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quarta-feira, 26 de março de 2014

Festival RioMar de Literatura em sua segunda edição acontece em Pernambuco




Festival RioMar de Literatura Pernambucana anuncia programação

Na sua segunda edição, o festival homenageia o autor pernambucano Carneiro Vilela e traz palestras, debates, atrações musicais e teatrais gratuitos para o Teatro Eva Herz.

Nesta edição teremos as participações dos confrades Geraldo Ferraz e Frederico Pernambucano de Melo.
  
Alguns dos grandes nomes que fazem a cultura pernambucana estarão reunidos nos dias 25, 26 e 27 de março no Teatro Eva Herz da Livraria Cultura do RioMar com um propósito: celebrar a literatura e os escritores do nosso Estado. O II Festival RioMar de Literatura Pernambucana anuncia sua intensa programação com debates, palestras, música, e fecha os três dias de atividades com o espetáculo “O Amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas”, adaptação do livro “A Emparedada da Rua Nova”, obra-prima de Carneiro Vilela, o homenageado deste ano.

Além de ser conhecido por seu romance folhetinesco sobre a lenda urbana da mulher emparedada, o autor, foi fundador da Academia Pernambucana de Letras (APL), polêmico cronista, e tem uma relação quase mítica com o Recife. Ele será alvo de debates e palestras durante a programação do festival. Um dos destaques será a palestra da atual presidente da APL, Fátima Quintas, sobre Vilela, narrando curiosidades sobre a vida e obra deste que foi o primeiro presidente da casa, há mais de cem anos.


A abertura do festival fica por conta da Orquestra Criança Cidadã Meninos do Coque, com repertório de músicas regionais. Ao longo dos três dias, nomes como Antônio Campos, Frederico Pernambucano de Mello, Raimundo Carrero, Luzilá Gonçalves, Nelly Carvalho, entre outros expoentes marcarão presença. “Romances”, “Cordão de histórias: A literatura de cordel”, “A presença da Mulher na Literatura Pernambucana” são alguns dos painéis e debates em pauta.

O “new journalism” e a crítica literária também serão discutidos na mesa-redonda Jornalismo Literário: Para além do lead, com a participação dos jornalistas Marcelo Pereira, editor do Caderno C (JC), Schneider Carpeggiani (Jornal Pernambuco e Revista Cesárea), Talles Colatino, editor do caderno Programa (FP) e Felipe Torres, setorista literário do Diário de Pernambuco.

Geraldo Ferraz presença confirmada no II Festival RioMar

Integrando a programação do Festival, o espetáculo “O Amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas” já circulou por todo o País, através do Prêmio Myriam Muniz. A peça é inspirada no folhetim de Carneiro Vilela, “A emparedada da Rua Nova”. Na versão teatral da Trupe os elementos que renderiam um melodrama de circo ganham contorno paródico.  A peça já foi convidada por importantes festivais de teatro do país – Festival Recife do Teatro Nacional, Cena Contemporânea de Brasília, Porto Alegre em Cena, Festival Internacional de Artes Cênicas, em Caxias do Sul, dentre outros.

Serviço:

Festival RioMar de Literatura

Quando: 25 a 27 de março de 2014
Horário: a partir das 15h
Local: Teatro Eva Herz – Livraria Cultura do RioMar
Entrada gratuita

http://cariricangaco.blogspot.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

A Espanha de Toledo, Templários, Quixote e Cariri Cangaço Parte 2

Universidade de Castilla La Mancha em Toledo 

Hoje trazemos a segunda parte de entrevista concedida pelo curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo, por ocasião de Conferência na cidade de Toledo, em Castilla La Mancha, na Espanha, no último dia 26 de Fevereiro do corrente, concedida ao jornalista Pirro de Nijon.

Dom Quixote de La Mancha, de Castlla e de Cervantes

PN: Dr Severo, o Cariri Cangaço acontece na região nordeste do Brasil, tens desejo de levar as conferências para fora do pais?

S: Certamente. O cangaço foi um dos fenômenos mais fortes acontecidos no nordeste do Brasil, é pura história, é um recorte que vale a pena não apenas ser contado, mas acima de tudo ser compreendido em toda a sua dimensão, capilaridade e repercussão; sem desejar fazer apologia ao banditismo ou à violência, mas acima de tudo, saber a verdadeira natureza de tão abrangente acontecimento. Então o Cariri Cangaço nasceu com o desejo de dá essa contribuição ao aprofundamento desse debate e levar para outros países, notadamente da América Latina e Península Ibérica, seria muito importante. Quem sabe não iniciamos pela Espanha, por Toledo? Os Cangaceiros invadiriam as terras do Cavaleiros Templários (risos).

 Pirro de Nijon, Manoel Severo, Dom Marciano Silva e Dom Adalberto
 
PN: Vamos torcer para ter o Cariri Cangaço na Europa (risos) . Dr Severo o senhor em uma resposta passada falava de Mito. Aqui mesmo em Castilla de La Mancha temos um personagem mundialmente conhecido e consagrado que é Dom Quixote,  Lampião também poderíamos dizer que viria a ser considerado um mito?

S: Dom Quixote de La Mancha. Encontrei inúmeros e maravilhosos monumentos em vários lugares aqui na região de Castilla, simplesmente sensacional; fruto do talento incomum deste que é um dos maiores escritores da historia da Espanha e do mundo: Miguel de Cervantes. Nem sei se vou conseguir responder sua pergunta sem me ater ao seu complemento. Lampião tornou-se um mito sim. Sem dúvidas perpetuado por todo o nordeste e Brasil; um personagem real que acabou povoando a mente e a imaginação de um cem numero de pessoas, inicialmente no sertão, principalmente a partir dos cantadores;uma espécie de menestrel ;e dos poetas de cordel, que eram poetas populares que se apresentavam em pequenas feiras das cidades e vilarejos, e depois a partir da vasta literatura sobre o mesmo; para você ter uma ideia, Lampião certamente está entre os três sul-americanos mais biografados do planeta, é algo realmente incrível. Então poderia concluir minha resposta dizendo que Dom Quixote sem dúvidas sai das paginas dos livros para encantar o mundo através da arte de Cervantes; já Lampião faz o trajeto inverso; de existência real, de uma vida cruel e violenta passa a personagem mítico da história.

PN: Voltando aos acontecimentos sobre a vida de Lampião que o senhor tão bem discorreu em sua conferência nessa tarde: Como se dava a relação desses cangaceiros com as mulheres, e o que dizer de Maria Bonita, sua companheira?

Maria Bonita

S: As mulheres sempre estiveram presentes na vida dos cangaceiros. Na verdade esses homens pertenciam ao mesmo estrato social da maioria esmagadora dos jovens daquela vasta área rural brasileira; então esses cangaceiros eram os mesmos jovens que labutavam na agricultura, que cuidavam dos rebanhos de gados, que trabalhavam nos pequenos comércios, enfim. Depois de entrarem no cangaço, apesar da contínua vida de combates e fugas, mantinha ainda laços, embora esporádicos, com essas mesmas pessoas, e aí se encontravam os relacionamentos com as mocinhas do sertão. As mulheres entraram no cangaço em 1930, com a chegada de Maria Bonita ao bando, como companheira do líder maior, mas antes disso, haviam cangaceiros com namoradas, amantes, e as andanças nos bordéis de então... rsrsrs. Enfim...E Maria Bonita, a primeira dama do cangaço, encantou Lampião que acabou cedendo e a levando consigo, abrindo o espaço para que outros líderes de bando também pudessem acolher suas companheiras no grupo. Fala-se de quase quarenta mulheres que devem ter passado pelos vários bandos cangaceiros daquela época.  

Dom Marciano, Pedro e Gabriel Barbosa em Toledo, Universidade Castilla La Mancha 

PN: Maria Bonita era realmente digna desse cognome?

S: As fotografias mostram uma morena de traços firmes, corpo bem desenhado, sorriso farto e bonito, a meu ver uma sertaneja como muitas outras sem encantos que chamem a atenção, mas sem dúvidas uma mulher de forte personalidade, basta ater-nos ao fato de ter "dominado" a fera que era Lampião.

PN: Dr. Severo, e o fim de Lampião e o fim do cangaço, como poderíamos analisar?

S: As duas coisas estão intimamente ligadas; o fim do cangaço se consolidava a partir do fim de Lampião. O cangaço mantinha fortes ligações com as elites rurais nordestinas; não é difícil notar e comprovar a iminente ligação, preponderantemente de Lampião, com os coronéis de barranco do sertão nordestino. Essa ligações variavam de acordo com os interesses mútuos envolvidos, ou seja:Comercio de armas, gados, propriedades, perseguições a adversários políticos, proteção, etc etc etc; por muito tempo essa ligação rendeu frutos a ambas as partes, com advento da revolução de 1930 no Brasil , muita coisa começava a mudar no alto escalão poder central com o líder Getúlio Vargas e que sem dúvidas iriam repercutir em todo o Brasil, ali se delineou o ponto fundamental para o final do cangaço: O cangaço não era mais conveniente para os chefes políticos e à elite governante do sertão, então teria que ser extirpado do seio sertanejo e assim o foi.

Grota do Angico em Sergipe, nordeste do Brasil: local onde morreu Lampião

PN: Morreu Lampião na Gruta do Angico no rio São Francisco?

S: É. Na verdade o correto seria na "grota do Angico" e não "gruta", Angico é o nome de um afluente do Rio São Francisco, e que também dava nome à fazenda onde Lampião e seu bando estavam "acoitados" no final do mês de julho de 1938, às margens do Rio São Francisco, no estado de Sergipe, hoje município de Poço Redondo, onde se deu o último ato do Rei do Cangaço e sua companheira Maria Bonita. Na madrugada do dia 28 de julho de 1938, as volantes comandadas pelo tenente João Bezerra haveriam de cercar boa parte do bando e ao nascer do dia o tiroteio intenso de 49 homens das volantes dariam fim a vida de Lampião, Maria Bonita e mais 9 componentes de seu bando, como também perderia a vida nesse episódio um soldado das forças públicas de nome Adrião. Ali havia sido dado o golpe fatal para o fim do cangaço; depois desse fatídico dia muitos outros líderes e membros de outros bandos acabaram se entregando até que em 1940 com a morte do segundo homem na hierarquia cangaceira; Corisco, o cangaço deu-se como findo.

PN: 20 anos de luta numa região tão árida e sob intensa pressão, pode se ter uma ideia do que pode ter sido o cangaço.

S: É verdade. Temos um grande pesquisador e documentarista brasileiro, Aderbal Nogueira que nunca perde a oportunidade de com muita lucidez nos lembrar que existem dois cangaços: Um muitas vezes exageradamente explorado de forma romântica pela literatura e um outro; real, duro, penoso e perverso, que muito sofrimento acabou trazendo para todos os envolvidos e principalmente para o povo ordeiro daquela região. O cangaço foi um fenômeno verdadeiramente marcante, pela sua longevidade, por suas origens, por suas repercussões e ainda por sua grande capilaridade, para você ver, atravessei o atlântico, chegamos até o velho mundo, e aqui estamos a falar sobre ele, sem dúvidas o cangaço é impressionante.


Manoel Severo e a Catedral de Toledo

PN: Já estamos chegando às 23 horas, o senhor deve estar cansado, agradecemos imensamente a entrevista, a gentileza, a forma cordata como realizou a conferência e depois aceitou em nos atender, enfim, sua mensagem final.

S: O tempo passou rápido, estamos falando de cangaço desde as 16 horas, (risos), primeiro na conferência e depois nessa nossa conversa, mas nenhum cansaço, parece que quanto mais dissecamos o tema, mais temos a falar, e isso você pôde comprovar hoje. Quero agradecer a você, a todos os nossos anfitriões, aos estudantes, aos professores, ao público que com muita atenção; apesar de algumas dificuldades na tradução; nos acompanharam desde o inicio, enfim, e dizer de nossa grande satisfação em estar aqui e reforçar o que disse no inicio de nossa conferência: Não sou um pesquisador nem tão pouco um historiador, sou um "curioso de carteirinha" que ao lado de uma grande família de amigos conseguimos construir esse Seminário chamado Cariri Cangaço. A você Pirro, o meu abraço e reconfirmo o convite a todos para estarmos juntos numa grande expedição Cariri Cangaço pelo sertão de Lampião.

PN: Dr Severo, o prazer foi nosso e vamos ver se conseguimos receber a liberação para ir ao Brasil conhecer de perto as terras de Lampião. Boa noite ao senhor e retorne sempre a Espanha.

Manoel Severo - Cariri Cangaço
Castilla de La Mancha, Toledo, Espanha
 
http://cariricangaco.blogspot.com.br/
 
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O POETA E O CANGACEIRO: LAMPIÃO E PINTO DO MONTEIRO

Por João de Sousa Lima


O POETA E O CANGACEIRO.

Nasci no Pajeú das Flores, em São José do Egito, Pernambuco, berço fecundo de cantadores violeiros.  Meu avô paterno, Serafim Piancó, foi um dos fundadores da vizinha cidade de Itapetim, outro grande foco de repentistas. Convivi muito com cantadores, sendo que em Paulo Afonso, Bahia, a casa do meu primo João Piancó, era um dos lugares mais visitados pelos grandes mestres do repente e da viola. No casarão às margens do Rio São Francisco, vi por diversas vezes o Jó Patriota, Ivanildo Vila Nova, Sebastião da Silva, Sebastião Dias, Manuel Filó, João paraibano, João Furiba, Severino Ferreira, Louro do Pajeú, Zezé Lulu, Heleno Rafael e Gilberto Alves.

Na década de 70 o meu irmão José de Sousa Lima (Zezé) trouxe o grande poeta João Batista de Siqueira “Cancão”, pra vir a Paulo Afonso conversar com o empreiteiro Pedro Ferreira, dono da SACOL, empresa que prestava serviço a CHESF, pra ver a possibilidade de Pedro financiar a impressão do seu livro “Meu Lugarejo”.  O famoso Cancão ficou hospedado na casa do meu primo João Piancó, na Rua Ribeirão.

Pedro Ferreira disse que patrocinaria o livro se Cancão fizesse uma poesia sobre Paulo Afonso e Cancão aceitou a condição. No outro dia cedinho Zezé levou Cancão pra ver os trabalhadores em ação dentro das usinas e ai o fenomenal poeta se inspirou e fez a poesia em doze estrofes em decassílabo que começava assim:

LINDA CIDADE FLORIDA
 DE DESLUMBRANTE PAISAGEM
EM TEU COMEÇO DE VIDA
RECEBESTE ESTA HOMENAGEM
LARGA PLANÍCIE RELVOSA
SE MISTURANDO NAS ROSAS
COLIBRIS DE VÁRIAS CORES
PRINCESA DO SÃO FRANCISCO
FOSTE CRIADA NO RISCO
DA MÃO DE TEUS BENFEITORES...

Foi Cancão, sem sombras de dúvidas, um dos gênios da poesia Nordestina. Como lembrança desse momento guardo uma foto e o livro que Cancão presenteou a minha mãe Rosália de Sousa Lima.

Em uma viagem que fiz à São José do Egito na companhia de João Piancó, na década de 80, fomos depois fazer uma visita ao maior cantador de repente, o velho Pinto do Monteiro. 

PINTO - WWW.JOAODESOUSALIMA.COM

Pinto conversou durante vários minutos com João Piancó e depois o presenteou com uma fotografia onde aparece ele recebendo a “Viola de Ouro”, das mãos do General Humberto Peregrino, no Teatro Santa Rosa, em João Pessoa, Paraíba.


Tempos depois me lembrei dessa fotografia e perguntei por ela a Maria do Socorro Sousa, viúva de João Piancó e minha prima por parte de minha mãe. Socorro vasculhou o acervo deixado por João e lá estava a fotografia que de pronto me foi presenteada.

Olhando a velha fotografia em seus detalhes, vi que no verso têm alguns recortes de jornais falando de poesias populares e uma carta colada. Observando mais atentamente a carta tive uma grata surpresa: Pinto do Monteiro Cantou pra Lampião.
     

O cangaço é um tema que estudo há tempos e ver essa ligação do maior poeta repentista com o cangaceiro mais afamado do nordeste causou certo espanto. Das histórias que envolvem cantadores com cangaceiros eu só havia ouvido falar que o poeta Cego Aderaldo passou um filme para os cangaceiros, porém é uma história que não consegui comprovar com alguém que realmente tenha vivido esse momento.

Consegui ler em partes a carta e pra decifrar o restante da missiva recorri ao velho companheiro de jornadas, o professor Edson Barreto, exímio no reconhecimento de caligrafias quando elas fogem da minha interpretação.

A carta está incompleta e com alguns erros de gramática, além de  em alguns pontos complicar o entendimento e embaralhar as palavras. Da forma que a entendemos diz:

EM 1926 PINTO MORAVA EM SERTÂNIA
EM MAIO UM CABRA DE LAMPIÃO O VEIO 
CHAMAR   NA CASA DE
FELINTO  BERNARDO, A NOITE PARA ELE IR CANTAR COM LAMPIÃO PERTO DO POVOADO ALGODÕES, PINTO FOI AMIGO DE LAMPIÃO NA SERRA VERMELHA E SERRA TALHADA.
AVISOU AO DELEGADO DE ENTÃO VULGO SARGENTO CANELA DE AÇO
QUE PERGUNTOU; VOCÊ VAI?
- UM SIGILO ACIM (sic)
- EU VOU LEVAR UM COM VOCÊ E LEVAR A PÉ PARA VILA DE RIO BRANCO CORTANDO CAMINHO PELA SERRA DO MACHADO PRA ENCURTAR O CAMINHO.
CANELA DE AÇO
SARGENTO ALTO MORENO.

Assim termina a carta e permanece a dúvida se realmente esse encontro aconteceu. Se a verdade existiu os protagonistas as levaram com eles. Fica em nossos pensamentos  apenas a certeza do registro encontrado  no verso de uma antiga fotografia que mostra em sua imagem o auge do maior poeta repentista de todos os tempos: O VELHO PINTO DO MONTEIRO.


Duas figuras que deixaram suas histórias gravadas nas memórias do povo nordestino. De um lado um grande poeta da rima e do repente, do outro um homem que decidiu viver pela força da arma, à margem da lei.  Um travava suas batalhas pelas cordas da viola, através das rimas latentes combatendo e vencendo sempre seus oponentes amigos. O outro guerreava nos campos vastos através do fogo e da lâmina do punhal, vencendo e sendo vencido por grandes inimigos. Duas histórias antagônicas: UM CANGACEIRO E UM POETA. Ligados pelo destino, em um momento onde os versos ritmados  da improvisação calou momentaneamente os ecos das armas que ecoavam nas Caatingas do Nordeste Brasileiro.

João de Sousa Lima
Historiador e Escritor
Paulo Afonso, março de 2013
http://www.joaodesousalima.com 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com