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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

A VOLTA DO REI DO CANGAÇO


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ANTONIO GURGEL DO AMARAL - CORONEL


ANTONIO GURGEL DO AMARAL, natural de Brejo do Apodi, na época ficava localizado no município de Apodi, e atualmente hoje é o Município de Felipe Guerra -RN. Filho do capitão Tibúrcio Valeriano Gurgel do Amaral (natural de Aracati-CE) e D. Caetana Jesumira Gurgel do Amaral, também do Aracati. 

Coronel Antonio Gurgel do Amaral, filho e esposa Adélia da Silva Gurgel

Era casado com a Senhora Adélia da Silva Gurgel, deixando a seguinte prole de filhos: Raimundo Gurgel, Mário Gurgel Helena Gurgel Guedes, esposa de Jaime Guedes, então gerente do Banco do Brasil em Mossoró, quando do ataque de Lampião em 13 de junho de 1927. 

Uma das marcantes passagens do bando de Lampião no Ceará, foi sem dúvidas sua chegada à cidade de Limoeiro do Norte, na região do Jaguaribe -cariricangaco.blogspot.com1016 × 509Pesquisa por imagem

Em junho de 1927, foi sequestrado pelo bando de Lampião, quando este grupo de facínoras passava pela localidade de Santana, proximidades do Brejo do Apody. Nesta última localidade faleceu Antonio Gurgel, aos 78 anos, no dia 4 de fevereiro de 1950. 

O extinto foi comerciante por longos anos no município de Apodi e na capital do Estado, dedicando-se posteriormente à vida rural, no Brejo do Apodi. Era irmão de Tilon Gurgel. 

Tilon Gurgel do Amaral irmão de Antonio Gurgel do Amaral

Fonte: Datas e Notas para a História do Apody (Livro I – Janeiro a Maio) -  Marcos Pinto.

http://tudodeapodi.blogspot.com.br/2014/06/antonio-gurgel-do-amaral-coronel.html


UM POUCO SOBRE TIBÚRCIO VALERIANO GURGEL DO AMARAL PAI DO CORONEL ANTONIO GURGEL DO AMARAL

TIBÚRCIO VALERIANO GURGEL DO AMARAL, natural de Apodi, nascido em 14 de abril de 1843 e falecido em 10 de fevereiro de 1933. Casado com Caetana Jesuína do Amaral, com os seguintes filhos: MARIA GURGEL GUERRA, nascida em 1880 e falecida em 3 de fevereiro de 1921, casada com Luiz Gonzaga de Brito Guerra; TILON GURGEL DO AMARAL, nascido em 7 de janeiro de 1881 e falecido em 23 de julho de 1968. CORONEL ANTONIO GURGEL DO AMARAL, nascido em 1872 e falecido em 4 de fevereiro de 1950, casado com Adélia da Silva Gurgel (12/10/1869 – 4/5/1951); MARIA GURGEL DO AMARAL, casou-se em 23 de fevereiro de 1891, com Felipe Néri de Brito Guerra (26/5/1867 – 4/5/1951); TIBURCIO GURGEL FILHO, nascido em 22 de outubro de 1883 e falecido em 8 de junho de 1930; CAETANA GURGEL DO AMARAL, nascida em 22 de setembro de 1876 e falecida em 2 de julho de 1958.


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"OS DONOS DA VIDA E DA MORTE"

Por Sálvio Siqueira
Coronéis da primeira República - pessoas.hsw.uol.com.br

Surge esse fenômeno social no início da República, vindo das raízes do colonialismo português. Vemos  nele, a essência da disparidade social e econômica entre os roceiros, trabalhadores rurais, e os latifundiários. Das diferenças sócias, surgem em toda região, a dependência financeira, econômica, intelectual e política, imposta aos ‘empregados’.

Principalmente a política é caracterizada por ordens, determinações e acuações dos menos favorecidos... Eliminando assim o efetivo sistemático representativo das ou de eleições.

O Estado ,ou quem nele manda, agrupa-se ao coronel regional. Duas forças que unidas encurralam a massa em cercados feito bois. O Estado precisa, necessita  do apoio político do coronel, e este, embolsa as economias vindas em troca dos votos de cabrestos. E pasmem, o coronelismo não é entendido como sendo um fenômeno presente apenas no início vespertino da República, mas sim, como algo que se estende até os dias atuais, de forma significativa e persistente.

Coronelato - poderes quase ilimitados - blograngel-sertao.blogspot.com

Propositalmente as carências, juntos e somados aos fenômenos climáticos, o que já eram muito difícil sobreviver, se faziam sentir, para que com isso a subordinação fosse uma constante entre a população e o coronel de determinada localidade. Não possuindo acesso aos serviços básicos, tais como saúde, educação e segurança, toda a população regional ficava a mercê do coronel ‘fulano de tal’ para sobreviver. Além disso, o fenômeno do coronelismo se explica também pelo fato de a população rural não ter acesso as informações escritas, pelo simples fato de serem semi ou analfabetas por completo. Com isso não possuíam o  entendimento amplo do que seria a política, ou o que significava o ato de participar dos pleitos eletivos. 

Família sertaneja - www.conectemissoes.com
                                                  
Vendo por esse aspecto, esse modo é, mais um, perceptível na existência de um contexto histórico-social que favoreceu o surgimento do coronelismo. Citando ainda, o surgimento e a existência do coronelismo como o isolamento no qual a população do campo se encontra no início do século XX, já que havia falta de diálogo entre a mesma, implicando na falta de conhecimento sobre fatos e ideais externos à realidade local.
                                              
O Coronelismo pode, muito bem, ser entendido como um “Clientelismo”,  sendo instrumento, em um de seus tramites, de cooptação de votos.  Refere-se, especificamente, às práticas de trocas que podem ser econômicas, sociais, ou políticas... Os velhos e podres favores políticos. Essas características perpassaram pela cultura brasileira produzindo laços mantidos pela relação desigual e troca de favores e benefícios. Só se faz possível enxergamos, o Clientelismo, se podermos ver as desigualdades sociais e a lógica exclusivista das classes ricas no sistema político.

Pela pequena e resumida exposição dos temas, percebe-se, portanto, que a formação da “sociedade” sertaneja, se deteve em meios que desde sempre privilegiaram as classes mais abastadas econômica e influentes.

www.scielo.br

Uma 'artimanha', dentre tantas que os coronéis usaram, para manter o cidadão sertanejo embaixo da sola de suas botas, foram os Capangas e Jangunços. Na linguagem sertaneja, nordestina, eram conhecidos como "cabras". Referiam-se a eles como: 'os cabras do coronel...'. Tratava-se, o primeiro, do homem, ou dos homens, da confiança do fazendeiro, do coronel, do chefe político. Tinham confiança íntima do patrão e sua família. Tinham livre acesso às dependências da casa e acompanhavam o patrão e sua família em suas viagens e andanças por suas terras. Era o homem de armas. Estava sempre pronto para agir em defesa do patrão ou cumprir uma ordem do mesmo. Foi usado na zona rural e nos centros urbanos.

dimensaojornal.com.br

O segundo era mais confiável, discreto e com atividades mais restritas à zona rural. O jagunço foi muito utilizado nos séculos XIX e XX. Havia uma relação muito forte entre jagunços e coronéis... Suas existências dependiam uma da outra. Eram corajosos, valentes, obedientes, fiéis, defendiam, com risco da própria vida, da honra da família, o patrimônio e a vida do seu patrão. O modus operandi dessa classe era muito parecido com o do capanga, chegando, em muitas das vezes, a serem confundidos com os atos 'profissionais' um do outro.

Jagunços do Contestado - cafehistoria.ning.com
                                                          
O Jagunço escutava, observava e vasculhava tudo nos mínimos detalhes. Eram verdadeiros instrumentos naturais, capazes até mesmo de revelar, sem errar, quantos membros existem num grupo que perseguia ou que eles estavam perseguindo. Não se trata de adivinhação, é um dom desenvolvido pelo rastejador, o que era uma das qualidades deles, conhecido como ilação, também utilizado por índios e alguns animais. Uma simples folha que se mexesse, um pequeno pedregulho que rolasse, um galho quebrado, um capim amassado, um simples palito de fósforo jogado no chão, um cheiro de algum perfume, o odor do suor, são pistas importantes para detectarem a presença de alguém próximo ou mesmo distante. Neles, eram mais importantes a visão, a audição e o olfato do que mesmo a pontaria... Orientavam e conduziam seus protegidos através do mato ou caminho desconhecido até atingirem o objetivo, que podia ser o de perseguir o inimigo ou despistar de uma provável perseguição. 

"Um típico cangaceiro nordestino na década de 1920" - tokdehistoria.com.br
                                           
Cansados de serem explorados pelos ricos fazendeiros, os coronéis, e viverem na miséria, muitos cidadãos nordestinos se organizaram em bandos armados para praticarem saques e atos de vandalismo. Os atos dos coronéis fazem com surjam, crie-se, nas árduas intempéries climáticas da caatinga sertaneja o Cangaceiro. Surgindo, assim, um fenômeno dentro de outro, sem um, não poderia ter existido o outro. O Cangaceiro foi uma espécie de sertanejo que sobrevivia praticando atos fora da "Lei", leis imposta pelos fazendeiros e coronéis nas quebradas do Sertão. Agiram iguais mercenários, recebiam dinheiro para praticarem 'serviços'. Matavam todos aqueles que podiam para que saíssem das suas veredas. Usaram em demasia o fator medo, terror, a fim de conquistarem seus objetivos. Vemos que "O Cangaço" foi um fenômeno social nascido em oposição ao Coronelismo, mesmo que, com a sequência vivenciada, aconteceram de se aliarem em prol de sua própria existência, um passou a depender do outro ou teriam tido um final muito anterior ao prolongado tempo de sua duração. Coronéis passaram a fazerem parte da malha de fornecedores, fornecendo-lhes armas, munição, vestimenta  e alimentos... em troca, tinham proteção e ganharam somas altíssimas de dinheiro.

Ofício das espingardas memorial cangaço

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A Abolicionista Amélia Galvão - 20 de Setembro de 2015

Por Geraldo Maia do Nascimento

O tempo passa, as memórias ficam. Em 14 de novembro de 1890 morria, em Mossoró, D. Amélia de Souza Galvão, esposa de Romualdo Lopes Galvão, que fora Presidente da Intendência (Prefeito) de Mossoró nos períodos de 1883-1886 e 1892-1895. 


D. Amélia Dantas de Souza Melo Galvão ou D. Sinhá Galvão, como era mais conhecida, teve papel de destaque no movimento abolicionista mossoroense, sendo de sua autoria a confecção do Estandarte da Libertadora Mossoroense, feito em cetim, com franjas e letras douradas. Este estandarte, que pode ser visitado no Museu Histórico “Lauro da Escóssia”, é o símbolo maior da abolição da escravatura em solo mossoroense. É a prova do idealismo, da disposição e da luta de um povo em prol da liberdade, luta essa que teve D. Amélia como uma incansável guerreira.
               
Nas palavras de Raimundo Nonato, “D. Sinhá Galvão foi a mais extraordinária figura feminina de Mossoró, com atividades políticas, sociais e humanitárias do século XIX.” Contagiou-se pelo idealismo do seu marido, de quem se tornou uma cooperadora dedicada e cheia de entusiasmo pela vitória da causa que empolgava as multidões da cidade.
               
Era filha do também abolicionista e poeta José Damião de Souza Melo, português radicado em Mossoró. Professava a religião presbiteriana, apesar de seu pai ter sido padre em Portugal. Nunca se soube o motivo da mudança de religião. Sabe-se apenas que um dia ele tirou a batina, queimou-a e veio para o Brasil, surgindo como comerciante em Mossoró.
               
Segundo depoimentos do Major Romão Filgueira, “D. Sinhá era uma mulher dotada de raros predicados morais e culturais, belo espírito de comunicação e de idéias elevadas”. Tomou parte em todas as comissões importantes da Libertadora. Apaixonada pelo movimento, “convida suas amigas, entre elas as das famílias Soares do Couto, Dr. Paulo Leitão e outras, para saírem às casas dos senhores possuidores de escravos, concitando-os a alforriarem seus cativos, chegando ao ponto de quando não podiam receber adesões para o movimento, em virtude da escravidão ser garantida por lei, de se ajoelharem, beijando os pés dos potentados, indiferente aos sofrimentos dos prisioneiros das senzalas, rogando a liberdade imediata dos escravos que possuíam”.
               
Na memorável sessão de 30 de setembro de 1883, D. Amélia Galvão teve a incumbência de fazer entrega de carta de alforria às mulheres escravas e, a cada uma, beijava, dizendo: “Dona Fulana, a senhora, de agora em diante é tão livre como eu”. Foi um belo e espontâneo gesto.
               
A história de Mossoró está cheia de mulheres guerreiras. Só para lembrar algumas, podemos citar, além de D. Sinhá Galvão, Anna Rodrigues Braga, a Anna Floriano, que liderou o movimento das mulheres de Mossoró contra a obrigatoriedade do serviço militar e a Professora Celina Guimarães, a precursora do voto feminino no Brasil.
               
Mas D. Sinhá Galvão pagou um preço alto por sua luta em prol da libertação dos escravos. Esgotada pelo cansaço adoeceu, contraindo uma tuberculose e dela não conseguiu se curar. Morreu a 14 de novembro de 1890, estando sepultada em túmulo próprio no Cemitério Público de Mossoró. É lamentável que Mossoró, em suas homenagens prestadas em cada dia 30 de setembro, jamais tenha se lembrado de prestar uma homenagem a D. Sinhá Galvão. 

Geraldo Maia do Nascimento

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Fonte:

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PERSONALIDADES NO MUSEU DO SERTÃO EM MOSSORÓ

Por Benedito Vasconcelos Mendes

Amigos, vejam algumas das personalidades nordestinas existentes no Museu do Sertão ( Fazenda Rancho Verde, Mossoró -RN), feitas de cedro maciço, em tamanho natural( 1,60 m).



Da direita para a esquerda:

Zumbi, Vaqueiro, Beato Zé Lourenço, Frei Damião, Padre Cícero, Beata Maria de Araújo, Padre Ibiapina, Lampião e Maria Bonita (em tamanho menor e em frente ao Lampião).


Da esquerda para a direita: 

Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e outras.

Informação do blogdomendesemendes: O Museu do Sertão na Fazenda Rancho Verde em Mossoró, não pertence a nenhum órgão público, é de propriedade do seu criador professor Benedito Vasconcelos Mendes. Quando vier à Mossoró, procure visitá-lo, pois são mais de 5 mil peças para os seus olhos verem.

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O BANQUEIRO DE MOSSORÓ - SEBASTIÃO FERNANDES GURGEL - PARTE IV

Por Mariana Gadelha

CATETINHO

Quem passa pela casa 98 da Praça Bento Praxedes, em Mossoró, até hoje pode ver os traços arquitetônicos originais da construção de 1918, erguida por Sebastião Fernandes Gurgel, que morou no imóvel com a família durante alguns anos e o vendeu em 1929 ao comerciante Miguel Faustino do Monte. 

Catetinho - issuu.com

Quando ainda era proprietário deste último, o casarão abrigou o então presidente Getúlio Vargas e sua comitiva em 13 de setembro de 1933, durante visita de dois dias a Mossoró, período em que foi instalado na cidade o Governo Provisório da República do Brasil. A partir daí o palacete foi batizado de "Catetinho", em alusão ao Palácio do catete, no Rio de Janeiro, à época sede do Governo Federal. 

A casa passou para as mãos da família Rosado em 1945, ano em que foi adquirida por Dix-neuf Rosado. Foi lá que o novo dono morou até seu último dia de vida, em 20 de abril de 1986, e onde a esposa Odete permaneceu também até a sua morte, em outubro de 2012.

Dona Odete e seu esposo Dix-neuf Rosado. Ele pertenci  à família numerada de Mossoró

Em matéria publicada Bzzz de dezembro de 2013, o repórter Thiago Cavalcanti lembrou o incêndio que destruiu o casarão em 12 de janeiro de 2000. "Ao ser consultada sobre onde iria querer morar, a matriarca Dona Odete foi enfática: "quero continuar morando no mesmo endereço, se for preciso usem todas as minhas economias para reconstruiu o Catetinho". Pedido feito, pedido aceito. Os filhos contrataram uma construtora e foram quatro meses de obras, dia e noite sem parar. "Toda a parte externa da casa foi inalterada, o resto foi reconstruído, o mais próximo do original", detalha.

O Catetinho ganhou um novo proprietário no ano passado, o empresário Almir Silveira, que pretende abrir um shopping popular mantendo o estilo arquitetônico da construção centenária. 

Jornalista Lúcia Rocha

Em visita ao imóvel no dia 16 de maio, a jornalista Lúcia Rocha fez registros do início das obras que foram embargadas pela fiscalização ambiental da prefeitura de Mossoró. Por enquanto, o futuro do empreendimento ainda é uma incógnita.

CONTINUA...

Fonte: Revista BZZZ
Digitado por José Mendes Pereira

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MANOEL DUARTE FERREIRA

Por José Mendes Pereira

Manoel Duarte Ferreira pertencia a uma das mais tradicionais famílias de Mossoró. Nasceu no dia 15 de novembro de 1895, e era irmão do médico e ex-Senador da República Francisco Duarte Filho (Duarte Filho). Era filho dos maiores fazendeiros e latifundiários de Mossoró, Francisco Duarte e Maria Vicência Duarte.

Francisco Duarte e Maria Vicência Duarte 

Segundo o historiador Raimundo Soares de Brito em seu livro "Ruas e patronos de Mossoró" - coleção mossoroense, afirma que na defesa de Mossoró, contra o bando de Lampião, ele ocupou a trincheira de onde se comenta terem saído os tiros que abateu Colchete e alvejaram Jararaca. 

Após o seu falecimento em 31 de janeiro de 1982, o jornal O Mossoroense comentando o fato informou: "num reconhecimento ao seu valor e acatando a sugestão de Paulo Nobre de Medeiros, delegado do Oriente Independente Maçônico do Rio Grande do Norte, o prefeito João Newton da Escóssia decretou luto Oficial por três dias, permitindo que fosse coberto o esquife do conterrâneo com a bandeira do município". 

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O FAMOSO NAZARENO "Cel. MANOEL NETO" ( Série grandes artigos) SINOPSE DA VIDA DESSE BRAVO POLICIAL NAZARENO - PARTE V - FINAL


COMANDANTE E DELEGADO:
A perseguição a Lampião não cessou. Manuel Neto continuou enfrentando os cangaceiros, destacando-se nos tiroteios da Baixa da Moça, Serra da Canabrava, Serra do Bobodó e do Ninho, e em Caldeirão (22.04.1932), aqui ao lado do tenente Abdon Menezes. Isso no eixo Bahia-Sergipe.
Chandler (obra citada, p. 191) diz que, em 1932, os sertanejos baianos viviam aflitos com a presença dos bandidos e, muito mais, com a da polícia. E, de todas as volantes, os nazarenos, “sob o comando de Manuel Neto, eram os mais temidos. Perseguindo Lampião com um zelo fanático, empregavam qualquer método para obter informações”. E, à página 57: “Durante toda a sua carreira, Lampião encontrou poucas pessoas que se empenharam tanto a persegui-lo como esse grupo. Muitas vezes, outros o perseguiram de longe, temendo por suas vidas, enquanto outros podiam ser subornados. Mas os nazarenos, não. Caçaram-no em Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Ceará, e quando, anos mais tarde, ele mudou seu centro de operações para Bahia e Sergipe, foram atrás dele lá”.
Em 1933, Manuel Neto distribuiu armas e munições com alguns fazendeiros e colocou pequenos destacamentos nos locais mais sujeitos aos ataques dos cangaceiros que, vindos da Bahia, “realizavam sanguinárias incursões em Pernambuco”.
Ainda como tenente, foi Comandante das Forças em Operação no Interior do Estado (PE), sendo então obrigado, devido à alta posição de comandante, a afastar-se do confronto direto com os bandidos. Entretanto, ainda haveria de enfrentá-los, como o fez em Porteiras, no município de Floresta, em 1935.
Com o levante comunista daquele ano, o tenente instruiu seus comandados, fazendo-os voltar à sede das volantes para dali, sob seu comando, seguirem para o Recife a fim de dar combate aos comunistas e sufocar o movimento armado que eclodira.
A sua ação, sempre incisiva, ensejara-lhe a promoção a capitão, o que se verificou aos 3 de janeiro de 1936. E, aos 27 de fevereiro, recolheu-se das Forças em Operação no Interior do Estado, passando a prestar serviços na capital. Virgulino e seu bando fixara-se no eixo Bahia-Sergipe e diminuíra suas incursões em Pernambuco. Mesmo assim, Manuel Neto ainda continuou a realizar missões no interior, trabalhando de uma forma intensa e desgastante.
Enfim, em dezembro de 1936, entrou em gozo de férias, benefício que não obtivera nos anos de 1929, 1930, 1932, 1934 e 1935, o que, por si só, demonstra o empenho do nazareno no combate ao banditismo.
Na capital pernambucana, comandou a 3ª, 2ª e 1ª Companhia do 1º Batalhão, assumindo interinamente por diversas vezes as funções de subcomandante daquele Batalhão. Ficou à frente do Esquadrão de Cavalaria de dezembro de 1938 a junho de 1940. Nesse período, foi louvado “pelo esforço e dedicação demonstrados durante a extinção do grande incêndio verificado num dos tanques da Standard Oil Company of Brazil”, ocasião em que se postou sempre ao lado do comandante Geral, “auxiliando em tudo que era possível, transmitindo ordens e colaborando para a manutenção da ordem pública”.
Mais tarde, ao deixar o Comando da Força, o C.el Rogaciano agradeceu ao capitão Manuel Neto, louvando-lhe o “contingente de esforço dado a sua interinidade no Comando da Força.”
O último grupo de cangaceiros, o de Corisco, foi desbaratado naquele ano de 1940. Chegava ao fim uma luta em que os nazarenos se engajaram desde o princípio, e que levara à morte mais de quinze filhos do povoado e daquela região. Olhando para o primo Manuel Neto, Manoel Flor “achava espantoso que esse homem, ainda com balas no corpo e com tantas cicatrizes, tivesse sobrevivido”.
Manuel Neto, “espigado, de falar macio e andar cauteloso de gato do mato, cujo nome varava o Sertão como uma legenda de bravura” (Luís Cristóvão dos Santos, J. do Commércio - 02.12.82), participara de 35 combates e foi, sem dúvida, o maior perseguidor de Lampião. A sua atuação contra os bandidos deu-lhe oportunidade de mostrar qualidades nas missões mais difíceis, sempre a ele confiadas. “Sua peregrinação pelos sertões foi longa e vitoriosa”. Lampião temia a sua volante: disciplinada, corajosa e guerreira.
E explicava: Euclides, além de valente, era cauteloso e hábil estrategista, procurava sempre deixar a salvo os seus companheiros e comandados. Manuel Neto “era doido”, costumava dizer Lampião. Partia para cima dos cangaceiros “feito cachorro azedo”, o que de certa forma facilitava a reação dos bandidos.
O bravo nazareno parecia desconhecer o significado da palavra medo. Parecia, apenas, pois poucos tinham, como ele, tanto medo... de alma! Tinha verdadeiro pavor pelas coisas do outro mundo.
Deixando, em 1940, o Comando do Esquadrão de Cavalaria, o capitão Manuel Neto voltou a comandar a 1ª Companhia, assumindo depois o cargo de Subcomandante Interino do 2º Batalhão, onde foi elogiado pelo comandante que realçou a “dedicação ao trabalho, o empenho em serviço, o amor à disciplina, traduzidos nas diversas modalidades e ainda mais no acatamento ao chefe; o dom da iniciativa e o espírito de corporação”.
A 19 de fevereiro de 1943, foi nomeado Delegado Regional da 11ª Zona Policial, com sede em Ouricuri. Ali permaneceu até o mês de setembro do mesmo ano. Voltou à capital e assumiu o Comando da 2ª Companhia e, no ano seguinte, novamente o Esquadrão de Cavalaria.
Aos 14 de dezembro de 1944, foi nomeado Delegado Regional da 8ª Região Policial, com sede em Sertânia, onde permaneceria até fevereiro de 1946. Nesse cargo, em março de 1945, recebeu elogio do C.el José Arnaldo: “Oficial de muito boa vontade. Rigoroso no cumprimento do dever”.
Em Sertânia, levaria um grande susto: no dia 5 ou 6 de junho de 1945, ao se dirigir a um preso, foi por ele alvejado no abdômen, tendo sido levado em estado grave para a cidade de Pesqueira, onde foi operado e passou a receber todos os cuidados médicos, restabelecendo-se, finalmente.
Sete meses depois, foi promovido a major, por merecimento. Mas, em ato posterior, o Interventor Federal considerou sua promoção “por antigüidade.”
Em agosto de 1946, assumiu a Chefia da Assistência do Material e, mais uma vez, recebeu referências elogiosas: “Também é de justiça elogiar o major Manuel de Souza Neto, que vem de ser designado para a Chefia da Assistência do Material, pela dedicação em que se houve no exercício do comando do 3º B.C.. É o que faço com satisfação.”
E logo em setembro do mesmo ano, foi “louvado pelo esforço, dedicação e amor à Corporação, manifestado por ocasião dos treinamentos para a parada de 7 de setembro, concorrendo para o brilhantismo alcançado pela Força Policial de Pernambuco, pelo garbo, marcialidade e disciplina com que se apresentaram seus elementos em público.”
Ao final de 1947, entrou numa fase difícil de sua vida, afastando-se do trabalho por um ano, para tratamento de saúde. Em novembro de 1948, foi operado e desligado do serviço por mais um ano. Finalmente, aos 27 de outubro de 1949, foi transferido, a pedido, para o Quadro Suplementar.
PREFEITO:
Na década de 1950, com o apoio de João Inocêncio, o coronel Manuel Neto foi eleito prefeito de Ibimirim, passando a fazer uma boa administração .Deixando a prefeitura, passou a viver exclusivamente de sua aposentadoria. Nasceu pobre e morreu pobre, nada deixando para a família.
Calado, introspectivo, não deixava transparecer o homem valente que era. Dificilmente falava sobre suas lutas contra o banditismo. Achava que isso poderia influenciar ou estimular os jovens.
Aos 78 anos, faleceu às 7 horas e 45 minutos do dia 3 de novembro de 1979, no Hospital da Polícia Militar, no Derby (Recife). Seu corpo foi levado para sua terra natal, sendo sepultado em Nazaré.
Morreu solteiro. “Quando se perguntava por que não casava, respondia que era um homem de intrigas e que vivia sujeito” a ser morto “a qualquer momento”. E assim fugia ao casamento. Mas deixou pelo menos dois filhos com Otacília Gomes de Sá.

O TEXTO SOBRE O CORONEL MANOEL NETO FOI EXTRAÍDO DO EXCELENTE LIVRO:
FLORESTA – UMA TERRA UM POVO ( I I Volume )

Autor: Leonardo Ferraz Gominho, 1996, pgs 166/187 .


FINAL

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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