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sexta-feira, 22 de março de 2013

Antiga Fazenda São João na zona rural de Mossoró-RN

 Casa que pertencia ao antigo dono “Seu João”

Fiquei impressionado com o imóvel e, resolvi estacionar o veículo nas imediações para pedir informações da referida casa. No local se encontrava um senhor que estava enchendo com água alguns tonéis. Ele me relatou que desde criança que mora na comunidade.

Me apresentei-me e pedir algumas informações da referida fazenda, a casa e o poço. Ele me citou que essa casa pertenceu há um antigo fazendeiro, respeitosamente chamado pelos seus trabalhadores e moradores de Seu João. Segundo ele o seu João era proprietário de muitos hectares de terras nas redondezas e a casa era a sede da fazenda. No determinado momento de sua vida, seu João se encontrando muito enfermo, teve que se desfazer da fazenda para realizar tratamentos de saúde, que na época era muito caro e com o dinheiro que possuía da exploração da terra, não dava pra custear suas despesas. Segundo informações colhidas do senhor, o seu João como todos o chamavam, foi obrigado a se desfazer da fazenda para começar a realizar seus tratamentos de saúde.

Vendeu a fazenda ao médico Pediatra Sr. Tarcísio de Vasconcelos Maia, natural de Brejo do Cruz-PB, localizado na microrregião de Catolé do Rocha-PB, nascido em 26 de agosto de 1916. Pertencia a famílias de grande influência política e econômica no estado da Paraíba, com origens no sertão paraibano e no Rio Grande do Norte. Também tinha parentesco com outra família importante, com raízes em Sousa-PB, os Mariz.

Tarcísio de Vasconcelos Maia

Ocupou a Secretaria de Educação no governo Dinarte Mariz (1955-1960), elegendo-se Deputado Federal para o período de 1959-1963. Como deputado suplente, ocupou o cargo em curto período de 1957 e algumas vezes entre 1963 e 1965, sempre pela UDN.

Faleceu no mês de outubro de 1988, no Rio de Janeiro. Após seu falecimento, seus filhos ficaram responsáveis para administrar a fazenda São João e os muitos hectares de terras.

No interior de um dos cômodos da velha casa, existem diversos livros didáticos de autoria de vários autores esquecidos pelo povo da comunidade. O senhor me informou que atualmente a casa é utilizada para reuniões mensais entre o INCRA e a comunidade local.

Próximo do antigo casarão da fazenda São João, existe um poço datado do ano de 1932, com as iniciais I.F.O.C.S (Inspetoria Federal de Obras Contra a Seca), órgão integrante do Ministério da Viação e Obras Públicas, diretamente subordinado ao Ministro de Estado. Com a atualização do novo decreto, Art. 2º, da Lei de nº 175, de 7 de janeiro de 1936, passa a ser chamado D.N.O.C.S (Departamento Nacional de Obras Contra Secas.

 POÇO ALTO DO VALDEMAR

A finalidade desse órgão é a realização de todas as obras destinadas a prevenir e atenuar os efeitos das secas nas regiões consideradas críticas do nordeste.

No ano de 2004, foi publicado no Diário Oficial Decreto Presidencial que declara de interesse social para fins de reforma agrária as três fazendas do complexo da Fazenda São João (São João, Riacho Grande/São Pedro e Alagoinha), de propriedade dos descendentes do Deputado citado acima. Ver nota abaixo publicada em 04 de março de 2004 no jornal O Mossoroense.

"Autorizada a desapropriação de três fazendas do complexo São João.

Publicado no Diário Oficial de ontem o Decreto Presidencial que declara de interesse social para fins de reforma agrária as três fazendas do complexo São João (São João, Riacho Grande/São Pedro e Alagoinha), de propriedade da família do senador José Agripino (PFL/RN). Em linhas gerais, significa dizer que a partir da publicação do decreto o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) fica autorizado a promover a desapropriação dos três imóveis rurais.

Serão desapropriados cerca de 3,9 mil hectares de terra de boa qualidade, localizada próxima a um dos maiores mercados consumidores do Estado, que é Mossoró. Dos três imóveis citados o maior é a fazenda São João, com aproximadamente 2,3 mil hectares. O complexo ainda é formado pelas fazendas Riacho Grande/São Pedro, 212 hectares, e Alagoinha, que tem 1.464,06 hectares.

A desapropriação do complexo São João permitirá ao Incra assentar ainda este ano cerca de 300 famílias naquele imóvel. Somando as 100 famílias assentadas em Mossoró em 2003 e as mil famílias que serão beneficiárias do assentamento Eldorado dos Carajás II (Maisa), o instituto deverá assentar até o final do ano cerca de 1.400 famílias na região de Mossoró. Este número corresponde a quase totalidade das famílias assentadas pelo Incra nos últimos 20 anos no município, que foi de 1.600 famílias".

QUADRO DEMONSTRATIVO
IMÓVEL  ÁREA (ha)   FAMÍLIAS BENEFICIADAS

São João     2.293,30          190
São Pedro   212,50               30
Alagoinha   1.446.06            80

Segundo me foi relatado pelo senhor que é antigo morador do assentamento a prioridade na hora da divisão e distribuição das terras foram para os trabalhadores que trabalhavam desde a época do primeiro proprietário. Depois seria distribuído para os trabalhadores que não trabalharam na fazenda e que faziam parte do MST. Com essa atitude os antigos trabalhadores da fazenda não ficariam desamparados.

Conclusão

Apesar de não trafegar em todas as áreas do assentamento Nova Esperança (antiga fazenda São João), notei que em algumas comunidades dentro do assentamento, há várias irrigações e plantações de diversos tipos.

Falei para o senhor que me recepcionou na casa que os livros que se encontram abandonados no interior de uns dos cômodos do casarão, são de suma importância para as crianças do assentamento, como forma de estimular a leitura. Falta o apoio dos moradores da comunidade para limpar os livros e guardar em um local que o mantenha em um bom estado de conservação.

De acordo com o senhor, a casa é usada pelo INCRA uma vez ao mês para reuniões com os moradores. Sugerir que ele fala-se com o líder da comunidade e reforçar-se a possibilidade de a casa ser usada pelas crianças para leitura de livros juntamente com um responsável (professor) durante o período que não houvesse reunião. Com essa atitude iria incentivá-las a leitura e com certeza ajudaria e muito na educação e no futuro dessas crianças.

Extraído do blog do Neto
http://afnneto.blogspot.com.br/


Chama Acesa

Por:Moacir Assunção
Lampião, gravura de Júlio Carvalho

O fogo de uma metralhadora Hot Kiss estrategicamente postada ceifou, em uma madrugada enevoada, a vida de um dos maiores mitos do sertão brasileiro. Na grota de Angicos, município de Poço Redondo (SE), um labirinto de pedras ao lado do rio São Francisco, morriam, em 28 de julho de 1938, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, sua companheira Maria Bonita e outros nove cangaceiros. Considerado "enfeitiçado" e imoral pelos sertanejos, Lampião, que já havia escapado de inúmeros combates e tocaias, morreu sem dar um tiro sequer. Sua fama de imortalidade ficou, junto com o corpo retorcido, no chão do riacho seco que cruza Angicos. As 11 cabeças foram levadas pelos algozes para exposição e estudos no Instituto Nina Rodrigues, de Salvador.

Sessenta anos depois de sua morte, que praticamente pôs termo ao cangaço, a figura de Lampião, morto pelo comandante de volante (grupos móveis de policiais que atacavam os cangaceiros na caatinga) João Bezerra, cresceu muito, até atingir a dimensão de mito.

Personalidade contraditória, Lampião não foi, embora tenha sido pintado dessa forma, inclusive pelos prestigiados jornais "The New York Times" e "Paris Soir", um bandido social. Apesar disso, pesquisadores como Antonio Amaury Corrêa de Araújo, autor de seis livros sobre o cangaço, afirmam que ele teve, algumas vezes, atitudes de Robin Hood, ao dividir o produto de seus saques com a população carente. Ao mesmo tempo em que agia assim, o cangaceiro celebrava acordos espúrios com os reacionários coronéis nordestinos.


Capitão do exército e interventor federal em Alagoas, quando Lampião ainda estava vivo, Eronildes de Carvalho, acusado de fornecer armas e munição modernas ao bandoleiro, foi um dos seus mais notórios defensores. Na Paraíba, Lampião contava com o providencial apoio do coronel José Pereira, personagem central da Revolução de 30, com quem posteriormente se indispôs. Em Alagoas, o cangaceiro também podia ficar tranqüilo. Era protegido por membros da família Malta, antepassados da ex-primeira-dama Rosane Collor de Mello, que davam excelente cobertura a Lampião. Em troca de tanta "generosidade", os cangaceiros eram usados na política local, protegendo coronéis e suas fazendas e, em alguns casos, eliminando adversários incômodos.

Para o pesquisador Frederico Pernambucano de Mello, um dos grandes especialistas brasileiros no assunto, o fenômeno do cangaço é resultado da colonização violenta e do isolamento cultural do sertão, região semi-árida que corresponde a 49% do território nordestino. "Os homens que colonizaram o sertão, terra ignota até metade do século passado, foram os rudes soldados que derrotaram o poderoso exército holandês da época, negros vindos das minas do sul e bandeirantes paulistas que mal falavam o português. Ao chegar, defrontaram-se com os índios tapuias, que, ao contrário dos mansos tupis do litoral, eram bravos e sanguinários. O choque desses dois grupos só poderia gerar uma raça habituada ao cheiro de sangue", sustenta o pesquisador, que tem um punhal de prata, com detalhes em ouro, que pertenceu a Lampião.

Em alguns momentos, a violência da figura do cangaceiro e o poder de persuasão do líder religioso, outro personagem importantíssimo do sertão, se aproximam. Exemplo típico é a Guerra de Canudos, na qual multidões de sertanejos, entre eles temíveis bandidos vindos das lavras de diamante de Lençóis (BA), reuniram-se em torno do beato Antônio Conselheiro. Aproximações semelhantes ocorreram também com Lampião. Em Juazeiro do Norte (CE), em 1926, o líder messiânico padre Cícero, que já enfeixava considerável poder político, ofereceu, para espanto de autoridades e militares, o título de capitão dos Batalhões Patrióticos ao cangaceiro para que ele enfrentasse um inimigo muito mais temido pelos coronéis: a Coluna Prestes, que circulava pela região. O bandoleiro teve apenas algumas escaramuças com patrulhas do Cavaleiro da Esperança, Luís Carlos Prestes.


Em 1927, após ser derrotado em Mossoró (RN), Lampião cruzou o rio São Francisco e internou-se na Bahia, justamente no Raso da Catarina, área onde atuara Antônio Conselheiro. Grandes guerreiros de Canudos, Pajeú e João Abade, sob cujo comando sertanejos derrotaram três expedições militares, usaram em seus combates táticas de guerrilha semelhantes às que viriam a ser usadas pelos cangaceiros de Lampião décadas depois. 

Apesar de ser um personagem arcaico, que usava patuás e rezas bravas característicos da religiosidade medieval, Lampião, cuja inteligência e bravura eram reconhecidas até pelos inimigos, utilizou vários ardis para se manter tanto tempo no cangaço. As táticas iam desde o suborno de comandantes de volantes até a conquista da simpatia e apoio da população com boas ações isoladas, como fazem, nos dias de hoje, os traficantes dos morros cariocas. "Conversei com vários ex-chefes de volantes que me confirmaram ter recebido dinheiro de Lampião para fugir ao combate", revela o pesquisador Antonio Amaury. Espremida entre os cangaceiros e a polícia, quase sempre tão brutal quanto os bandidos, a população civil não sabia a quem recorrer.

Lampião se sentia tão seguro do seu poder que, em 1925, chegou a mandar um telegrama ao governador de Pernambuco propondo que esse dominasse o estado até Arcoverde (então Rio Branco), enquanto ele governaria o sertão. Embora o fato tenha sido apenas uma brincadeira do Rei do Cangaço, dá uma idéia da sua certeza de impunidade ao atacar vilas do interior.
Polêmica


As comemorações pelo centenário de Lampião e a proposta, aprovada por unanimidade pela Câmara de Triunfo (PE), de construção de uma estátua em homenagem ao cangaceiro dois metros mais alta que o Cristo Redentor serviram para reacender antigos rancores. Um dos mais tenazes inimigos do bandoleiro, Davi Jurubeba passou oito anos perseguindo os cangaceiros na caatinga e se irrita à simples menção da ideia. "Lampião foi um bandido cruel e estuprador. Como podem querer homenagear alguém como ele?", pergunta Jurubeba, que perdeu 17 parentes nas mãos dos cangaceiros. O pernambucano, que garante jamais ter fugido dos bandidos, jura que, se fosse mais jovem, impediria a construção do monumento. Com certeza, obteria sucesso. Quem teria coragem de contrariar o homem que jamais fugiu de Lampião?

Filho de João Bezerra, o comandante da volante que matou o Rei do Cangaço, o administrador de empresas Paulo Brito, acredita que há uma tentativa de transformar Lampião em um herói. "Reconheço sua valentia, mas ele foi um bandido, que jamais poderia servir de exemplo para ninguém", diz ele, que já hospedou em sua casa, em Recife, Vera Ferreira, neta do bandoleiro. Brito lembra que seu pai, apelidado de Cão Coxo pelos cangaceiros, admirava Lampião, que também o respeitava, apesar da inimizade de ambos.

Cangaceiros, como Ilda Ribeiro de Souza, a Sila, e Manuel Dantas Loiola, o Candeeiro, morador de Buíque (PE), participaram das homenagens na época; que, na opinião deles, estão corretas. Ambos escaparam da batalha de Angicos. Quando fugia sob cerrado tiroteio, Sila viu a amiga Enedina ser morta com um tiro na cabeça pelos soldados. "Em meus dois anos no cangaço, vi Lampião matar traidores e inimigos em combate, quando as chances são iguais para os dois lados, mas nunca tive notícias de que ele assassinasse inocentes ou desrespeitasse famílias", afirma.

Aproveite e assista a entrevista de Candeeiro ao cineasta Aderbal Nogueira.

Hoje um pacato comerciante, Candieiro, anos atrás se encontrou, no local do massacre, com o velho inimigo Panta de Godoy, matador de Maria Bonita, lembra que Lampião aparentava estar cansado das lutas no sertão. "Ele dizia que só brigava se estivesse num apuro muito grande e não tivesse outro jeito", revela. Vera Ferreira diz ver o avô famoso como um homem que não podia agir de outra forma diante das circunstâncias que o levaram ao cangaço. O pai, José Ferreira, foi morto pelo delegado Amarílio Vilar, inimigo de Lampião. "Ele não foi herói nem bandido. Foi um homem valente, que, junto com seus cangaceiros, enfrentou a injusta ordem social vigente. Se não fizesse isso, seria um omisso, como tantos da época", afirma.

- O matador de Lampião, João Bezerra, morto em 1970, tinha, curiosamente, uma trajetória muito semelhante à de sua vítima. Acusado de ter sido um dos fornecedores de armas aos cangaceiros, Bezerra, entre outras coincidências, nasceu no mesmo dia e ano de Lampião.

- Apesar de ter vivido tanto tempo no cangaço, em alguns casos exterminando famílias inteiras, como os Gilo e os Quirino, Lampião jamais conseguiu matar Zé Saturnino, seu primeiro grande inimigo, e Zé Lucena, responsável indireto pela morte de seu pai, e pela sua própria, como comandante de João Bezerra.

Moacir Assunção

Fonte: http://www.sescsp.org.br

http://cariricangaco.blogspot.com

Mascotes "Os cães" em Angico

Por: Sabino Bassetti

No ano de 2011, no evento que comemorava os "100 anos" de nascimento de Maria Bonita, na cidade de Paulo Afonso BA, evento promovido pelo nosso amigo e grande pesquisador, o escritor João de Sousa Lima, eu, e o Carlos  Megale, aproveitamos para fazer o lançamento do livro, "Lampião. Sua morte passada a limpo", que escrevemos em parceria. Alguns participantes do evento, insistiram em perguntar por que "os cachorros treinados" que estavam em Angico, não deram o alarme alertando assim os cangaceiros da chegada da volante que então se aproximava.

De fato, diversos bandos de cangaceiros possuíam cachorros, mas é preciso que se diga que em Angico só havia um cão, o "Guarani", que era de Lampião e que não era treinado coisa nenhuma, aliás, cangaceiro nunca teve cães treinados, adestrados ou seja lá o que for.

 O cão Guarani à direita

Ângelo Roque chegou a dizer em depoimento que os cães dos cangaceiros só não falavam porque Deus não permitia, mas, isso era mania de vários cabras sobreviventes tentarem engrandecer as coisas do cangaço, e não economizavam para aumentar e engrandecer tudo que se relacionava com o cangaço. E Ângelo Roque, também conhecido como "Labareda" usou e abusou do direito de não dizer a verdade,  caprichou em dizer coisas que ele jamais presenciou, e lugares que nunca esteve durante todo o tempo que esteve no cangaço.


De acordo com o ex cangaceiro Candeeiro, os cães que acompanhavam os cangaceiros, igualmente a qualquer cão, tinham naturalmente a percepção muito mais apuradas que o homem, mas nada de adestrados ou coisa parecida. Talvez o cão de nome Guarani, que durante o combate foi morto pelo soldado Santo em Angico, devido o friozinho que fazia naquela madrugada, tenha dormido junto a algum cangaceiro e não tenha notado a aproximação dos soldados. Guarani poderia também ter acompanhado os quatro cabras que pouco antes haviam deixado o coito e ido buscar o leite na fazenda Logradouro de Júlio Félix,  e ao ouvir os tiros, tenha retornado para junto do dono como é costume desse tipo de animal. Mas a verdade, é que hoje é muito difícil saber o que realmente tenha ocorrido com esse cão antes dele ser morto.

Alguns daqueles que nos fizeram tal pergunta, deixavam transparecer que pelo fato "dos cães" não terem dado o alarme, teria havido alguma "maracutáia" entre coiteiros, cangaceiros e policiais, ou seja, os cangaceiros teriam sido envenenados, ou então teria havido uma trama entre a polícia e coiteiros para Lampião sair com vida naquela ocasião. Parece mentira, mas depois de tanto tempo, depois de tanta informação, tanta pesquisa, ainda tem gente que acredita que Lampião não tenha morrido em Angico, que tenha sido envenenado, ou então tenha morrido de maneira completamente diferente e talvez em outro local e claro, e em outra data. É de lascar!

Os cangaceiros sempre tiveram cães que os acompanhavam, e por inúmeras vezes as volantes atacaram os cangaceiros de surpresa, mas, não se tem conhecimento que sequer uma única vez, qualquer cão tenha dado o alarme avisando os cabras da aproximação do inimigo, salvando assim qualquer grupo de cangaceiros. Em fevereiro de 1938, na fazenda Grande, (e não Grade com já disseram) situada na região de Inhapi AL, parte da volante do tenente João Bezerra chefiada pelo cabo Juvêncio, eliminou os cangaceiros Serra Branca, Ameaça e Eleonora.

 Corisco ladeado por "Seu Colega" e a cadela "Jardineira".

Nessa ocasião, os soldados foram alertados da aproximação do pequeno grupo de cangaceiros, pelo cão que pertencia aos cabras que caminhavam em direção a uma cacimba onde coincidentemente estavam os soldados. Quando os soldados viram o cão que estava com uma coleira, logo desconfiaram que pudesse pertencer a cangaceiros, desconfiaram e acertaram em cheio, tomaram posição e quando os cabras apareceram foram alvejados pela pequena volante.

É evidente, que os cangaceiros como a maioria das pessoas, possuíam cães por gostar desse tipo de animal,  por gostar de sua companhia, e não pela utilidade de guardiões que eles poderiam ter para o bando.


Sabino Bassetti é paulista da cidade de Salto. Está no encalço de Lampião desde os tempos da brilhantina e é um dos responsáveis por uma das melhores pesquisas de toda literatura cangaceira, cuja capa está aí ao lado. Um livro que você precisa ter ou ao menos ler. Tem 192 paginas, custa R$ 40,00 (Quarenta reais) com frete incluso para todo o Brasil. E você pode adquiri-lo através do email franpelima@bol.com.br ou pelos tels. (83) 9911 8286 (TIM) - (83) 8706 2819 (OI).

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