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sábado, 18 de abril de 2015

Scans: Revista Veja, 19 de Novembro de 1975.

Por: Ivanildo Alves da Silveira
Ivanildo Silveira e João de Sousa Lima

Encontraram o ex cangaceiro "Curió"




Pedimos ao leitor desconsiderar o trecho: "Preso, CURIÓ foi obrigado pelas volantes a cortar as cabeças de seu chefe, de Maria Bonita, Ângelo Roque e Vila Nova..." pois, não corresponde a VERDADE HISTÓRICA DOS FATOS.

Um abraço a todos
IVANILDO ALVES SILVEIRA
Colecionador do cangaço
Membro da SBEC
Natal/RN.

Para saber o destino do 
"velho pássaro" não deixe
de ler este adendo de
Messier Rostand.

Procurei mais detalhes e descobri no "Diário de Pernambuco,, edição de domingo, 19 de Agosto de 1990, um dia antes, as 7:40, havia falecido no Hospital da Restauração, de embolia pulmonar, Marcos Alexandre da Costa. Ele tinha 88 anos, havia sido atropelado por um ônibus no Complexo de Salgadinho, no dia 16 de agosto de 1990.
             
Depois que foi solto em 1975, o então governador de Pernambuco, Moura Cavalcante lhe arranjou um emprego de marceneiro no Juizado de menores.

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Margarida Krause e José Francisco de Moura Cavalcanti.
Ex-governador de Pernambuco
      
Morava na chamada Vila Popular, no bairro de Peixinhos, em Olinda. Havia residido anteriormente na Estrada da Caixa D'Água.
             
Do seu casamento, depois que foi solto, cuidou de três enteados, que lhe deram 26 netos e 22 bisnetos. 
             
Segundo a reportagem, Curió havia nascido no dia 7 de maio de 1907, na cidade de Bom Conselho, Pernambuco.
            
Primeiramente, entre 2006 e 2007, eu estava trabalhando em Caicó-RN, onde conheci uma senhora que nasceu em Olinda e vivia (acho que vive ainda) na cidade potiguar e me falou que quando morava em Olinda conheceu "Seu Marcos". Passou-me algumas informações que foram corroboradas, em parte, pela reportagem. Ela comentou que sobre sua vida cangaceira, ele era extremamente reticente em comentar este assunto. Mas na região onde eles viviam todos sabiam quem foi Curió.

Rostand, João de Sousa Lima e Juliana Ischiara

Em 2007 postei sobre este encontro com esta senhora na comunidade do Orkut "Lampião, Grande rei do cangaço". Mas devido ao silêncio gélido "dos gênios" que aqui comentavam sobre cangaço, achei melhor me resguardar para depois não levar o nome de mentiroso.      
           
A única pessoa que se interessou e tentou encontrar alguma coisa sobre este cangaceiro em Recife foi nosso amigo Jal Gomes. Mesmo infrutífera na sua busca, valeu pela iniciativa maravilhosa.
             
Depois achei este artigo no "Diário de Pernambuco", mas aí assunto já tinha morrido. E agora vejo, de forma muito positiva, o amigo Ivanildo trazer este artigo da Veja.
             
Lembrei-me de outros detalhes: Se não me engano, na época em que Curió foi atropelado, a senhora me comentou que a empresa proprietária do ónibus se chamava “Vera cruz”, mas não tenho certeza. Que a família do ex-cangaceiro ficou revoltada, cogitando até entrar na justiça.
             
Outra coisa que ela me falou foi que em Peixinhos ele igualmente havia morado próximo a um antigo local que foi um “matadouro”. Pessoalmente não conheço estes locais. Seria legal nossos amigos de Pernambuco comentarem se estas informações poderiam, ou não, terem sentido. È só o que recordo.
             
Analisando esta questão do ex-cangaceiro Curió, percebemos que num primeiro momento ele teve até sorte e sua saída chamou atenção da sociedade local. O próprio governador pernambucano da época mandou buscá-lo em “carro oficial”, lhe recebeu como “herói” no palácio, lhe deu emprego e o utilizou (mesmo sendo ele analfabeto) como “garoto-propaganda” em uma feira regional de municípios.
             
Interessante como estes acontecimentos apontam a mudança de percepção da sociedade pernambucana, e por tabela a brasileira em geral, em relação ao cangaço.
             
Se em 1975, a saída de um ex-cangaceiro da prisão gerava toda esta notoriedade, se ele tivesse sido solto no final da década de 1950, certamente Curió buscaria inicialmente o anonimato, pois seria muito mais fácil ele ser execrado pela população como “marginal”, “bandido”, ou levar uma bala de algum desafeto.
              
Aparentemente, apesar da sorte inicial, sua vida posterior deve ter sido de muitos apertos. 
Comento isso analisando as várias fontes apresentadas neste tópico, pois mesmo com o seu emprego de marceneiro no Juizado de Menores, ele deve ter ralado muito o ex-cangaceiro. Vemos que primeiramente passou a residir na “Favela do Córrego do Euclides”, em Casa Amarela, depois aparentemente na “Estrada da Caixa D'Água”, seguindo para a “Comunidade de Peixinhos”, onde viveu próximo ao antigo “Matadouro”, ou na “Vila Popular”. Além disso, teve de cuidar da mulher, três enteados, vários netos e bisnetos.
            
Detalhe; Não sei se procede (os colegas de Recife podem me corrigir), mas pelo que sei, estes locais que Curió morou na Região Metropolitana de Recife, são (ou eram) locais de alta periculosidade, de ocorrência de tráfico de drogas, etc. Mas, pelo menos até onde se sabe o ex-cangaceiro não se envolveu com nenhum tipo de problema envolvendo a marginalidade.
             
Não sei, mas creio que Curió foi o último cangaceiro a deixar vivo (e na época totalmente lúcido) um ambiente prisional no Brasil. Será?
             
Perda de oportunidade
            
Fosse por que Curió não gostava de falar, ou talvez por que em 1975 os estudiosos do assunto “cangaço” tinham “material de sobra” para pesquisar (ainda haviam muitos dos velhos coronéis, ex-perseguidores, ex-coiteiros, etc). Fosse por que estes estudiosos entendiam que naquela época não valia à pena perder tempo com um cangaceiro que, talvez, não fosse considerado “importante”, ou no bando era apenas um "lavador de cavalos”.
             
Fossem por estas ou outras razões, sei de uma coisa, para aqueles que gostam do assunto, faltou naquela época alguém ir até este Senhor e “furar” a sua barreira de prevenção em relação a falar sobre o seu passado.

Pesquisador e escritor João de Sousa Lima
 
Faltou alguém ter tido a oportunidade de ao menos tentar conseguir dele a sua memória sobre este período. Faltou naquele tempo um “batalhador da história”, como um João de Sousa Lima, que trouxe a bela a rica saga de Moreno e Durvinha.


              
Vemos que este ex-presidiário só ganhou notoriedade pelas suas andanças no cangaço. Provavelmente a reportagem da Veja, edição de Novembro de 1975, gentilmente postada por Ivanildo, foi publicada a partir de algum “furo” conseguido por algum correspondente da revista lotado em Recife, ou através de notícias publicadas nos jornais recifenses.         
            
Se ele não tivesse sido o cangaceiro "Curió", a morte do aposentado Marcos Alexandre da Costa seria uma simples notinha de rodapé da cronica policial recifense.
           
Um abraço.

Ivanildo Alves Silveira

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FRASE DE VIRGOLINO FERREIRA DA SILVA O LAMPIÃO


"Matar polícia é igual a limpar roça com uma colher, num acaba nunca, agente mata um policial e o governo contrata três e coloca no lugar"

Ezequiel Ferreira da Silva irmão de Lampião

Virgolino Ferreira da Silva, o rei Lampião, disse isso no dia 24 de Abril de 1932, quando a polícia matou o  seu irmão Ezequiel Ferreira da Silva. 

Virgínio Fortunato da Silva ao centro

Na ocasião da morte do seu irmão, seu cunhado Virgínio Fortunato da Silva, o Moderno, pediu para que ele permitisse que eles fossem matar toda polícia que estava na cidade de Santo Antônio da Gloria, no Estado da Bahia, atualmente Gloria.

Fonte: facebook

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CORISCO A SOMBRA DE LAMPIÃO

Por Angélica Bulhões

É com grata felicidade que recebi, em primeira mão e com exclusividade, do amigo Dr. Sérgio Dantas, sua mais nova obra sobre Cristino Gomes da Silva, o Corisco, meu bisavô. Certamente, que desta vez, teremos outros olhares sobre sua saga cangaceirista, que transcende a tudo que já foi dito e escrito sobre o Diabo louro. Ele informou, ainda, que a partir de meados de maio a obra ficará disponível, por intermédio do Prof. Pereira e por ele mesmo eventualmente. Para quem aprecia o rigor metodológico da pesquisa, é uma boa pedida.

Fonte: facebook
Página: Angélica Bulhões

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REVENDO ALCINO ALVES COSTA

Por Antonio José de Oliveira

Caro companheiro Mendes: 

Revendo as minhas encadernações sobre o cangaço, deparei-me com esta mensagem, transmitida por e-mail pelo saudoso escritor Alcino Alves Costa para você em julho de 2011, que nos dá a indicação das nossas fragilidades aqui no Planeta Terra.

Alcino Alves Costa

Escreveu Alcino Alves Costa para você:

"Prezado José Mendes:

Já fui operado. Já extraí o rim direito. Já saí da UTI. Já deixei o hospital e estou em casa. Espero em Deus me recuperar o mais rapidamente possível. Nossa Mãe Santíssima e Nosso Amado Mestre e Senhor Jesus Cristo não irão permitir que eu tenha alguma doença maligna.

Abraços, meu querido amigo,
Alcino Alves Costa".

Nobre pesquisador José Mendes: 

É por isso que estou sempre revisando as centenas de textos que você (e outros companheiros), postam e, aqui no meu recinto de leitura vou salvando e mandando encadernar para reler sempre que necessário. Desta feita, a mensagem supracitada, emocionou-me. Quando o nobre companheiro ALCINO ALVES COSTA, pensava estar de volta para seu lar por muito tempo, a morte o levou para uma outra Esfera de vida. Note que ele procurou alegremente lhe comunicar a sua chegada em casa. Quando leio os escritos do saudoso Alcino, não tem como não me emocionar. MAS AS COISAS DESTA VIDA SÃO ASSIM MESMO. 

E aí meu caro amigo Mendes, o nosso escritor das Terras de Poço Redondo no ano seguinte ao e-mail passado para você, foi viver em outra Esfera de vida. Deixou imensa falta o Caipira de Poço Redondo, mas não viemos aqui para morar, e sim passar os dias que o Eterno permitir. 

Grato, Antonio Oliveira - Serrinha em:


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LAMPIÃO O CANGAÇO E SEUS SEGREDOS


"Bom dia Severo:

Meu novo livro já está na editora. Eles prometeram entregar ainda no mês de abril. Ficando pronto, o primeiro exemplar a voar vai ser o seu. Abraço forte do seu amigo, Sabino"!!!

É isso aí amigo Sabino, já estamos na grande expectativa com o LANÇAMENTO em nosso Cariri Cangaço em Juazeiro do Norte em Setembro!!! Vale.



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15 DE JUNHO DE 1927: PASSAGEM DE LAMPIÃO EM LIMOEIRO DO NORTE (ENTREVISTA)


Fonte principal: Youtube
Fonte: facebook
Página: Adnildo Carvalho

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