Seguidores

quinta-feira, 23 de abril de 2015

NAS TRILHAS DO CANGAÇO: CADINHO MACHADO: BALEADO POR PASSARINHO E SOCORRIDO POR MARIA BONITA.

Por João de Sousa Lima
João de Sousa Lima, Cadinho e Josué Santana

Tantas histórias e personagens encontramos todos os dias em nossas pesquisas sobre o cangaço...

Há ainda tantas figuras e fatos que tiveram ligações diretas com a vida conturbada dos cangaceiros.

Em recente visita com o amigo  Josué Santana ao senhor Cláudio Alves Fontes, conhecido por Cadinho Machado, podemos ouvir e registrar suas histórias.

João de Sousa Lima e Cadinho

Ainda garoto, com a idade de oito anos, Cadinho conheceu alguns cangaceiros. (Cadinho nasceu no dia 07 de setembro de 1920). Depois desse encontro, durante muitos anos, foi encarregado de levar algumas coisas para os cangaceiros.

José Alves Fontes e Maria Alves Fontes, pais de Cadinho, residiam na fazenda Beleza em Pão de Açúcar, Alagoas.

Cadinho ficou muito tempo levando leite para Corisco e Dadá alimentarem sua filha no coito Poço Salgado (Esse coito depois ficou conhecido como a Pia de Corisco). Essa fazenda hoje pertence a Mané Cajé e na época do cangaço pertencia a Neco Brito.

João de Sousa Lima, Cadinho e Josué Santana

Cadinho também ficou abastecendo o grupo de Lampião com leite e água e sempre tinha seus serviços pagos pelos cangaceiros, dinheiro esse que juntava e sempre andava nos bolsos de suas calças.

Em uma dessas idas ao coito “Pocinhos” (também de Neco Brito), presentes nesse dia os grupos de Lampião e Corisco,  Cadinho sentou-se na beira de um riacho e ficou conversando com o cangaceiro Cacheado que o escutava encostado no mosquetão. Em frente a Cadinho, o cangaceiro Passarinho limpava sua arma; De repente ouviu-se um disparo, os cangaceiros procuraram abrigo e se prepararam para lutar; Cadinho correu achando que era a polícia e quando chegou ao barranco do riacho  e se escorou, sentiu o sangue jorrando de suas nádegas e banhando as pernas. O meninote se assustou com a quantidade de sangue. Os cangaceiros se recompuseram do susto.

Cadinho e João de Sousa Lima

Maria Bonita, Dadá e Maria de Pancada viram Cadinho molhado de sangue,  pegaram o menino e Maria Bonita avisou Lampião:

- Oh Lampião, o carregador de água tá baleado!

As mulheres baixaram a calça de Cadinho e ele disse que estava com vergonha. Maria Bonita mandou ele se calar e depois observou:

- Ah, ele já tá criando Penugem!

Lampião perguntou de onde tinha partido o tiro. O cangaceiro Cacheado entregou:

- Foi Passarinho! Olha ele lá embaixo da quixabeira!

No bolso da calça do garoto tinha um dinheiro todo ensopado de sangue e Lampião pegou o dinheiro e colocou farinha em cima pra secar o líquido. Lampião pediu o dinheiro emprestado (era 220 mil réis); Cadinho emprestou.

Do coito Lampião veio pro Caboclo (local onde reside hoje o senhor Cadinho). O cangaceiro veio pra matar Neco Cavalcante, inimigo ainda da época de Pernambuco.

Cadinho ficou sendo cuidado por Juriti. Uma semana depois Lampião retornou e pagou o dinheiro do jovem.

Depois Lampião prometeu duas novilhas de presente para Cadinho e foi quando aconteceu a morte do cangaceiro, no dia 28 de julho de 1938. Cadinho até hoje lamenta ter perdido o prêmio.

Aos 95 anos de idade, Cadinho é ainda homem lúcido, bom de prosa, sorridente, alegre... Ri sempre que lembra de um tiro que varou suas nádegas e da vergonha que teve em ter suas vestes arrancadas deixando suas “VERGONHAS” à mostra de mulheres encaliçadas na lida diária com a presença do sangue que banhou tantas vezes as áridas veredas das Caatingas nordestinas.

JOÃO DE SOUSA LIMA
Historiador e escritor
Membro da ALPA – Academia de Letras de Paulo Afonso
Membro da SBEC – Sociedade Brasileiro de Estudos do Cangaço


Paulo Afonso, 22 de abril de 2015

http://www.joaodesousalima.com/2015/04/nas-trilhas-do-cangaco-cadinho-machado.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

INÁCIO LOIOLA, PESQUISADOR DE PRIMEIRA GRANDEZA


INÁCIO LOIOLA, pesquisador de primeira grandeza, um dos maiores conhecedores da história de Alagoas, é a nossa mais nova CONFIRMAÇÃO em nosso grande Cariri Cangaço Piranhas 2015. Noite de Abertura com Inácio Loiola e "Piranhas e sua História " Imperdível.

Dr. Archimedes Marques disse:


Meu grande amigo de infância dos velhos tempos. Saudades do nosso campinho GORÉ que nós mesmos construímos numa velha salina desativada rodeada por manguezal na nossa tão querida praia 13 de Julho. Tempos bons que não voltam jamais...

Hoje no local do nosso amado campinho "ESTÁDIO DO GORÉ", de tantas peladas, e de tantas brigas também, está instalado uma verdadeira SELVA DE PEDRA com inúmeros prédios. A década era 70 e tanto eu quanto o Inácio de Loiola tínhamos 13 anos, Washington Luiz, hoje Desembargador Presidente do TJ-AL era um ano mais novo do que a gente. 

Teve uma vez que eu e o amigo Inácio de Loiola fomos presos pela polícia ao pularmos o muro do Batistão para assistirmos um jogo SERGIPE X CONFIANÇA... Pense numa PRESEPADA!... 

Obrigado caro amigo Manoel Severo Barbosa, por me fazer relembrar os velhos tempos, pois amizade sincera é para todo o nosso viver...

Fonte: facebook

Aguardem Programação Completa nesta sexta-feira!
Manoel Severo Barbosa


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Maria Gorete Tavares Barbosa é filha do ex-cangaceiro Asa Branca


Caro Antonio de Oliveira e amigos leitores do cangaço:

Acredito que os senhores já conhecem Maria Gorete, filha do ex-cangaceiro Asa Branca, que pertenceu ao bando de Lampião, e esteve em Mossoró na visita que fez o rei do cangaço no dia 13 de Junho de 1927. Maria Gorete nasceu no dia 1º. de Junho de 1960, em Caridade, no Estado do Ceará. Ela exerce a profissão de artesã de Biscuit. Ela reside em Mossoró, no bairro Bom Jardim, Rua Epitácio Pessoa.

Mas depois da frustrada tentativa de assalto à Mossoró, sabemos que muitos do bando de cangaceiros não mais acompanharam o rei.

O ex-cangaceiro Asa Branca

Após isto, o Asa Branca foi preso e julgado, e segundo o historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros, comprova com documentos (inclusive, certa noite, no Hotel Thermas em Mossoró, ele me cedeu uma cópia adquirido no jornal A República), que o Asa Branca iniciou o seu castigo em Natal, e posteriormente foi transferido aqui para Mossoró.

Dona Francisca da Silva Tavares - viúva do cangaceiro Asa Branca

Eu sempre visito a viúva e os filhos do cangaceiro Asa Branca. Ela sempre me recebeu muito bem, inclusive o filho Clide, que reside com dona Francisca. 

Segundo ela, Asa Branca era Paraibano, e foi casado duas vezes. Ainda quando estava preso na cadeia de Mossoró, casou-se com uma mossoroense. Teve três filhos com a primeira esposa, e somente um está vivo. Posteriormente, separou-se da primeira e casou-se com dona Francisca da Silva Tavares, lá da cidade do Brejo do Cruz, no Estado da Paraíba. 

Com ela ele teve 9 filhos, sendo que 4 faleceram ainda criança. Dos cinco da segunda esposa, eu conheço 3, porque um deles reside em São Paulo, e outro foi assassinado ainda jovem, e o assassino era seu primo.

O cineasta Aderbal Nogueira (Cearense) já fez uma gravação da viúva do cangaceiro em sua residência, em companhia do poeta, escritor e pesquisador do cangaço Kydelmir Dantas, e a minha pessoa.

 O cineasta Aderbal Nogueira, dona Francisca da Silva Tavares e o poeta Kydelmir Dantas

Dona Francisca é uma excelente pessoa. Sorridente, agradável e gosta de receber quem a procura. Ela não sabe muito sobre "Cangaço", porque nunca foi cangaceira, mas repassa o que o Asa Branca havia repassado para ela, isto é, o que acontecia dentro do cangaço. Asa Branca entrou para o cangaço ainda menino. Nos anos 70 eu fui um dos seus vizinhos no Bom Jardim, mas nunca falei com ele sobre cangaço. Naquela década todos temiam assassinos.

Asa Branca faleceu na década de 80 de morte natural, e está sepultado por trás da cova do cangaceiro Jararaca, quase colado os seus túmulos. 

Túmulo do Jararaca. Observe que por trás do túmulo do Jararaca tem um outro. É o do Asa Branca

Aqui em Mossoró foram sepultados dois cangaceiros, o Jararaca e o Colchete, além do Asa Branca que morreu naturalmente. A cova do Colchete, o tempo fez desaparecer, ninguém sabe o local certo.

José Mendes Pereira
Mossoró - terra de Santa Luzia
Rio Grande do Norte. 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com

Quadro Histórias do Cangaço - Lampião "O Mito" Partes 1, 2, 3, 4 e 5

 Quadro Histórias do Cangaço - Lampião "O Mito" (Parte 1)
https://www.youtube.com/watch?v=CEfHIFyj6GM

Quadro Histórias do Cangaço - Lampião "O Mito" (Parte 2)
https://www.youtube.com/watch?v=GK8s28p10kQ

Quadro Histórias do Cangaço - Lampião "O Mito" (Parte 3)
https://www.youtube.com/watch?v=K68vCfdZPow

Quadro Histórias do Cangaço - Lampião "O Mito" (Parte 4)
https://www.youtube.com/watch?v=Ps5NyTK3r2Q

Quadro Histórias do Cangaço - Lampião "O Mito" - Parte 5
https://www.youtube.com/watch?v=IqYBE3aU8SU

Fonte dos Vídeos: Youtube

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com

QUADRANTE 45 VIAGEM NO TEMPO (FICÇÃO) - PARTE III

Autor Raul Meneleu Mascarenhas






CONTINUA...
http://meneleu.blogspot.com.br/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O que vem por aí... Sérgio Dantas lança em breve “Corisco – A sombra de Lampião”

Por Rostand Medeiros

No final do próximo mês de maio estará disponível o mais novo livro do pesquisador Sérgio Dantas, um dos mais renomados estudiosos do tema cangaço na atualidade.

Estamos falando da obra “Corisco – A sombra de Lampião”, um trabalho que trás o resultado de onze anos de pesquisa pelos sertões da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba.

A ideia deste livro, segundo o autor, surgiu quando ele realizava entrevistas sobre as ações de Lampião e seu bando junto a antigos cangaceiros, policiais, ex-coiteiros e vítimas. Sérgio percebeu que a figura de Cristino Gomes da Silva Cleto, o verdadeiro nome de Corisco, era recorrente e muito presente. Logo veio a ideia de escrever sobre a vida do cangaceiro que, na opinião do autor, foi o mais destacado cangaceiro que andou com Lampião. Corisco também era conhecido como “Diabo Louro” e desde 1930 comandava um dos subgrupos de cangaceiros que atuavam junto ao “Rei do Cangaço”.

Para a conclusão de “Corisco – A sombra de Lampião”, Sérgio Dantas realizou cerca de 120 entrevistas, onde figuram oito ex-cangaceiros e cangaceiras. Mas igualmente o autor pesquisou em jornais antigos existentes em vários arquivos nordestinos, além de utilizar muito material proveniente de boletins e relatórios policiais. Em relação a estes últimos, o autor destaca o relatório do capitão Felipe de Castro, que organizou em maio de 1940 a perseguição que culminou na morte de Corisco.

Ainda sobre a morte deste famoso cangaceiro, Sérgio Dantas comenta que, entre vários relatos, o livro trás interessantes depoimentos de membros da família Pacheco, onde em sua propriedade ocorreu o combate final entre Corisco e a volante comandada pelo tenente Zé Rufino.

Não falta em “Corisco – A sombra de Lampião” o rigor de uma pesquisa histórica realizada com esmero e qualidade, onde os leitores vão desfrutar de muitas informações interessantes, em meio a uma narrativa dinâmica nas suas quase 350 páginas e uma iconografia composta por cerca de 70 fotografias.

A venda será realizada com exclusividade pelo amigo Francisco Pereira, da cidade paraibana de Cajazeiras, pelo valor de R$ 50,00 (com frete incluso). Os pedidos poderão ser feitos através do email franpelima@bol.com.br, ou o telefone (83) 9911 8286.

Vale a pena conferir!


Sobre o autor – Sérgio Augusto Dantas nasceu em Natal, é bacharel em Direito pela UFRN, magistrado desde 1993 e autor dos livros “Lampião e o Rio Grande do Norte  – A História da Grande Jornada” (2005),“Antônio Silvino: O Cangaceiro, O Homem, O Mito” (2006) e “Lampião, entre a Espada e a Lei” (2008).

Publicado originalmente no essencial Tok de História

http://lampiaoaceso,blogspot.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

JOANA SIQUEIRA A VIÚVA DO BARÃO DE ÁGUA BRANCA - AL


A Baronesa Dona Joana Bezerra teve sua residência saqueada no dia 26 de Junho de 1922, por Lampião e seu bando, sendo este um dos mais famosos assaltos do currículo do cangaceiro.


Alguns historiadores afirmam que Lampião ainda teria andado de braços dados com a baronesa pelas ruas da cidade, como forma de humilhar mais ainda a viúva e sua família.

O pesquisador Breno Dos Santos disse o seguinte:

Na Edição Especial do Diário de Pernambuco (11/2006), confirma essa versão de Lampião desfilar com a baronesa pelas ruas da cidade. E ela era corajosa Geraldo Júnior

Quando recebeu o "bilhete" de Lampião, solicitando certo valor para evitar o saque, ela mandou resposta dizendo que se ele fosse valente que viesse buscar pessoalmente"! (Somente de joias de ouro, ela tinha fortunas).

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

A CRIANÇA " João Lucas Ferraz Nogueira " de Nazaré do Pico-PE


A CRIANÇA "João Lucas Ferraz Nogueira" de Nazaré do Pico-PE, garoto símbolo da valentia dos nazarenos, fez a festa em seu torrão com a chegada da caravana do Cariri-cangaço. Seus pais, Hildebrando Ferraz Nogueira e Nancy Ferraz foram uns dos anfitriões... 

Confira, na foto acima, a bela imagem desse volante-mirim, com um fuzil que foi dos seus antepassados, e, que foi usado na perseguição a Virgulino Ferreira da Silva, o famoso Lampião.


Voltaseca Volta - Abaixo, mais um close do pequeno João Lucas  Ferraz Nogueira recebendo uma homenagem da caravana CARIRI-CANGAÇO, através de uma comenda.


Este é o valente, o mais novo do nosso bando. Sulamita De Souza Buriti! - Foto do Adalto Silva no facebook.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com