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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Teje intimado! 2º Grande Encontro da Família Xavier


É essa oportunidade de reunir as diferentes gerações da família, numa troca sem igual não apenas de ideias, mas de lembranças e de afetos. Acho tudo isso uma delícia .São esses momentos e essas memórias que vão ficar para o “álbum” das histórias da família, aquele álbum imaginário que todos guardam e onde ficam eternizadas todas aquelas histórias que serão contadas e recontadas no “boca a boca” por muitas gerações a cada encontro familiar. Este álbum não tem data para acabar (nem para começar!).

Att Isa Xavier

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Mais um NACO de Poesia...*

Por José Cícero

 Enquanto é Tempo


Ame-me enquanto é tempo.
Porque o tempo por si mesmo
é célere e ligeiro.
Nada do futuro  ou do amanhã existe .
Além de mim nada é por inteiro.
A vida é fugaz, como passageiro
é todo e qualquer sentimento.
Meu amor é tanto.
E meu querer intenso.
Meu tempo é quando.
Além de muito  pouco e pequeno,
o sonho de todos os poetas
tidos como utópicos e  aventureiros.
Ame-me intensamente
e tão sem medo.
Enquanto é tempo.
Porque o tempo,
é um mero instante.
Um abstrato momento
assaz transitório,
a escorrer por entre o dedos.
Pródigo quase sempre,
em contrariar os segredos.
Meu desejo é tanto
e um tanto quanto
ousado e imenso...
Todo o meu sentimento.
Viva demasiadamente
o teu momento.
Sem angústia e ansiedade.
Porque o tempo é célere
E a vida breve.
Como é breve e célere,
Certamente...
todos os instantes de felicidade.
Ame-me de verdade.
Agora e sem demora.
Como alguém que teme a morte.
Ou que não está nem aí
Para este pensamento
escatológico.
Ame-me, simplesmente.
E isso é o bastante
para que possamos
construir o sonho possível
do eterno instante.
Ame-me tão somente
como quem deseja
a qualquer custo acreditar
que é possível amar.
E assim ser feliz  eternamente.
Como para todo o sempre.

José Cícero
Aurora - CE

Inédito/2013
Foto ilustrativa da Internet.

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LAMPIÃO, GATO BRABO E SANTANA

Por: Clerisvaldo B. Chagas, 17 de junho de 2013 - Crônica Nº 1035

LAMPIÃO, GATO BRABO E SANTANA

Ainda hoje quem tem uma noção da história cangaceira por essas bandas, ainda pergunta por que Lampião não entrou na cidade de Santana do Ipanema. 

Santana na época de Lampião

Lá vêm as teses batidas pela tradição, mas ninguém tem certeza mesmo de nada. Em 1926, ao descer de Juazeiro do Norte, o homem vinha espumando de raiva porque fora enganado com patente de capitão que valia apenas para alimentar a sua vaidade de bandido. Como o território santanense era o maior do estado, na época, Virgolino varreu alguns sítios e fazendas e foi despejar sua ira na vila de Olho d’Água das Flores, pertencente a Santana e distante da sede 22 quilômetros. É bem verdade que ao chegar à notícia do cangaceiro aproximando-se, várias famílias deixaram o Ipanema, retirando-se até mesmo para Palmeira dos Índios, início do Agreste. Um grupo de homens resolutos, porém, organizou a resistência com civis, poucos soldados da polícia e vinte e cinco recrutas do Tiro de Guerra local que funcionava no antigo “sobrado do meio da rua”. Sacas de lã e areia foram improvisadas à Rua da Poeira e a espera pelos cangaceiros parecia sem fim. Tempo de inverno, o dia amanheceu radiante após uma noite inteira dos defensores nas trincheiras. Nada de Lampião.


Depois veio o conhecimento de que Virgolino havia assaltado sítios e fazendas e passara o dia na vila de Olho d’Água onde praticara várias atrocidades, amenizadas por um empresário chamado Francisquinho. Não houve mortes na vila, mas o prejuízo material e moral foram enormes, exasperando o governador Costa Rego. 

Governador de Alagoas - Costa Rego

Uns dizem que o bandoleiro não entrou em Santana devido ser a avó do Cristo, padroeira, sua madrinha. Outros dizem que por causas das orações, além mais versões. Tempos depois, o cangaceiro Gato Brabo, diz em jornal do Recife que foi graças a ele Gato Brabo, o cangaceiro santanense, que Lampião cismou. Não conta detalhes. Mas se foi por ele, por que Gato Brabo, Josias Mole, que foi preso em Santana e apanhou na cadeia quis livrar o povo da terra? Não acreditamos nessa versão. É mais sensato pensar que Lampião não quis enfrentar a farda verdinha do Exército. Guerrear contra uma defesa formada também pelo Tiro de Guerra, assanharia o Batalhão de Caçadores em Maceió e Lampião queria enfrentar satanás, mas o Exército, não. O exército só larga quando termina o serviço como cães de caça. Portanto, melhor pegar os indefesos da vila para suas estripulias.

Nas trincheiras civis de Santana estavam homens como o historiador oral Pedro Agra, Joel Marques, Joaquim Ferreira e até mesmo o vigário José Bulhões. No dizer de um contador de histórias, matuto, Virgolino deve ter pensado: “Quem vai lá é a peste!”. Sim senhor, poucos escreveram sobre LAMPIÃO, GATO BRABO E SANTANA.

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