Seguidores

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

NATAL - O QUE O CANGAÇO TEM A VER COM O ANO NOVO

Por José Bezerra Lima Irmão

Amigo Zé Mendes:

Natal? Papai Noel?

Cuidado: estão de olho no seu bolso...

A palavra “Natal”, da qual se derivam “natalício”, “nativo”, já representou a data – 25 de Dezembro – em que se convencionou comemorar o nascimento de um personagem chamado Jesus, o Messias.
Mas a ganância de uns e a parvoíce de outros desvirtuaram o sentido do Natal. Fazem a festa, mas se esquecem do aniversariante.

Agora só se ouve falar em “Papai Noel” e em “Amigo Secreto”, invenções do comércio. De olho no 13º salário do trabalhador, os shoppings apressam os tolos, exortando: “Antecipe o seu Natal” – ou seja, passe pra cá o seu dinheirinho...

Um mês antes do Natal, o setor de varejo deflagra uma campanha importada, a Black Friday (nada melhor para pegar os néscios deslumbrados do que uma expressão em inglês). No rastro desta, sucedem-se as chamadas Black Nights. E assim, “de black em clack”, o 13º do trabalhador “leva a breca”.

Durante o ano, tem o Dia das Mães, o Dia dos Pais, e por aí vai, tem dia pra tudo, e só se ouve compre isso, dê aquilo de presente...

Para demonstrar afeto ou gratidão não é preciso dar presente no exato dia determinado pela mídia, como se fosse uma obrigação, um fardo.

Se você quer mesmo presentear alguém, ofereça-lhe algo que venha engrandecer a pessoa a ser presenteada, dê-lhe algo que a faça lembrar-se de você toda vez que olhar o objeto recebido. E saiba que, ao dar um presente, você, mesmo de forma inconsciente, deixa transparecer o que pensa da pessoa a quem está presenteando: denota se você a considera uma pessoa frívola um uma pessoa inteligente.

O melhor presente continua sendo um bom livro: Machado de Assis (Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas...); Jorge Amado (Gabriela Cravo e Canela, Mar Morto, Tenda dos Milagres, Tocaia Grande...); João Ubaldo Ribeiro (Viva o Povo Brasileiro, Sargento Getúlio...); Jô Soares (O Homem que Matou Getúlio Vargas, O Xangô de Baker Street...); Domingos Pascoal (Experimente mudar, A Mudança Começa em Você - autoajuda); Oleone Coelho Fontes (Um Jagunço em Paris, Memórias de um Proxeneta, Elza...); Antônio Francisco de Jesus (Os Tabaréus do Sítio Saracura, Tambores da Terra Vermelha...).


Não estou falando essas coisas para aconselhar ninguém, mas porque também estou vendendo o meu peixe... Sou autor de Lampião – a Raposa das Caatingas. Seu pai, sua mãe, seu tio, sua tia, seu amor, seu amigo (inclusive seu "amigo secreto"), enfim, qualquer pessoa que tenha algum vínculo com a cultura e a história do sertão nordestino certamente adorará receber neste Natal uma obra que, mais do que a simples história do rei do cangaço, vem sendo considerada pelos estudiosos do tema como sendo uma síntese da história do Nordeste na virada do século XIX até a metade do século XX. A história do Nordeste resume-se a esses três personagens: Lampião, Padre Cícero e Antônio Conselheiro.

Lampião – a Raposa das Caatingas é um livro concebido e realizado com seriedade, deixando de lado as lendas, mitos e invencionices sobre a figura do legendário guerrilheiro do Pajeú. Além da farta bibliografia sobre o cangaço, baseei-me nos jornais da época, entrevistei dezenas de personagens ligadas aos fatos.

O livro contém fotos e dezenas de mapas, indicando os lugares onde os fatos ocorreram. Indica até as coordenadas geográficas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.

Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço. Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.

A leitura desse livro, espero eu, fará com que o Natal da pessoa presenteada se prolongue por mais tempo, durante o Ano Novo, já que a obra tem exatamente 736 páginas.

Feliz Natal! Boas Festas! E que em 2015 e nos anos vindouros se mantenha sempre acesa a chama do interesse pela história e pela cultura do nosso querido Nordeste. A melhor forma de demonstrarmos amor à nossa terra é estudando a sua geografia e a sua história.

Um fraternal abraço.
José Bezerra
josebezerra@terra.com.br
Vendas presenciais: Livraria Saraiva; Livraria Escariz (Aracaju)


Ou ainda:

josebezerra@terra.com.br
(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799
Pedidos via internet:
Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345
E-mail:
lampiaoaraposadascaatingas@gmail.com

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.

http://araposadascaatingas.blogspot.com.br 

Feliz Natal e Próspero Ano Novo!

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Um comentário:

  1. Anônimo16:59:00

    Pois é caro Escritor Bezerra Lima: Leitura é cultura, e a História de Virgolino e seu bando, também é cultura. O nosso povo precisa conhecer em profundidade a história da sua Terra para saber contar às novas gerações.
    Antonio Oliveira - Serrinha

    ResponderExcluir