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quinta-feira, 25 de abril de 2013

ALTO DA CONCEIÇÃO EM MOSSORÓ, UM EXEMPLO DE FÉ CRISTÃ

Por: José Edilson de Albuquerque Guimarães Segundo e Edimar Teixeira Diniz Filho
Capela de Nossa Senhora da Conceição 

Um dos bairros mais antigos de Mossoró, o Alto da Conceição, está situado na região sul da cidade, sendo um dos bairros mais populosos. Era conhecido por outras denominações, como Alto da Mariseira, Mariseira dos Macacos e Alto dos Macacos. Registros do século XIX descrevem a citada região como uma área de mata fechada habitada por macacos ferozes. No final do século XIX, mais precisamente no dia 3/12/1896, em uma reunião na casa do professor da rede municipal de ensino Manuel Antônio de Albuquerque, e por este presidida, e ainda formada por Manoel Francisco de Borja, Silvério José de Morais, deliberou-se oficialmente pela mudança de nome, passando a chamar-se de Alto da Conceição. 

A Capela de Nossa Senhora da Conceição 

Foi também na residência de Manuel Antônio de Albuquerque onde aconteceram ações religiosas que motivaram o fervoroso educador católico ao movimento em prol da construção

de uma capela em homenagem a Nossa Senhora da Conceição. A pedra fundamental da capela

foi lançada em uma solenidade realizada no dia 7 de novembro de 1897, pelo Padre João Urbano de Oliveira (1828-1904), auxiliado pelo Sr. Francisco Izódio1. Para tanto, ficou constituída uma comissão responsável pela edificação do templo, formada por Silvério

José Morais (tesoureiro), José Antônio de Morais, Manoel Alves Tibão e Luiz Firmino de Oliveira. Existiu ainda a colaboração de comunitários, com destaque para Manuel Francisco de Borja, José Freire da Costa, Francisco Justino de Melo, Francisco José de Lima, Francisco

Antônio de Melo e alguns alunos do Pai Vobis. Em 8 de dezembro de 1904, a Capela de Nossa Senhora da Conceição, como era mais conhecida, foi finalmente inaugurada. O aludido sacerdote, cearense de União e vigário da Paróquia de Santa Luzia, de 1894 a 1904, infelizmente não pôde comparecer, pois havia falecido em 26 de julho daquele ano. Todavia, sua presença está sempre viva naquele belo templo religioso, pois a rua lateral de acesso à atual igreja chama-se Padre João Urbano. Deste modo, o celebrante da cerimônia festiva foi o vigário da Paróquia de Santa Luzia, padre Moisés Ferreira do Nascimento, acolitado pelo cônego Estevam Dantas2. A imagem de Nossa Senhora da Conceição foi benzida pelo mencionado vigário e doada pelo coronel Vicente Ferreira da Mota 3. Em 20 de abril de 1920, falece em Mossoró, o professor Manuel Antônio de Albuquerque. Sua filha, Lúcia Albuquerque, o substituiu nos trabalhos de magistério na escola, agora denominada de Escola Particular Manuel Antônio, e na Capela de Nossa Senhora da Conceição.

A capela passou por reformas e ampliações. Em 1920 e 1921, na administração do então vigário da Paróquia de Santa Luzia Padre Manoel da Costa Pereira (Padre Costa), realizou-se a construção da torre. Posteriormente, na gestão de 1926 a 1941 do Padre Luiz Ferreira Cunha da Mota 4 (Padre Mota), foi realizada, no ano de 1932, mais uma ampliação, e, em 1937, foram construídos os corredores laterais da capela.

O Alto da Conceição foi a porta de entrada do bando do temível cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, em 13 de junho de 1927. Ao avistar, em direção ao centro da cidade, as torres das igrejas de Mossoró, Lampião profetizou: cidade com mais de uma torre não é pra cangaceiro atacar. Sábias palavras. Prenúncio de derrota. Não deu outra. 

Paróquia de Nossa Senhora da Conceição 

A transformação de Capela para Paróquia de Nossa Senhora da Conceição ocorreu no ano de 1941, graças à reivindicação do primeiro bispo de Mossoró, Dom Jaime de Barros Câmara 5. Para tanto, Dom Jaime vinha requerendo aos superiores da Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil, a fundação de uma residência de frades franciscanos na cidade de Mossoró, justamente no Alto da Conceição. No Capítulo Provincial de 9 de dezembro de 1940, o pleito do eminente bispo foi de fato atendido. Dom Jaime assinou no dia 19 de maio de 1941, em convenção aqui em Mossoró, e pelo ministro da referida Província, Frei Pedro Westermam, de

Recife-PE, no dia 24 de maio de 1941. A partir daí surgiu a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição. Embora tenha sido criada em 12 de agosto de 1941, os frades optaram por fazer a festa no dia 15 de agosto – Dia da Assunção de Nossa Senhora. Foi nessa data que ocorreu a solenidade de posse do primeiro Pároco, Frei Querubino Monnes, celebrada por Dom Jaime. 

Manuel Antônio de Albuquerque: o educador esquecido 

Manuel Antônio de Albuquerque nasceu em Campo Grande-RN em 1825. Professor primário da rede municipal de ensino, desde os primórdios da vila de Santa Luzia de Mossoró, na qualidade de mestre subvencionado pela Intendência, no subúrbio Macacos(Alto da Conceição), e adjacências. Cidadão de espírito religioso, sendo devoto de Nossa Senhora da Conceição, além de decicido cooperador daquele subúrbio em que residia, era considerado um

visionário iluminado, que vislumbrava tantos sonhos para aquela região. Escrevia em jornais locais sob o pseudônimo de Pai Vobis, designação latina que significa pai convosco.

Aposentou-se na gestão do Presidente da Intendência (Prefeito), Francisco Vicente Cunha da Mota 6, em 30 de setembro de 1916, após 51 anos de ensino primário no município. A família da qual fazia parte, os Albuquerques, foi uma das primeiras a habitarem o bairro. 

Referências Bibliográficas: 

BRITO, R. S. Ruas e Patronos de Mossoró. Coleção Mossoroense. Vol I e II. Série J. Mossoró-RN. 2003.
CASCUDO, L. C. Notas e Documentos para a História de Mossoró. Coleção Mossoroense. 5ª edição. Mossoró-RN, 299 p. 2010.
ESCÓSSIA, L. Cronologias Mossoroenses. Coleção Mossoroense. 2ª edição. Mossoró-RN, 305 p. 2010
MOURA, W. B. Umas tantas Lembranças da velha Mossoró e sua gente. Coleção Mossoroense. Série C. Mossoró-RN, 218 p. 2006.
OLIVEIRA, F. C. Reverências. Paróquia de Nossa Senhora da Conceição. Diocese de Santa Luzia de Mossoró. Igramol, Mossoró-RN, 148 p. 2011.
SILVA, R. N. À Sombra dos Tamarindos. Coleção Mossoroense, 209 p. 1979.
1 – Francisco Izódio de Souza: nascido em Apodi a 1 de abril de 1867. De origem humilde foi um batalhador pela instrução de Mossoró, um dos fundadores da Sociedade União Caixeiral e da Sociedade União dos Artistas. Eminente político em Mossoró, ocupou os cargos de Intendente (Vereador) no período de 1896 a 1898 e de Presidente da Intendência (Prefeito) no período de 1911 a 1913. È nome de rua no centro da cidade.
2 – Cônego Estevam José Dantas: nascido em São José do Mipibú de 13 de agosto de 1860. Foi diretor do Colégio Diocesano Santa Luzia em 1902. Faleceu em Natal em 29 de julho de 1929. A Escola Estadual Cônego Estevam Dantas, localizada no lado da Igreja do Alto Conceição, foi uma merecida homenagem ao sacerdote potiguar. É também nome de praça no bairro Bom Jardim, popularmente conhecida como Praça dos Hospitais.
3 – Vicente Ferreira da Mota (Coronel Mota): nascido em Apodi em 3 de dezembro de 1848. Comerciante de destaque foi
Intendente em Mossoró no período de 1908 a 1910. Faleceu em Mossoró em 20 de janeiro de 1942. Era o genitor de Francisco Vicente Cunha da Mota e de Padre Mota.
4 – Luiz Ferreira Cunha da Mota (Padre Mota): Filho de Vicente Ferreira da Mota e Filomena Ferreira Cunha da Mota, nasceu em Mossoró em 16 de abril de 1697. Sacerdote de relevantes serviços prestados a sua cidade natal. Foi vigário da Paróquia de Santa Luzia de Mossoró de 1926 a 1941. Participou efusivamente da resistência ao ataque de Lampião em 1927. Prefeito de Mossoró durante o período de 1937 a 1945. Faleceu em Mossoró em 27 de agosto de 1966. Também é nome de rua situada no bairro Ilha de Santa Luzia.
5 – Jaime de Barros Câmara: nasceu em 03 de julho de 1894 em São José - SC. Primeiro Bispo de Mossoró e foi nomeado pelo Papa Pio XI em 19 de dezembro de 1935. Assumiu a Diocese de 1936 a dezembro de 1941. Faleceu em 18 de fevereiro de 1973, em Aparecida – SP. Dá nome a bairro, escola e há uma estátua em sua homenagem na Praça Cônego Estevam Dantas.
6 – Francisco Vicente Cunha da Mota: nascido em 10 de abril de 1880, seguiu com brilhantismo os passos do pai, o Coronel Mota, como comerciante. Ocupou vários cargos públicos, com destaque para a presidência da Intendência de Mossoró, no biênio 1914 a 1916. Faleceu, em Fortaleza-CE, aos 12 de setembro de 1950. Dois de seus filhos também foram prefeitos de Mossoró: Mota Neto e Francisco Mota. A avenida Cunha da Mota, localizada nos bairros Pereiros e Centro, foi uma merecida homenagem da edilidade mossoroense a essa figura que engrandeceu a história da cidade.

Extraído do blog do escritor e pesquisador do cangaço:
 Honório de Medeiros

http://honoriodemedeiros.blogspot.com.br/ 

Facão que degolou cangaceiros é doado a João de Sousa Lima

Por: João de Sousa Lima

O facão que o soldado Gervásio degolou alguns cangaceiros foi doado para o Museu do cangaço que será montado por João de Sousa Lima.

O senhor Bento, filho de Gervásio foi quem fez a entrega do facão que o pai guardou durante tanto tempo. a entrega aconteceu em Jeremoabo, Bahia e o Gervásio no momento encontra-se em Araci.


Seu Bento com a esposa e a filha entregando o facão a João de Sousa Lima.



Gervásio, rastejador do grupo de Zé Rufino.ele degolou alguns cangaceiros.


Gervásio e João de Sousa Lima

João de Sousa Lima é escritor, pesquisador, autor de 09 livros. Membro da Academia de Letras de Paulo Afonso e da SBEC- Sociedade Brasileira de estudos do Cangaço. Telefones para contato: 75-8807-4138 9101-2501 email: joaoarquivo44@bol.com.br joao.sousalima@bol.com.br


Enviado pelo autor.

http://www.joaodesousalima.com

Cronologia do cangaceiro Antonio Silvino - 1875 - 1944 - Parte VII

Por: Frederico Pernambucano de Melo

Em 1904 (Antonio Silvino) toma avila do Pilar, Paraíba, saqueando a casa comercial do comendador Joaquim Pio Napoleão e soltando só presos da cadeia A imprensa do Recife o acusa de passar dinheiro falso. Aparece, segundo alguns autores, o folheto A vida de Antonio Silvino, de Francisco das Chagas Batista. Em virtude de desentendimento, o grupo se divide em dois, Cocada passando a chefiar a nova fração.

Em 1905 incursiona novamente pelo alto sertão, sendo noticiadas alterações em Afogados na Ingazeira e nos Currais Novos. 

A 17 de Novembro, invade a vila do Trapiá, À época do município de Caruaru, Pernambuco, e mata, com duas punhaladas no peito, Inspetor Antonio José dos Santos Nicácio, que o atacara a tiros desassombradamente, Silvino mata ainda um outro residente do lugar, Manuel Cirilo Coelho, e decreta o fim da feira naquele dia. Após o almoço, deixa a vila a cavalo com todo o bando, integrado na ocasião por Tempestade, Baliza, Ventania e Bezerra.

Atendendo a encomenda de amigo, dá uma surra de peia num sobrinho de José Pereira de Gouveia, que procura o governo da Paraíba e é comissionário capitão e delegado volante para persegui-lo tanto nesse Estado com em Pernambuco.

CONTINUA... 
Fonte:

Diário Oficial
Estado de Pernambuco
Ano IX
Julho de 1995

Material cedido pelo escritor, poeta e pesquisador do cangaço:
Kydelmir Dantas

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

25 de Abril - 11 meses que Anathália Cristina Queiroga partiu para a eternidade

Por: José Mendes Pereira

A saudade é grande, no entanto temos a certeza da vida eterna. 

Se alguém perguntar por mim, diga que eu fui ali, ou apenas diga que parti e não deu tempo para me despedir. 

Foi triste ter que ir, e sair do meio do rebanho de parentes e amigos que me acolheram durante 22 anos, mas não lamente minha partida, porque estou muito bem

Se sentir saudade da minha ausência, não chore, apenas reze por mim, e recorde os bons momentos que passamos juntos.


Recorde-me com alegria, pois eu não fui triste enquanto permaneci diante de vocês. Um dia, não sei quando, talvez quando Deus quiser, encontraremo-nos em algum lugar, e este encontro nosso, será na outra vida além, a qual já faço parte há 11 meses.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com