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sábado, 6 de junho de 2015

O CRUZEIRO DE 01 DE JUNHO DE 1968

Por Angélica Bulhões

Na semana de aniversário do industrial cearense Delmiro Gouveia, segue a revista O Cruzeiro de 01 de junho de 1968, cuja matéria remete ao suposto assassino dele, afinal "Quem matou Delmiro Gouveia?”




Fonte: facebook
Página: Angélica Bulhões ‎Lampião, Cangaço e Nordeste

Para quem não sabe Angélica Bulhões é filha de Sílvio Bulhões, e bisneta dos cangaceiros Corisco e Dadá

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DIÁRIO DE NOTÍCIAS - HERÓIS DO CANGAÇO


Se Corisco só era valente quando bebia, Então ele era valente o tempo todo.

ADENDO - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Eu nunca apanhei da minha e nem bati, mas se alguém levar a primeira porrada da mulher e não descontar, com certeza ela montará e nunca mais ele conseguirá dominá-la. Foi o caso do Corisco que tinha medo de Dadá, segundo dizem. 

Um amigo meu me falou em anos remotos, logo quando foi criada em todo Brasil a Delegacia da Mulher, que em uma discussão com a sua esposa, deu-lhe uma porrada meio pesada. Ela foi até à Delegacia e registrou o que sofrera dele. 

A Delegada de imediato mandou lhe chamar, pois queria que ele explicasse o motivo daquela agressão contra à sua esposa. Ele foi de imediato, achando que lá seria apenas para conversar, ou talvez receber um conselho dado pela a autoridade feminina.

- Seu Reginaldo, a sua esposa veio aqui me reclamar que o senhor andou batendo nela. O homem quando se casa é para respeitar e amar a sua esposa, não fazer o que o senhor fez, segundo ela. O senhor bateu mesmo nela? - Perguntou-lhe a Delegada com sorriso franco.

Como ele achava que iria sair bem de lá, confirmou que havia mesmo dado-lhe uma boa pancada.

- Mas por que o senhor bateu nela?

- Por que ela quis me bater, e eu não vou apanhar de mulher.

- Mas é mesmo, seu Reginaldo, o senhor não quer apanhar de mulher? - traga-me aquela máquina de escrever, continuou ela (ainda nem todos os lugares tinha computadores), que está sobre aquela mesa e ponha aqui pertinho de mim, mas não a solte...

E assim que ele foi colocar a máquina sobre o seu birol, a Delegada deu-lhe um pescoção tão grande que quase torce-lhe o pescoço. E em seguida disse-lhe:

- Você não quer apanhar da sua mulher, mas apanha de mim, seu cabra safado, cafajeste!!! 

- E aí, o que você fez contra ela? - Perguntei?

- Contra ela? O que você queria que eu tivesse feito com ela diante de 3 policiais? Só se fosse para ela me encher de porradas e me deixar preso por alguns dias!

- Você tem razão. - Eu disse.

MORAL: Tenha cuidado com a LEI MARIA DA PEIA, EM VEZ DE MARIA DA PENHA!

Fonte: facebook

Página: Adauto Silva

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O CANGACEIRO MORENO COMETEU UM CRIME BÁRBARO NAS PROXIMIDADES DA FAZENDA VARJOTA NO MUNICÍPIO DE FLORESTA.

Por Cristiano Ferraz

Floresta, 29 de maio de 2015

No mês de abril de 1938 o Cangaceiro Moreno cometeu um crime bárbaro nas proximidades da fazenda Varjota no município de Floresta. Por conhecer a região desde criança decidi após conhecer o historiador João de Sousa Lima no dia 31/03/2015, apresentado por meu amigo e colega de profissão Marcos Antônio de Sá – o Marcos de Carmelita, encontrar o local onde ocorreu o horrendo crime. É que João escrevera um livro sobre a história do cangaceiro Moreno e sua Esposa Durvalina (Moreno e Durvinha Sangue, amor e fuga no cangaço página 141). Procuramos pessoas em Floresta que conhecessem a história e o local onde as mortes aconteceram. 

No início do mês de maio descobrimos um amigo (Darci de Sá Leal, popularmente conhecido como “Facão”) que mora na fazenda Emboacica, há menos de quatro quilômetros do local onde o crime ocorreu e que se prontificou a nos levar até o local onde o fato ocorreu. O local fica em terras da fazenda Pai Mané (pertencente ao agropecuarista florestano Ancilon Gomes Filho - Cilonzinho). A fazenda fica à margem da PE 360 a dois quilômetros do povoado Varjota que na época era apenas uma fazenda e pertencia a vários proprietários entre os quais o casal Pedro e Naninha Ferraz. No dia 28/05/2015 entrevistei Maria Beatriz de Sá, (conhecida como Beata) uma senhora que ouviu a narrativa do ocorrido pois morava na região e tinha 13 anos de idade na época (nasceu no dia 17/02/1925).


A passagem de Moreno pela região é narrada por dois escritores florestanos (João de Gomes de Lira no livro Lampião memórias de um soldado de volante e Marilourdes Ferraz no seu renomado livro O canto do acauã). João de Sousa Lima toma emprestado de Marilourdes Ferraz a parte em que esta narra o crime que ora passamos a contar.

João Gomes de Lira narra que em abril de 1938, o Sargento Euclides de Souza Ferraz (Euclides Flor) estava em Espírito Santo (atual cidade de Inajá) quando recebeu a notícia que um grupo de cangaceiros chefiado por Moreno se encontrava numa farinhada na serra das Traíras (Serra Grande em Tacaratu) ou Tiririca. Euclides seguiu à procura do bando com um pequeno grupo entre os quais estava os soldado Norberto Gomes de Oliveira (trabalhou com Euclides na Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco), José Rodrigues (seu Dé), Cirilo de Souza Araújo, José Gomes de Lima (Zuza filho de Melania de Cassimiro Honório), José Laurindo Neto, Isaias Inácio dos Santos e outros.


Ao chegar à Serra das Traíras Euclides Flor pegou a pista do grupo que viajava com nove homens, cinco mulheres e dois cachorros rumando para as caatingas do Riacho do Navio, atravessando as caatingas da Baixa da Alexandra. Moreno viajava tranquilo e deixava pistas visíveis. Eram dias de lua clara e a volante aproveitou para avançar à noite sem perder a pista dos cangaceiros. 

Certa hora da noite o tempo mudou e as nuvens trouxeram escuridão e chuva torrencial forçando a volante a pernoitar nas caatingas da fazenda Beldroega. O soldado Cirilo saiu com outros companheiros para conhecer os arredores do acampamento mesmo à noite quando escutaram vozes de pessoas que falavam baixo. As vozes eram dos cangaceiros que também estavam acampados. Cirilo e os companheiros voltaram para avisar ao sargento Euclides que mandou tirar os cavalos para outro local e dividiu a força em dois grupos colocados em pontos estratégicos. No centro ficaram Seu Dé, Cirilo e Zuza com outros. O sargento e o soldado Norberto seguiram avançando pela esquerda. Os cangaceiros cortavam paus para armar barracas e estavam com fogo aceso apenas com brasas. Devido ao escuro os soldados não avistavam os inimigos e Euclides recomendou que ninguém atirasse antes dele. Quando um dos bandidos aproximou-se das brasas Euclides atirou iniciando o tiroteio. Após os primeiros disparos o Soldado Dé gritou que estava ferido. O ferimento era no antebraço esquerdo. O policial pedia para que não o deixassem sangrar. O soldado Cirilo ficou ao seu lado para defender o colega. Depois de forte resistência os cangaceiros fugiram deixando vários objetos no local entre os quais duas cabaças de água com a quais a tropa matou a sede. Foram deixados também um rifle, um bornal com muita munição, uma banda de carne de bode (comida pelos soldados), vários canivetes, quatro facões e algumas cobertas.


A força pernoitou no local do combate e na manhã seguinte transportaram o ferido numa rede carregada por dois homens. Euclides mandou Cirilo de cavalo procurar socorro indicando-lhe a direção a seguir. O soldado andou por uma ou duas horas até encontrar alguns animais (gado bovino e caprino) e mais na frente encontrou uma estrada que ia da Beldroega para Tacaratu. Seguiu na estrada no rumo de Tacaratu até encontrar uma casa num alto e próximo a esta o caminho bem trilhado por gente que passara a pé. Achando que podiam ser cangaceiros ou Força ficou indeciso sem saber que decisão tomar. Acabou aproximando-se da casa e encontrou uma mulher a quem perguntou sobre os rastros descobrindo que era de romeiros que iam ao Juazeiro do Padre Cícero. Enquanto conversavam Cirilo avistou outra casa um pouco abaixo onde estavam soldados da mesma força volante que haviam ficado em Espírito santo. Eram cinco entre os quais Horácio dos Santos e Manoel Leite de Sá. O local onde Cirilo encontrou água e os companheiros chama-se riacho do cocho. Cirilo então juntou-se aos companheiros e voltou a procura do resto da tropa que vinha conduzindo o ferido. Após se encontrarem tomaram retornaram para Espírito santo onde chegaram à noite.

De Espírito santo o soldado Dé foi enviado para Águas Belas, sede das forças volantes onde recebeu os primeiros curativos. O soldado escapou, e foi aposentado como sargento por ter ficado com defeito físico no braço.


João Gomes de Lira continua, dizendo que ao chegar ao Navio (região do riacho do Navio) soube que o Tenente Olímpio Ferraz teria espantado Moreno nas proximidades de Rochedo (Hoje Airi, distrito de Floresta). Moreno seguiu então para a zona do rio Pajeú. 

Marilourdes Ferraz relata no seu célebre livro “O Canto do Acauã” que no dia 23 de abril de 1938, no interior residência do casal Naninha e Pedro Ferraz na fazenda uma discussão entre os dois filhos do casal se iniciara. A mãe dos rapazes tentou encerrar o desentendimento usando um sugestivo argumento, mas que surtiu efeito imediato. Aparentando inquietude, disse aos moços: “Meninos, acabem com essa discussão que os cangaceiros vêm aí!”. A alteração foi encerrada e substituída pela curiosidade: Luiz Ferraz, jovem e facilmente sugestionável, acreditou que a mãe tinha realmente divisado os cangaceiros e saiu às pressas para a vizinha propriedade de Pedro Cirilo, onde contou aos amigos Américo Cirilo e Manuel Caetano o que sua mãe proferira instantes atrás. Acreditara que ela tivesse presenciado cangaceiros...


Os rapazes, também, curiosos logo tiveram a ideia de localizar o ponto em que os bandoleiros estavam escondidos. Rumaram, sem perda de tempo justamente na direção dos cangaceiros, que efetivamente estavam nos arredores. A mulher quisera apenas terminar com o desentendimento de seus filhos e não sabia da presença do grupo na área onde residia. Seu estratagema revelar-se-ia dolorosamente exato!
Moreno percebeu a furtiva aproximação dos três jovens desconhecidos e fez seus homens espreitarem-nos às margens do caminho que trilhavam, capturando os surpresos “localizadores de cangaceiros”,os quais, em segundos, viram-se cercados por um bando que apresentava os semblantes sombrios. Moreno, demonstrou, então, que compartilhava com Virgulino Ferreira da mesma crueldade, ordenando que os rapazes fossem amarrados juntos com uma só corda e se dispondo a executá-los sem outras considerações. Esperou o anoitecer e se dispondo a executá-los sem outras considerações conduziu os prisioneiros para uma colina nas terras da fazenda Morro Preto, onde preparou dois fortes cacetes, com os quais esmigalhou o crânio dos dois rapazes, degolando-os a seguir. Assim morreram Américo, filho de Pedro Cirilo e Manuel, filho de Pedro Caetano.

O aterrorizado Luis via chegar a sua vez quando os bandidos foram contidos em seus ímpetos de barbárie pela mulher de Moreno, que intercedeu vigorosamente pela vida da jovem. Seu pedido foi levado em consideração depois de acerba discussão entre os componentes do bando, em virtude da frustração de alguns que se viram impedidos de completar o sangrento ritual. Luis, que era agricultor, recebeu a incumbência de conduzir pela correia um cachorro considerado sentinela e bom caçador de bodes para a alimentação do grupo (evitando assim o gasto de preciosas balas, garantia de seus desmandos). Passaram-se três dias, enquanto o moço, profundamente traumatizado, seguia mecanicamente os seus captores sem pronunciar uma única palavra. Na travessia do Rio Pajeú, os cangaceiros assustaram-se com um tropel de cavalos, e julgando que pertenciam a uma tropa militar, debandaram pela caatinga. Luis aproveitou a confusão e teve força e coragem suficientes para escapar. Os cangaceiros ainda atacaram a fazenda Barra da Forquilha, de Cantidiano Valgueiro, mas foram repelidos à bala. Dali rumaram para a fronteira do Ceará, já com a tropa de Euclides Flor em seu encalço. Nesse estado, Moreno não suportou a perseguição da força pernambucana, agora reforçada por uma tropa cearense, e regressou às pressas à Bahia, não mais voltando a Pernambuco.


Luis Ferraz retornou a Floresta, completamente transtornado com o trauma sofrido. Passou a sofrer desmaios frequentes. Como seu estado de saúde declinasse rapidamente, todos os recursos médicos foram tentados com sacrifícios pelos pais.

Depois de um ano, mesmo tendo se submetido a tratamento em Recife, expirou. Não pôde se resistir ao vivo quadro gravado em sua sensibilidade pela horrenda morte de seus companheiros.

Novos fatos relativos aos acontecimentos narrados acima, estão sendo objeto de pesquisa e num futuro próximo, serão por nos revelados (Cristiano Luiz Feitosa Ferraz e Marcos Antônio de Sá). Em nossas pesquisas de campo, novos detalhes surgiram, revelando fatos ainda desconhecidos da maioria dos pesquisadores e escritores, no que tange não somente a esse crime, como também a todos os caminhos percorridos por Lampião e seus asseclas, na região de Floresta-PE.

FLORESTA – CARIRI CANGAÇO 2016

Fonte: facebook


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ANEXOS DA PRIMEIRA EDIÇÃO DO LIVRO "DERROCADA DO CANGAÇO NO NORDESTE", DO CORONEL FELIPE DE CASTRO

Por Rubens Antonio

Considerando a imensa dificuldade para se conseguir esta fonte, em boa parte omitida nas edições posteriores desta publicação, reproduzimo-la, aqui.









Material adquirido no blog do professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

http://cangaconabahia.blogspot.com.br/2015/06/anexos-da-primeira-edicao-do-livro.html

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UM POUCO SOBRE MIM E SOBRE WILSON RIBEIRO DE SOUZA FILHO DOS CANGACEIROS SILA E ZÉ SERENO

Por Susi Ribeiro Campos
Susi Ribeiro nora dos cangaceiros Sila e Zé Sereno

Boa Noite, amigo José Mendes:

Faço aqui um pequeno rascunho de minha vida com meu falecido esposo Wilson, e meus sogros Sila e Zé Sereno. Peço que perdoe meus erros, os corrija por favor, e possa usar o necessário para o Blog!

Muito Obrigada!
Susi Ribeiro Campos

Nasci em São Paulo no dia 30/08/1968, e comecei a me interessar pelo tema Cangaço ainda criança, após um trabalho de Geografia na escola que me levou a me inteirar do assunto. Diante de tanto interesse, meus pais tiveram que me levar a conhecer a família “Ferreira”, que em 1978, ainda não era tão conhecida. Eu vibrava de felicidade. Tinha dez anos de idade, e iria conhecer a família de Lampião. 


Ficamos hospedados na casa de Dona Expedita Ferreira Nunes e Sr. Manoel. Fomos muito bem recebidos, e fiz uma grande amizade com Vera, e principalmente sua irmã Iza, que na época era ainda solteira e brincava comigo.

Como eu era muito "perguntadora" e na época Dona Expedita (Dona Rosa) para os amigos, ainda era uma senhora traumatizada com tudo que havia passado, deu a sugestão à minha mãe, de quem ficou muito amiga, que me levasse conhecer os verdadeiros ex-cangaceiros de Lampião, que moravam em São Paulo.

Tudo começou aí. Fomos.

O cangaceiro Zé Sereno já morando em São Paulo

Seu Zé Sereno já de meia idade, identificou-se muito comigo. Ele trabalhava como vigia numa escola pública em São Paulo, e adorava crianças.

Além de me responder sobre a História, brincava muito comigo, mostrava seus pertences de cangaceiro, como o chapéu e o punhal. Fez muita amizade com meu pai, enfim, eu estava "em casa". Sila também me contava tudo que sabia, sempre muito alegre, nossas conversas eram longas.

A cangaceira Sila

Foi quando avistei Wilson (filho do casal de ex-cangaceiros), ele já tinha 31 anos de idade. No dia achei-o lindo, mas muito triste. Foi me mostrar alguns pertences do Cangaço para meu pai. Tinha bebido bastante, quase não me viu, eu era pequena..., sentou-se na escada da casa, olhou-me e disse: “- Que bonitinha”!

Wilson Ribeiro e Suzi Ribeiro Campos filho e nora dos cangaceiros Sila e Zé Sereno

Apaixonei-me por ele, com a consciência de que ainda teria muito para crescer. Ao voltar para casa, registrei no meu diário que quando eu crescesse iria me casar com ele. Passaram-se muitos anos, mas eu nunca o esqueci. Não queria namorar com ninguém. Durante esse tempo, Wilson casou-se com uma professora, mas durou pouco tempo, divorciaram-se e não tiveram filhos.

Em 1993, eu com ainda 24 anos, tive um sonho em que Sila acendia a Luz de fora de sua casa e me chamava. No dia seguinte pedi ao meu pai, pois ainda não dirigia em estrada, que me levasse visitar Sila, Seu Zé Sereno tinha falecido, foi duro saber, derrame cerebral, em 1981. Foi nessa visita, nas minhas férias de julho de 1993 que reencontrei Wilson. Ele tinha acabado de retornar da Bahia, onde com amigos, viajavam de carro, afim de participar das Festas Juninas do Nordeste.

Susi Ribeiro

Quando eu cheguei, a convite de Sila, ele ainda estava viajando, e como eu estava passando uns dias com ela, estava ocupando o quarto dele que estava vazio. Quando ele voltou, de madrugada, rindo e muito feliz, deu de cara comigo. Acendemos as luzes e ficamos conversando no quarto de Sila, até que ele se lembrou da menininha.

Meus sentimentos por ele se avivaram e eu procurei uma desculpa para voltar para Rio Claro, antes que começasse com ilusões infantis..., nem sabia que ele estava solteiro, um senhor de 45 anos de idade. Mas por surpresa, ele não deixou, e me convidou para conhecer o Instituto Oceanográfico da USP, onde trabalhava como fotógrafo. Era lindo, haviam parques, lanchonetes, e acabamos passando o dia todo juntos.

..., ... e Susi Ribeiro Campos

Foi exatamente neste dia 08 de julho de 1993, que começamos a namorar, a partir daí ele pediu a meu pai se eu poderia ir morar com ele até o casamento. Foi tudo muito rápido. Meu pai conhecendo meus sentimentos verdadeiros por ele, consentiu, e no final de 1993, quando concluí meus estudos em Rio Claro, já estava morando com ele, na casa de fundos do quintal de Sila.

Minha sogra Sila viajava muito ao Nordeste para entrevistas e lançamentos de livros, e ficávamos praticamente só nós dois! Foram anos maravilhosos, até que meu pai veio a falecer em novembro de 1995, também vítima de derrame cerebral, e minha mãe começou a apresentar sintomas de Mal de Alzheimer! Em 02 de dezembro de 1995 nos casamos no civil em São Paulo.

Suzi e Wilson no dia do casamento

Wilson então, que gostava muito de meus pais, começou a pedir sua transferência da USP de São Paulo para Piracicaba, cidade próxima de Rio Claro, pois minha mãe estava doente, e eu como filha única, não poderia abandoná-la, e ela não aceitava voltar a morar em São Paulo.

Tive que, por meses, deixar meu lar em São Paulo para cuidar de minha mãe. Foi durante essa época que Wilson teve o primeiro derrame cerebral, em 1996, e graças a Deus foi socorrido por vizinhos a tempo, e levado para o Hospital da USP, não teve sequelas. Parou com a cerveja e o cigarro imediatamente, Graças a Deus!

Susi e Wilson

Conseguiu sua transferência em setembro de 1996 para ESALQ - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba, onde passou a trabalhar como fotógrafo e cinegrafista dos eventos da Faculdade, fazia parte do Departamento de Assessoria de Comunicação. Sempre me levava junto e minha mãe quando ela aceitava ir. Todos em seu trabalho sempre admiravam o amor e abnegação do Wilson para com a saúde de minha mãezinha. Infelizmente após muito sofrimento, ela foi internada e veio a falecer.

Wilson era tudo para mim. Estávamos sempre unidos e felizes. Tentamos muitas vezes ter filhos, várias e caríssimas tentativas de Fertilização in Vitro (Bebê de Proveta), tive três abortos espontâneos e uma Gravidez que seguiu seu curso normal até o parto. Nosso único filho nasceu e morreu em segundos, está enterrado no Jazigo da minha Família.

Casamento da Susi e Wilson

Esquecemos o assunto, nos afastamos de Gilaene pois ela insistia em me culpar por Wilson não ter tido filhos. Nesse caso, o médico havia constatado problemas em nós dois, mas como Gilaene preferia não entender, preferimos nos afastar.

Após o falecimento de nosso único filho, seis meses após em, 12/02/2003 quando estávamos cheios de planos de uma vida nova, incluindo a adoção de uma menina, Wilson faleceu.

Wilson Ribeiro de Souza nasceu no Bairro Penha de França em São Paulo no dia 04 de junho de 1947 e faleceu aos 55 anos de idade. Neste dia trabalhou normalmente, estava bem, me lembro que até saímos à noite, mas na volta, caiu em cima de mim, em nossa casa (que foi de meus pais) e não teve tempo de falar nada!

Casamento da Susi e Wilson

Estávamos eu e ele somente na casa, além de nossos muitos cachorros e gatos. Senti que lutei com a morte, pedi para que ele respirasse, mas seus olhos sem vida me fixaram e ele caiu sobre mim!

Não sei como, juntei forças, em pânico, joguei o corpo que pesava sobre mim para o outro lado da cama e me vestindo saí correndo, desci as escadas e comecei a telefonar para bombeiro, ambulância, polícia não queria acreditar que Wilson tinha morrido.

Susi, Wilson e...

Liguei para um número de um professor de academia amigo nosso, quase vizinho, ele veio, trouxe a família inteira! Fui levada ao pronto socorro também, estava em estado de choque! Família? Eu não tinha mais parentes, apenas muito distantes e idosos! Levaram-me para o velório, eu não via, não ouvia, não falava, não comia, nem bebia nada.

A família do Professor de Academia que eu não conhecia chamou os parentes do Wilson, a Gila veio, ficou até o enterro acabar e levou tudo que era do Wilson, objetos e livros do Cangaço.

... e Wilson

Sila já estava em cadeira de rodas e logo a internaram numa casa de repouso.

Eu tive que ser internada ou iria morrer de inanição, enquanto isso amigo, a família Evangélica "limpou a minha casa inteira" roubaram tudo que puderam, fiquei sem nada.
Susi e Wilson

Quando saí do Hospital não acreditei, tinha que recomeçar, fui à polícia, mas o delegado exigia nota fiscal dos móveis... de família? Antigos, dos meus avós! Então que eu apresentasse uma testemunha... Quem???

Eu não tinha mais ninguém, mas Deus viu o que aconteceu, invadiram minha casa, morei por um ano no meio do mato, numa chácara que Wilson tinha comprado, e íamos reformar, não tinha nem porta.

Susi e Wilson

Olha amigo, desculpe pela extensão do relato, acredito ser mais um desabafo mesmo. Se quiser saber alguma coisa específica por favor me pergunte. Se eu souber, responderei.

Wilson foi minha vida.

Após cinco anos sozinha tornei a me casar, com Ivan, um policial aposentado e que considero como um grande companheiro/amigo/pai? Tutor, sei lá... Deus sabe todas as coisas.

Agradeço pela oportunidade e peço desculpas por ter escrito tanta coisa.

Se quiser enviar alguma pergunta específica sobre Sila, Wilson ou Zé Sereno, (conheci por pouco tempo) por favor pergunte.

Muito obrigada pela oportunidade!
No e-mail seguinte enviarei algumas fotos
Deus abençoe muito!

Abraços!
Susi Ribeiro Campos

Enviado por Susi Ribeiro Campos nora dos cangaceiros Zé Sereno e Sila

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A MARCHA DE LAMPIÃO ASSALTO À MOSSORÓ


Você sabe se ainda existe este livro para vender? 
Será que a livraria do professor Pereira, lá na cidade de Cajazeiras, no Estado da Paraíba tem ele para vender?

Se você tem interesse de adquiri-lo tente falar com o professor Pereira através do seu e-mail:

franpelima@bol.com.br

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SOBREVIVENTE DE EMBOSCADA QUE MATOU LAMPIÃO CONTA SUA HISTÓRIA


Dona Dulce, hoje com 92 anos, lembra dos momentos ao lado do bando de Lampião, quando tinha apenas 14 anos, e fala sobre a emboscada que marcou o fim daquele grupo. Veja!

Clique no link para acompanhar a entrevista de Dulce ao jornal da RECORD

http://noticias.r7.com/jornal-da-record/videos/sobrevivente-de-emboscada-que-matou-lampiao-conta-sua-historia-02052015

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REVISTA COM MATÉRIA DO CANGAÇO !

Material do acervo do pesquisador  Adalto Silva

Em entrevista, o cabo Panta de Godoy e o cangaceiro Candeeiro, suas versões sobre o cangaço e o trabalho das volantes. Aposentados e vivendo uma vida simples, os dois contam como passaram por aquela época e entraram para a História do Brasil.





Fonte: facebook

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