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sábado, 7 de março de 2015

"ESTIVE COM A NAVALHA NO PESCOÇO DE LAMPIÃO"


Isso sim é uma matéria sensacionalista!!!!

Fonte: facebook
Página: Robério Santos

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“O GLOBO” – 01/06/1975 PADRE AFIRMA EM LIVRO QUE LAMPIÃO MORREU ENVENENADO

Material do acervo do pesquisador Antonio Corrêa Sobrinho

RECIFE (O GLOBO) – O padre pernambucano Frederico Bezerra Maciel, depois de 30 anos de pesquisa no sertão, afirma no seu livro “Lampião, seu tempo e seu reinado” que o capitão Virgulino Ferreira morreu envenenado. Ao contrário de historiadores que afirmam que o cangaceiro foi assassinado a tiros de fuzil, o padre Maciel acha que está em condições de apoiar a tese do envenenamento, anteriormente levantada por outros estudiosos.

- Foi o veneno que o coiteiro Pedro de Cândido colocou no café e provavelmente na comida – escreve o padre Maciel – que matou Lampião, e quando a volante do tenente João Bezerra entrou em ação o cangaceiro já estava morto. Para o tenente Bezerra seria importante encontrar o líder dos cangaceiros vivo, pois exterminá-lo lhe daria fama. Mas ele só conseguiu eliminar os companheiros de Lampião.

O livro, dividido em duas partes e cinco volumes, aborda o lado menos divulgado do cangaço e os aspectos positivos da vida de Lampião, visto como “um guerrilheiro místico, justiceiro, romântico, carismático e político”. Na primeira parte, em quatro volumes, o autor faz uma análise histórica do aparecimento do cangaço, “mas sem se limitar ao alinhamento dos fatos cronológicos, procurando dar uma visão histórica ligada à sociologia, antropologia e ecologia”.

MOTIVAÇÕES

O primeiro volume da primeira parte conta porque Virgulino Ferreira se tornou Lampião, sua vida em família, a ligação afetiva com os pais e a perseguição que a família Ferreira sofreu até perder seus bens. Explica o padre Maciel que, com a morte do pai, Virgulino, até então um homem pacífico, “partiu para o cangaço como forma de luta contra os seus perseguidores, mas sem ser um simples salteador sanguinário, como muitos acreditaram”.

Os dois volumes seguintes, rotulados de “A Guerra de Guerrilhas de Lampião”, descrevem as táticas de luta do cangaceiro, mencionando mais de 200 batalhas. Segundo o padre Maciel, as guerrilhas armadas pelo cangaceiro eram formas de defesa contra os ataques da polícia e dos inimigos.
- Lampião era um gênio nas táticas de guerrilha – escreve o padre Maciel -, usava métodos muito inteligentes, mas só atacava para se defender dos primeiros ataques e quando, penetrava em cidades e fazendas, só tirava dinheiro e alimentos à força quando seus pedidos não eram atendidos.

ROMANTISMO

O quinto e último volume da obra analisa a personalidade de Lampião e mostra a imagem de um homem que, embora muitas vezes violento, “sempre por necessidade”, não deixou de ser um poeta, um romântico e “um grande compositor e repentista que conseguia conversar durante horas com seu interlocutor em verso”.

O autor cita uma memória de João Ferreira, o irmão do cangaceiro, que denuncia as perseguições movidas pelos inimigos e pela polícia contra a família de Lampião e destaca a sensibilidade de Virgulino interessado em fazer justiça e dividir o dinheiro que arrecadava entre o povo.

- Lampião tirava dos fazendeiros, dinheiro e gêneros alimentícios por dois motivos: primeiro, para sobreviver e depois para dividir com o povo pobre. Por isso, ele não era temido por essa gente que, ao contrário, gostava e respeitava Lampião. Entre o povo, ele era um líder, e entre seus companheiros, exercia uma influência carismática.

Para o padre Maciel, a morte de Lampião acelerou o desaparecimento do cangaço: “Ele institucionalizou o cangaço e nenhum outro cangaceiro conseguiu superar suas técnicas, suas formas de preparar os companheiros e nem o sentido social que ele dava a essa forma de vida”.

Segundo o autor do livro, no sertão atual é impossível o reaparecimento do cangaço, porque os meios de comunicação e as mudanças geográficas impedem o fenômeno. Para o padre Maciel, a figura do cangaceiro é típica de uma estrutura geográfica histórica, social e cultural de uma época, mas nenhum outro teve “a visão e a inteligência de Virgulino Ferreira”.

Fonte: facebook


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A CANGACEIRA ADÍLIA - VÍDEO DO ACERVO DO ADERBAL NOGUEIRA


Clique no link abaixo para você ver os cangaceiros do capitão Lampião ANTES E DEPOIS:

http://cangaceirosdepauloafonso.blogspot.com.br/2011/01/o-antes-e-o-depois-dos-cangaceiros.html

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TEM XANDU DE SOBRA

Por José Tavares de Araújo Neto

Coronel Zé Pereira e Xandu, Major Floro Diniz e Dona Dulce, Xandu e Coronel Marcolino Diniz (foto do arquivo de Stella Veras). 

Tinha três Xandu e elas eram primas. Antonio Pereira, filho do Major Floro e Dona Xandu, irmão de Marcolino e sobrinho e cunhado do Coronel Zé Pereira, também era casado com uma senhora de nome Xandu, que também era sua prima.  Ou seja, os irmãos Antonio Pereira e Marcolino Diniz tinham uma irmã chamada Xandu e as esposas de ambos também chamavam-se Xandu.  

Então, vejamos: Marcolino Diniz era sobrinho do Major Floro Diniz, pai de sua esposa Xandu. Portanto, Marcolino era casado com sua prima. 

Marçal Diniz, pai de Marcolino, era casado com uma irmã do Coronel Zé Pereira, que este último era casado com uma filha de Marçal Diniz, irmã de Marcolino, ou seja, sua sobrinha, que também se chamava Xandu. 

Para complicar, Antonio Pereira, irmão de Marcolino, era casado com uma senhora de nome Xandu, que também era prima das outras duas Xandu.

Observe ainda que o coronel Zé Pereira era tio-avô dos seus próprios filhos.

Adendo - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

A Revolta de Princesa

Foto colorida pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

A guerra de Princesa, em 1930, foi um acontecimento que marcou e transformou a vida estadual e teve repercussão nacional. Tudo começou através de discórdias políticas e econômicas, envolvendo poderosos coronéis do interior do estado e o governador eleito da Paraíba em 1927, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque. O principal deles era o chefe político de Princesa Isabel, o “coronel” José Pereira de Lima, detentor do maior prestígio na região, que se tornou o líder do movimento. Era a própria personificação do poder político. Homem de decisão e coragem pessoal, também era fazendeiro, comerciante, deputado e membro da Comissão Executiva do partido.

João Pessoa discordava da forma como grupos políticos que o elegera, conduziam a política paraibana, onde era valorizado o grande latifundiário de terras do interior, possuidores de grandes riquezas baseadas no cultivo do algodão e na pecuária. Estes “coronéis” atuavam através de uma estrutura política arcaica, que se valia entre outras coisas do mandonismo, da utilização de grupo de jagunços armados e outras ações as quais o novo governador não concordava. Nos seus redutos, eram eles que apontavam os candidatos a cargos executivos, além de nomearem delegados, promotores e juízes. Eles julgavam, mas não eram julgados. Verdadeiros senhores feudais, nada era feito ou deixava de ser feito em seus territórios que não tivesse a sua aprovação. Mas João Pessoa passou a não respeitar mais as indicações de mandatários para nomeações de cargos públicos.

Por esta época, esses coronéis exportavam seus produtos através do principal porto de Pernambuco, em Recife, provocando enormes perdas de divisas tributárias para a Paraíba. Procurando evitar esta sangria financeira e efetivamente cobrar os coronéis, João Pessoa implantou diversos postos de fiscalização nas fronteiras da Paraíba, irritando de tal forma estes caudilhos, que pejorativamente passaram a chamar o governador de “João Cancela”.

A gota d`água foi a escolha dos candidatos paraibanos à deputação federal. Como presidente do estado, João Pessoa dirigiu o conclave da comissão executiva do Partido Republicano da Paraíba que escolheu os nomes de tais pessoas. A ideia diretriz era a rotatividade. Quem já era deputado não entraria no rol de candidatos. Tal orientação objetivava afastar o Sr. João Suassuna, grande aliado de José Pereira que, como presidente do estado que antecedeu a João Pessoa, teria maltratado parentes de Epitácio na cidade natal de ambos, Umbuzeiro. No entanto, João Pessoa deixou na relação dos candidatos o nome de seu primo, Carlos Pessoa, que já era deputado. Isso valeu controvérsia na comissão executiva e apenas João Pessoa assinou o rol dos candidatos.

Com o apoio discreto, mas efetivo, do Presidente da República e dos governadores de Pernambuco, Estácio de Albuquerque Coimbra, e do Rio Grande do Norte, Juvenal Lamartine de Faria, o coronel José Pereira decidiu resistir a essas investidas contra seus poderes. Com data de 22 de fevereiro de 1930, ele rompe oficialmente com o governo do Estado, através do seguinte telegrama:

"Dr. João Pessoa - Acabo de reunir amigos e correligionários aos quais informei do lançamento da chapa federal. Todos acordaram mesmo que V. Excia., escolhendo candidatos à revelia Comissão Executiva, caracteriza palpável desrespeito aos respectivos membros. A indisciplina partidária que ressumbra do ato de V. Excia, inspirador de desconfianças no seio do epitacismo, ameaça de esquecimento os mais relevantes serviços dos devotados à causa do partido. Semelhante conduta aberra dos princípios do partido, cuja orientação muito diferia da atual, adotada singularmente por V. Excia. Esse divórcio afasta os compromissos velhos baluartes da vitória de 1915 para com os princípios deste partido que V. Excia. acaba de falsear. Por isso tudo delibero adotar a chapa nacional, concedendo liberdade a meus amigos para usarem direito voto consoante lhes ditar opinião, comprometendo-me ainda defendê-los se qualquer ato de violência do governo atentar contra direito assegurado Constituição. Saudações (a) José Pereira".

Como resposta, João Pessoa mandou a polícia invadir o município de Teixeira, reduto dos Dantas, aliados de José Pereira, prendendo pessoas da família e impedindo que ocorresse votação naquela cidade. Determinou que acontecesse o mesmo em Princesa, mas lá, o coronel se armou, juntou um exército e reagiu.

José Pereira tinha armas em quantidade, recebidas do próprio governo estadual, em gestões anteriores, para enfrentar o bando de Lampião e mais tarde a Coluna Prestes. Seu exército particular era estimado em mais de 1.800 combatentes, onde diversos desses lutadores eram egressos do cangaço ou desertores da própria polícia paraibana. Com esse poderio bélico e seu prestígio político, começou a planejar o que ficou conhecido como “A Revolta de Princesa”. Partiu então para a arregimentação de aliados. Nessa tentativa, no dia 27 de fevereiro de 1930, dirigiu ao Sr. Odilon Nicolau a seguinte carta:

"Amigo Odilon Nicolau, o meu abraço. O governo tem feito grande pressão aos eleitores e sei agora que têm sido espancados vários correligionários da Causa Nacional. Como você já deve saber, rompi com o governo de João Pessoa e estou disposto a garantir os nossos amigos, para o que envio vários contingentes. 

O meu pessoal não tocará em ninguém, salve se for agredido. Havendo de provocar a intervenção, pois estou disposto a ocupar todos os municípios do Sul do Estado. O mesmo se fará no Norte com outra força comandada por pessoa em evidência no Estado. Penso ter direito e bem razão em lhe convidar para esta luta, porque as minhas relações com você e sua família, me animam a assim proceder. Não me engane porque a luta está amparada pelos próceres da política nacional. João Pessoa está ilegalmente no governo, logo depois da eleição, dado o movimento, o Governo Federal tomará conhecimento dos atos absurdos e inconstitucionais praticados por ele. Venha e não se receie. Do velho amigo, José Pereira Lima. Princesa, 27 de fevereiro de 1930".

O movimento declarou a independência provisória de Princesa Isabel do Estado da Paraíba. Em 28/02/1930 o Decreto nº 01 foi aclamado pela população, que declarou oficialmente a independência da cidade (República de Princesa), com hino,bandeira e leis próprias.

Essa rebelião atingiu também diversos municípios como Teixeira, Imaculada, Tavares e outros. A cidade, que já tinha visto passar diferentes grupos de cangaceiros, passou a ser reduto de valentia e independência. Foram travadas sangrentas batalhas e inúmeras vidas foram perdidas. Princesa se tornou uma fortaleza inexpugnável, resistindo palmo a palmo ao assédio das milícias leais ao governador João Pessoa.

Mas a luta perde sua razão de ser. O "coronel" queria afastar o presidente João Pessoa do governo, porém, o advogado João Duarte Dantas, por motivos pessoais/políticos, assassinou o presidente do Estado da Paraíba, na confeitaria Glória, no Recife, às 17 horas do dia 26 de julho de 1930. É que João Dantas teve a sua residência e escritório de advocacia na capital da Paraíba invadidos pela polícia do Estado, tendo parte de seus documentos apreendidos e divulgados pelo jornal A União, quase um diário oficial do estado. Vieram à luz detalhes de suas articulações políticas e de suas relações com a jovem Anayde Beiriz. Em uma época em que honra se lavava com sangue, Dantas sabendo que João Pessoa estava de visita ao Recife, saiu em sua procura para matá-lo.

Com sua morte, o movimento armado de Princesa, que pretendia a deposição do governo, tomou novo rumo. Os homens de José Pereira comemoraram, mas o coronel, pensativo, teria dito: “Perdemos...! Perdi o gosto da luta. Os ânimos agora vão se acirrar contra mim".

E conforme sua previsão, os paraibanos ficaram chocados com o assassinato (a partir daí criou-se todo um mito). O crime foi apresentado como obra dos perrepistas, o Partido Republicano Paulista. Seus partidários, em retaliação, foram perseguidos e tiveram suas casas incendiadas, além de sofrerem outros tipos de perseguição e violência.

O Presidente da República, Washington Luiz, decidiu então terminar com a Revolta de Princesa e o "coronel" José Pereira não ofereceu resistência, conforme acordo prévio, quando seiscentos soldados do 19º e 21º Batalhão de Caçadores do Exército, comandados pelo Capitão João Facó, ocuparam a cidade em 11 de agosto de 1930. José Pereira deixa a cidade no dia 5 de outubro de 1930.

No dia 29 de outubro de 1930, a Polícia Estadual ocupa a cidade de Princesa com trezentos e sessenta soldados comandados pelo Capitão Emerson Benjamim, passando a perseguir os que lutaram para defender a cidade ameaçada, humilhando e torturando os que foram presos, sem direito a defesa. A luta teve um balanço final de, aproximadamente, seiscentos mortos.

Depois de anistiado, em 1934, José Pereira foi residir na fazenda "Abóboras" em Serra Talhada-PE.

Publicado em 
http://culturapopular2.blogspot.com.br/2011/02/revolta-de-princesa.html

http://clubedahistoria.com.br/post.php?codigo=212

Fonte: facebook
Página: Jose Tavares De Araujo Neto

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TRABALHO PERFEITO DO PESQUISADOR RUBENS ANTONIO


“Paraíba “ - Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira 

“Quando a lama virou pedra / E Mandacaru secou / Quando o Ribaçã de sede / Bateu asa e voou / Foi aí que eu vim me embora / Carregando a minha dor / Hoje eu mando um abraço / Pra ti pequenina / Paraíba masculina / Muié macho, sim sinhô / Paraíba masculina / Muié macho, sim sinhô / Eta pau pereira / Que em Princesa já roncou / Eta Paraíba / Muié macho sim sinhô / Eta pau pereira / Meu bodoque não quebrou / Hoje eu mando / Um abraço pra ti pequenina / Paraíba masculina / Muié macho, sim sinhô / Paraíba masculina / Muié macho, sim sinhô / Quando a lama virou pedra / E Mandacaru secou / Quando ribaçã de sede / Bateu asa e voou / Foi aí que eu vim me embora / Carregando a minha dor / Hoje eu mando um abraço / Pra ti pequenina / Paraíba masculina, / Muié macho, sim sinhô / Paraíba masculina / Muié macho, sim sinhô / Eta, eta, / muié macho sim sinhô”.

Fonte: facebook
Página: Rubens Antonio

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