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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

LITERTURA SOBRE LAMPIÃO E O CANGAÇO


 

 A CAATINGA SUSTENTOU; O CAMPESINO E O CANGACEIRO POR MARCOS MEDEIROS. 2010

Luxuoso livreto de cordel. A caatinga sustentou o campesino e o cangaceiro. 
Uma obra de Marcos Medeiros  ano 2010 - Coleção queima- bucha de cordel - Mossoró - Em julho 2010.


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O amor de Maria Bonita e Lampião provocou uma revolução no cotidiano dos cangaceiros

Por: Bonnie e Clyde do sertão

O amor de Maria Bonita e Lampião provocou uma revolução no cotidiano dos cangaceiros

Uma sertaneja amoleceu o coração de pedra do Rei do Cangaço. Foi Maria Gomes de Oliveira, a Maria Déa, também conhecida como Maria Bonita. 

Primeiro marido de Maria Bonita

Separada do antigo marido, o sapateiro José Miguel da Silva, o Zé de Neném, foi a primeira mulher a entrar no cangaço. Antes dela, outros bandoleiros chegaram a ter mulheres e filhos, mas nenhuma esposa até então havia ousado seguir o companheiro na vida errante no meio da caatinga. 

O primeiro encontro entre os dois foi em 1929, em Malhada de Caiçara (BA), na casa dos pais de Maria, então com 17 anos e sobrinha de um coiteiro de Virgulino. No ano seguinte, a moça largou a família e aderiu ao cangaço, para viver ao lado do homem amado. Quando soube da notícia, o velho mestre de Lampião, Sinhô Pereira, estranhou. 

Sinhô Pereira

Ele nunca permitira a presença de mulheres no bando. Imaginava que elas só trariam a discórdia e o ciúme entre seus “cabras”. Mas, depois da chegada de Maria Déa, em 1930, muitos outros cangaceiros seguiram o exemplo do chefe. Mulher cangaceira não cozinhava, não lavava roupa e, como ninguém no cangaço possuía casa, também não tinha outras obrigações domésticas. No acampamento, cozinhar e lavar era tarefa reservada aos homens.

A cangaceira Sila - esposa de Zé Sereno

Elas também só faziam amor, não faziam a guerra: à exceção de Sila, mulher do cangaceiro

O cangaceiro Zé Sereno

Zé Sereno, não participavam dos combates – e com Maria Bonita não foi diferente. O papel que lhes cabia era o de fazer companhia a seus homens. Os filhos que iam nascendo eram entregues para ser criados por coiteiros. Lampião e Maria tiveram uma filha, Expedita, nascida em 1932. 

Expedita Ferreira Nunes - Filha de Lampião e Maria Bonita

Dois anos antes, aquele que seria o primogênito do casal nascera morto, em 1930. Entre os casais, a infidelidade era punida dentro da noção de honra da caatinga: o cangaceiro 

O cangaceiro Zé Baiano

Zé Baiano matou a mulher, Lídia, a golpes de cacete, quando descobriu que ela o traíra com o colega Bem-Te-Vi. Outro companheiro de bando, Moita Brava, pegou a companheira Lili em amores com o cabra Pó Corante. Assassinou-a com seis tiros à queima-roupa. A chegada das mulheres coincidiu com o período de decadência do cangaço. Desde que passou a ter Maria Bonita a seu lado, Lampião alterou a vida de eterno nômade por momentos cada vez mais alongados de repouso, especialmente em Sergipe. 

A influência de Maria Déa sobre o cangaceiro era visível. “Lampião mostrava-se bem mudado. Sua agressividade se diluía nos braços de Maria Déa”, afirma o pesquisador Pernambucano de Mello. Foi em um desses momentos de pausa e idílio no sertão sergipano que o Rei do Cangaço acabou sendo surpreendido e morto, na 

Grota de Angico - Estado Sergipe

Grota do Angico, em 1938, depois da batalha contra as tropas do tenente João Bezerra. Conta-se que, quando lhe deceparam a cabeça, a mais célebre de todas as cangaceiras estava ferida, mas ainda viva.

http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/lampiao-dragao-maldade-436085.shtml

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LUIZ GONZAGA E O RIO GRANDE DO NORTE


Autor: Kydelmir Dantas


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Geraldo Ferraz e a ABE


Toda a família Cariri Cangaço abraça ao confrade e Conselheiro Cariri Cangaço, pesquisador e escritor Geraldo Ferraz, que  foi eleito, mais uma vez, vice-presidente da União Brasileira de Escritores, e da Academia de Letras e Artes de Gravatá, desta feita para atuar no biênio 2013/2014.

Manoel Severo
Cariri Cangaço

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Manoel Neto no Cariri Cangaço 2013 !


Professor Manoel Neto

Grande Xará! Vejo que o ano começa com muito trabalho e muito vontade de realizar mais uma edição do Cariri Cangaço, evento que considero de suma importância para os estudos não só sobre o cangaço, mas, sobretudo, para a história e a memória do Nordeste, por consequência, do Brasil. 

O centro de Estudos Euclydes da Cunha, entidade vinculada a Universidade do Estado da Bahia - UNEB, da qual sou o Coordenador se disponibiliza a ajudar no que for necessário para divulgar este Evento. è nossa intenção também participar diretamente este ano, comparecendo ao Encontro.

Grande Abraço,
Manoel Neto - UNEB - Universidade do Estado da Bahia
Salvador - Bahia

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A origem do topônimo Favela na geografia urbana brasileira


(*) José Romero Araújo Cardoso

Forrageira nativa do semiárido nordestino, encontrada em todos os Estados da região, a favela (Cnidoscolus phyllacanthus (Muell. Arg.) Pax. Et K. Hoffman) é um arbusto de grande porte da família das Euphorbiaceae bastante consumido pelo animais, sobretudo quando das grandes secas.

Seus espinhos urticantes e o látex que exsudam quando os galhos são cortados, consistem nas características botânicas mais proeminentes apresentadas por esta planta das caatingas.

Quando da guerra de Canudos, tropas do Exército Brasileiro concentraram-se no Morro da Favela, o qual tinha essa denominação devido a profusão impressionante dessa espécie vegetal bastante comum na região onde se desenrolavam os conflitos no sertão baiano.

Diversos soldados do contingente carioca que regressara após concluído o massacre do aldeamento místico erguido sobre a ênfase das pregações carismáticas de Antônio “Conselheiro”, devido razões econômicas, pois deixaram de receber o soldo mensal e não puderam mais custear a permanência nas antigas habitações que ocupavam antes do conflito sertanejo, começaram a ocupar o Morro da Providencia, localizado atrás da Estação Ferroviária Central do  Brasil, no centro da cidade do Rio de Janeiro.

Alguns militares, veteranos da campanha de Canudos, trouxeram sementes da planta do semiárido nordestino, a qual foi introduzida com sucesso no solo árido existente nas adjacências do Morro da Providência.

Houve impressionante expansão das faveleiras pela encosta do morro, dando ênfase para que houvesse correlação com o acidente geográfico no qual se estabeleceram no sertão baiano, pois à semelhança com o morro da favela imperava no lugar a ausência de infraestrutura que permitisse mínima condição de existência para os moradores que se instalaram na Providência.

Discussões constantes, contendas por motivos fúteis e banais, integravam de forma indelével a paisagem no Morro da Providência, referendando ainda mais a decisão dos moradores em denominar de “Favela” o local onde construíram suas moradias insalubres.

Com a intensificação da campanha sanitarista levada avante pela equipe comandada pelo médico Oswaldo Cruz, cujo combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor de doenças tropicais como a febre amarela e a dengue, as quais transformavam o Rio de Janeiro no calvário de estrangeiros e nativos, fomentou a vacinação obrigatória da população e o desalojamento dos habitantes dos cortiços, bem como a destruição destes, localizados em áreas atualmente hipervalorizadas, como a Avenida Vieira Souto.

A população de baixíssima renda, sem condições de ocupar outros espaços urbanos que não fossem os morros, começaram a seguir os passos dos militares cariocas que retornaram de Canudos.

Houve exponencial formação de aglomerados subnormais que passaram a ser denominados de “Favelas”, o que popularizou extraordinariamente o topônimo na geografia urbana brasileira.

Ainda marcadas pela ineficiência ou mesmo ausência da ação do Estado em prol da melhoria das condições de vida da população, as “Favelas” brasileiras revelam indicadores sociais e econômicos que atestam as diferenças interclasses que caracterizam a sociedade desde os primórdios da colonização, pois a preponderância de negros e mestiços instiga reflexão de que as mesmas constituem a reedição das antigas senzalas de outrora.

(*) José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor-adjunto da UERN.

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