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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Daqui pra lá e de lá pra cá..

Por: Luitgarde Barros
Jonasluis de Icapuí, Lamartine Lima e Luitgarde Barros, no Cariri Cangaço 2013

Boa tarde, Severo e Aderbal. Obrigada pelo envio das notícias todas do Cariri Cangaço. Estava com saudade de vocês e de nossos eternos papos. Tenho tido notícias dos eventos, mas estou atolada até o pescoço com compromissos como estar fazendo as orelhas do segundo volume das “Memórias de Ulysses Lins de Albuquerque” - autor de Moxotó Brabo, “Três Ribeiras” e “Um sertanejo e o Sertão” - e embarcar no dia 18/8 para um giro pelo Panamá e um Congresso na Costa Rica. Voltando de lá no dia 1/9, no dia 3 embarco para um Congresso de Comunicação em Foz do Iguaçu, de onde retorno no dia 8.

Em 15/10 estarei em Arapiraca alagoas, recebendo, com mais 9 professores velhos aposentados, o título de Professor Honoris Causa da Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL. Quando nos encontramos pessoalmente, tenho um mundo de coisas para discutirmos. Em novembro nos veremos no Cariri, no Seminário sobre Padre Cícero, não é mesmo?

Abraço a todos, obrigada por estarem aí escrevendo tantos novos capítulos dessa história triste do sertão.

Abraço amigo,
Luitgarde Barros
Rio de Janeiro - RJ

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VOCÊ SERIA CANGACEIRO OU VOLANTE?

Por Rangel Alves da Costa*

Já fiz a pergunta acima em muitas ocasiões, desde minha Nossa Senhora da Conceição de Poço Redondo à capital sergipana e outros lugares por onde passo. Não era pesquisa, mas apenas a busca da percepção do povo perante a saga do cangaço. As respostas já eram esperadas, principalmente se feitas as indagações no sertão ou na capital e centros mais desenvolvidos.

Na maioria, o sertanejo abraçaria o cangaço sem pensar duas vezes. Mas erra quem imaginar que os citadinos optariam por ser da volante, da macacada perseguidora de cangaceiros. Apenas uma pequena parcela afirmou que teria o prazer de empunhar arma para ir ao encalço dos malfeitores. Ninguém se absteve de responder, mas a maioria preferiu dizer que  nem de um lado nem do outro. “Deus me livre de entrar nesse meio!” Uma resposta como síntese.

E você, seria cangaceiro ou volante? Não precisa responder agora. Primeiro tenho a dizer que tenho lido e ouvido opiniões as mais diversificadas a respeito do cangaço. Por consequência, há os que louvam a saga cangaceira, glorificam Lampião e vêem o cangaço como uma luta justa dos oprimidos contra as forças opressoras, mas também os que maldizem tudo que diga respeito ao Capitão e seu bando. E também todos os grupos armados que gestaram nas caatingas nordestinas.

Estes, os ferrenhos críticos da saga e da majestade lampiônica, talvez desejassem ser perseguidores de cangaceiros não apenas pelo fato de que seria honroso fazer parte de um grupo policial comandado, por exemplo, por Zé Rufino, Liberato de Carvalho ou João Bezerra. Mas simplesmente porque internalizarem a ideia de que cangaço era sinônimo de morte e destruição, e cangaceiro a feição da violência, da brutalidade e da fúria sanguinária e impiedosa. Por consequência, o seu líder maior seria o anticristo das caatingas nordestinas.


Na verdade, acaso eu desejasse ter uma explicação maior acerca da opção por preferir ser cangaceiro a volante, ou vice-versa, dificilmente receberia uma resposta satisfatória, uma justificativa plausível e convincente acerca da opção. E assim por que as pessoas geralmente opinam sem ter um conhecimento mais aprofundado sobre o que foi o cangaço, suas causas e motivações, os modos de atuação no sertão nordestino, o que pode ser visto como verdade ou mentira no seu contexto.

Igualmente com relação à volante, eis que muitos ainda acreditam que era apenas a polícia atrás do bandido, a lei perseguindo o crime. Na concepção de muitos, um grupo de homens ordeiros, diligentemente comandados por um estrategista das caatingas, cujo objetivo maior era dizimar aqueles bandoleiros que aterrorizavam os sertões e afrontavam o Estado. E pensar assim é desconhecer a expressão “farinha do mesmo saco” que tantas vezes pode ser aplicada às ações indistintas dos dois grupos.

Jamais influenciei a resposta de quem quer fosse. Contudo, diante de algumas aberrações ouvidas, via-me no direito de explanar um pouco acerca do mundo cangaceiro, incluindo logicamente a volante. E sempre expunha que na minha concepção o cangaço fora realmente fruto daquelas expressões tantas vezes repetidas: Pessoas na maioria iletradas, que se sentiam injustiçadas, maltratadas ou ignoradas pelo Estado e pela lei, oprimidas pelos poderosos de então, e que não se viam com outra saída senão se juntar em grupo, pegar em armas para serem sentidas e ouvidas, ainda que de maneira brutal e sangrenta.

Sobre a volante não podia omitir a verdade. Afirmava que era o mesmo cangaço ao inverso. Quer dizer, forças policiais que não obedeciam limites ou fronteiras na perseguição de cangaceiros, mas cuja caçada fazia de vítima até mesmo o mais humilde trabalhador sertanejo. Objetivavam limpar o sertão daquela praga de malfeitores, arruaceiros e violentos, mas deixavam rastros de sangue e desordens por onde passavam;  pretendiam proteger o sertanejo daquela sanha brutal, mas aterrorizavam mais ainda o homem da terra; enfim, queriam dar fim à violência cangaceira, mas agiam com desmedida brutalidade nas vastidões espinhentas.

Mas insisto na pergunta, e você, se naqueles tempos vivesse, enveredaria pelos caminhos do cangaço ou da volante? Faço uma pequena observação antes que responda: Dizem que João Bezerra, o comandante da volante na Chacina do Angico, passou o restante da vida amargurado por ter traído o amigo Lampião. Pois eram amigos, de proseados e carteados nos escondidos da mata. Não acredito, mas dizem. Farinha do mesmo saco ou os generais escrevem outra história às escondidas?

Quanto a mim, não seria nem cangaceiro nem volante. Ser coiteiro me bastaria. Aliás, coiteiro sou. Não um grandioso Mané Felix nem um Messias Caduda, mas alguém que sempre procura preservar o Lampião para iluminar a História.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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HISTÓRICO EM SÉRIE DE 04 CRÔNICAS SÃO PEDRO E A SUA IGREJINHA (II)

Por Clerisvaldo B. Chagas, 19 de agosto de 2014 - Crônica Nº 1.242

Apelando para o nosso livro O boi, a bota e a batina, história completa de Santana do Ipanema, vimos que no Bairro São Pedro, existe uma praça que leva o mesmo nome do bairro. Defronte a ela está localizada também a igrejinha de São Pedro, o apóstolo de Jesus. 

ASPECTO PARCIAL DA NAVE. (Foto: Clerisvaldo).

Sua construção teve início em 1915, sendo paralisada após, ficando esquecida a obra durante dezessete anos. Somente em 1937, na gestão municipal do senhor Ormindo Barros (2º vez), a igrejinha teve reiniciados os seus trabalhos, através do patrocínio do comerciante Tertuliano Nepomuceno.

 Símbolo e frases em mármore e metal. (foto: Clerisvaldo).

Serviu o pequeno templo de São Pedro no pequeno espaço físico entre dois estreitos corredores na parte da calçada alta do bairro. Tendo ao seu lado direito residências e no esquerdo uma também pequena escola denominada popularmente Bacurau, a igrejinha resistiu ao tempo. Periodicamente os padres ali celebravam missa, principalmente no dia 29 de junho. Na ocasião era distribuído o famoso pão de Santo Antônio, cuja imagem marca presença na igrejinha.

O pequeno templo pertence à Paróquia de Senhora Santa Ana e teve por muito tempo como zelador, o sargento reformado, Narciso Gaia, conhecido por Seu Gaia. Homem alto, fala pausada e morando próximo da igrejinha, Seu Gaia sustentara fogo contra o futuro Lampião no combate de Poço da Areia, como soldado, em 1921.

SÃO JOÃO. (Foto: Clerisvaldo).
A vizinha escola Batista Acciolly, formou dupla importante com a igreja de São Pedro, sendo quase do mesmo ano. Como foi fundada com o intuito de servir aos alunos que trabalhavam pelo dia, funcionando à noite, pegou-lhe em cheio o apelido da ave noturna, bacurau. Para informações, um prédio era sempre apontado como vizinho do outro.

E assim a igrejinha de São Pedro, discretamente, ia vendo passar a vida naquele bairro tranquilo, sem vocação para o comércio, contramão dos maiores movimentos de pessoas, lugar para quem quer viver em paz.

Estive no Bairro à fotografá-la para o nosso livro “227” (pronto para lançamento) a história de Santana através dos seus prédios, com apresentação dos escritores Fábio Campos e Marcello Fausto, quando me deparei com a reforma a que a igrejinha estava sendo submetida. Belíssima foto da parede da frente em ruínas e logo outra da igreja reformada são brindes, colírios quando for publicado o livro “227”.

·         *  Continua amanhã.



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O cangaço - Homenagem

Por Geraldo Júnior - pesquisador do cangaço

Ao entrar no blog do Mendes e Mendes a princípio você terá a sensação de que está navegando em uma página relacionada a algum artista ou cantor regional... rsrsrsrs..., mas, após uma boa espiada, você perceberá que o site trata única e exclusivamente sobre o tema cangaço e nordeste.

O site do Mendes e Mendes que é administrado pelo amigo José Mendes Pereira Mendes, da cidade de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte, trata dos mais diversos assuntos relacionados sobre o cangaço e nordeste, e mantém um incrível acervo de fotos e imagens relacionados com o tema. 

Um excelente trabalho que é realizado com competência e idoneidade, com o objetivo de preservar e resguardar a história do cangaço e do nordeste brasileiro.

Nós que estamos a frente da administração das páginas "O Cangaço" prestamos essa simples homenagem, e parabenizamos este guardião da história.

Adendo - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Grande pesquisador Geraldo Júnior:

Agradecemos muito o seu elogio aos nossos trabalhos sobre o cangaço, e que realmente é feito com muito cuidado, para que não seja prejudicado algum dos nossos escritores, pesquisadores e colaboradores.  

O motivo de  chamarmos nossos escritores, pesquisadores e colaboradores não é pelo fato de possessividade, e sim o que todos eles têm feito pelo nosso blog, enviando-nos excelentes textos, e assim o blog do Mendes e Mendes é bastante visitado pelos nossos leitores em quase todos os países do mundo, comprovado na página de Estatística do blog e no globinho. 

E agradecemos também aos leitores, que sem a participação deles o blog do Mendes e Mendes não estaria com este total de visualizações. 

As postagens são feitas com cuidado, para não prejudicarmos ninguém, e quando erramos, nós aceitamos a nossa falha, já que ninguém é perfeito. E se a pessoa viu um erro no seu trabalho, que nos comunique, para que seja corrigida a nossa falha. Tentamos manter a estética, isto é de acordo com espaços nas fotos, nas linhas, mas algumas vezes não conseguimos uma estética perfeita.

Aqui está a página de Estatística do blogdomendesemendes  neste momento.  

Visualizações de página por país

Gráfico dos países mais populares entre os visualizadores do blog

EntradaVisualizações de página
Brasil
1117804
Estados Unidos
163667
Alemanha
106183
Portugal
29988
Rússia
15656
China
13354
Malásia
10351
França
7179
Reino Unido
3723
Índia
3054

Este é o total de visualizações até hoje. Claro que se você somar estes resultados não darão o total geral que aparece no gadget, 1.546.347. 

Mas entenda: O blog só mostra os 10 primeiros países que mais visualizam. O restante de visualizações está distribuído nos outros países que não aparecem. 

Mas veja: Na coluna à esquerda do blog aparece um globinho em movimento, e ele vai  rodando e mostrando o total de visualizações dos países que não aparecem na estatística. 

Muito obrigado grande pesquisador, pela homenagem. 


Geraldo A. de Souza Júnior (administrador)
conheçam o site... acessando:


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CRUELDADES VARREM O SERTÃO


Não dá para enumerar as atrocidades cometidas por Lampião. Sob o escudo da vingança, ele tornou-se um espert", em "sangrar" pessoas, enfiando-lhes longos punhais corpo adentro entre a clavícula e o pescoço. E consentiu que marcassem rostos de mulheres com ferro quente. Arrancou olhos, cortou orelhas e línguas. Castrou um homem dizendo que ele precisava engordar.

Manoel Severo, Aderbal Nogueira, Paulo Gastão e Antonio Vilela

Não há nada que justifique práticas assim. Mas muitos pesquisadores tentam explicá-las. "Lampião é um produto do seu meio", arrisca Paulo Medeiros Gastão - Sócio da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, com sede em Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte. "Ele foi levado por fatores ligados à vida no sertão, com ignorância, secas, ausência de governo e de Justiça", diz Paulo Gastão, mas argumentos assim, alegados por muitos estudiosos, não são suficientes para entender Lampião. É o que garante o historiador americano Billy Jaines Chandler, especialistado assunto.

Sua história, com todas as suas excentricidades, é toda dele". O ambiente em que o bandido cresceu, porém tem seu peso.

De acordo com Vera Lúcia F. C Rocha, da Universidade Estadual do Ceará, “o código de honra do sertão não culpabiliza os homens que matam por vingança, mas enaltece sua coragem”. Vera, que escreveu o livro “Cangaço: Um Certo Modo de Ver”, lembra que aquela sociedade repete para os meninos: “Seja homem”. Será que era essa expectativa que Virgolino Ferreira tentava atender?

Extraído da Revista:
"Super Interessante", 
Publicada em Junho de 1997
Ano: 11 
Nº 6

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LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE


Adquira o seu exemplar pelo preço módico de R$ 50,00 (Frete incluso) diretamente com o autor:
archimedes-marques@bol.com.br

Archimedes Marques (Delegado de Policia Civil no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Publica pela Universidade Federal de Sergipe) archimedes-marques@bol.com.br

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Pássaro australiano é o maior plagiador da floresta!


Clique no link abaixo para você acompanhar passo a passo o canto deste pássaro imitador
http://www.megacurioso.com.br/animais/45322-passaro-australiano-e-o-maior-plagiador-da-floresta.htm?utm_source=HomePortal&utm_medium=baixaki

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:

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O FILME DE ABRAÃO SOBRE LAMPIÃO E CANGACEIROS

FOTO DA SESSÃO, NO RESPECTIVO CINEMA. Notar as autoridades presentes, e o aviso, informando, os dias de sessão para o público feminino.

O árabe Benjamin Abraão foi o único a FILMAR Lampião e seus cangaceiros, por volta de 1936 / 7. O filme, com cenas reais, foi exibido pela 1ª vez, no CINE MODERNO, em Fortaleza, para que os censores (DIP) da ditadura do Governo VARGAS, pudessem aprová-lo, ou não.


O fato é que o FILME, após a sua exibição, foi APREENDIDO, por ser considerado ofensivo ao Governo.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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Amor de um filho para com o pai sem nunca tê-lo visto

por José Malta Neto
Professor Sílvio Bulhões

No dia 15 de dezembro de 2007, a Loja Maçônica Benfeitora da Ordem Amor A Verdade realizou sua tradicional festa branca, quando familiares e amigos dos maçons santanenses foram convidados. Na oportunidade o professor e economista aposentado Sílvio Hermano de Bulhões apresentou uma palestra cujo tema foi a sua vida e a relação com o seu pai Cristino Gomes Cleto (Corisco).

Capitão Corisco

Durante 40 minutos o palestrante apresentou informações importantes sobre a sua vida com o Padre Bulhões e concluiu demonstrando o seu amor pelo seu pai Capitão Corisco.

 Padre Bulhões pai adotivo de Sílvio Bulhões -filho de Dadá e Corisco

“No princípio tive muito ódio do meu pai, depois passei a admirá-lo e agora sinto um profundo amor por ele” resumiu o professor Sílvio Bulhões.

Na oportunidade gravamos a palestra, disponibilizando o áudio para que nossos internautas pudessem entender essa relação tão magnífica entre pai e filho que não se conheceram fisicamente ou como o próprio professor Sílvio diz conscientemente, uma vez que ele ficou com o pai nove dias.

Passados alguns anos, seis para sermos precisos, estamos disponibilizando agora o vídeo dessa palestra. Fazemos agora pois exatamente em 2013 um ciclo de amor encerrou e nasceu outra forma de amar como diz o próprio Sílvio Bulhões.

Clique neste link para você ver o vídeo

http://www.maltanet.com.br/noticias/noticia.php?id=10657

Na década de 70 o filho do Capitão Corisco fez uma campanha, junto com outros amigos para sepultar a cabeça do cangaceiro que estava exposta no museu Nina Rodrigues em Salvador – BA.

Em dezembro de 2012 o professor Sílvio voltou a Salvador com mais uma missão: Exumar os restos mortais do pai, cremar, trazer de volta a Alagoas as cinzas e jogá-las ao mar. E assim o fez.

No dia 26 de maio de 2013, uma data significativa para o economista e pesquisador Sílvio Bulhões, acompanhado de alguns familiares jogaram na costa marítima de Alagoas as cinzas de Cristino Gomes da Silva (Corisco).

Os detalhes desses episódios deixamos em aberto, pois faz parte de um livro que com essa ação última fica pronto. Estamos ansiosos em ver essa obra publicada que realmente segundo que já pode ver os arquivos mostra o amor que o escritor demostra pelo pai que não viu pelos olhos normais.

Por enquanto deixamos o vídeo da palestra e o registro fotográfico do momento em que o Professor Sílvio Hermano Bulhões cumpriu o desejo de ver as lembranças do seu pai no grande Oceano Atlântico,

“Fiquei muito feliz em jogar as cinzas dos restos mortais do meu pai no oceano, pois de agora em diante não temerei ações de curiosos, e também em poder homenageá-lo sempre que desejar em qualquer parte do mundo apenas jogando flores ao mar” – disse o Professor Sílvio Hermano Bulhões em uma conversa conosco.

Sílvio Bulhões

No dia 08 de Novembro de 2013 o professor Silvio Hermano Bulhões deposita flores no oceano, lembrando seu pai.

http://www.maltanet.com.br/noticias/noticia.php?id=10657
Ilustrado por José Mendes Pereira
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Bandido? Herói?

Por José Mendes Pereira

O temido cangaceiro não foi tão fácil para exterminá-lo da caatinga brasileira. Centenas e mais centenas de policiais estavam à procura do famoso cangaceiro, mas só após 20 anos de perseguição, foi que finalmente conseguiram exterminar de uma vez por toda Lampião e seus comparsas, que para dificultar o trabalho da polícia, ele resolveu dividir o seu grande bando de marginais em pequenos grupos.

Os tempos passaram, mas o perverso e sanguinário Lampião continua sendo o mesmo de antes, apenas com uma diferença, não mais faz o que fazia antes, mas é estudado por todos os lugares do Brasil e do mundo. Uns o classificam como herói, outro, como bandido e assim seu nome está indo de geração a geração.


Dona Expedita Ferreira, a única filha de Lampião e Maria Bonita disse o seguinte: 

"- Ninguém pode dizer se meu pai era bandido ou herói. Ele era um pouco de cada". 

Fonte: Revista Super Interessante - Ano 11 - Número 8 - Junho 1997


Já dona Maria Ferreira Queiroz, já falecida, irmã do cangaceiro Lampião, disse: 

"- Ele não roubava, não, ele pedia. Agora, se não dessem, ele ia buscar"

Fonte: Revista Super Interessante - Ano 11 - Número 8 - Junho 1997

Virgolino Ferreira da Silva o rei Lampião era profundo conhecedor da caatinga do nordeste brasileiro, e já a conhecia desde quando era rapazote responsável, honesto e trabalhador.

O cangaço resistiu tantos anos devido o apoio que tinha Lampião e seus comparsas, os quais eram: agricultores locais, políticos corruptos, camponeses e alguns padres que por serem religiosos, temiam os bandidos. 

A própria patente “capitão” de Lampião, segundo os pesquisadores, lhe foi concedida pelo o mais e poderoso religioso do nordeste, o Padre Cícero Romão Batista. Se a patente de capitão dada a Lampião foi por espontânea vontade do Padre Cícero, quase ninguém sabe, e é mais provável que ele tenha sido pressionado por alguém para patentear o terrível bandoleiro.


Como grande religioso que era, na minha humilde opinião Padre Cícero Romão Batista deve ter sofrido uma grande pressão por alguns políticos oportunistas, ou o padre Cícero recebia os cangaceiros em Juazeiro do Norte, ou seria banido da igreja que lá era o pároco.

Informação ao leitor: O que eu escrevi não tem nenhum valor para a literatura lampiônica. Isto é apenas minha humilde opinião. Não registre em seus documentos como real.

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Livros sobre "Cangaço" e outros temas é com o professor Pereira em Cajazeiras-Paraíba


O professor Pereira lá de Cajazeiras no Estado da Paraíba tem livros raros da literatura do cangaço e das coisas de nosso nordeste. Estão à nossa disposição, desde os mais belos clássicos sobre a temática como os últimos e esperados lançamentos. Para consultar disponibilidade, preços, fretes, solicitar o seu catálogo; é só entrar em contato:
email: 
franpelima@bol.com.br
Telefones:
83 9911 8286(Tim) – 83 8706 2819(Oi)
Ele entrega seu livro em qualquer parte do Brasil. 

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Envolvimento da família Ceará de Cruz das Graças com o bando de Zé Sereno.


Um outro fato tão importante quanto os anteriores que me foi passado, ainda na infância, por parentes foi o envolvimento da família Ceará de Cruz das Graças com o bando de Zé Sereno. 


Minha família vem de uma linhagem que cruza com as dos Cearás através do patriarca de minha família materna: Chico Ceará (Francisco Felipe dos Santos) que chegou do Ceará por volta de 1877 em terras sergipanas, fugindo da seca que assolava sua região. Veio com cinco filhos. Andrelino Felipe dos Santos e Antônio Felipe dos Santos, chegaram estes casados e Antônio era pai de Marcionília dos Santos, esposa de Pilin; José Felipe dos Santos (homônimo); e de José dos Santos, esposo de Dodó (Alexandrina Flora dos Santos), pais de Didi (Olindina) do Bonsucesso, minha bisavó. 

Também vieram duas filhas solteiras de Chico Ceará e mais dois sobrinhos. O último a ser citado, José Felipe dos Santos (Zezé Ceará), casou-se com Maria das Graças, da família Barreto, vinda do povoado Lagoa da Mata, tiveram doze filhos, dentre estes, Baltazar Francisco dos Santos e Manoel Perciliano dos Santos (este que vai a se tornar o primeiro prefeito de Cruz das Graças, eleito em 17 de janeiro de 1965), ambos que vão formar a famosa “Volante de Baltazar” que eclodem no famoso “Fogo do Salobro”, nas proximidades de Nossa Senhora das Dores. 

De preto, sentada, minha Trisavó, Alexandrina Flora dos Santos (Dodó).

Fonte: facebook

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O fim do cangaço

Na imagem acima vemos os seguintes cangaceiros: da esquerda para a direita estão: (1) Cobra Verde (2) Vinte e Cinco (3) Peitica (4) Maria Jovina (Juvina) (5) Pancada (6) Vila Nova (7) Santa Cruz (8) Barreira.

Após a morte de Lampião grupos de cangaceiros começaram a se entregar às autoridades.

Muitos grupos de cangaceiros, após terem perdido sua principal liderança, não viram mais motivos para continuarem no cangaço, e depuseram suas armas se entregando em locais/cidades estratégicas.

Fonte: facebook


Esta é Dona Maria Celeste acompanhado do seu esposo.  Ela é filha dos cangaceiros  Corisco e Dadá.

Fonte: facebook

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