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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O FENÔMENO DAS “COCA-COLAS” EM FORTALEZA DURANTE A SEGUNDA GUERRA

Publicado em 03/10/2013 por Rostand Medeiros

E os americanos vão desembarcando com seus produtos. Propaganda da Coca-Cola utilizando o Rio de Janeiro como cenário

Propaganda da Coca-Cola utilizando o Rio de Janeiro como cenário

Em meados de 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, surgiu um fenômeno feminino na cidade de fortaleza chamado de “Coca-colas”. Eram moças jovens de famílias tradicionais, onde tinha de tudo na vida, mas não tinha o principal, agitação. A maioria dessas jovens estavam cansadas da monotonia da cidade, estavam cansadas de ver as mesmas caras, cansadas de ficar na mesma pracinha no centro e etc…

Com a chegada dos americanos para fazer o patrulhamentos das nossas costas e também para montar as bases aéreas onde se dava suporte as aeronaves que atravessavam o Atlântico, tudo mudou para essas moças e muitas delas se acharam a vontade com a situação e iam para as festas no Estoril e em outras casas de dança para fazer companhias aos visitantes.

Fonte - http://lavecchiahistoria.blogspot.com.br/2013/10/o-fenomeno-das-coca-colas-em-fortaleza.html
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Na Fortaleza dos anos 40 a população era de apenas 10% da atual, e não se tinha muito para fazer na cidade na época, e com a chegada dos americanos, se abriu um leque de possibilidades para as jovens. Muitas seriam taxadas de prostitutas, até mesmo após a guerra as lindas mulheres com seus vestidos curtos e saltos altos, passeavam pela cidade e as senhoras de mais idade as ofendiam e maltratavam, mas os homens ficavam de queixo caído com o desfile das beldades.

Fonte - http://lavecchiahistoria.blogspot.com.br/2013/10/o-fenomeno-das-coca-colas-em-fortaleza.html
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Sabemos que junto das guerras surgem muitas tragédias de inúmeras espécies, uma dessas tragédias é a prostituição, onde na maioria das vezes as mulheres se vendem por comida, mas em Fortaleza não foi esse o caso, pois a guerra em si não chegou ao Brasil, a não ser pelos ataques aos navios mercantes em alto mar e a paralisação de produtos vindo da Europa. Mas para as jovens era tudo que precisavam, os americanos com suas caras novas e sua alegria, trouxe festas e movimentação a cidade, e conseguiram tirar mudar a rotina das moças. Muitas moças namoravam os soldados, algumas os cadetes e tinha também outras que namoram os oficiais.

Fonte - http://lavecchiahistoria.blogspot.com.br/2013/10/o-fenomeno-das-coca-colas-em-fortaleza.html
Fonte –http://lavecchiahistoria.blogspot.com.br/2013/10/o-fenomeno-das-coca-colas-em-fortaleza.html

Esse apelido surgiu devido o próprio refrigerante muito consumido pelos americanos na cidade, e que hoje ainda todos nós consumimos.


Postagem original:   

Ecos da Segunda Guerra http://lavecchiahistoria.blogspot.com.br/2013/10/o-fenomeno-das-coca-colas-em-fortaleza.html (Do nosso dileto amigo Ricardo Lavecchia, de São Paulo)

Extraído do blog Tok de História do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros

http://tokdehistoria.wordpress.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O MAIOR MOVIMENTO VOLUNTÁRIO DO PAÍS - EDUCAR E INSTRUIR


EM FREI PAULO (SE), D. ELZA E SEU JOÃO DA SANTA CONHECERAM LAMPIÃO

Cidade pequena tem isso de todo mundo conhecer todo mundo, de cumprimentar moradores e turistas, de fazer amizade logo de inicio, de ser carinhoso até para atender a um pedido de entrevista. Aquela coisa de ser prestativo, de não negar pegar um copo d’água, parece que isso só tem em cidade pequena.

Sente-se isso em Frei Paulo, município de Sergipe, que fica localizado a 71,7 km de Aracajú. Com ladeiras extensas e casas históricas, em suas formas bastante antigas, mas arrojadas. Em uma das casas, pinturas e móveis arcaicos, janelas alongadas, com portas trançadas, essa cidade carrega muitos mitos e lendas. É nela que a Universidade Metodista de São Paulo (Umesp) e a Faculdade de Jaguariúna (FAJ) estão aperfeiçoando seus conhecimentos.

A Umesp trouxe equipamentos e uma equipe jornalística própria para cobrir suas atividades na Operação São Francisco do Projeto Rondon. Sua equipe fez uma descoberta incrível, sobre três senhoras que contavam histórias sobre Virgulino Ferreira da Silva, o famoso Lampião. Partindo disso, os estudantes decidiram produzir um documentário que falasse um pouco mais sobre os outros tempos da cidade, usando o maior patrimônio de Frei Paulo: as histórias contadas.

Dona Elza - projetorondon.pagina-oficial.com

D. Elza - É só perguntar aqui e ali para saber um pouco mais sobre Lampião, de pessoas que viveram muito para contar tudo que já viram e ouviram. Maria Elza Feitosa, de 75 anos, a dona Elza, é uma delas. 

De início, as pessoas que acompanhavam nossa reportagem diziam que dona Elza era difícil de lidar, mas quando chegamos lá e dissemos que a repórter era sua xará, ela logo nos recebeu com um abraço e disse: “vamos sim, vamos conversar”.

Dona Elza mora em uma casa que lembra casa de avó. Quando chegamos, ela estava fazendo almoço, típico das avós. Sentamos na varanda e ela, chorando, contou que Lampião teve uma participação histórica na sua vida e na vida de seu irmão, João Lima Feitosa, padre por 40 anos na Igreja Matriz de Frei Paulo, que fica em frente sua casa.

“Lampião chegou em Porto da Folha [cidade onde dona Elza morava] e apontou a arma para o meu pai e disse que naquele momento ele estava pobre, e que se ele não desse toda a sua fortuna, que ele iria cortas as banhas da barriga dele.” Segundo ela, seu irmão, o Padre João, tinha vocação para ser padre. “Um dia, meu pai chegou e disse para o meu irmão que ele não podia mais pagar o seminário e que ele não poderia mais ser vigário, mas quando a pessoa tem vocação, ela não foge”, conta.07/10/13 Portal do ProjetoRondon

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João da Santa - Dessas figuras há muito em Frei Paulo. Outra é João Alves de Oliveira de 89 anos, o Seu João de Santa. 

João da Santa - projetorondon.pagina-oficial.com

Lembra aqueles senhores que fica jogando dominó com os companheiros na pracinha da cidade e contando os causos da vida. E ele é quase isso. Segundo Susiclay Oliveira, pedagoga na Secretaria de Educação, e que nos acompanhou durante todo o percurso contando as lendas de Frei Paulo, seu João de Santa estudou até a 2ª série e foi professor. Escreveu um livro com a história de Frei Paulo.

Historiador autodidata e músico, aprendeu tudo sozinho. Mesmo com pouca escolaridade, deu aula no município, e ainda é muito respeitado por todos. Escreveu dois livros, um intitulado Nossa História, que conta um pouco sobre o município e, outro, Música, História e Poesia.

Fomos à casa do Seu João falar com ele. Tinha acabado de acordar, na casa estava o neto e a filha. Quando chegamos, ele nos perguntou o nome, apertou nossa mão e numa agonia sem fim queria que todos se sentassem. Falava muito sobre como há alguns anos atrás estava melhor, já que em setembro de 2012 sofreu um AVC. Mesmo assim foi emocionante. 

Seu João é conhecido por contar a lenda de Lampião melhor que ninguém. “Lampião entrava na cidade, rodeava o município, mas não fazia nada, porque ele tinha medo do Padre Madeira. Quando ele entrava com o bando, o padre logo ia falar com ele, aí ele se enfiava com o bando em uma das casas e depois ia embora”, conta. 

Quase não saímos da casa de Seu João, ele queria nos mostrar o cordel de Lampião, pena que não deu tempo de achá-lo. Mas, mesmo impossibilitado, pediu-nos o endereço e disse que nos enviaria assim que encontrasse. Saímos do município de Frei Paulo com uma certeza: o Rondon é mais que simples atividades, é vivência e contato. É envolver-se em histórias, conhecê-las e aprender com elas. Isso é Rondon.

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