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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Cinzas de um Carnaval Encantador!

Por Jorge Remígio
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Narciso Dias, Geziel Moura, Jorge Remigio e Jair Tavares

O Cariri Cangaço versão 2013 chega ao seu final. A sensação que tenho, é como as cinzas de um carnaval encantador que se foi, deixando um gostinho de  – queria mais! Permaneceu a saudade do convívio tão alegre e agregador que enriqueceu a todos nós pesquisadores e estudiosos desse tema tão instigante e contagiante que é o fenômeno cangaço. Foram seis dias, mas, passaram numa velocidade tão meteórica e não percebemos que já era a hora de voltarmos para casa. Foram dias iluminados que contribuíram de forma imensurável para o somatório dos meus modestos conhecimentos do tema.

Amigo Manoel Severo, há poucos dias que antecederam o evento, lembro bem que comentamos em João Pessoa-PB, que o Cariri Cangaço já era satisfatório e vencedor, na hipótese de só conversarmos informalmente nos bastidores. Isso é pura verdade, já traria grande contribuição para o avanço dessa temática. Quero externar aqui, a minha alegria e grande satisfação de ter tido a oportunidade mesmo que por poucos minutos de boas e valiosas conversas com os nobres amigos: Geziel Moura, Ivanildo Silveira, Paulo Gastão, Geraldo Ferraz, Luiz Rubem, Sabino Bassetti, Kiko Monteiro, Juliana Pereira, Rubinho Lima, Carlos Alberto, Luiz Zanotti, Professor Pereira, Sousa Neto, Múcio Procópio, Ângelo Osmiro, Antônio Vilela, Dr. Lamartine Lima, Felipe Passos, Jairo Luiz, Honório de Medeiros, José Cícero, João de Souza Lima e tantos outros amigos que na hora me fogem a lembrança.
 
 
Ajoelhou, tem que rezar! Casa de Izaias Arruda
Manoel Severo e Jorge Remigio na homenagem a Família Pereira

O Cariri cearense é privilegiado. As cidades que compõem o seu território no sul do estado, tiveram sua gênese histórica na agitada disputa coronelísticas que remonta ao século XVIII. Mesmo uma das mais jovens, caso do Juazeiro do Norte, é um exemplo emblemático. Foi forjada no credo e na bala. Toda essa miscelânea de coronéis, jagunços, beatos e cangaceiros nesse espaço geográfico, proporcionaram um caldo cultural diferenciado de qualquer outro território nordestino onde vingou o cangaço. Palmilhar caminhos, veredas, fazendas, vilas e povoados desses municípios do cariri, é um verdadeiro estudo de campo. Sentir a atmosfera desses locais significativos que guardam a essência histórica da região foi espetacular. Agradeço a todos que participaram do evento e especialmente aos que não mediram esforços para a sua realização vitoriosa. Que venham outros CARIRIS.

Jorge Remígio
João Pessoa - Paraíba
Membro do GPEC - Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço

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Cariri Cangaço: Uma verdadeira aula de história em campo

Por Leo Henriques
Maria Thereza Camargo e Leo Henriques no Cariri Cangaço 2013

Boa noite caro Severo, escrevo abaixo algumas linhas sobre minha experiência durante o Cariri Cangaço: No nordeste brasileiro e principalmente no nosso querido Ceará, existem histórias que muitos não conhecem e desconhecem seus detalhes, suas lutas e desventuras, conquistas e principalmente seus personagens ilustres, seus coronéis, coiteiros e cangaceiros.

Em setembro de 2013 tive o privilégio de participar do Cariri Cangaço. A primeira participação de outras edições que virão! Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha, Missão Velha, Porteiras, Barro e Aurora, são tantas histórias e tantos personagens que fizeram a história de nosso Ceará. O Cariri Cangaço muito me enriqueceu em conhecimento e me deixou cada vez mais apaixonado pela nossa região e sua gente. Cariri Cangaço: Uma verdadeira aula de história em campo e troca de conhecimentos! Muito Obrigado, abraços.

Leo Henriques
Fotografo
Fortaleza, Ceará

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LAMPIÃO EM PAULO AFONSO - NOVO LIVRO DO ESCRITOR JOÃO DE SOUSA LIMA


Próximo dia 20 será lançado o novo livro do escritor João de Sousa Lima.
     O livro traça toda a trajetória de Lampião em Santo Antônio da Glória e nos municípios que hoje pertencem a Paulo Afonso. Tem a relação dos 47 cangaceiros e cangaceiras que saíram dessa região, incluindo os índios da tribo Pankararé.

 
    O livro custará R$ 35,00 e poderá ser encontrado diretamente com o autor: 75-8807-4138 ou 9101-2501 - ainda pelos emails:
joaoarquivo44@bol.com.br e joao.sousalima@bol.com.br
www.joaodesousalima.com

     Vendas a distância o valor será acrescido de mais R$ 5,00 dos correios que seguirá por carta registrada, totalizando R$ 40,00.

 para adquirir:
JOÃO DE SOUSA LIMA
B. BRASIL
AG- 0621-1
C/C- 25293-X


 

Lampião em Paulo Afonso - João de Sousa Lima 

 
 O livro cita os índios Pancareré que foram para o cangaço



Lampião e Maria Bonita em histórias passadas na região de  Paulo Afonso

 

Corisco - historias acontecidas em Paulo Afonso

Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima
http://www.joaodesousalima.com

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VIVER ENTRE MONSTROS



Rangel Alves da Costa*

Rangel Alves da Costa


Viver entre monstros é uma experiência terrível, uma situação traumatizante. Contudo, algo de que não se pode fugir, vez que cercado de labirintos, envolvido por ambientes aterrorizantes, dificilmente alguém consegue não sofrer suas medonhas consequências.

Talvez estejam pensando que digo sobre o monstro horripilante que vive escondido logo após a curva da estrada, ou sobre a anomalia de língua de fogo e unhas de espada que se oculta atrás de morros esperando alguém passar; ou ainda sobre a monstruosidade que emerge das águas dos rios para abocanhar os banhistas.

Não. Os monstros são outros. E muito piores, muito mais audaciosos, perigosos, famintos, covardes, traiçoeiros, violentos, brutais, horripilantes, medonhos e carnicentos, pois são monstros humanos. Sim. Monstros humanos sim, mas cujas aparências em nada são afeiçoadas àquelas feras. Perto dos monstros humanos, aqueles seres são verdadeiros brinquedos.
E os monstros humano
s estão em todo lugar. Onde ninguém jamais esperaria encontrá-los e lá estarão prontos para o ataque, para a vil e violenta ação. Com o mesmo sobrenome, a mesma linhagem familiar, muitas vezes convivendo na mesma casa, lado a lado. E estes são perigosíssimos porque conhecem todos os passos e ações de sua presa, de seu familiar sorrateiramente odiado.


Muitas vezes os monstros da rua são menos perigosos e violentos do que os monstros familiares, aqueles que mansamente fingem boa convivência debaixo do mesmo teto, ou mesmo aqueles que vivendo em outros ambientes, chegam para visitas ou são encontrados noutros lugares. Basta  avistar o irmão ou outro parente e os olhos começam a brilhar diferente, a língua se torna estridente, as mãos se transformam em garras. E as consequências serão inevitáveis.

Traiçoeira e covardemente açula, instiga, atiça, espeta, vai tentando a todo custo despertar fúria no outro para depois querer justificar o ataque que logo será desferido. Se o outro não reage a nada, pacientemente procura se desvencilhar das provocações, ainda assim será atingido, pois é do instinto maldoso do monstro procurar qualquer coisa que lhe sirva de alvo para o primeiro bote.

E nunca perde tempo. O monstro familiar nunca perde tempo. Começa a mentir, a dizer aleivosias, a ferir na alma, a macular de todas as formas o que permanece sereno. Se este não responde aos ataques porque já conhece a fera e os seus modos de agir, logo em seguida será chamado de covarde, de medroso, de verme asqueroso, e que, permanecendo calado está consentindo e confirmando as injúrias contra si lançadas.

Quando a pessoa não reage, não responde no mesmo tom, faz de tudo para evitar e começa a fazer de conta que nem está ouvindo, então o monstro familiar só falta enlouquecer, avermelha, quer botar os bofes pela boca, pois seu único intuito é verdadeiramente arranjar confusão, intriga, inimizade. E principalmente denegrir a honra e a imagem do parente.

Como já afirmado, os monstros da rua, do local do trabalho e outros espaços, são muito menos perigosos que os familiares, mas também são monstros. Daí ser preciso muito cuidado, vez que provocam enormes estragos e feridas. Tais monstros agem mais por inveja, pela arrogância gratuita e autoritarismo barato, pelas vaidades e egoísmos exacerbados, e também pela fome instintiva em ferir e tentar submeter o próximo.

É preciso, pois, muito cuidado com um monstro chamado chefe, com outro conhecido como motorista, ou ainda outros denominados assaltantes, policiais, políticos eleitos, governantes, vizinhos. O monstro vizinho possui uma peculiaridade. Dificilmente age de maneira frontal, agressiva, mas apenas rogando por tudo na vida que o outro se transforme em carcaça para se deleitar diante dos restos.

Você conhece algum monstro assim? Também não precisa se olhar no espelho nem ao lado. Tais monstros são invisíveis.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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O cangaceiro Sinhô Pereira


Sebastião Pereira da Silva é mais conhecido como Sinhô Pereira. Nasceu em Serra Talhada, no Estado de Pernambuco, no dia 20 de janeiro de 1896. Era alfabetizado e antes de ser cangaceiro trabalhava no campo.

Sinhô Pereira era descendente  do Coronel Andrelino Pereira da Silva, que se tornara Barão de Pajeú. Era alfabetizado e trabalhava no campo.

Motivos familiares levaram-no a ingressar-se no cangaço, tendo recebido a insígnia de comandante de tropa. Pressionado politicamente e perseguido por forças policiais, viajou com o primo Luiz Padre para Goiás e Minas Gerais, onde obteve o título de cidadão mineiro.

Sinhô Pereira sentado e Luiz Padre em pé

Ao deixar o cangaço, no ano de 1922, Sinhô Pereira entregou sua tropa para o comando de Virgulino Ferreira da Silva, que mais tarde recebeu a alcunha de Lampião.

Lampião à esquerda e Antonio Ferreira à direita

Sinhô Pereira faleceu numa manhã no final do ano 1972, em Lagoa Grande, Estado de Minas Gerais, deixando para trás uma vida e uma história marcada de angústia, dores e vontade de viver feliz com sua família e amigos.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinh%C3%B4_Pereira

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Crônica de uma expedição Na rota dos primeiros passos de Lampião

Por: (*) Sérgio Dantas
Kiko Monteiro, Sérgio Dantas e Geziel Moura traçam o mapa. (Foto: Felipe Mauler)

Dia 20 de setembro de 2013. Chego ao Terminal Rodoviário de Serra Talhada por volta as 21:50 e ali já encontro os amigos Kiko Monteiro, Geziel Moura e seu filho Felipe. Os dois últimos, nortistas de Belém do Pará, fazendo uma das suas primeiras incursões pelo mega calor do sertão nordestino. Kiko, do ‘Lampião Aceso’, cabra já por demais calejado nas andanças pela caatinga, ansioso por rever velhos coitos e conhecer uns poucos novos.

Fizemos nosso “Quartel General” em Triunfo, pouso de clima mais ameno, cidade a pairar soberana sobre o horizonte de Pernambuco. “O ponto mais alto do Estado” – garantem os nativos e a Geografia nos confirma o dito. Estamos no Pajeú, próximos à divisa com a Paraíba, em meio a palcos de acontecimentos diversos na sangrenta epopeia do cangaço.

O nosso objetivo imediato seria o de visitar a maior quantidade possível de lugares relacionados ao início da ‘carreira’ de Lampião. Entre os dias 20 e 24 de setembro deste ano, caímos na estrada e tentamos levar a cabo a meta estabelecida.

Como é gratificante reencontrar amigos; ver a história de perto; criar imagens – mesmo que mentais - sobre os eventos que ocorreram neste ou naquele lugar. E lá fomos nós, decididos a fatiar o Pajeú; a aprender a ler as suas entranhas; a relembrar episódios que aprendemos através de livros sobre o tema.

Na manhã do dia 21, logo cedo, após lauto café-da-manhã, descemos a Serra da Baixa Verde e fomos ao nosso alvo: a casa de Luiz Gonzaga de Souza Ferraz, na agradável Terra das Pedras do Reino; São José do Belmonte. Viagem tranquila, sem sobressaltos. A Serra do Catolé um tanto à frente; bem mais à direita. Prosa boa, uma anedota aqui e ali, o amigo Kiko fazendo imitações de ‘personagens famosos’.

Em pouco estávamos diante do imponente casarão. Linhas originais conservadas, paredes de exagerada largura, o sótão com sua escadaria antiga – testemunha silenciosa daquele dia 20 de outubro de 1922. Recebidos pela professora Pergentina, atual proprietária do imóvel, podemos ver em detalhes toda a sua estrutura. Depois da inspeção ao velho sótão, de onde Gonzaga caiu para a morte nas mãos de Livino Ferreira e "Cajueiro", varejamos cada detalhe da construção centenária. A pequena câmera Sony H90 nas mãos de Kiko, registrando detalhes, imagens e falas.

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http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2013/10/cronica-de-uma-expedicao.html

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