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domingo, 8 de junho de 2014

Só enquanto não vem cangaço - O que eles procuram no chão?

Por José Mendes Pereira
Márcio Marinho, Tarcísio Maia, Aureliano Chaves e José Agripino Maia em 1983 - site azougue.com

Você tem ideia o que eles estão  procurando no chão?

Veja que o Dr. Tarcísio Maia o primeiro da esquerda,  ex-governador do Rio Grande do Norte, dá impressão que achou o que perderam, mas não arrisca apanhar. Voltará em outra ocasião. 

Aureliano Chaves que é o da frente ladeado por Tarcísio Maia e José Agripino Maia finge que não está interessado encontrar. Mas se achar, não dividirá com ninguém. E suspirou fundo.

Márcio Marinho preferiu ficar perto das flores, pois se achar o que perderam, fingirá que irá pegar uma flor. 

Já o José Agripino Maia senador do Rio Grande do Norte está apenas cumprindo pauta. Ainda é muito jovem e tem muita vida pela frente. Não irá se preocupar com isso. Muitas e muitas coisas as encontrará na sua longa estrada da vida.

Lá no fundo da foto aparecem dois senhores. Um é civil. E pela pose que faz, ele colocou as mãos para traz para não se misturar com políticos. E se achar o que perderam, apanhará com os próprios pés.

Mas o outro é militar. E ameaça os outros, que se algum deles encontrar e não dividir o achado também com ele, não perdoará, será tangido para o quartel, já que os 4 são políticos, e político é uma conveniência.

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Expedito Nogueira segurando a foto de Zé Saturnino


Este é o Expedito Nogueira e está segurando a foto do seu tio José Saturnino Alves de Barros (Zé Saturnino), o inimigo número (1) de Virgulino Ferreira da Silva, o capitão Lampião.

Matéria da revista de bordo tam nas nuvens. setembro 2013

Fonte: facebook
Página:  Jorge Remígio

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Dioguinho - um criminoso brasileiro que atuava no interior de São Paulo


Diogo da Rocha Figueira (1863 — 1897) foi um criminoso brasileiro atuante no interior de São Paulo no final do século XIX. A ele foram atribuídos mais de 50 assassinatos praticados entre 1894 e 1897. 

Escondido no extremo oeste do estado, foi perseguido por uma força-tarefa do governo, sendo dado como morto em 1897 após um tiroteio com as autoridades, nas margens do Rio Mojiguaçu. O cadáver, no entanto, jamais foi recuperado.


Seus feitos foram exaustivamente explorados pela imprensa da época, sendo posteriormente tema de diversos livros, como Dioguinho, publicado em 1901 por João Rodrigues Guião, Dioguinho, narrativas de um cúmplice de dialecto, publicado em 1903 por Antonio de Godoi Moreira e Costa, e Dioguinho, o matador dos punhos de renda, do jornalista João Garcia, publicado em 2002. Era também uma espécie de cangaceiro !!!!

Fonte: Facebook

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No Angico homenagem da Policia Militar ao soldado Adrião

PM de Alagoas no Angico

Nesta ultima quarta-feira, dia 04 de junho, foi iniciado em Piranhas,Alagoas, a abertura do primeiro Curso de Operações Policiais em área de Caatinga, pela Policia Militar de Alagoas. A tropa foi recebida pelo prefeito de Piranhas Dante Alighieri e realizou, desde o pequeno porto fluvial da bela cidade ribeirinha, o percurso realizado há 76 anos pela volante do Tenente Bezerra.

Os homens da policia militar sob o comando do coronel Lucena e do capitão Winston companhados do prefeito Dante, do pesquisador Jairo de Oliveira, além de equipe;  visitaram a grota do Angico. Onde foi realizada uma homenagem ao Soldado Adrião, componente da volante do Aspirante Francisco Ferreira de Melo, que veio a ser morto, infelizmente, logo no início do combate de Angico naquele julho de 1938. Com a subdivisão da tropa comandada pelo Tenente João Bezerra, para a execução do cerco ao acampamento de Lampião, o grupo liderado pelo Aspirante Ferreira, foi quem primeiro teve contato com os cangaceiros, ao ponto de se verem forçados a dar início a ofensiva. Cessado o combate, constatou-se a morte do soldado Adrião.

Jairo Luiz e prefeito Dante aconpanham a tropa da PM ao Angico


"Depois de 76 anos a Polícia Militar de Alagoas prestar homenagem ao único soldado morto em Angico em 28/07/1938. Gostaríamos de agradecer ao Ten. Cel. Lucena , Cap. Wisnton e ao Prefeito de Piranhas , Dr. Dante, pelo convite feito para acompanhá-los nesta justa homenagem" ressalta Jairo Oliveira.

Nas imediações da Orla de Piranhas soldados da caatinga fizeram uma simulação de uma abordagem onde o condutor de um veículo era suspeito de roubar um carro de passeio. A sena chamou a atenção dos turistas e populares pelo preparo dos policiais na efetivação da abordagem.


A justa homenagem ao Soldado Adrião Pedro de Souza após 76 anos pela Polícia Militar de Alagoas teve no Ten. Cel Lucena - Comandante do Policiamento de Área do Interior I ; Ten. Cel. Alburquerque - Comandante Geral do Grupamento de Polícia do Interior e Capitão Winston - Comandante do Grupamento de Caatinga, os representantes da polícia militar de Alagoas.
Fonte: Prefeitura de Piranhas
Fotos: Marcos Lima

E vem aí...
Cariri Cangaço Piranhas 2014 !
24 a 27 de julho

Semana do Cangaço

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ZÉ DE IAIÁ - UM SERTANEJO QUE PARTIU RUMO AOS SERTÕES DO CÉU

Por Rangel Alves da Costa*

A cena ainda está presente em minha mente. Todas as vezes que eu chegava ao Bar de Naní, lá na terra onde nasci, em Nossa Senhora da Conceição de Poço Redondo, encontrava um casal sentado: Dona Iolanda e Seu Zé de Iaiá, pais da comerciante. Moravam nas proximidades, mas gostavam de ficar ali sentadinhos porque defronte para a praça principal da cidade.

Com a idade já avançada, os dois então repousando das lutas travadas durante toda a vida, ficavam ali observando a movimentação, quem passava, quem chegava, ciente de tudo que acontecia ao redor. Mas lúcidos, proseadores, gostando demais de reencontrar amigos para um dedo de prosa e de recordação.

Ela, Dona Iolanda, de família imensa e importante na fundação e povoação do lugar, tendo seu nome já escrito nos anais da história poço-redondense. E ele, Seu Zé de Iaiá, de leito igualmente importante e com uma irmandade que pontua em muitas famílias e no sobrenome de muita gente. A própria história de Poço Redondo, desde o Poço de Cima ao Poço de Baixo.


O amigo Toinho de Lídia gostava sempre de estar ali no barzinho fazendo companhia ao casal sertanejo. Naní num afazer e noutro, quase sem tempo pro proseado, deixava com Toinho o prazer de dialogar com os dois sobre as realidades da vida. E quanto é aprendido quando a porteira do passado é reaberta para que realidades sejam conhecidas. E também sobre o presente, com o aval de quem é sábio por experiência.

E era essa cena que eu encontrava quando chegava por lá. Eu olhava nos olhos de Zé de Iaiá, no seu semblante, nas suas marcas do tempo, e encontrava um imenso livro. E quantas páginas da história de meu lugar, do meu povo, e também a minha história. Eis que também sou Nossa Senhora da Conceição do Poço Redondo.

Seu Zé de Iaiá estava ali, tantas vezes silencioso e pensativo, mas guardando em si muito além que qualquer um pudesse imaginar. Ora, naquele olhar o espelho do tempo, de um passado distante de muita dureza e dificuldade de sobrevivência, avistando tanto sol e pouca chuva. E nos seus pés, mãos e veias, todo o percurso de um lutador sem trégua para preservar a dignidade do nome e de sua família.

Cruzou sertões em busca do pão de cada dia, foi comboeiro, montou em burro brabo, subiu em pau de arara, foi vendedor de farinha, um manejador, do quilo, da penca, do pacote, do saco. Também foi vaqueiro do próprio e pequeno rebanho, encheu suas mãos de espinhos de palma no afã de matar a fome do bicho. E tudo para matar a fome dos seus. E uma filharada imensa, e todas cordiais figuras humanas, grandes e verdadeiros amigos. Do mesmo modo os netos que também já são tantos e alguns já cuidando de aumentar a família.

Eu soube da partida de Seu Zé no domingo, dia 1º, logo cedinho. Não pude viajar à minha terra para a despedida do grande sertanejo e abraçar Dona Iolanda, seus filhos e familiares. Entristecido, fiquei imaginando aquela presença no bar da filha, ao lado da esposa. As recordações foram muitas, de outros tempos e percursos, mas o casal ali sentado não saía do meu pensamento. E para sempre guardarei esse retrato.


Não pude acompanhar a despedida, mas sabia que teria oportunidade de expressar meus sentimentos acerca daquele bom sertanejo. E eis que no meio da semana sua filha Naní me telefona. Mesmo que ela silenciasse no momento, eu já sabia o que era, o que desejava. E então meu coração se encheu de contentamento, pois me foi confiado escrever algumas palavras para a missa de sétimo dia.

E escrevi. Não estas palavras, mas outras, que certamente foram lidas ontem à noite durante a missa em Poço Redondo. Estas surgiram apenas porque recordei aquele retrato: Dona Iolanda e Seu Zé sentados no bar da filha Naní. Que essa moldura permaneça viva na história de Poço Redondo. E que Dona Iolanda continue por muitos anos ao lado dos seus.

Poeta e cronista
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