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sábado, 2 de fevereiro de 2013

FALECEU ADALGISA ROSADO

Por: Lúcia Rocha
Adalgisa Rosado esposa do ex-governado do Rio Grande do Norte e Isaura Amélia

Faleceu na madrugada de sábado, 2 de fevereiro de 2013, Adalgisa de Souza Rosado, aos 93 anos de idade, no Hospital Wilson Rosado.   
       
Adalgisa de Sousa Rosado nasceu em Mossoró, no dia 7 de julho de 1919, na mesma casa em que viveu, na Rua Mário Negócio, com exceção de sete anos que morou no Sítio Cantópolis, período em que foi casada com Dix-sept Rosado Maia, ex-prefeito de Mossoró e governador do Rio Grande do Norte, morto em desastre aéreo em 1951, no exercício das suas funções.
      
Viúva aos trinta e dois anos de idade, quando o mais velho, Carlos Augusto tinha apenas sete anos de idade, criou os quatro filhos – além de Carlos Augusto, teve Isaura Amélia, Betinho e Jerônimo Dix-sept - que tinha apenas um mês quando o pai faleceu.
      
Adalgisa Rosado concluiu os estudos na Escola Normal de Mossoró e, após viúva, passou a trabalhar na Mossoró Comercial, empresa fundada por Dix-sept que comercializava gesso.

Adalgisa foi a primeira dama mais jovem da cidade de Mossoró e do estado, aos 29 e 31 anos, respectivamente. Assumiu a presidência da LBA – Legião Brasileira de Assistência – durante a curta gestão do marido no governo do estado.
       
Adalgisa Rosado e a sua filha Isaura Rosado

No dia 5 de dezembro de 2003 concedeu a única entrevista em sua vida, ao programa Mossoró de Todos os Tempos, exibido pela TCM, quando contou que não sabe por que foi escolhida por Dix-sept, já que ele era considerado em sua solteirice um bom partido, pois já comandava a empresa do pai desde os 19 anos de idade, tinha carro próprio, era um rapaz interessante, não demonstrava que era de família rica, mas de família boa, bem educada. Contou que ele jamais pensara em entrar para a política e foi levado por alguns políticos como Georgino Avelino, que era adversário, mas incentivado pelos amigos e, insistentemente, pelo irmão mais novo, Vingt. Dix-sept alegava que era ocupado com a empresa, que não teria tempo para a política. Mesmo assim, foi eleito prefeito de Mossoró aos 37 anos de idade e, aos 39, governador do estado.
       
À época em que foi primeira dama, Adalgisa administrava recepções que Dix-sept Rosado oferecia no Palácio Potengi, especialmente para autoridades de fora. Não havia serviço de bufê em Natal e Adalgisa comandava pessoalmente a cozinha, servindo jantar para mais de cem pessoas.

Adalgisa com netas

Adalgisa contou que não viajara no vôo fatídico, onde perdeu o marido e alguns auxiliares do primeiro escalão do governo do estado, porque estava de resguardo, amamentando o filho caçula, Dix-sept. Viúva, retornou a Mossoró, para a casa onde nasceu, passando a morar com a mãe, dona Amélia, também  viúva, que a ajudou a criar os quatro filhos, mais Frank Dantas, que adotou ainda bebê, nos anos sessenta, além de Trícia e Dixezinho, netos que adotou ainda crianças. Nos anos 90, enfrentou outra tragédia, pois Dixezinho morreu de forma trágica, aos 23 anos, em acidente na praia de Tibau.   
       
Adalgisa com netos e bisnetos

Adalgisa era envolvida com os movimentos religiosos da cidade e na política sempre atuou nos bastidores, de forma bastante discreta. Simples, não tinha vida social e evitava andar de avião. “Dix-sept era uma pessoa alegre, animada, não frequentava festas, gostava de ter os filhos sempre por perto”, dizia.
       
Adalgisa era mãe do atual chefe da Casa Civil do governo do estado e ex-deputado estadual, Carlos Augusto; do deputado federal, Betinho Rosado; da secretária de cultura do estado, Isaura Amélia; do empresário Jerônimo Dix-sept; e sogra da atual governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini.

Extraído do blog: Lúcia Rocha
http://www.luciarocha.com.br

LUIZ GONZAGA E O RIO GRANDE DO NORTE


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Marcolino Pereira Diniz e Xanduzinha: Imortalizados através da arte de Luiz "Lua" Gonzaga

Por: José Romero Araújo Cardoso

Discórdias político-econômicas, as quais atingiram frontalmente as estruturas de poder que embasavam o mandonismo local na República Velha, envolvendo João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque e o "Coronel" José Pereira Lima, o qual foi considerado por Rui Facó, em “Cangaceiros e Fanáticos”, como o maior chefe político do interior do Nordeste, resultaram em um dos maiores embates armados do Brasil Republicano que figura na História como a Guerra de Princesa.

A contenda envolvendo o governo do estado da Paraíba e os principais expoentes do mandonismo local, nesse estado, teve início em 28 de fevereiro de 1930, quando da invasão da então vila do Teixeira (PB), com o aprisionamento da família Dantas, ligada por profundos laços de parentescos e interesses ao clã Pereira Lima de Princesa (PB).

Imortalizados através da genialidade ímpar de Luiz Gonzaga no baião "Xanduzinha", gravado no ano de 1950, com letra do iguatuense Humberto Teixeira, Marcolino Pereira Diniz e Alexandrina Diniz foram remanescentes da campanha de Princesa. Marcolino se destacou como importante lugar-tenente do "Coronel" José Pereira Lima, a quem era ligado por laços de parentescos, sendo cunhado e sobrinho do mesmo. Os dois protagonizaram uma romântica história de amor na área de exceção do sertão de Princesa. Marcolino disputou-a com fidalguia e serenidade com outro pretendente ao casamento, o médico Severiano Diniz, discípulo de Hipócrates que cuidou, junto com o Dr. José Cordeiro, do grave ferimento recebido por Lampião no célebre tiroteio contra a volante comandada pelo Major Teófanes Ferraz Torres, no qual o chefe bandoleiro teve o tornozelo profundamente afetado por disparo de arma de fogo.

Marcolino fôra incumbido pelo primo Severiano Diniz de entregar a Xanduzinha uma missiva expressando amor eterno em cada linha, não chegando à destinatária com a mesma intacta, pois a rasgou e mostrou-lhe os pedaços, aproveitando para pedir-lhe em casamento. Xandu, incontinenti, aceitou-o como esposo na hora. Nessa disputa romântica houve divisão na família Pereira Diniz, pois uma parcela ficou a favor de Marcolino e outra favorável ao Dr. Severiano Diniz.

Xanduzinha era filha do "Major" Floro Florentino Diniz, poderoso proprietário rural em Princesa e adjacências, dono de incontáveis propriedades rurais, localizadas na fronteira com Triunfo (PE). Irmão deste, de nome Laurindo Diniz, era dono da famosa fazenda da Pedra, ond,e em 1922 o primeiro bando de Lampião, após este assumir a chefia do grupo das mãos do comandante Sinhô Pereira, foi flagrado em fotografia tirada por Genésio Gonçalves de Lima.

No embate romântico, o "Major" Floro posicionou-se favorável ao Dr. Severiano. A genitora da heroína de Princesa atendia pelo nome de Leonor Douetts Diniz, tendo se decidido em apoiar Marcolino na disputa pelo amor de Xandu.

As oligarquias Pereira Lima e Pereira Diniz enriqueceram principalmente com o cultivo e a comercialização do algodão, exportado para Europa e EUA, via Rio Branco (hoje Arcoverde, estado de Pernambuco), por ramal ferroviário da Great Western, através do porto de Recife (PE), pela família Pessoa de Queiroz, ricos comerciantes com origens paraibanas.

Patos de Irerê, localizado no sopé da serra do Pau Ferrado, a 18 quilômetros de Princesa, era o reduto de Marcolino Pereira Diniz, onde ele cuidava dos seus bois zebus nas fazendas Saco dos Caçulas e Manga, descansando após as labutas sertanejas em sua casa com varanda dando para o norte e para o sul.

Marcolino era filho do "Coronel" Marçal Florentino Diniz, poderoso e influente agro-pecuarista, dono da famosa fazenda Abóboras, localizada entre Serra Talhada (PE) e Triunfo (PE), a qual depois seria permutada pelo sítio Baixio com o "Coronel" José Pereira Lima, de quem era sogro e cunhado. A mãe do caboclo Marcolino, irmã do "Coronel" José Pereira, chamava-se Maria Augusta Pereira Diniz, filha do "Coronel" Marcolino Pereira Lima, natural de São João do Rio do Peixe (PB). O patriarca migrou dessa localidade paraibana em meados da segunda metade do século XIX e formou em Princesa um dos mais importantes blocos políticos que desfrutou a hegemonia política na Paraíba, principalmente após a consolidação do poder por seu filho José Pereira, quando do apoio a Epitácio Pessoa na disputa pelo senado na campanha de 1915, contra o Monsenhor Walfredo Leal.

A ênfase à homenagem a Marcolino e Xanduzinha posteriormente por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira foi referendada quando das refregas da campanha de Princesa, visto que a fim de viabilizar a mobilidade tática das tropas legalistas do governo paraibano que se empenhavam em desbaratar a todo custo a experiência desencadeada em Princesa, a qual com o apoio do Catete firmou Território Livre com absoluta autonomia, fragmentando-se durante meses do restante do estado da Paraíba, o Coronel Elísio Sobreira, comandante das forças militares a serviço do presidente João Pessoa, bem como Severino Procópio, delegado-geral do estado, além do Dr. José Américo de Almeida, Secretário de Interior e Justiça, dividiram o efetivo policial, composto se cerca de 890 homens, entre soldados e oficiais, em colunas volantes. O exército particular do "Coronel" José Pereira era estimado em mais de 1.800 combatentes, diversos desses egressos das hostes do cangaço e também da própria polícia militar paraibana, em razão de que muitos militares haviam sido incorporados à corporação pelo próprio "Coronel" José Pereira.

Assim, a Coluna Oeste, organizada pelo Tenente Ascendino Feitosa, responsável pelos trucidamentos do advogado João Dantas e do seu cunhado, o engenheiro Augusto Caldas, o primeiro assassino do presidente João Pessoa, fragmentou-se e partiu do povoado de Olho D'Água, pertencente na época ao município de Piancó (PB), onde estava aquartelado o comando geral de operações da Polícia Militar paraibana, dirigindo-se à Princesa, transitando pelos povoados de Alagoa Nova (hoje Manaíra, estado da Paraíba), São José e Patos de Irerê. Os comandos desta parcela da Coluna Oeste estavam incumbidos ao Tenente Raimundo Nonato e ao Sargento Clementino Furtado, o "Tamanduá Vermelho" das galhofas dos cangaceiros, cuja presença em Mossoró (RN) foi assinalada em 1927 após o frustrado ataque de Lampião a esta cidade potiguar.

Em Patos de Irerê, mais precisamente no dia 22 de março de 1930, aproveitando a ausência masculina, pois todos os homens estavam no front, os comandantes aprisionaram todas as mulheres que ali se encontravam, incluindo entre estas várias esposas dos combatentes de Princesa, havendo destaque a Xanduzinha.

O grupo comandado por Marcolino interceptou soldado de nome Zeferino, o qual transportava mensagem do Sargento Quelé a Severino Procópio. O delegado-geral do estado se encontrava na ocasião em Piancó, inspecionando atividades militares.

A mensagem transportada pelo soldado informava sobre o intento dos comandantes em marchar sobre Princesa com as reféns formando cordão de isolamento, espécie de escudo humano que objetivava garantir a segurança dos militares. Pensavam que, agindo assim, nenhum defensor de Princesa ousaria atirar nos combatentes do governo paraibano.

O efetivo dessa parcela da Coluna Oeste estacionada em Patos de Irerê era composta de cerca de sessenta homens. Não havia quase nenhuma diferença entre imaginários e ações cangaceiras e volantes, motivos pelos quais os soldados, com raras exceções, se portaram de forma vândala e arrogante durante a ocupação de Patos de Irerê.

Notificado com urgência acerca dos acontecimentos gravíssimos verificados na localidade, o "Coronel" José Pereira autorizou a composição de um grupo de resgate, comandado por Marcolino Pereira Diniz, intuindo libertar as prisioneiras. Na maioria eram os esposos das mulheres seqüestradas. As prisioneiras, quando da invasão da localidade, estavam se preparando para se dirigir a Triunfo (PE), a fim de buscar lugares seguros para se homiziarem.

O violento combate teve início no dia 24 de março de 1930, prolongando-se das oito horas da manhã até as dezesseis horas do mesmo dia. As forças paraibanas perderam mais da metade do efetivo, enquanto do lado oposto houve apenas uma baixa, um senhor de nome Sinhô Salviano desprezou as ordens e, inopinadamente, ficou sob a mira dos soldados atônitos com a intensidade da contra-ofensiva.

Os soldados paraibanos resistiram galhardamente, mesmo em desvantagem numérica, embora inexpressiva, embora se levando em conta o armamento obsoleto, em vista que lutavam com armas geralmente fabricadas em 1912, enquanto os princesenses brigavam com equipamento e munição novos, conseguidos através de um verdadeiro esquema de fornecimento, no qual havia desde a participação de Júlio Prestes ao Catete, passando ainda pela família Pessoa de Queiroz.

Houve gestos louváveis entre as partes envolvidas na luta, com ênfase às ações humanitárias de um soldado de nome Quintino, o qual se compadeceu com o choro persistente de fome de uma criança, filho de Sinhô Salviano, um dos mais aguerridos e corajosos lugar-tenente do "Coronel" José Pereira. O militar, mesmo no mais intenso tiroteio, passou a colocar pequenas quantidades de leite e açúcar em caixas de fósforos à porta da família sitiada.

Por parte das mulheres que foram feitas reféns também houve gestos de perdão e amor ao próximo. Xanduzinha empenhou sua palavra ao Sargento Quelé após a derrota fragorosa da parcela da Coluna Oeste, embora não tenha aceitado. Contudo, aceitou-a para os soldados feridos. O restante dos militares que escapou com vida se embrenhou em território pernambucano.

Antes da campanha de Princesa, e, principalmente, do ataque da Coluna Oeste a Patos de Irerê, Marcolino tinha os seus bois zebus, sua casa com varanda dando para o norte e paro o sul, seu paiol cheiinho de feijão e de andu, sem contar com mais uns cobres lá no fundo do baú. Seus estudos secundários foram realizados no conceituado Mackenzie, na capital paulista, cursando ainda até o terceiro ano da Faculdade de odontologia no Recife.

Homem rico, Marcolino era grande proprietário rural. Suas fazendas eram o Saco dos Caçulas e a famosa Manga, onde diversas vezes Lampião, com quem Marcolino firmou polêmica amizade, descansava dos combates. Quando Marcolino ficou prisioneiro em Triunfo (PB), após seu guarda-costa conhecido por Tocha assassinar em 30 de dezembro de 1923 o magistrado local, de nome Dr. Ulisses Wanderley, o "Coronel" Marçal Florentino Diniz recorreu aos préstimos do cangaceiro a fim de libertar o filho.

A fortuna do caboclo Marcolino ficou seriamente comprometida. O combate, mas, principalmente, a ira dos soldados, destruiu tudo. Canaviais, engenhos de rapadura, moendas, a casa, alvo das bombas "liberais", nada escapou, só restando ao orgulhoso agro-pecuarista os cheiros de Xandu, por quem se arriscou para libertar, reeditando em pleno sertão da Paraíba a saga de Menelau no ensejo da guerra de Tróia.
Xanduzinha saiu ilesa do combate, bem como as esposas dos mais importantes cabos-de-guerra a serviço do "Coronel" José Pereira, durante os turbulentos meses que assinalaram a aguerrida guerra civil paraibana.

A morena mais bela do sertão de Princesa manteve-se impávida ao lado do esposo durante a luta, e, após o término da mesma, recrudesceu a firmeza e a determinação a fim de reconstruir o que havia sido destruído durante as contendas, confirmando o que Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira imortalizaram: "Ai Xanduzinha, Xanduzinha minha flor/ como foi que você deixou tanta riqueza pelo meu amor/ ai Xanduzinha, Xanduzinha meu xodó/ eu sou pobre mas você sabe que o meu amor vale mais que ouro em pó".

Entrevistas pessoais:
SITÔNIO, Hermosa Góes. João Pessoa (PB). 25 de julho de 1989.
SITÔNIO, Zacarias. João Pessoa (PB). 25 de julho de 1989.

José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor Adjunto do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Especialista em Geografia e Gestão Territorial e em Organização de Arquivos. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente.

Enviado por: José Romero Araújo Cardoso

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Semana dedicada ao saudoso escritor Alcino Alves Costa - A SAUDADE QUE FICA DO CAIPIRA DE POÇO REDONDO

Por: Archimedes Marques
Archimedes Marques, Alcino Alves e Elane Marques

Você deixou tudo a tua cara
Só pra deixar tudo
Com cara de saudade.

(Alice Ruiz)

O que chamamos de morte e que na verdade é apenas o desencarne, o fim da vida terrena, é um caminho inevitável. Temos todos, um dia ou outro, hoje ou amanhã, próximo ou mais demorado, de uma forma ou de outra, que viver isso. Não porque é uma fatalidade do destino, mas porque faz parte da vida desde que a nossa vida se faz vida. Mas o que sempre esperamos, torcemos e pedimos ao Criador é que os bons, aquelas pessoas ILUMINADAS que só fazem o bem ao seu semelhante durem mais tempo, sobrevivendo aos maus. Assim cada um de nós vive, mesmo se de maneira dolorosa igual, de um jeito diferente as diferentes perdas pelas quais temos que atravessar, embora saibamos muito bem que dessas perdas ficam os seus exemplos, positivos ou negativos. E mesmo quando o tempo consegue aplacar essa dor, estancar esse dissabor, sempre fica dentro da gente aquele sentimento indecifrável de vazio junto com a saudade, sensações que perduram até chegar a nossa hora, então passando tais sentimentos para os nossos amigos que também chorarão por nós, caso mereçamos, e assim sucessivamente. É a vida daqueles que sobrevivem a vida dos seus amigos, dos seus entes queridos. Absoluta certeza tenho que não somente eu sinto essas sensações com a perda do amigo ALCINO ALVES COSTA, mas também centenas de outras pessoas, pois o CAIPIRA DE POÇO REDONDO (como ele próprio carinhosamente gostava de ser chamado) sem dúvida alguma foi um homem ILUMINADO que bem soube iluminar a todos que o cercavam, uma pessoa abençoada por Deus que irradiava e continuará na saudade irradiando luz, irradiando alegria, irradiando paz, irradiando harmonia, também irradiando determinação, irradiando a coragem do bravo sertanejo. Alcino é desses abençoados amigos que para sempre ficam guardados “debaixo de sete chaves”, pois além de tudo ele abençoava os seus amigos com a sua áurea desprovida de qualquer maldade. As diversas homenagens e eloquentes mensagens de despedidas desprendidas por seus amigos no cortejo funeral ocorrido no seu querido Poço Redondo são inequívocas provas de tudo isso que falei. Um amigo que bem soube plantar, regar e colher uma grande legião de amigos. Poço Redondo, encravado nesse nosso sertão sergipano, na escaldante tarde desse dia 02/11/2012 (coincidentemente o dia dedicado aos mortos) chorou as suas lágrimas de pesar desde a sua residência nas primeiras horas, a Câmara de Vereadores, a missa de corpo presente na Igreja da Matriz, a Prefeitura até chegar ao Cemitério local da cidade em verdadeira romaria de amigos, provando e comprovando o quão querido era e continuará sendo o poeta, compositor, escritor, pesquisador e historiador ALCINO ALVES COSTA, para mim e com certeza para a grande maioria daquele povo, até então, A MAIOR PERSONALIDADE NASCIDA NAQUELAS TERRAS. Da missa de corpo presente, além das eloquentes falas dos seus amigos, uma passagem ficará para sempre guardada na minha memória: uma rosa amarela brilhante e ensolarada retirada do nosso singelo buquê e repassada às minhas mãos pela minha companheira Elane Marques, cuja cor específica evoca sentimentos de calor, respeito, alegria, felicidade e amizade, depositada por mim sobre o caixão então fechado onde jazia o corpo do CAIPIRA DE POÇO REDONDO, rosa essa que também continha nas suas pétalas gotas das minhas lágrimas, notei como bom observador, que colocaram-na para dentro dessa urna funerária assim que fora aberta na própria igreja quando da bênção final com os Asperges sagrados de água benta realizados pelo Pároco local. Dessa minha simples homenagem e das suas conseqüências senti-me agraciado pelas circunstâncias em ver aquela rosa amarela a seguir junto com o corpo do amigo Alcino em direção ao seu descanso final. Não só os seus parentes e amigos, mas também a cultura sergipana, nordestina e brasileira perde um grande ícone. O sertão perde uma imensa parte da sua identidade. O movimento CARIRI CANGAÇO jamais será o mesmo sem a presença do grande amigo de todos os seus componentes. A história do cangaço que sem dúvidas é das mais legitimas expressão da nossa cultura, da cultura do nosso querido Nordeste, deixa de ter em “vida matéria” dos seus maiores historiadores, embora as suas obras, os seus legados, os seus escritos, os seus pensamentos, os seus entendimentos, os seus ensinamentos vivam para sempre. Com toda certeza daqui a centenas de anos ainda estarão citando ALCINO ALVES COSTA como fonte de informação, pois as águas bebidas das suas fontes e também oferecidas ao público foram águas de fontes saudáveis e não envenenadas, águas de fontes puras e cristalinas, águas das fontes de um verdadeiro CABRA-MACHO SERTANEJO que de tudo deixou a sua cara e com isso deixou tudo com cara de saudade como bem diz a escritora e poeta Alice Ruiz no preâmbulo acima citado. Ser um desses amigos de Alcino, para mim foi um dos maiores privilégios, uma verdadeira honra. De Alcino só me resta eterna gratidão por também fazer parte da sua legião de amigos. Que você seja bem sucedido também na sua nova morada amigo ALCINO ALVES COSTA e que o seu exemplo de vida ensine os bons a ser melhores!

Archimedes Marques, Delegado de Polícia no Estado de Sergipe e também escritor do cangaço. archimedes-marques@bol.com.br

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O cantor João Mossoró fará Show no "Mercadão Cadegue"

Cantor João Mossoró

O cantor João Mossoró estará se apresentando hoje (sábado - dia 02 de Fevereiro), no Mercadão Cadegue, no restaurante "CANTINHO DAS CONCERTINAS", no Rio de Janeiro.

UMA FESTA PORTUGUESA
Prestigie o artista participando desta grande festa.

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O Nordeste ganhou um novo cenário com o advento do Cariri Cangaço

Por: Nasciso Dias

Como não se encantar com essa terra tão querida ? O cariri cearense nos encanta ao primeiro encontro, palco de grandes acontecimentos históricos envolvendo Coronéis, beatos, cangaceiros e personalidades que escreveram seu nome na história do Nordeste brasileiro. O Cariri Cangaço maior evento no estudo desse tema, nos esclarece todos os acontecimentos que marcaram toda uma época especificamente nos séculos XIX e XX.

O evento reúne o mais alto gabarito de estudiosos, em palestras itinerantes  estudo de campo e discussões harmoniosas fruto de um trabalho árduo de pesquisas e estudos sérios levando todo o conhecimento com a mais alta responsabilidade. A cada evento o número de adeptos aumenta e muito é a procura mesmo após o seminário, de pessoas que querem se aprofundar no assunto.


Seja por curiosidade e principalmente por estudos acadêmicos. O Nordeste ganhou um novo cenário com o advento do Cariri Cangaço, pois a história regional passou a ser contada de maneira concisa e esclarecedora envolvendo cada vez mais os participantes. Tudo isso teve a iniciativa do nosso grande curador Manoel Severo, que abraçou essa causa desde 2009, engajado de forma corajosa em busca de parceiros para a realização do evento, graças a sua competência o Cariri Cangaço se consolidou como o maior seminário de todo país de temas regionais em especial o cangaço, ganhado o reconhecimento e a credibilidade  dos parceiros, estudiosos e pesquisadores. Um grande abraço a família Cariri.Parabéns amigo Severo e pode contar com a presença do amigo Volante/Cangaceiro e com a contribuição do GPEC -Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço, "Que venha o Cariri 2013".

Narciso Dias
Presidente do GPEC
Conselheiro do Cariri Cangaço.

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Benjamin Abrahão - Entre anjos e Cangaceiros. É a novidade de Frederico Pernambucano de Mello


Esta obra tem o intuito de trazer a biografia do secretário particular do padre Cícero (1917 a 1934) e fotógrafo autorizado do cangaceiro Lampião (1936 a 1938), que possibilitou uma documentação do cangaço.

Serviço

Título: Benjamin Abrahão - Entre anjos e Cangaceiros

Autor: Frederico Pernambucano de Mello
Editora: Escrituras 
Ano de Lançamento: 2012
Assunto: História do Brasil
Número de páginas: 320
Valor: R$ 45,00 (com frete incluso). 

Onde comprar?

Com nosso revendedor oficial Professor Pereira através do E-mail franpelima@bol.com.br ou pelos tels. (83) 9911 8286 (TIM) - (83) 8706 2819 (OI).

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