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terça-feira, 21 de maio de 2013

Amor de Chico Pereira - Jarda, a esposa menina

Por Wanessa Campos

“Esconde essa aliança e casa com  outro. Chico já morreu”. Era o que Jardelina Nóbrega ouvia das pessoas aconselhando-a a desistir de se casar com Chico Pereira, que virou cangaceiro. Jarda, como era chamada começou a namorar com Chico aos 12 anos, noivou aos 13, casou aos 14  e ficou viúva aos 17 anos de idade, com três filhos pequenos. O caçula tinha apenas seis meses.

Fonte: www.umolharsobresaojoao.blogspot.com.br

Sua vida daria um filme, como já tentaram fazer. Tudo começou em 1920, na localidade de São Gonçalo, Sertão da Paraíba, quando Jarda conheceu Chico, então com 20 anos, um pacato comerciante de cal. Filho do coronel João Pereira, pessoa bem relacionada na redondeza. De repente, o coronel viu-se envolvido numa briga na sua mercearia. E nela, foi morto o coronel. Uma morte encomendada por questões políticas. Agonizante, João Pereira pediu aos filhos que não queria vingança como ditava o código de honra da época.

O cangaceiro Chico Pereira

Chico, o filho mais velho conseguiu prender Zé Dias, que matou seu pai e o entregou à polícia achando que assim a justiça seria feita. Mas na semana seguinte, Zé Dias estava solto, para revolta de todos. Chico era insuflado pelo povo a vingar-se e ao mesmo tempo não queria revidar, mas percebia a má vontade da polícia em prender Zé Dias. Tinha receio de ser chamado de frouxo.

Então, o jeito foi fazer justiça com as próprias mãos, como fez Virgolino. A cidade de Souza perdeu a tranquilidade e a briga entre famílias Pereira e Dias ganhava corpo. Chico vingou a morte do pai e tornou-se cangaceiro. Formou um bando e sua vida mudou totalmente e a de sua noiva também. Passou a ser foragido da polícia.

Entretanto, sua preocupação maior era Jarda, sua noiva adolescente. Após uma longa conversa com ela, alertou para o tipo de vida que levava e, se ela quisesse desistir do casamento prometido, ele iria entender. “É com você que quero me casar”, foi a resposta. E como seria esse casamento?

Conseguiram celebrar por meio de procuração, na manhã de  26 de maio de 1925, na igreja de Pombal. Jarda continuou morando com a família e os encontros com o marido eram escondidos. Nasceu o primeiro filho, Raimundo. Depois vieram Dagmar e Francisco. Houve uma menina, mas morreu prematura. Jarda teve uma vida marcada por mortes trágicas: pai, sogro, cunhado e marido.

Chico Pereira comandou vários ataques, inclusive com cangaceiros de Lampião. Passou seis anos nessa vida até encontrar a morte misteriosa numa estrada do Rio Grande do Norte, aos 28 anos de idade, a 24 de agosto de 1928. Uma morte até hoje não esclarecida.

Chico Pereira

Jarda, com três filhos pequenos, pensava o que seria dela. E dos filhos? Futuros cangaceiros? Como iria educar os meninos com salário de professora rural? A solução foi deixar cada um com um parente. Periodicamente viajava a cavalo para ver os filhos. Uma vida sacrificada. Os três irmãos só se encontraram  bem mais tarde.

Certo dia,  recebeu um bilhete anônimo por meio de um cavaleiro desconhecido montado num cavalo branco, quando estava pensativa no alpendre da casa. O bilhete dizia:” Se queres ser feliz, perdoa seus inimigos”. Uma cena quase irreal. E Jarda tinha muito a quem perdoar. Decidiu queimar todas as cartas, livros de cordel, jornais, tudo que falava de Chico Pereira. Estava queimando seu passado para salvar o futuro dos filhos, escreveu  Francisco no seu livro “Vingança, não”.

Os anos foram passando e a primeira alegria veio com  Raimundo que se formou em engenharia civil no Recife. Depois, foi a vez de Dagmar, que se tornou frade franciscano com o nome de frei Albano. Surpresa maior veio com  Francisco,  ordenado padre em Roma, onde estudou. Com ele, a alegria de Jarda foi maior, pois assistiu sua ordenação, recebeu bênção especial do papa e a comunhão pelo próprio  filho na sua primeira missa. Jarda encontrou a felicidade através do perdão.

Dos três filhos, apenas frei Albano está vivo, no Convento de São Francisco, em Salvador, Bahia. Jarda ficou viúva para sempre e morreu em João Pessoa onde morava e o filho Francisco também*.


Jarda foi uma Maria Bonita.

NOTA – Conheci e convivi com dona Jarda desde menina até a idade adulta, na minha casa e na da minha irmã mais velha, Wanice, casada com  Raimundo com que ela morou durante muito tempo. Dona Jarda, muito alva, cabelos castanhos, bonita e vaidosa que me pedia para comprar batons de cores claras. Falava baixinho, gostava de conversar e contava com naturalidade sua vida com Chico Pereira. Demonstrava serenidade e nem parecia ter um passado sofredor. Os filhos diziam que ninguém conseguiu ver Jarda chorar. Gostava dela.

Pescado no açude de comadre Wanessa 

Adendo

Francisco "O Padre Pereira", filho de Jarda e Chico, faleceu em João Pessoa no dia 22 de janeiro de 2007.

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FREI DAMIÃO - UM SANTO BRASILEIRO

Por: Guilherme Machado

NASCEU NA EUROPA E SENTOU PRAÇA NO CORAÇÃO DO POVO NORDESTINO... FREI DAMIÃO DE BOZZANO!!!

Frei Damião de Bozzano, nascido Pio Giannotti, OFMCap (Bozzano, 5 de novembro de 1898 - Recife, 31 de maio de 1997) foi um frade italiano radicado no Brasil. Era filho dos camponeses Félix Giannotti e Maria Giannotti.

Começou sua formação religiosa aos doze anos, quando foi estudar em um colégio de padres. Aos dezenove anos foi convocado para o exército italiano e participou da Primeira Guerra Mundial. Aos 27 anos diplomou-se em teologia pela Universidade Gregoriana em Roma e foi docente do Convento de Vila Basílica e do Convento de Massa.

O frade capuchinho, ordenado sacerdote em 25 de agosto de 1923, veio do norte da Itália para o Brasil no início da década de 1930, estabelecendo-se no Convento de São Felix da Ordem dos Capuchinhos, sendo venerado por fiéis, principalmente nordestinos, pois foi nessa região que ele viveu a maior parte de sua vida, fazendo peregrinações pelas cidades, dando comunhão, confessando, realizando casamentos e batismos. Por muitos nordestinos considerados como santo encontra-se atualmente em processo de beatificação desde 31 de maio de 2003.

Por dia, muitas cartas chegam ao Convento de São Félix, contando fatos de cura, milagre, que a ciência não consegue entender.

Frei Damião, recém-chegado ao Brasil.

Sua primeira missa foi nos arredores da cidade de Gravatá, em Pernambuco, na capela de São Miguel, no Riacho do Mel. Anualmente, no mês de maio, realizam-se naquela cidade as Festividades de Frei Damião: uma grande caminhada sai da Igreja Matriz Nossa Senhora de Santa'Ana (no centro de Gravatá) e vai até a Capela do Riacho do Mel.

Na cidade de Recife, mais precisamente no Convento de São Felix da Ordem dos Capuchinhos, onde se encontra seu corpo, acontece desde sua morte no final de maio Celebrações para Frei Damião.

No ano de 1975, recebeu a medalha cunhada em ouro de amigo da cidade de Sousa, no estado da Paraíba, quando permitiu que construísse a primeira estatua em sua homenagem, tendo o mesmo colocado a pedra fundamental naquele ano e em novembro de 1976 oficiou missa de inauguração, obra do renomado escultor pernambucano Abelardo da Hora. A estátua esta construída no serrote denominado Alto da Benção de Deus, e se constitui hoje num facho abençoado de luz, deixando todos que contemplam mais próximos de Deus e de Nossa Senhora. E hoje é visitada por milhares de fieis.

Em 27 de setembro de 1977, recebeu o título de Cidadão de Pernambuco e, em 4 de maio de 1995, o título de Cidadão do Recife.

Frei Damião ocupou-se em disseminar “as santas missões” pelo interior do Nordeste. “As santas missões” eram um tipo de cruzadas missionárias, de alguns dias de duração, pelas cidades nordestinas. 

Nessas ocasiões, era armado um palanque ao ar-livre com vários alto-falantes onde o frade transmitia os seus sermões. Quando perguntado sobre os objetivos de suas “santas missões” aos sertanejos, o frei respondia que um dos objetivos era “livrá-los do Demônio, que queria afastá-los da Igreja e fazê-los abraçar outro credo [...]”.

Nunca abandonou suas caminhadas e romarias pelas localidades, no qual acompanhava com ele sempre, um terço e um crucifixo, as quais faziam com seu amigo Frei Fernando. Só parou poucos meses antes de falecer, devido ao agravamento de seu problema na coluna vertebral, fruto da má postura de toda a vida.

Frei Damião de Bozzano faleceu no Hospital Português no Recife, e seu corpo está enterrado na capela de Nossa Senhora das Graças, de quem era devoto, no Convento São Félix, no bairro do Pina, no Recife. Sua vida é retratada no livro do escritor Luís Cristóvão dos Santos, Frei Damião - O Missionário dos Sertões.

Na ocasião de sua morte, em 31 de maio de 1997, o governo de Pernambuco e a prefeitura de Recife decretaram luto oficial de três dias.

No interior de Pernambuco, na cidade de São Joaquim do Monte, todos os anos milhares de romeiros chegam para prestar suas homenagens ao Frade. O Encontro de Romeiros, ou Romaria de Frei Damião como é mais conhecida, acontece todos os anos entre o fim de agosto e início do mês de setembro. Programações religiosas e culturais modificam totalmente o aspecto da cidade. O ponto central da peregrinação é a estátua erguida em homenagem a Frei Damião localizada no Cruzeiro.
Em 2004, foi inaugurado o Memorial Frei Damião em sua homenagem, na cidade de Guarabira, Paraíba, uma das várias cidades em que o frade capuchinho percorreu em suas missões.  Neste memorial foi erguida uma estátua, que atualmente é considerada a terceira maior do Brasil.

Fonte: facebook - página do pesquisador Guilherme Machado

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Troféu Gonzagão 2013 reunirá mais de 100 artistas para celebrar a Cultura Nordestina

Diego Araújo - Campina Grande/PB em 20/05/2013

Nesta terça-feira, dia 21/05, a partir das 20h, a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba – FIEP será palco de um dos maiores eventos da Música Nordestina. O Troféu Gonzagão chega a sua 5ª Edição, considerado o Oscar da Música Nordestina, por reunir em uma única noite, os principais representantes desta vertente musical.

Em 2013, o Troféu Gonzagão vai prestar uma homenagear In Memoriam, ao artista paraibano Sivuca, e ainda ao casal Antônio Barros e Cecéu, e ao cantor Genival Lacerda pela contribuição que deram a música regional através das suas notáveis composições.

Genival Lacerda

Este ano 110 artistas participam da festa, nomes como Nando Cordel, Flávio José, Pinto do Acordeon, Amazan, Ton Oliveira, Capilé, Dorgival Dantas, Ademário Coelho, Alcimar Monteiro, Biliu de Campina, Trio Juriti, Três do Nordeste, Trio Nordestino, Toni Dumond, Maciel Melo, Josildo Sá, Cezinha do Acordeon, Sirano e Sirino, além do Maestro da Noite, Adelson Viana, confirmaram presença.

São esperados pela organização do Troféu Gonzagão mais de 1000 convidados, entre autoridades políticas, do judiciário, artistas, intelectuais e representantes da sociedade civil.

Na programação além dos shows, haverá uma série de homenagens, onde  Glorinha Gadelha, viúva de Sivuca receberá das mãos do cantor Fagner, o Troféu Gonzagão. Elba Ramalho entregará o troféu para o casal Antônio Barros e Cecéu, e o artista Genival Lacerda receberá o Troféu de João Gonçalves e Alcimar Monteiro.
  
Serão homenageados também os talentos artísticos culturais, que elevam a história de Gonzaga e da Cultura Nordestina, como o cineasta Breno Silveira, autor do filme “Gonzaga de Pai para Filho”, o Cantor Chico César, o Escritor, Pesquisador e Consultor da Música brasileira, Assis Ângelo, o Cartunista Fred Ozanan, e o Juiz de Direito Onaldo Rocha de Queiroga titular da 5ª vara cível da capital paraibana, autor do livro “Baião em Crônicas”.

 O Troféu Gonzagão é um reconhecimento público à trajetória de artistas regionais que cantam e tocam a música do Nordeste. A premiação acontece em Campina Grande e tem dois grandes objetivos: homenagear os nomes de destaque da música popular nordestina e premiar os artistas regionais que promovem o resgate e incentivo da cultura.

O Troféu já homenageou artistas consagrados como Marinês, conhecida como a “Rainha do Xaxado”, e também o paraibano Jackson do Pandeiro, considerado o maior ritmista da história da música popular brasileira. Tanto Marinês quanto Jackson do Pandeiro foram grandes responsáveis pela nacionalização de canções nascidas entre o povo nordestino.

O Troféu Gonzagão é realizado pelo Centro de Ortodontia Integrado e Federação das Indústrias do Estado da Paraíba – FIEP, através do SESI com o Apoio cultural do Governo do Estado da Paraíba, Prefeitura Municipal de Campina Grande, UEPB, Sandálias Havaianas e Indústria Duraplast.

Informações adicionais podem ser obtidas através do telefone: (83) 2101-5326 ou 9924-8777.


Enviado pelo poeta, escritor e pesquisador do cangaço
Kydelmir Dantas

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Cariri Cangaço em Lavras: Secretaria de Cultura dá Show de Organização

Por: Paulo Sérgio

A Secretaria Municipal de Cultura e Esporte de Lavras da Mangabeira mostrou competência ao realizar o Avant Premier do Cariri Cangaço 2013 no município. O evento trouxe a Lavras, personalidades da arte, cultura e literatura do nordeste brasileiro.


A frente, esteve a Secretária Cristina Couto que travestida de Maria Bonita cerimoniou o Avant Premier nas Dependências da Câmara Municipal de Lavras, tomada por escritores, historiadores, imprensa e populares simpatizantes da história do Cangaço. A cavalgada Lêla Férrer, puxada pelo escritor, poeta, historiador e critico literário Dimas Macedo e pelo Deputado Estadual Heitor Férrer contando com a presença de vários cavaleiros abriu oficialmente o evento na tarde do sábado (18/05).


Cristina Couto convidou Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço, para presidir a 
Avant Premier.

     
Severo falou da "alegria em estar em Lavras, terra de mulheres e homens letrados e terra onde o coronelismo se fez presente com muita força, destacando-se a figura da Coronela mais importante do Ceará, quiçá do Nordeste brasileiro que foi D. Fideralina Augusto Lima."


A organização do evento, desde os mínimos detalhes comungando com a sincronia dinâmica dada pela secretária, como falas, apresentação de vídeos e recepção deixou para os presentes uma ótima impressão.


Dimas embebedou a platéia presente com relatos de fatos curiosos ocorridos da época do Coronelismo, que foi marcado por tragédias em Lavras, bem como, o botar pra correr de Lampião pelos cabras do Cel. Raimundo Augusto Lima.


Ao final da tarde/noite, jovens estudantes da Escola Assis Lucena brindou a todos com uma apresentação típica do cangaço, o xaxado. A noite, a festa continuou na Praça da Estação, local onde está instalada a Secretaria Municipal de Cultura e Esporte de Lavras sendo servido jantar aos convidados um trio forrozeiro animou a noite com um típico forró pé de serra.


No domingo pela manhã, ocorreram às visitações na casa de D. Fideralina Augusto no centro da cidade e em sua fazenda localizada no Sítio Tatu a 8km da cidade, contando com a presença do Prefeito Municipal de Lavras da Mangabeira. Dr. Tavinho.


Paulo Sergio de Carvalho

Fonte:

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MINHA CONSCIÊNCIA É MUITO MAIOR

Por: Crispiniano Neto

O pai de Luiz, João Campos, trabalhou muitos anos, numa fábrica de sabão em Mossoró. Quando morreu ficou devendo uma conta ao seu patrão.


Luiz Campos tinha verdadeiro horror àquela profissão e àquela fábrica, lhe revoltava o fato do pai ter trabalhado a vida inteira num lugar e ao morrer, em vez de deixar algum saldo ou pensão para a família, tinha ficado uma conta para pagar.

Mesmo indignado com aquela situação Luiz Campos procurou o dono da fábrica e se apresentou para trabalhar até saldar a dívida do pai. O patrão, tão explorador e ingrato, aceitou o trabalho, não dispensando a conta do seu velho operário padrão.

Muitos colegas roubavam borra de sabão. Tiravam de pouquinho, às escondidas. O patrão sabia, mas deixava acontecer, pois sabia que era uma forma do pessoal desabafar a revolta num tempo que não havia sindicato. Luiz Campos não tirava escondido. 

Um dia chegou para o dono pediu um pedaço pra levar pra casa. O patrão respondeu que podia levar, até porque sabia que ele era dos poucos que nunca tinha roubado.

Luiz perguntou:

- Que tamanho eu posso tirar?

O patrão respondeu displicentemente:

- Tire do tamanho da sua consciência.

Luiz Campos saiu calado, cortou um pedaço de aproximadamente 30 quilos, amarrou no bagageiro da bicicleta e foi saindo sem dizer mais nada.

O patrão viu o exagero. Ficou chateado e gritou:

- Luiz, você não tá achando que tá demais não?

- Não senhor! A minha consciência é muito maior do que isso.

Luiz de Oliveira Campos nasceu em Mossoró aos 11 de outubro de 1939, Luís é considerado como um dos maiores poetas da região. Hoje, apesar dos sérios problemas de visão ele não perde o bom-humor nem a verve poética.

Do livro do poeta Crispiniano Neto
PoesRia com Luiz Campos
Coleção Mossoroense 
Volume 829 
Série C
Julho de 1993

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Lavras da Mangabeira: uma grata e maravilhosa surpresa

Por: Juliana Ischiara
 Juliana Ischiara, Raul Sá e Múcio Procópio

O convite do amigo e curador do maior e mais bem sucedido evento que reúne hoje os maiores e mais abalizados pesquisadores da cultura regional nordestina; Manoel Severo;  e como conselheira deste grande e maravilhoso evento, fui a Lavras da Mangabeira. O município está em festa, comemora 197 anos de emancipação política e, por ocasião deste evento, a Secretária de Cultura Cristina Couto, a quem parabenizo pela iniciativa e pela festa maravilhosa e irretocável organização, convidou o Cariri Cangaço para fazer parte deste momento histórico do município, ocasião em que foi dado inicio aos trabalho deste ano com à “Avant Premier" do Cariri Cangaço em Lavras da Mangabeira.

Não conhecia o município, porém, assim como seus munícipes que são apaixonados por sua história, também me encantei pela história e pelo povo deste celeiro de homens e mulheres de fibra e valentia, seja no bacamarte como D. Fideralina Augusto Lima, seja como seus descendentes que hoje combatem o bom combate, não de bacamarte na mão, mas de caneta em punho, seja na poesia, na literatura e na política. 


Lavras da Mangabeira é a terra natal de Dona Fideralina Augusto, do deputado Heitor Ferrer, do poeta e educador Filgueiras Lima do escritor  Dimas Macedo e de uma das figurinhas mais extraordinárias que tive a sorte e a honra de conhecer, Raul Sá, um pequeno grande historiador que, aos 10 anos de idade já é um grande conhecedor da história de seu município, Lavras da Mangabeira, bem como do Cangaço e de mais fatos históricos ocorridos no solo sagrado do sertão nordestino, tendo inclusive um livro pronto e prestes a ser publicado. Em síntese, uma grande promessa para o futuro da literatura cangaceira e da cultura regional nordestina.

Em sendo assim, aproveito a oportunidade para parabenizar, mais uma vez, os Lavrenses por sua história e cultura, a Secretária de Cultura Cristina Couto e ao gentilíssimo Prefeito Tavinho, que nos recebeu com generosidade e carinho, que Deus continue abençoando e iluminando esta administração. Um abraço fraterno e o meu sincero agradecimento pela generosidade dispensada a nós, visitantes que, com certeza, voltamos com nossos bornais cheios de alegria e conhecimento. Saudações Cangaceiras

Juliana Pereira Ischiara
Quixadá Ceará

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