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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

LIVROS SOBRE CANGAÇO

ANGICO

Autor: Paulo Medeiros Gastão


Lampião de "A a Z"



Os livros podem ser adquiridos através deste e-mail: 

paulomgastao@hotmail.com

Diretamente com o autor (não está a venda em livrarias). 

Preço: R$ 20,00 (vinte reais+ frete). 

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Os cangaceiros voluntários do grupo de Lampião "Mourão e Nascimento"


Os cangaceiros “Mourão e Nascimento” voluntários do bando de cangaceiros de Lampião.


Postagem dupla. Paripiranga na época do Cangaço e dois "voluntários" do bando de Lampião. O que faziam os cangaceiros capturados a delatarem seus ex-companheiros? Eram forçados? Recebiam para isso? Indulto de pena? Safadeza mesmo?

Fonte: facebook
Página: Robério Santos

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O cangaço na Paraíba

Por Professor Josias

A sociedade é constituída pelos homens e para os homens. Todos devem participar de seus benefícios e de seus encargos: é o princípio da igualdade perante a lei. E é por desrespeito à lei, ligado aos problemas sociais, que surgem os maiores conflitos. A história registra em passado não muito distante a atuação de milhares de bandoleiros nos sertões do Nordeste. Poucos, entretanto, chegaram a ser famosos. O Nordeste viveu longos anos de agitação, pelas lutas sangrentas entre soldados (chamados de macacos) e cangaceiros.

O cangaceiro Chico Pereira

Ao contrário do que teve muitos cangaceiros, sobressaindo-se apenas dois: Chico Pereira e Osório Olímpio de Queiroga, coincidentemente nascidos na região de Pombal. Como ninguém nasce cangaceiro, os dois entraram no cangaço para vingar a morte dos seus pais. O primeiro foi assassinado pela Polícia Militar do Rio Grande do Norte, no município de Acari. E o segundo, absorvido na comarca de Pombal, ingressou na PM da Paraíba, tornando-se um oficial respeitado, sensato e equilibrado, reformando-se no posto de coronel.

Ao contrário do que muitos pensam, Manoel Batista de Morais, o Antônio Silvino, não era paraibano. Nasceu em Afogados de Ingazeiras, em Pernambuco. Viveu muitos anos na Paraíba, morrendo aos 69 anos na cidade de Campina Grande, no dia 9 de outubro de 1944, ainda certo do grande trabalho prestado à comunidade sertaneja, pois ainda ninguém conseguia convencê-lo ao contrário, como afirma o jornalista e escritor Barroso Pontes, autor de quatro livros que tratam do cangaceirismo no Nordeste.

O cangaceiro Antonio Silvino

No verão 1914, Antônio Silvino invadiu a cidade de Mogeiro, na Paraíba. A cerca assolava terrível e levas de flagelados exibiam a sua miséria pelas estradas ressequidas. Silvino, ao apossasse da cidade, não cometeu nenhuma violência contra pessoas físicas, mais se apoderou dos gêneros alimentícios estocados, depois seria preso, quando ferido em combate com a força do então major Teófanes Torres (da Polícia Militar de Pernambuco) numa fazenda do distrito de Frei Miguelino, município de Vertentes onde costumava se acoitar. De fatos como aquele, acontecido na cidade de Mogeiro recheia a história de Antônio Silvino e a sua fama ainda hoje corre pelo mundo.


Antônio Silvino, Jesuíno Alves de Melo Calado, vulgo Jesuíno Brilhante e Virgolino Ferreira da Silva, o famoso Lampião, que tiveram atuação na Paraíba, embora este último “não tenha levado boa vida”, em virtude da perseguição do comando militar chefiado pelo coronel Manoel Benício da Silva.
O escritor Barroso Pontes, por sua vez, informou que Antônio Silvino foi posto em liberdade no dia 20 de fevereiro de 1937, tendo logo em seguida telegrafado ao ministro José Américo de Almeida: “-Solicito de Vossa Excelência um emprego federal pelos relevantes serviços que prestei ao Nordeste”.

Não se sabe se o emprego foi dado, embora algum contivesse que sim.

A história registra que o privilégio do combate ao cangaço coube ao presidente João Pessoa. Se não conseguiu a extinção, é o responsável maior pelo início do combate, feito numa época “em que a transição política impunha novos métodos, sem menos prezar a ação dos autênticos líderes interioranos implantando costumes tanto compatíveis ao tempo, como inaceitável aos nossos dias”.

É ponto pacífico que o mais temido bando de cangaceiros era o de Lampião, com atuação nos Estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas, Sergipe e Bahia. Foi também o de maior duração, com vinte anos consecutivos de atuação. O segundo, com 16 anos, foi o de Antônio Silvino. Conta a história que Antônio Silvino tinha uma formação diferente de Virgolino Ferreira da Silva. Ao passar por uma localidade e observando irregularidades, por culpa de administradores, chamavam os responsáveis e mandava corrigi-las.


Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, foi tragicamente morto no dia 27 de julho de 1938, acredita-se, ainda hoje, que o coiteiro Pedro Cândido, que o traiu tenha se vendido a polícia. Pedro Cândido teria sido encarregado de introduzir, com o auxílio de uma agulha de injeção, um veneno letal nas garrafas de vinho destinadas a Lampião e seu bando. O trabalho foi feito com arte e não provocou nenhum dano as rolhas de cortiça dos vasilhames.

Jesuíno Brilhante, o primeiro dos três, foi tido e havido como o cangaceiro gentil-homem e bandoleiro romântico, morreu em 1879, no lugar Santo Antônio, entre Caraúbas e Campo Grande, no mesmo Estado onde nasceu.

Jesuíno foi o maior cangaceiro do século XIX, como afirmou o historiador cearense Gustavo Barroso, em seu livro Heróis e Bandidos. Era de família abastada, conservando-se fiel às tradições sertanejas, respeitando o alheio, acatando a honra das donzelas, primando pelo comprimento da palavra empenhada, sendo por isso considerado homem de caráter e sempre exaltado pelas populações sertanejas do seu tempo. As vezes que cometeu assaltos fê-los no sentido de ajudar alguém, já que dedicava a melhor atenção a pobreza, tudo fazendo para prestar seu apoio aos necessitados.

Em relação a Jesuíno Brilhante, sabe-se ainda que invadiu, de madrugada, a cadeia pública de pombal, liberando seu irmão e os demais presos.

Assis Chateaubriand

O imortal paraibano Assis Chateaubriand definia o fenômeno cangaceirismo como sinônimo de virilidade e coragem pessoal, pioneirismo, inovações, impetuosidades e decisões agressivas.

Dizem que cangaceiros autênticos, reais, o Nordeste só conheceu três: Jesuíno Brilhante, Antônio Silvino e Virgolino Ferreira, o Lampião.

CANGACEIROS DA PARAÍBA

Para destacar os principais, que entraram no cangaço, não por vocação, mas por obrigação, que a própria época exigia, destacam-se Francisco Pereira e Osório Francisco Ferreira, ainda jovem, de família conceituada, por força do destino entrou no cangaço, para vingar a morte do pai, barbaramente assassinado. Seu pai era um homem pacato, fazendeiro honrado, que antes de morrer pronunciou as seguintes palavras: “Vingança não”.

Disse diante desse pronunciamento, à família, especialmente os filhos, ficaram num dilema, porque era determinação da própria sociedade, da época, a vingança. Mas resolveram atender o pai. O filho, Chico Pereira, procurou a Polícia, registrou a queixa e insistiu com o delegado para que fosse feita a prisão do assassino do pai, tendo a autoridade policial afirmado: “Chico, a gente solta uma vaca e para achá-la, não é fácil, imagine um criminoso perigoso, como este que matou teu pai”. Chico Pereira, desejando dar satisfação à família, pediu uma autorização ao delegado, por escrito. Logo depois encontrou o criminoso, dormindo. Com rara dignidade, mandou que o sujeito acordasse e o levou preso, para a Polícia. Volta para casa e a família ficou satisfeita com o episódio da prisão. Um dia depois o criminoso se encontrava em liberdade. Chico compreendeu que não havia justiça. Chico compreendeu que não havia justiça e se viu na contingência de fazê-la com as próprias mãos.

Na mesma região de Pombal, registrou-se outro caso, Osório um garoto de poucos meses de nascido, encontrava-se numa rede quando o pai chegou baleado, quando afirmou: “Este gatinho que está na rede vai vingar minha morte”. À medida que ia crescendo, Osório ouvia de outro: a determinação do pai. Ao completar 18 anos, recorreu a justiça da época, o rifle, e matou o assassino do pai e outros que cruzaram seu caminho. Osório Olímpio de Queiroga foi realmente um cangaceiro respeitado. Depois conseguiu absolvição, na comarca de Pombal, e ingressou na Polícia Militar da Paraíba, chegando a coronel e se conduzindo sempre como um militar digno e correto. O mesmo chegou a ser prefeito de Catolé do Rocha.

O problema do cangaceirismo e coronelismo vem, segundo consta, da Guerra Brasil-Paraguai, quando foi fortalecida a guarda nacional e, entre as pessoas recrutadas, eram dadas patentes.

Nos séculos passados, no entanto, a Paraíba teve inúmeros grupos de bandidos, que invadiam as cidades, saqueavam o comércio e matavam. As causas principais eram a seca e a fome. No ano de 1887, registraram-se invasões e violências. A polícia nada podia fazer para garantir a vida do cidadão e da propriedade alheia, sempre ameaçada pelos bandidos. Os jornais da época denunciavam a insegurança nos sertões, sem que qualquer providência tivesse sido adotada para coibir o abuso.

José Américo de Almeida, no Livro A Paraíba e seus problemas, relacionou inúmeros grupos de bandidos que agiam impunemente no sertão. O grupo de Jesuíno Brilhante, com atuação no século passado, foi um exemplo. Ele residiu, por alguns anos, na localidade Boa Vista próxima a Pombal, sem qualquer diligencia da polícia para capturá-lo. Foi dessa maneira que a miséria juntou-se ao terror. Fazendeiros abastados, que poderiam resistir à crise, durante alguns meses, emigraram sem demora, temerosos de assaltos.

Em maio do mesmo ano, a cadeia de Campina Grande foi arrombada e muitos indivíduos implicados ao movimento do quebra-quilos fugiram. Dentro de mais algumas semanas, outros presidiários fugiram, entre os quais o famigerado Alexandre de Viveiros, chefe do levante de 1874. Ainda foi arrombada a cadeia de Mamanguape e, ao mesmo tempo muitos sentenciados caíram fora.

José Américo de Almeida conta, também, que, desta maneira, iam-se tornando mais terríveis as correrias com a aquisição de novos profissionais do crime da Paraíba e do Ceará. Ressalte-se a fraqueza das autoridades que permitiam que fossem engrossando os grupos, como o do Calangro, evadido da cadeia do Crato e cabeça dos 60 assalariados de Inocêncio Vermelho: o de Sebastião Pelado, inimigo dos primeiros: e dos irmãos Viriatos, formado de mais de 40 bandidos: e dos Mateus, entre outros. Um desses bandos assaltou duas propriedades em Alagoa Grande.

O senhor Gustavo Barroso, por exemplo, retrata o comportamento de Viriato, um dos principais cangaceiros da época: “O Viriato foi um dos cangaceiros mais célebres, mais rasteiros e mais tortuosos do Cariri. Era um miserável estabanado nos atos, com uma infinidade de predisposições redutíveis ao roubo, ao estupro e ao assassinato. Inventava torturas para as vítimas. Gostava mais de matar a facadas do que de fuzilar, dizia que era “mais barato”. Esse bandido obrigou um fazendeiro de São João do Cariri a casar-se com a irmã de seu compassa Veríssimo.

Foi assassinado, de emboscada, no lugar Riachão, o Dr. Vicente Ribeiro de Oliveira, quando voltava da Bahia para reassumir o Juizado de Direito da Comarca de Piancó. Esse crime foi atribuído aos cangaceiros.


http://historiadaparaiba.blogspot.com.br/2008/11/o-cangao-na-paraba.html

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Lampião o invencível - duas vidas, duas mortes

Por Virgulino Ferreira da Silva

Quero chamar a atenção dos historiadores, pesquisadores, escritores dessa matéria que publiquei de um péssimo livro, cheio de mentiras. Os senhores que apreciam o fenômeno cangaço, observem quantas mentiras. Muitos escritores querem ou tentam mudar a história do cangaço, para ver se ganham um dinheirinho a mais. Fiquei pasmo com tantas mentiras. Vejam o conteúdo.

1 - Manoel Neto, primo de Lampião.

2 - Mulher de Américo Nogueira, prima de Lampião.

3 - Lampião teve 17 filhos.

4 - Lampião Resolveu fugir do Angico, fazendo um acordo com o tenente João Bezerra e o governador do Estado, Eronides de carvalho.

5 - No acordo feito, saiu do Angico no dia 20-07, deixando Maria Bonita no coito para ninguém desconfiar.

6 - Fez uma dupla sertaneja quando jovem com Américo Ferraz, cantando nas festas em toda região.

7 - No dia 28-07, naquela famosa foto das cabeças, a de Maria Bonita e de Lampião não estavam presentes.

8 – No dia 19-07 fez uma grande festa de despedida no Angico, tomando uísque cavalo branco (importado), na saída, furou um olho de um cabra, para pensarem que era ele.

9 - No Angico, tinha vários cachorros no bando. (só tinha o guarany).

10 - Ninguém da região nunca viu os corpos em Angico.

11- Lampião invadiu o jenipapo em Nazaré para vingar a morte do pai.

12 - O velho Gomes Jurubeba de Nazaré foi morto em Nazaré, junto com muitos policiais num "fogo".

13 - Lampião invadiu Água Branca-Al, para matar os dois filhos da baronesa que mataram o pai dele.

14 - Foi ao Juazeiro a pedido de Padre Cícero para o padre aconselhá-lo para não atacar mais a baronesa.

15 - Pedro de Cândido foi morto em 1931 pelo tenente João Bezerra.

16 -Queimadas na Bahia fica na beira do rio São Francisco.

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Mentiras e mentiras mentirosas

3 - Apenas se conhece 1 único filho de Lampião - Expedita Ferreira.

Expedita Ferreira

5 - No dia 20 de Julho Lampião já estava na Grota de Angico? Eu não tenho certeza.


8 - O ataque aos cangaceiros foi na madrugada de 28 de Julho, e a festa de despedida foi tão cedo assim, por quê?


10 - E as fotos que foram feitas no Angico, ninguém viu e quer dizer que só a máquina  fotográfica viu?


14 - O que tem a ver o fundo com as calças? E por que ele mesmo não resolveu deixar em paz a baronesa? Para isso teve que recorrer ao padre Cícero?

Pedro de Cândido à esquerda

15 - Pedro de Cândido foi morto em 1940, e não em 1931.

Eu não diria que o fotógrafo José Geraldo Aguiar mentiu, porque ele escreveu o que lhe informaram, mas o seu depoente foi um verdadeiro mentiroso, e mentiu muito. 

Como dizia o coroné Ludugero: 

"- O depoente é mei proético".

Fonte: facebook

Ilustrado por José Mendes Pereira
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O PANEMA E O PINTOR DA NATUREZA

Por Clerisvaldo B. Chagas, 12 de setembro de 2014. - Crônica Nº 1.259

O mestre pincelava aqui, retocava ali. Recordo com nítida clareza o quadro bucólico apreciado dos fundos das residências. Fundos das residências da hoje Rua Antônio Tavares que deslumbrava fatia urbana do rio Ipanema.

(Foto: identificação abaixo)

Lavadeiras pobres sob jirau de varas finas, nas areias grossas do rio seco. Palhas descoloridas pelo tempo e tecidos baratos sombreando as mulheres de cócoras à beira da cacimba.

Cem metros a montante, o botador d’água abastece as quatro ancoretas. Está ajoelhado diante da cacimba com tonel sem fundo. O caboclo vai retirando o líquido pesado com uma cuia de cabaça e passando para o funil acoplado na ancoreta. O chapéu de palha protege-o do Sol escaldante do Sertão. O jumento, ao lado aguarda pacientemente o complemento da carga e a voz conhecida do seu dono.

Ali perto, garotos jogam bola no campinho improvisado pelas últimas cheias do Panema. Lá adiante e mais acima, adolescentes caçam rolinhas que procuram a bebida dos minúsculos poços. Os garotos fazem manobras entre pedras e moitas com suas petecas improvisadas.
Uma vaca magrela muge sobre grama e ramagens.

Cavalos, burros, jumentos, pastam isoladamente presos por cordas de caroá.

Um caçador, traje em molambo, corta ao meio a paisagem bucólica com espingarda à mão.

Uma banda do céu se encurva e azula o cenário nordestino da década 1950.

O tinido do ferro na bigorna dita o ritmo do tempo no compasso que preenche o vazio do vale, do sertão, da vida encravada na simplicidade das coisas, das páginas de Deus.

Tira uma sesta o serrote do Gonçalinho, o serrote do Cruzeiro, a serra Aguda, os píncaros da Remetedeira.

O pintor vai encerrando a cena quando fiapos de brancas nuvens passam  como lenços brancos, acenando para o dorso encardido do velho Panema.

* Foto histórica e rara  de Laércio Luiz em:
LIMA. Ivan Fernandes. Geografia de Alagoas. 2ª ed. São Paulo, Do Brasil, 1965.


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Sílvio bulhões e rosa Maria Murtinho


O Professor e economista SILVIO BULHÕES (filho dos cangaceiros DADÁ e CORISCO), sempre se destacou por ser uma pessoa inteligente, cortês e atenciosa, com todos aqueles que o procuram, seja para bater um papo sobre sua origem; a história de seus pais e amenidades. Nessa FOTO, ele está num evento social, ao lado de um importante personagem, em PENEDO.

Rosa Maria Murtinho

Vale salientar que o BETO MAIA no facebook arrebentou. Matou logo de cara, quem é o personagem que está com DR. SILVIO BULHÕES. 

Realmente, essa foto é da década de 1970/1980, da outrora belíssima ROSA MARIA MURTINHO.

Abraço. Volta Seca

Foto: Arquivo da família
Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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O CANGAÇO - UMA FOTO RARÍSSIMA DE ANTÔNIO SILVINO - O RIFLE DE OURO


Manuel Batista de Moraes, o Antônio Silvino, foi durante muito tempo o Rei do Cangaço antes da chegada de Lampião. Nascido em Afogados da Ingazeira-PE em 2 de novembro de 1875 e faleceu em Campina Grande, PB, 30 de julho de 1944. Filho de Francisco Batista de Morais e Balbina Pereira de Morais.

Adota o nome de guerra de Antônio Silvino em homenagem a um tio, Silvino Aires Cavalcanti de Albuquerque, também bandoleiro. Por outros, é apelidado de o "Rifle de Ouro".

Conforme a pesquisadora da Fundaj, Semira Adler Vainsencher, ele representou, um pouco antes de Lampião, o mais famoso chefe de cangaço, substituindo cangaceiros célebres tais como Jesuíno Brilhante, Adolfo Meia-Noite, Preto, Moita Brava, o tio - Silvino Aires - e o próprio pai.

Entre suas façanhas, arrancou trilhos, prendeu funcionários, e sequestrou engenheiros da Great Western, que implantava o sistema ferroviário na Paraíba.

Nesse estado, um dos seus maiores perseguidores, nos primeiros anos do Séc. XX, foi o alferes Joaquim Henriques de Araújo, que mais tarde viria a ser Comandante da Polícia Militar paraibana.

Em Pernambuco, uma década depois, foi perseguido pelo alferes Teófanes Ferraz Torres, delegado do município de Taquaritinga, que finalmente o prendeu em 1914, no governo do general Dantas Barreto.

Tornando-se o prisioneiro número 1.122, da cela 35, do Raio Leste da antiga Casa de Detenção do Recife, teve comportamento exemplar. Em 1937, é libertado através de um indulto do presidente Getúlio Vargas.

Faleceu no dia 30 de Julho de 1944 na cidade de Campina Grande-PB.

Obs: Esta foto fora gentilmente cedida por um familiar de Antônio Silvino, residente na cidade de Campina Grande-PB, à amiga Sulamita De Souza Buriti (Campina Grande-PB) que nos presenteou com uma cópia da imagem... e que agora compartilhamos com todos(as) vocês.

Nossos agradecimentos.

Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior

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Lavras em Festa: Programação Cariri Cangaço Lavras da Mangabeira 2014


Sexta Feira - 12 de Setembro

18h30min: Solenidade de Abertura
Câmara Municipal
Lavras da Mangabeira;
19h30min: Palestra
"Padre Cicero, a participação de Lavras
e a questão do Juazeiro"
Dimas Macedo
20h00min: Apresentação Cultural;

Mesa de Debate;
Lançamento de Livros.


Sábado: 13 de Setembro

8h30min: Encontro do Grupo na Praça da Matriz 9h00min: Visita Casa de Dona Fideralina;
9h30min: Praça da Igreja de Nª. Srª. do Rosário Distrito de Quitaius
Apresentação dos Penitentes;
10hs: Visita a Casa de Cazuza Clemente;
11hs: Visita a Casa de Joaquim Leite;
12hs: Encerramento na Vila Passos Feliz.

Cariri Cangaço Lavras da Mangabeira 2014

Cristina Couto
Manoel Severo


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A FORÇA DOS CORONÉIS : ZÉ ABÍLIO E CHICO HERÁCLIO


O coronel Chico Heráclio reconhece que os tempos, hoje, não estão mais favoráveis aos chefes políticos do interior. Lembra-se de 1951, na eleição para a Prefeitura de Limoeiro: em quase 11 mil eleitores, a oposição não alcançou 5% da votação. Em 1952, o candidato a governador adversário só conseguiu 47 votos no município. O voto, então, já era secreto, mas conta-se que a coisa funcionava assim:

O coronel dava toda a assistência ao eleitor. E lhe entregava, na boca da urna, o envelope com as cédulas, tudo prontinho. Às vezes o matuto perguntava se podia ver o nome dos candidatos. O coronel respondia:

— Pode não, oxente. Não sabe que o voto é secreto?

O coronelismo em Pernambuco estava então no auge. E não era só em Limoeiro. Em Serrita — quase divisa com o Ceará.

O coronel Chico Romão entendeu de pôr para fora o juiz de Direito da cidade. Sua força junto ao governo, entretanto, não valia muito no caso, pois juiz é inamovível.

Chico Romão resolveu usar seus próprios meios: proibiu toda a cidade, inclusive bares e empórios, de fornecer água ou comida ao juiz. Seu controle sobre a população era tão grande que o juiz não teve outra saída — foi embora.

Com um adversário político, que depois viria matá-lo a tiros, Chico Romão fez coisa parecida: comprava todas as casas onde ele fosse morar, e o despejava em seguida. O homem acabou se mudando para uma cidade vizinha, Salgueiro, onde afinal se deu o crime.

Zé Abílio, coronel de Bom Conselho, conseguiu o cargo de inspetor do Instituto do Açúcar e do Álcool numa terra que não tinha um só pé de cana:
— Se passar algum caminhão carregado de açúcar por aqui — dizia — eu inspeciono ele.

Até 1962, nenhum coronel tinha sido processado por assassinato, o que só ocorreria com Chico Romão, pouco antes de sua morte. O próprio Zé Abílio passou um susto certa vez, acusado da morte de dois cabras em plena rua, mas não chegou nem a ser pronunciado. E continuou batizando e casando, em Bom Conselho, apesar da opinião de monsenhor Damaso, vigário da paróquia:

— Abre-se o Código Penal ao acaso. Em qualquer página que cair, ele pode ser enquadrado em todos os artigos.


0 domínio dos coronéis era intocável. Criminoso que conseguisse asilo de um deles — LAMPIÃO e muitos cangaceiros haviam usado essa proteção, no seu tempo — estava salvo, não era mais procurado pela Polícia. Em compensação, quem caísse em desgraça, não tinha garantia nem com a Polícia inteira ao seu lado.

Conta-se que, um coronel chamou um dos cabras e lhe perguntou:

— Você conhece o padre Olavo?

— Conheço não, seu coronel. Mas já estou com raiva dele.

— Não é nada disso, oxente: é só pra levar este peru pra êle.

( FONTE : REVISTA REALIDADE — Novembro. 1966 )

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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