão distante de onde nasceu o cangaço mesmo, só informo o que aprendi com os pesquisadores e escritores.

Todos os filhos dos seus tetra-avós são:

Antonio Ferreira,
Livino Ferreira,
Virgulino Ferreira,
Virtuosa Ferreira,
João Ferreira,
Angélica Ferreira,
Ezequiel Ferreira,
Maria Ferreira (dona Mocinha),
Anália Ferreira.

Ainda nasceram duas meninas e segundo um pesquisador (não me recordo no momento, mas me parece ter sido informação do escritor Sabino Bassetti, "se não foi, desculpa-me grande José Sabino Bassetti"), e uma delas morreu queimada. Então foram 11 filhos de José Ferreira com dona Maria Sulena da Purificação.

Alguns estudiosos do cangaço afirmam que Antonio Ferreira não era filho de José Ferreira, e sim, de um senhor chamado Venâncio, mas o escritor José Bezerra Lima Irmão que fez pesquisa durante 11 anos, descobriu que, o Antonio também era filho de José Ferreira. Como ele chegou a esta conclusão? Pela data do casamento de José Ferreira/Maria, e pela contagem dos meses do casamento do casal, ele é mesmo filho do patriarca dos Ferreiras.

Não tem na história do cangaço uma Amélia sendo irmã de Lampião. Você é muito novo e deve ter si confundido, já que não conheceu a sua bisavó, por morar em outro lugar distante da cidade que você morava ou ainda mora.

Respondeu-me o Daniel dizendo seguinte:

Ah, sim José Mendes Pereira! Então deve ser isso, porque depois que minha avó foi embora da Paraíba os contatos com os familiares foram perdidos, tanto que ocorreu um encontro com seus irmãos que já não se sabia mais o paradeiro. Ela podia estar confundindo o nome então pela distância e os longos anos que ficaram sem se falar. 

Netinha, Limério e Chiquinha filhos de Anália irmã de Lampião

Segue uma foto de Francisca Ferreira da Silva, carinhosamente chamada de Vó Chiquinha por nós netos, bisnetos e tataranetos ou Dona Chiquinha por seus amigos e pessoas de seu convívio, juntamente com seus irmãos Limério e Tia Netinha nesse grande e feliz reencontro. Da esquerda pra direita: NETINHA, LIMÉRIO, CHIQUINHA. Somente Netinha está viva.

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