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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

AMANHÃ PAULO AFONSO SERÁ NOTÍCIA NA TV BAHIA - PROGRAMA MOSAICO


A TV Bahia / Globo gravou em Paulo Afonso o programa  "MOSAICO", registrando os fatos históricos, culturais e populares.





O programa MOSAICO é hoje um dos mais vistos da televisão baiana, trazendo informações, traçando roteiros turísticos e revelando os fatos históricos das cidades.




O programa irá ao ar amanhã, ÀS 12:30 hs e dentre os tantos roteiros turísticos da cidade que serão apresentados, o roteiro  do Cangaço foi um dos pontos explorados pela equipe.

João de Sousa Lima é escritor, pesquisador, autor de 09 livros. Membro da Academia de Letras de Paulo Afonso e da SBEC- Sociedade Brasileira de estudos do Cangaço. Telefones para contato: 75-8807-4138 9101-2501 email: joaoarquivo44@bol.com.br joao.sousalima@bol.com.br

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BATE PILÃO

Por Rangel Alves da Costa*

Da madeira do navio, do navio negreiro, talvez seja o pilão. Mas trazida da mata para ser escavada até que a fundura triture o grão, na batida da mão do pilão.

Forte como o negro, sofrido quanto escravidão. Geme o negro, também geme o pilão. No lombo do escravo é o chicote e o ferro que são as mãos do pilão.

A árvore cortada no tronco rombudo é lançada ao chão. O corpo do negro, depois de esfolado, é jogado ao desvão. Mas o pilão é de madeira e o escravo não.

Traz o tronco da mata, madeira de lei, bem largo e macio para ser batido. E bate o facão, bate a ponta aguda, bate até cavar profundo e surgir o fundo, fundo do pilão.

O negro adorna, o negro alisa, o negro dá vida ao pilão. Um pilão com a feição de seu corpo, tão forte e tão firme, mas sendo batido, sendo castigado, sendo remoído.

Largo é o tronco, tão firme e tão forte é o pilão. O pau de pilão de pé e tem mão, geme na batida, parece ter coração. A cada batida, num movimento repetido, irrompe aflição.

Ali na senzala, cheirando a queimado, cheirando a garapa, no meio do tempo está o pilão. Pelos arredores a vida em aflição. Crianças e velhos de negra coloração, tratados como bichos ou simplesmente pilão.

Bate escravo, bate o pilão. Agoniza o escravo, agoniza o pilão. O sangue de um é misturado ao grão, alimentando o engenho e o poder do patrão. Dono de negro, tido como bicho sem alma e coração.


Bate que bate o pilão. A senzala é grande, o engenho imensidão. Bate que bate o pilão, pois lá vem o senhor com chibata na mão, precisa de negro para plantação. Ou o negro vai logo ou se transforma em pilão.

Se o pilão é raso, afunda mais o pilão. Tem de caber tudo dentro do pilão, desde o corpo à alma, tudo feito grão, para depois ser batido e jogado ao chão. Então joga o negro dentro do pilão, não precisa o escravo ter outra destinação.

Assim pensa o algoz com o ferro na mão, assim pensa o senhor mostrando o pilão, que é o tronco adiante esperando o negro em submissão. E no meio do tempo irrompe o grito, o pilão sangrando, um brado de trovão.

Mas a vida também se faz ao redor do pilão. A criança faminta espera o pilão, a senzala inteira come do pilão. Dali sai o alimento ou o que sobra do grão, para ser transformado numa sombra de pão.

O negro cansado, o negro suado, o negro lanhado, vai bater arroz, vai bater café, vai bater o milho. Bate negro, negro bate o pilão. Pouco lhe sobra, é tudo do patrão, mas sua sina é esta, é bater o pilão.

O negro no tronco e no tronco do pilão. No tronco jogado, no tronco açoitado, no tronco lanhado, a crucificação. E depois do tronco vai pra outro tronco, o tronco do pilão.

O dia se vai, a noite caminha, a lua ilumina o negro no pilão. Um canto gemido, um canto de dor, uma dolência em tudo, um lamento que ecoa do tronco do pilão.

Iá iê, akuntô, naní na’iô, lamenta o negro, geme o pilão. Nô’anã iá iô, naná aió, oní nanã, ecoa o negro, ressoa o pilão. É canto de negro, é lamento de pilão, no meio da noite, em toda escuridão.

Negro avançando na noite, o braço subindo, o braço descendo, batendo pilão. O negro cansado vai deitar na terra, mas continua batendo sozinho o pilão. E bate lentamente, como a dor da escravidão.

Escrava é a vida, escravo é o homem e também o pilão. O mesmo sofrimento na desolação, o mesmo gemido em toda aflição, como milho esmagado, o farelo do grão, assim na existência do homem pilão.

Avisto no quintal ainda um pilão. E por todo lugar a escravidão. Na cor, na submissão, fingindo gostar, mas quer bater o pilão. E bate o pilão, e bate o pilão...

Poeta e cronista
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Serra da Remtedeira

Por Clerisvaldo B. Chagas

Prezado Mendes. 

Serra da Remetedeira, terra do cangaceiro de Lampião "Gato Brabo" e que esteve em Juazeiro com ele, decantado pelo cordelista.
 
Foto de Clerisvaldo B. Chagas em 24.10.14. 

A serra fica no município de Santana do Ipanema - Alagoas.

CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA

Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei. 

  Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão(encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL. 

Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).

Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático); Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado (romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema(história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).

Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.

(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)

Abraços.
Clerisvaldo B. Chagas

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A ex-cangaceira Dadá com filhos e netos


Dadá gostava de viver sempre no meio de bastante familiares, filhos e netos..., buscava recuperar o tempo perdido que ficou no cangaço, longe dos seus entes queridos !

Fonte: facebook
Página: Corisco Dadá

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"DOMINGUINHOS O NENÉM DE GARANHUNS"


O livro "DOMINGUINHOS O NENÉM DE GARANHUNS" de autoria do professor Antonio Vilela de Souza, profundo conhecedor sobre a vida e trajetória artística de DOMINGUINHOS, conterrâneo ilustre de GARANHUNS, no Estado de Pernambuco.

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O incansável pesquisador João de Sousa Lima

Por Sálvio Siqueira

O incansável pesquisador/historiador João de Sousa Lima, em uma de suas inúmeras aventuras, buscando resquícios sobre a 'conturbada' história do cangaço, com os seus confrontos, principalmente em testemunhos de seus remanescentes, nos delicia mais uma vez com um documento histórico. trata-se de um relatório encaminhado ao 'estado maior' do comando contra os bandoleiros do cangaço. apreciem a matéria.

Segue em anexo a esse texto uma das cartas de interrogatórios realizados pela polícia e que mostra a importância desses lugares citados com a história do cangaço e a referência com pessoas da localidade. A carta vai transcrita na integra com os erros e incorreções:

Aos três do mês de maio de 1932, no arraial de Várzea da Ema em casa de residência do segundo tenente Antonio Justiniano de Souza, sub delegado de policia, foi interrogado o bandido acima referido que disse:

Em 1929, estando ele bandido, em seu rancho no lugar denominado São Francisco, foi surpreendido pelo grupo de Lampião que ali chegava a mando do 
Cel. Petronílio de Alcântara Reis, para que fosse as imediações do Icó e ali receber dinheiro enviado para Lampião, cuja importância era 20:000$000, mas só foram entregues 18:000$000 e que dois restantes Lampião disse que dava por recebido, quando lhe mandasse um cunheito de munição; o que não se sabe se isso efetuou-se, mais depois ouviu do bandido ferrugem a declaração de que teve referido Cel. Petronilio havia comprado munição. E que devido a esse encontrão foi ele depoente obrigado a refugiar-se nas Caatingas, pois as forças andavam a sua procura tendo por isso de quando em vez constantes encontros com os cangaceiros, merecendo do mesmo consideração a ponto de lhe ser entregue por “Lampião” um rifle com cem cartuchos, os quais conservou até a data de sua prisão, não tendo, porém feito uso da dita arma para a prática de crime.

Que sempre foi seduzido por “Lampião” para fazer parte do seu grupo, mas nunca aceitou, apesar de ter parente no grupo, como sejam: Azulão, Carrasco e Moita Brava. Que esses encontros se efetuavam no lugar denominado Quirino para Lagoa Grande, sendo os sinais convencionados para os referidos encontros, três pancadas em um pau seco, ou então berrando como boi; que nunca recebeu dinheiro de “Lampião” a não ser algumas roupas dadas pelos cãibras.

Que nos últimos encontros que “Lampião” teve com as tropas. Ele respondendo notou que alguns companheiros estavam desgostosos por verem os sacrifícios da causa, que nessa data viajaram nos “cascalhos” das aroeiras com direção a Várzea pernoitando a três quilômetros de distância.

Que nessa mesma noite desligou-se do bando a meia noite com Manoel Sinhô de Aquileu, sem que fossem pressentidos pelos outros e vieram pairar nas “Canouas” onde foram informados por Pedro de Aquileu que havia garantia para todos aqueles que tinham ligações com cangaceiros, uma vez que procurassem as autoridades para se entregarem.

E baseado nisso em companhia de Pedro veio à procura do Tenente Justiniano em Várzea de Ema onde se acha. Disse mais que “Lampião” depois do combate do touro com o Tenente Arsênio cuja força foi imboscada e morreu quase toda, escapando o referido oficial, pois é um herói que infrentou o grupo que era numeroso, com um fuzil metralhadora dando somente três rajadas conseguiu matar o irmão de Lampião, Ponto Fino e sendo forçado a abandonar a arma deixando-a inutilizada pelos bandidos.

Que nessa ocasião encontrou Lampião cartas ao Cel. Petronilio acusando Lampião, por isso Lampião resouveu queimar algumas fazendas referido Cel. Petronilio.

Disse mais que ouviu de Lampião dizer que tinha mil tiros de fuzil enterrados em um ponto lá para baixo, não declarado ao certo o lugar e que ia também a Curaçá a procura de outros mil tiros que tinha para lá.
Quanto ao armazenamento sabe que Lampião tem alguns rifles ensebados em ocos de pau (ensebados, para não darem o bicho próprio de madeira).

Perguntado quais são as pessoas que fornecem armas a Lampião respondeu que não conhece mais sabe que nas fazendas Juá, Várzea, e São José há “coitos” onde lhes prestam bastante serviços em abastecimentos.

E por nada mais dizer nem lhe ser perguntado deus-se por findo estas declarações ao presente auto que vae por todos assignados pelo tenente e testemunhas.

Várzea da Ema, 7 de maio de 1932” ".
Escritor/historiador João De Sousa Lima

Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira 


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ANEL QUE LAMPIÃO USAVA QUANDO FOI ASSASSINADO


Este anel foi feito em Itabaiana, no Estado de Sergipe por Antônio Teixeira Lobo, ou melhor "Toinho ourives" a pedido de Etelvino Mendonça. Este anel estava no dedo de Lampião na hora de sua morte.

Fonte: facebook
Página: Robério Santos

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NOTÍCIA DA MORTE DA CANGACEIRA DADÁ EM 1994



Notícia da morte da Dadá !
Cortesia: Gila Sousa Rodrigues !

Fonte: facebook

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Um cangaceiro doutor !

Por Pedro Nunes Filho

Um dia, Antônio Silvino, vendo sua fama declinar, queixou-se enciumado: De uns tempos desses para cá, só se quer saber de cangaceiro-doutor! 

O cangaceiro Antonio Silvino

Referia-se ao Dr. Augusto de Santa Cruz Oliveira, graduado pela Faculdade de Direito do Recife, em 1895. Moço, esquentado e imbuído dos ideais libertários da Casa de Tobias, foi nomeado promotor público em Alagoa do Monteiro, sua terra natal. Naquele tempo, existia a politicagem togada. Juízes e promotores podiam envolver-se em política e até disputar eleições majoritárias. Numa dessas disputas calorosas, Augusto se indispõe com seu opositor, juiz José Neves, de quem descende a clã dos Neves, que até hoje mantém tradição de honradez e dignidade na vida privada e no mundo jurídico do Recife. 


Augusto não demora também a discordar da oligarquia que dominava a Paraíba do Norte, rompendo com o presidente da província, João Lopes Machado. Sentindo-se com suas prerrogativas políticas abolidas e com o direito de defesa cerceado, recruta 120 cabras dos porões do cangaço e, no dia 6 de maio de 1911, invade a cidade de Monteiro, quebra a cadeia pública, solta um protegido seu e os demais presos que se incorporam ao grupo armado. Em seguida, encarcera o destacamento de polícia local, pego de surpresa ainda dormindo, numa madrugada-manhã invernosa e fria. Depois, os revoltosos avançam contra a cidade, vencem a resistência armada que lhe fizeram as autoridades auxiliadas por alguns cidadãos desafetos do chefe. No final da tarde, a cidade resta dominada e presos o prefeito Pedro Bezerra, o promotor público José Inojosa Varejão, capitão Albino, major Basílio e capitão Victor Antunes, pai do ilustre professor internacionalista da Faculdade de Direito do Recife, Mário Pessoa. No tiroteio, morreram algumas pessoas e, em pavorosa, a população da cidade evade-se, deixando suas casas comerciais e residências abandonadas.Sem condições de resgatar os reféns, o governador João Machado pede ajuda ao governador de Pernambuco, Herculano Bandeira. 

Corria o ano de 1911 e confrontavam-se em acirrada disputa pelo governo de Pernambuco, o prestigiado político, comendador Rosa e Silva, e o general Dantas Barreto, herói da Guerra do Paraguai. Em sua mocidade, antes de ir para a guerra, Dantas Barreto havia morado em Monteiro, onde exercia a profissão de relojoeiro e fez amizade com a família Santa Cruz. Por esta razão, o general resolve dar apoio ao bacharel revoltoso. Temendo que durante a disputa política Dantas Barreto pudesse se socorrer do braço armado das hostes guerreiras do paraibano rebelado, o governador de Pernambuco, que era rosista, autorizou um batalhão de 240 praças e 10 oficiais, sob o comando do Major Alfredo Duarte, invadir a Paraíba, munidos de 40 mil cartuchos máuser para guerrear o bacharel-cangaceiro, como o chamavam seus inimigos. 

Ao contingente de Pernambuco, somaram-se 120 homens da polícia paraibana. No dia 27 de maio de 1911, um século atrás, atacam a Fazenda Areal, onde o bacharel estava aquartelado e mantinha os reféns prisioneiros. O combate dura uma manhã inteira. Não conseguindo resistir, Dr. Augusto bate em retirada e vai se refugiar no Juazeiro, levando consigo os prisioneiros. Ao longo da fatigante trajetória de muitos dias, vai libertando os reféns um por um, pois não ficaria bem chegar com prisioneiros no reduto sagrado. Na condição de perseguido político, entra no Juazeiro e é recebido pelo padre Cícero que o acolhe, desarma seus homens e arranja-lhes trabalho digno. Naquele mês de junho, o Juazeiro estava em pé de guerra com o Crato, lutando por sua independência e o padre precisava mostrar-se forte. 

O patriarca tenta pacificar a Paraíba e não consegue. O conflito se estende até o ano seguinte e é chamado Guerra de 12. Frustrada em seu intento de resgatar os reféns, antes de deixar o palco da luta, a polícia destrói e queima a fazenda Areal e mais algumas propriedades de familiares do bacharel Santa Cruz.Em 1912, o Dr. Augusto retorna à Paraíba e se junta com o médico-fazendeiro Franklin Dantas, pai de João Dantas. Igualmente insatisfeitos com o desprestígio político que suas famílias estavam sofrendo, os dois doutores formam um exército de 500 homens e saem invadindo as principais cidades do sertão paraibano, com o propósito de depor o governador João Machado. Não conseguindo o intento desejado, Augusto refugia-se em Pernambuco, sob a proteção de Dantas Barreto que havia assumido o governo do Estado. Alguns anos depois, é nomeado Juiz de |Direito de Afogados da Ingazeira. Correto, exemplar e temido por sua história de vida, fez justiça e impôs respeito nas comarcas por onde passou. Morreu na comarca de Limoeiro em 1944. Esse fato histórico está minuciosamente descrito no livro Guerreiro Togado, do autor desta coluna.

Fonte: facebook

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O Globo 29/02/44 - Dois assuntos:


1 - As cabeças cortadas dos cangaceiros.
2 - A fuga de Volta Seca e a invenção que o 'cabra macho' Volta Seca fazia florzinha de tricô.


Fonte: facebook

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O Estrategista Virgulino

 Por Clerisvaldo B. Chagas
Em foto de 1936, Lampião cumprimenta Benjamim Abrahão

Tirando a banda podre do monstro Lampião, encontram-se méritos inquestionáveis nas estratégias guerrilheiras a que se dedicou. Vivia, entretanto, o bandido no perde-ganha. Suas técnicas de esconde-esconde quase sempre eram descobertas por exímios rastejadores filhos do mesmo mato e das agruras sertanejas. São várias modalidades de ataques, retiradas e demais estratagemas urdidos e amplamente divulgados.

A última estratégia de Virgolino foi também a sua última viagem, definida com a impressionante pena do padre Frederico Bezerra Maciel. Era o dia 20 de julho de 1938, quando o bandoleiro resolveu dirigir-se à fazenda Angicos, na beira do São Francisco, lado sergipano. Ali havia uma grota que serviria de esconderijo, além de estar situada em terras de coiteiros da sua confiança. Lampião estava no lado alagoano, afastado do rio na fazenda e serra São Francisco. Caso saísse para a fazenda Angicos com fácil chegada pela frente, poderia ser visto por espiões e delatores. Procurou, então, atingir o mesmo ponto, em longo rodeio, com entrada pelos fundos.


Assim, descendo a serra São Francisco diretamente para o rio, foi cruzando as fazendas: Conceição, Bom Jardim, Bela Vista, Bardão até chegar diante do Rio da Unidade Nacional no lugar chamado Bonito, muito abaixo do povoado Entremontes, já à tardinha, onde foi bem recebido.

Ao anoitecer, entre frio intenso e chuva, Virgolino atravessa para Sergipe, direto, e aporta no lugar Capoeira Nova. Dali vai subindo, margeando e se afastando do Velho Chico passando pelas fazendas: Macaba, Bebedouro, São João, Jacaré, Cajueiro, Lajeiro, Paraíso e Logradouro. Em Logradouro é acolhido, devidamente alimentado e agasalhado pelo coiteiro da fazenda, volta à direita em direção ao rio e entra na fazenda Angicos, pelos fundos, indo a procura da grota onde chega ao amanhecer e faz seu acampamento. Quem navegasse pelo rio São Francisco, não o avistaria, pois, estava por trás de dois morros, dentro de um riacho seco, cuja curvatura impedia a visão dos curiosos. Dia 21 de julho de 1938.

Essa foi a última viagem e estratégia de Lampião. Como ninguém está em lugar seguro quando a morte o procura, Lampião desencarnou sete dias depois.

Clerisvaldo Chagas.
Fonte:Fonte: http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/
http://cariricangaco.blogspot.com.br/2014/10/o-estrategista-virgulino-porclerisvaldo.html

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VISITE O MUSEU DO SERTÃO EM MOSSORÓ-RN

 http://petcis-uern.blogspot.com.br/2013/03/visita-dos-petianos-ao-museu-do-sertao_26.htm

No dia 1º de Novembro de 2014, o  Museu do Sertão em Mossoró, abrirá suas portas para visitas, a partir das 7:00 horas da manhã, estendendo-se até às 12:00 horas do dia. 




Você já é um convidado para visitar o Museu do Sertão em Mossoró, no dia 1º de Novembro de 2014. 

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QUEM É O CANGACEIRO?


Sálvio Siqueira O amigo Antônio Eustáquio ARREBENTOU!!! Parabéns grande. Realmente trata-se do cangaceiro ‘Barreira’. Barreira se rendeu as autoridades levando como indulto a cabeça de seu companheiro, o cangaceiro ‘Atividade’. Levando o ‘indulto’ conseguiria uma redução da sua pena.

O cangaceiro Barreira com a cabeça do seu companheiro Atividade

Creio que o medo fez com que ele tenha perdido sua identidade de cangaceiro, se podemos dizer que exista identidade dentre os cangaceiros. 

O cangaceiro Barreira

Parece ter tomado para si o mesmo direito daqueles que o perseguiam ou por outra, tenha sido uma ‘condição’, exigida pela Força Policial, como uma forma de humilhação naqueles que tinham que se renderem. 

Fontes books.google.com.br
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