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terça-feira, 10 de junho de 2014

Casa na Várzea da Ema que Lampião tocou fogo


Essa casa era na região da Bahia, próximo à Várzea da Ema, região do coronel Petronilo de Alcântara Reis, chefe político de Santo Antonio da Gloria - BA (hoje Gloria). Ele era amigo de Lampião, mas depois se tornou inimigo. Lampião saiu incendiando tudo. - sergio roberto

Adendo - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O cangaceiro Balão

Veja o que disse o cangaceiro Balão à Revista Realidade em Novembro de 1973

"- Até hoje o povo pensa que Lampião matava por qualquer coisa. Mas nunca o vi mandar matar alguém a sangue frio. E as fazendas por ele destruídas eram dele mesmo. Lampião havia comprado as terras em sociedade com um tal de Petro (Petronilo) de Alcântara Reis: Tronqueira, Cachoeirinha, Formosa. Mas Petro as registrou apenas em seu próprio nome. Lampião zangou-se e eu mesmo ajudei a matar muito gado a tiro, na Cachoeirinha". 

O coronel Petronilo está mais para o coronel Delmiro Gouveia - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Continua o cangaceiro Balão: "- Petro (Petronilo) fugiu para Alagoas. Os fazendeiros que se recusavam a dar dinheiro ou gado para o bando nunca eram mortos, mas Lampião expulsava da fazenda todos os vaqueiros. Eles só podiam voltar com sua permissão".

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2009/08/cangaceiro-balao-sensacional-entrevista.html

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Capitão Zé Bezerra e a Tragédia do Caldeirão

Por Fernando Maia Nóbrega
"O senhor capitão, vai pagar caro o 
couro do trancelim"
Severino Tavares

Nome: José Gonçalves Bezerra
Nascimento: Sem informações
Morte: 10 de maio de 1937. – Sítio Conceição, Crato-Ce.
Motivo: Vingança
Acusados: Severino Tavares e Fanáticos do Caldeirão.

Por volta de 1890, chega a Juazeiro atraído pelos milagres ali ocorridos no ano anterior e pela fama de santidade do Padre Cícero um paraibano de nome José Lourenço da Silva. De princípio, fixa-se na cidade e vai trabalhar como agricultor pelos sítios. Aos poucos vai se inserindo, de maneira marcante, na vida religiosa e se transforma em renomado beato. Ao correr do tempo passa a ser admirado por sua capacidade de trabalho e inteligência. Observado pelo Padre Cícero é aconselhado a arrendar terras na região onde pudesse trabalhar por conta própria. Seguindo o conselho recebido, José Lourenço aluga um sítio, pertencente a João de Brito numa localidade chamada Baixa Dantas na cidade do Crato.

 
Zé Lourenço

Na nova paragem fez grandes plantações de macaxeira, feijão, cana de açúcar e inúmeras fruteiras. Em virtude de sua fama de caridoso e acolhedor de pobres, logo seu sítio recebe grande quantidade de fanáticos que lá foram morar em busca de trabalho e religiosidade. Uma ou duas vezes por mês, José Lourenço, juntamente com seus moradores, ia a Juazeiro assistir missas e visitar o Padre Cícero. Em uma de suas idas, recebeu do reverendo um boi Zebu, chamado Mansinho, para ser criado na Baixa Dantas. O animal foi cuidado com todo zelo e carinho pelos fanáticos, mormente por se tratar de uma doação feita pelo “Santo Padim Cícero”, como gostavam de se referir ao sacerdote. Aos poucos, a estima dedicada ao Boi Mansinho foi se transformando em adoração. Os chifres eram adornados com flores e fitas; sua urina transformada em remédio milagroso e as pontas das unhas em amuletos.

 
Padre Cícero

Monsenhor Joviniano Barreto, pároco de Juazeiro, denunciava às autoridades eclesiásticas da região que na Baixa Danta os fanáticos estavam se desviando da ortodoxia da Igreja Católica, e se praticando o fetichismo em total heresia aos cultos da Santa Igreja. Dr. Floro Bartolomeu atendendo os anseios do Monsenhor e evitar críticas da imprensa, pôs fim no totemismo ao prender o Beato José Lourenço e mandar sacrificar o Boi Santo na presença de muitos fanáticos. Em 1926, João de Brito, cedendo às pressões, desfaz o acordo de arredamento do sítio Baixa Danta forçando o Beato José Lourenço ocupar uma propriedade do Padre Cícero conhecida como Caldeirão dos Jesuítas também localizada na cidade do Crato.

Exatamente como antes procedera, o Beato José Lourenço juntamente com 300 famílias faz grandes plantações de algodão, imensos canaviais, constrói dois açudes, ergue uma capela e várias casas no novo assentamento.  Tudo que era produzido pertencia a todos inexistindo um dono exclusivo. Em 1934, com a morte do Padre Cícero, muitos os sertanejos desamparados de um líder foram ter guarida nas terras do Caldeirão. Se havia falta de emprego no Cariri, nas terras do Beato,ao contrário, todo mundo trabalhava e mais ainda: o que era plantado ou criado pertencia à coletividade inexistindo a figura do patrão.


No seu inventário, o Padre Cícero deixara todas as terras que lhe pertenciam para os padres salesianos. E como a Igreja já se pronunciara contra as distorções religiosas praticadas na comunidade do Beato Zé Lourenço e, principalmente, tendo receio que os fanáticos se apoderassem das terras ocupadas, o bispo procurou um meio de expulsá-los de lá. Usando o prestígio do seu partido político, a LEC – Liga Eleitoral Católica – representantes da Igreja pressionaram o governo para extinguir a comunidade do Caldeirão sob o argumento de uma possível célula comunista.

Reunidos no Palácio da Luz em Fortaleza, o Governador do Estado, Dr. Menezes Pimentel juntamente com o Secretário de Estado Andrade Furtado, o Chefe de Polícia Cordeiro Neto e o Bispo do Crato D.Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva decidiram acabar com o Caldeirão. A primeira atitude tomada pelo Chefe de Polícia foi enviar dois agentes secretos ao Caldeirão para se inteirar da realidade. O primeiro era um agente civil que se infiltrou como fanático; o outro era o Capitão Zé Bezerra que se passando por industrial dizia estar ali com o intuito de instalar uma usina de beneficiamento de oiticica.


Sentados: Dom Quintino (1º Bispo de Crato) e monsenhor Juviniano Barreto. Atrás, 1º à esquerda monsenhor Assis Feitosa  e à direita, cônego Manoel Feitosa.

Depois de dias de observação, embora não tenha verificado a existência de armas, o relatório do militar classificava a situação como “perigosa” e era favorável a sua desativação em virtude do caráter comunista na distribuição dos lucros. Em setembro de 1936, sob o argumento que a comunidade do Caldeirão, com mais de 1500 habitantes, era uma ameaça ao Estado, um contingente de 150 policiais foi enviado para a desocupação do lugarejo. Enquanto os pobres sertanejos abandonavam suas casas, o Capitão Zé Bezerra, nomeado interventor do arraial, ordenou o desarmamento dos  moradores, sendo encontrado somente instrumentos de trabalho: enxadas, foices e machados. Em seguida, deu-se o prazo de cinco dias para os casados abandonarem o local e dois aos solteiros. Por último, a polícia queimou os casebres, os depósitos de algodão e víveres. Consta que saqueou todo bem que tivesse e liquidez imediata.

Foi precisamente durante sua permanência na direção do Caldeirão que Zé Bezerra cometeu duas faltas gravíssimas aos olhos dos fanáticos: a tortura praticada numa mulher em meio a um interrogatório sobre o paradeiro de José Lourenço e ter causado a morte do cavalo Trancelim animal preferido do Beato. A revolta dos moradores se transformou em ódio e num sentimento perpétuo de vingança. Após a expulsão, os fanáticos se reagruparam sob o comando do Beato José Lourenço em um lugar inóspito na Serra do Cariri que englobava dois sítios: Mata dos Cavalos e Curral do Meio.
           
José Gonçalves Bezerra era reconhecidamente um homem bravo, corajoso, experiente policial, sendo o oficial escolhido pela Polícia Militar para combater o cangaço no Estado na segunda e terceira décadas do século transato. A literatura cearense é pródiga em referência sobre o José Bezerra. Otacílio Anselmo eminente escritor caririense, oficial da polícia e contemporâneo do Capitão, o descreve como “(...) policial arbitrário e cruel”. O autor de “O Padre Cícero – Mito e Realidade” – diz ter presenciado uma surra aplicada por aquele policial em um cabo da polícia dentro do quartel da capital.

Nertan Macedo

Nertan Macedo, outro escritor, define o Capitão Zé Bezerra como “(...) um dos maiores bandidos autoridades que se teve notícias no Ceará.” É bem verdade que na incessante procura a pistoleiros e cangaceiros no Ceará, verificada entre os anos de 1920 a 1930, coube na época aos Tenentes Peregrino Montenegro e Zé Bezerra a missão de exterminar banditismo no interior do Estado. Ressalte-se que foi sob o comando de Zé Bezerra que ocorreu a “Tragédia das Guaribas”, onde Chico chicote e seus companheiros foram trucidados em 1927 em Brejo Santo - Ce.

Entretanto, em que pese os inúmeros riscos de vida passados nas refregas contra cangaceiros, foi durante a pacífica tomada do Caldeirão em 1936, que o Capitão Zé Bezerra cometeu dois graves erros, os quais foram fundamentais para a execução de sua morte no ano seguinte. O primeiro, quando em um interrogatório sobre o paradeiro do Beato José Lourenço, Bezerra usou de meios torturantes ao queimar os seios de uma mulher com o charuto que fumava. O outro, talvez o mais grave aos olhos dos crentes, quando sob o efeito de bebida alcoólica, cavalgou o Trancelim, cavalo de estimação do Beato. Durante toda noite percorreu a região, açoitando o animal e às carreiras passava pelas ruelas do arraial. Recolhido à estrebaria, exausto o cavalo viria a morrer no outro dia. Ressalte-se que havia a crença entre os fanáticos, aceita como a mais pura verdade, que ao morrer o Beato subiria aos céus montado no Trancelim. O Capitão Zé Bezerra cometeu a heresia de profanar a religiosidade daquele povo.

Tempos depois, quando já ocupavam a Mata dos Cavalos, os moradores se dividiam em duas correntes de pensamento. De um lado, sob o comando teocrático e pacifista de José Lourenço, pregava-se o perdão aos responsáveis pela diáspora do grupo. Do outro, sob a liderança político-militar de Severino Tavares, clamava-se pela vingança e a reconquista do Caldeirão.

Os seguidores de Severino Tavares nutriam e armazenavam um ódio e um desejo de vindita contra o Capitão José Bezerra. Para a consecução de seu intento, tramaram um plano arrojado e inteligente que seria o de atrair o militar à Mata dos Cavalos e assassina-lo! Uma cilada foi tramada e posta em prática.

Visita do Cariri Cangaço ao Caldeirão do Beato José Lourenço

Em maio de 1937, apareceu no quartel da polícia em Juazeiro um cidadão de nome Sebastião Marinho a procura do Capitão José Bezerra para apresentar uma queixa. Ao ser atendido pelo militar, informou que suas terras haviam sido invadidas pelos fanáticos do Beato José Lourenço e que é conhecedor de um plano de Severino Tavares de invadir e saquear a cidade do Crato. Embora muito experiente, o Capitão de nada desconfiou e tomou somente uma providencia antes da diligência: o querelante teria que ir com a polícia ao local.

No dia 10 de maio de 1937, formou-se uma volante com objetivo de ir a Mata dos Cavalos assim estruturada: Capitão José Bezerra, 1º Sargento Anacleto Gonçalves Bezerra, 2º Sargento José Marcolino Brasileiro, 2º Sargento Marcelino, 3º Sargento Jaime Olimpio Rocha, Cabo Benigno Gomes, Soldado Raimundo Pereira, Josafá Torquato Gonçalves, Soldado José Dantas (Corneteiro), Soldado Eugênio Cesário da Silva e Soldado Álvaro Gomes Bezerra . Ressalte-se que o sargento Anacleto e o soldado Álvaro eram filhos do Capitão. Ao constatar o pequeno número de policiais destacado para a missão, Sebastião Marinho, talvez com o intuito de despistar suspeita, disse:


            - “Capitão, os soldados são pouco...”.
            Talvez por ser conhecedor do caráter pacifista dos fanáticos e ignorar a nova faceta belicista no grupo, respondeu:
            - “São suficientes.”

Partindo em cima de um caminhão cedido pela prefeitura de Juazeiro passaram pela delegacia do Crato, onde o Capitão foi alertado pelo tenente João Lima, comandante do destacamento daquela localidade, sobre o pequeno número de soldados. Mais uma vez o José Bezerra dispensou ajuda. Ao chegar perto do local destinado, O Capitão Zé Bezerra mandou parar o carro e ordenou que os policiais entrassem em forma. Em seguida, deu alguns esclarecimentos e ordenou que o sargento Marcelino e soldado Cesário ficassem guarnecendo o caminhão. Aos demais, que o seguissem.

Fonte:https://cratonoticias.wordpress.com

Adentraram por uma vereda que dava acesso ao arraial. Em dado momento, inesperadamente saiu de dentro de um espesso matagal uma mulher correndo. Com receio que ela fosse avisar aos fanáticos, o Capitão com o grupo saiu em sua perseguição. Eis que inopinada e inesperadamente os militares são cercados e atacados ferozmente por vários fanáticos, surgidos como fantasmas do meio da mata, armados de cacetes e foices. Em poucos minutos, jaziam inertes Capitão Zé Bezerra, sargento Anacleto, cabo Benigno e o soldado Josafá. Do caminhão se ouviu o estampido de tiros oriundos da mata. O soldado Cesário falou para o sargento Marcelino:
           
 - “O Capitão foi atacado, sargento”.
            “Tenho pena do Capitão, mas ele foi avisado que os soldados eram insuficientes” Respondeu.

Cinco minutos depois Cesário viu um vulto se arrastando pelo mato: era o sargento José Olímpio sangrando e com golpes profundos na cabeça. Arquejando, a vítima disse:

            -“Não deixem que os bandidos acabem de me matar...”.
            Logo após, ouviram uns novos gemidos. Era o sargento Marcolino com alguns soldados feridos.
            - “Fomos atacados de surpresa. Vi o Capitão estirado no chão e o Anacleto também. Acho que morreram.” - Disse Olímpio.

O sargento Marcelino reuniu os soldados capazes de se moverem, mesmo os feridos em pequena gravidade, e foram ao encontro do Capitão. Lá se depararam com um quadro tenebroso: com a cabeça esfacelada, ainda segurando o parabelum, jazia morto o Capitão Zé Bezerra. Ao seu lado, o filho Anacleto. Mais adiante o corpo do cabo Benigno, e do soldado Josafá e mais  três cadáveres de fanáticos. Assim morreu como viveu o bravo militar: da maneira mais trágica e cruel. Morreu como um dia lhe dissera Severino Tavares:
           
 -“O senhor, Capitão, vai pagar caro o 
couro de Trancelim!” .

Fernando Maia Nobrega

Fonte:http://historiadejuazeiro.blogspot.com.br/2011/07/capitao-jose-goncalves-bezerra-por.html

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ESCOLA HELENA BRAGA NO OCO DO MUNDO

Por Clerisvaldo B. Chagas, 10 de junho de 2014 - Crônica Nº 1.206

Ontem, nos turnos matutino e vespertino, os estudantes da Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas caíram no oco do mundo. 


Usando o projeto didático pedagógico: “Estudando a Cultura dos Países Participantes da Copa do Mundo 2014”, os alunos daquela unidade educacional, disseram bem das ações do Plano de Desenvolvimento da Escola – PDE.


Começou muito cedo a animação escolar, com as diversas turmas mostrando o que cada país representado na copa tem como atrativo em seu território. Culinárias, músicas, danças típicas, aspectos paisagísticos, dados históricos e geográficos, tudo foi esmiuçado pelos estudantes sob os olhos atentos de professores e orientadores.

Com o aproveitamento de países de todos os continentes ─ menos a Antártida ─ no Brasil, os alunos caíram no oco do mundo no sentido de pesquisas que enriqueceram de conhecimento a si e aos companheiros que encheram as salas da Escola Helena.

Após as apresentações e a merenda, os estudantes deixavam a unidade iniciando recesso relativo aos jogos da Seleção Brasileira de Futebol.


À medida que os alunos se retiravam, ficava o vazio nas salas de aulas ornadas com motivos da copa. Cartazes das apresentações, traços de tintas, eco de palavras... Deixavam professores, funcionários e direção com o orgulho do dever cumprido nessa fase cultural/festiva.


O diretor da Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas, professor Marcello André Fausto Souza, dizia se sentir feliz em dirigir a escola do Bairro São José que tanto cooperava com diversas comunidades, até mesmo do Bairro Barragem e fatia da zona rural. “Sinto-me completamente satisfeito dirigindo a escola que leva o nome da minha saudosa e querida professora de infância, Helena Braga”. E ainda complementava o diretor: “Em ver os alunos progredindo, a escola completamente conservada após reforma que aconteceu a mais de um ano, um corpo docente focado e coeso na missão do Ensino... Muitas vezes me emociono e agradeço a Deus a confiança em mim depositada em comandar e elevar esse educandário à sociedade alagoana”.

Com a chegada do recesso, todos os que fazem a Escola Helena Braga das Chagas ficaram com o peito azul, branco, verde e amarelo, após uma excursão pensativa pelo OCO DO MUNDO.

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2014/06/escola-helena-braga-no-oco-do-mundo.html

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ALUNAS DA UFAL REALIZAM TRABALHO SOBRE AS MULHERES NO CANGAÇO

Por João de Sousa Lima

Alunas da UFAL, encabeçada por Sara, realizam entrevista com o Historiador João de Sousa Lima para trabalho sobre a participação das mulheres no cangaço...



O encontro para a entrevista aconteceu no Jornal Folha Sertaneja.



João de Sousa Lima cedeu entrevista e foi convidado para participar da apresentação do trabalho que acontecerá esses dias.

Enviado polo escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima. 
http://www.joaodesousalima.com/

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Próxima visita ao Museu do Sertão em Mossoró

Professor Benedito Vasconcelos Mendes - Proprietário do Museu do Sertão

Amigo Zé Mendes:

A próxima visita ao Museu do Sertão será no dia 26 de Julho. O ingresso é um kg de alimento não perecível, que deverá ser entregue no Lar da Criança Pobre. Mais informações você encontra no Site: www.museudosertao.com.br

Forte abraço, Benedito








Adendo:
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Você que gosta de visitar Mossoró no Rio Grande do Norte, precisa conhecer o "Museu do Sertão", fundado pelo professor e Presidente da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço Benedito Vasconcelos Mendes. O Museu do Sertão em Mossoró não pertence a nenhuma repartição do governo. Foi fundado com os próprios recursos do professor.

Você que é diretor de escolas em Mossoró leve seus alunos ao "Museu do Sertão", no dia 26 de Julho de 2014. E para maiores informações, entre em contato com o Museu através do seu site: 

Leve os seus filhos para eles verem o que os seus olhos nunca viram. Vale a pena conhecer o "Museu do Sertão" em Mossoró-Rn. São 11 galpões, com mais de 5.000 peças para os seus olhos conhecerem.


Nota: 

Vale lembrar ao leitor que você não paga nada para visitar o Museu, apenas colaborará com um kg de alimento não perecível que deverá ser entregue no Lar da Criança Pobre em Mossoró, e que lá você receberá o ingresso para a visita ao Museu. O Museu do Sertão não necessita de ajuda para sobreviver. 

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Lampião e o Mineiro Pedro Paulo Magalhães Dias



Lampião tinha sequestrado Pedro Paulo Magalhães Dias, um inspetor da Standard Oil Company. O fato aconteceu na estrada de Triunfo para Vila Bela (atual Serra Talhada). Pedro Paulo era natural da cidade de Sabará, em Minas Gerais, e, por isso, ficou conhecido como Mineiro. Lampião pedia vinte contos de réis para libertá-lo, o dinheiro deveria ser entregue na Fazenda Varzinha, local indicado por Lampião.

Quando o bando chegou a Fazenda Varzinha, foi direto à residência de Silvino Liberalino, o qual tinha sido subdelegado de Vila Bela, no ano de 1911. Logo que viu a tropa, Silvino não percebeu que estava diante dos comandados de Lampião, pois, naquela época, as roupas dos cangaceiros eram iguais às da polícia. Então, saltou na calçada, com um rifle na mão, e fez a seguinte pergunta:

- É Lampião ou é Força?

O bando respondeu:

- É a Força Volante.

Silvino Liberalino se sentiu mais seguro e disse:

-Então podem entrar. Se fosse Lampião, ia comer bala.

Os cangaceiros entraram e pediram água para beber, quando Silvino colocou a mão no pote para retirar água, os cangaceiros o seguraram e se identificaram:

- Você está falando é com Lampião cabra.

E o prenderam, e para comemorar, deram alguns tiros em frente da residência, ainda hoje, existem algumas marcas de balas nas portas da casa.


Casa de Silvino Liberalino

Furo de bala disparada por cangaceiro em 1926

Os bandoleiros, que já vinham com o refém, Pedro Paulo Magalhães Dias (o Mineiro), levaram também, Silvino Liberalino, os dois presenciaram a Batalha na Serra Grande.

A intenção do bando de Lampião na Fazenda Varzinha, além de receber o resgate, era uma vingança por um antigo assassinato, ocorrido na Serra Negra, no município de Floresta, cometido por José de Esperidião, que se mudara para Varzinha.

O resgate foi levado por intermédio de Manuel Macário, homem da confiança de Cornélio Soares, no entanto, já na Fazenda Varzinha, o portador foi flagrado pela força policial do sargento Manuel Neto, que lhe aplicou severas torturas e recolheu o dinheiro.

O bando seguiu em direção à casa de José de Esperidião, cuja esposa, Rosa Cariri de Lima, ao ver de longe, a multidão, avisou o marido, alertando-o para que se retirasse. José de Esperidião perguntou:

- Quantas pessoas você acha que vêm?

Ela respondeu:

- Uns vintes homens.

Ele disse:

- Não corro com medo de vinte homens.

A mulher calculou muito mal, o quantitativo do bando era de aproximadamente, 68 cangaceiros.

José de Esperidião pegou seu rifle e dois bornais de balas e ficou entrincheirado no quarto. O tiroteio foi grande, de toda ribeira se ouvia o barulho das balas, após certo tempo de tiroteio, o bando resolveu colocar fogo na casa. Para tanto, retiraram toda madeira do curral, que ficava em frente da residência. Segundo o livro, o Canto do Acauã de Mariloudes Ferraz, na Varzinha o bando encurralou um rapaz que, sozinho, lutou até esgotar a munição.

Tiburtino Estevão ainda tentou socorrer o amigo. Pegou seu rifle e tentou se aproximar, mas foi visto por alguns cangaceiros, que passaram a atirar em sua direção. Uma bala atingiu uma galha de xique-xique, próximo da cabeça de Tiburtino. Vendo que nada podia fazer, o homem retornou à sua residência.

No dia seguinte, foram retirar o corpo de José de Esperidião para fazer o sepultamento, não encontraram marcas de balas no corpo dele, portanto, chegou-se à conclusão de que a morte fora por asfixia provocada pela fumaça.

José Pereira Lima, conhecido por Cazuza, filho da vítima, com apenas sete dias de nascido, encontrava-se deitado em uma rede na sala, no momento do tiroteio. Foi baleado, ficando com uma marca no pé pelo resto de sua vida. Geralmente, quando ia comprar sapatos, adquiria dois pares, um par 41 e outro par 42, pois o pé defeituoso ficara menor.

O bando seguiu viagem rumo às ribeiras do tamboril, chegando até o Sítio dos Nunes no município de Flores, de onde voltaram. Ao chegar ao Sítio Morada, hoje município de Calumbi, Lampião estava ciente que a policia estava no seu encalço, portanto, ali mesmo, abasteceu o bando e pegou o rumo da Serra Grande.

O sequestro de Pedro Paulo Magalhães Dias e os fatos acontecidos na Fazenda Varzinha foram interpretados como sendo um desrespeito às autoridades, por terem ocorridos na comarca de Vila Bela, na época, a sede do comando militar de combate ao cangaço no interior de Pernambuco. Portanto, foi preparado um destacamento com mais de 300 soldados, chefiados por seis comandantes de volantes, todos fortemente armados, inclusive com duas metralhadoras Hotchkiss, e muita munição, era um verdadeiro exército. Tudo inspirava confiança e dava a certeza da vitória.

Lampião estrategicamente com seus 68 cangaceiros, subiram a serra, e prepararam uma emboscada, em um local onde existem grandes pedras e fendas profundas, que lhe dava uma visão completa sobre o campo da batalha.

O combate teve início antes das 9 horas da manhã e terminou ao anoitecer, a polícia mesmo com um quantitativo superior, e os soldados atacando corajosamente, não conseguiram vencer a resistência do capitão Virgulino Ferreira e seus comandados.

Fonte: facebook
Página: Paulo George

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O mais novo livro do professor Antonio Vilela de Souza


Conhecido em todo o Nordeste por retratar as aventuras, histórias e os heróis do “Incrível Mundo do Cangaço”, o professor Antônio Vilela publicou o seu mais novo trabalho. Trata-se de “Dominguinhos – O Neném de Garanhuns”, um livro que traz detalhes da vida e da carreira de José Domingos de Moraes, o nosso Dominguinhos, falecido em julho do ano passado.

Na Obra de 144 páginas, o Autor descreve desde o nascimento até a morte e o pós-morte do Artista, que foi considerado por muitos, como o sucessor do Rei do Baião, Luiz Gonzaga.

“Dominguinhos – O Neném de Garanhuns” traz imagens inéditas do Cantor, conta passagens pouco conhecidas da vida do Garanhuense ilustre e reproduz depoimentos emocionantes sobre a sua vida e obra. 

“Como tinha mais de 20 páginas biografadas do nosso Mestre e muito material do nosso amado sanfoneiro, resolvi ampliar esta biografia em um livro. Inicialmente iria colocar o título: ‘Dominguinhos. O Menino de Garanhuns’, mas atendendo a uma sugestão da irmã de Dominguinhos, Maria Auxiliadora Moraes, lançamos o ‘Dominguinhos – O Neném de Garanhuns’, já que era assim que ele foi chamado pelos familiares”, pontuou Vilela.

Com prefácio de Zezinho de Garanhuns; contra capa de Mourinha do Forró; capa de Ailton Paulino e patrocínio do Instituto Histórico e Geográfico e da Prefeitura de Garanhuns, o mais novo filho do professor Vilela também será lançado durante a Bienal do Livro, que acontece aqui em Garanhuns no período de 9 a 18 deste mês.


Para manter contato com o Professor Vilela e conhecer o “Dominguinhos – O Neném de Garanhuns”, basta ligar: (87) 3763-5947 / 8811-1499 / 9944-8888. O e-mail do Escritor é incrivelmundo@hotmail.com.

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