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sábado, 5 de janeiro de 2013

PATATIVA DO ASSARÉ


Ontem, em meio a uma conversa informal me pediram que eu falasse um pouco sobre Patativa do Assaré. Me surpreendeu o súbito silencio que tomou conta de mim. Na realidade me quedei pensando se falava de Antônio Gonçalves da Silva ou de Patativa do Assaré.

Coincidentemente, nesses últimos dias tenho me debruçado em leituras. Ando atento e relendo algumas pérolas do grande Patativa do Assaré. Me encanta em especial o fato da não existência REAL, do Patativa do Assaré. Me encanta saber que o “PATATIVA” era na realidade um personagem criado pelo agricultor e cantador Antônio Gonçalves da Silva.

Adianto que são poucos os que sabem dessa diferença. Mas ela existe. E eu só pude perceber quando convivi mais tempo com o grande poeta. Houve um tempo em que os contatos pessoais se intensificaram e eu passei a frequentar a sua casa em alguns sábados, unicamente pra conversar.

Numa dessas visitas, descobri o arsenal de livros, já surrados pelo tempo, que foram lidos por ele. Acervos de poesias de Olavo Bilac, Juvenal Galeno, Catulo da Paixão Cearense, estavam guardados em meio a livros de Machado de Assis, e tratados politicos diversos. Só aí pude conhecer as duas faces; a do cidadão, bravo lutador e guerreiro Antônio Gonçalves, e a do personagem por ele criado e nominado pelo Jornalista José Carvalho como Patativa do Assaré.

A grandeza da poética de Antonio Gonçalves da Silva está na verdade escondida na sua capacidade de mimesis e de diégesis quando mistura o homem do campo com o personagem da sua própria poesia. Assim, advogo que emana do homem do campo Antônio Gonçalves da Silva, o personagem Patativa do Assaré e que este é o canal através do qual o poeta dá voz ao seu instinto poético/político/ativista.

Senão vejamos quando o próprio Antônio Gonçalves denuncia em suas rimas a sua onipresença nos versos creditados a Patativa quando canta evocando a sua origem sertaneja, a sua ligação com o campo:

Poeta, canto da rua,
Que na cidade nasceu,
Cante a cidade que é sua,
Que eu canto o sertão que é meu.

Na estrofe acima, vê-se Mimetizado e falando ao povo pela voz de Patativa do Assaré, em palavras recheadas de uma clara e invejável oralidade - não menos importante das erudições lusitanas - destacando as denuncias feitas por ele quando reclama da forma desigual com que é tratado o homem do campo. Fato este que caminha para as desastrosas consequências geradas pela desigualdade social como: miséria, fome, insalubridade, etc. Ou seja, através do personagem Patativa, ele fala das agruras sofridas pelo homem do campo. Classe na qual se insere Antônio Gonçalves da Silva.

Ou em outro trabalho quando deixa aparecer a sua visão social e politica, denunciando as causas do sofrimento dos sertanejos:

Não é Deus que nos castiga
nem é a seca que obriga
sofrermos dura sentença
não somos nordestinados
nós somos injustiçados
tratados com indiferença.
Sofremos em nossa vida
uma batalha renhida
do irmão contra irmão
nós somos injustiçados
nordestinos explorados
nordestinados, não.

De toda forma, Antônio Gonçalves da Silva foi um ser humano ímpar, singular. Patativa do Assaré permanece entre nós. Em livros, poesias, denuncias, etc.“Consciente do seu papel social e com a clareza de pensamento que lhe distinguiu como poeta e como homem, Patativa do Assaré depõe a favor de sua própria arte diante de si mesmo, ao explicar seus versos no poema acima, eu Digo e não peço segredo, dizendo para Tadeu Feitosa: (Mª Socorro O. Brandão)

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LUIZ GONZAGA E O RIO GRANDE DO NORTE


Autor: Kydelmir Dantas


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Lá pras bandas do sertão de Canudos...

Por: Laura Ferreira
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Seu Zuca revela encontro com Lampião (Foto Silvana Costa)

De passagem por Canudos, nossa correspondente Laura Ferreira narra uma história de Seu Zuca, um homem de 99 anos que diz ter se encontrado com o cangaceiro Lampião. A narrativa segue de forma original, sem apuro no texto.

Cabelos brancos e espalhados pelo vento que entrava pela porta de duas bandas, muito comum em casas do sertão nordestino. A voz pausada, mas com a firmeza de quem muito vivera, ele logo avisa aos que vão em busca de seus relatos: “minha prosa é positiva, eu não gosto de contar o que me contaram, eu gosto de falar do que eu vi e do que tenho certeza”. Foi assim que seu Zuca, ainda muito lúcido, aos noventa e nove anos, me recebeu em sua casa, lá pras bandas da cidade de Canudos.

Seu Zuca, figura tranquila e quase secular da cidade, relata de maneira compassada algumas histórias de Canudos, parece uma fonte inesgotável, ou por certo minha sede de saber mais estava aliada à sua de relatar.

O sol ardente no centro do céu de Canudos concordava com os ponteiros do relógio de parede de seu Zuca, como um carrasco, já pontuavam quase meio dia, mas os seus relatos continuavam impressionando, e a sua paciência chega a incomodar os mais “atentos”, pois cheia de cuidados adentra a sala a sua genra alertando-lhe a hora do almoço. Sugeri então, que ele almoçasse e mais tarde continuássemos a prosa, mas ele disse não estar com fome e que preferia concluir.

E então prosseguimos, em busca dessa conclusão que parecia não querer acontecer, atentava-me às lembranças do ancião, pois esse impressiona mesmo quando contou um encontro que teve com o capitão Virgulino Ferreira, o destemido Lampião. 

Lampião

Nessa viagem relatada, me aproximo dos fatos, sinto cheiro, sabor e lembranças do que não vivi. Segundo seu Zuca, e como era de se esperar, essa foi a maior aventura de toda a sua vida.

Percebendo o teor de importância daquele relato, como principiante, tomei coragem e pedi a seu Zuca que me deixasse gravar aquela nossa conversa, preciosa demais pra ficar apenas à mercê de minha memória, e então ele autorizou sem nenhum constrangimento, aguardando enquanto eu ligava o equipamento.

Autorizado, iniciou a nova história repetindo um gesto já bem próprio, levou as mãos à cabeça branca, e essa sem dúvida denuncia a experiência de quem esteve aos cuidados do capitão Virgulino: 

“Eu nunca gostei de bandido, sempre andei certo, mas um dia eu fui obrigado a estar com o bando de Lampião”, ressalva seu Zuca.

Contou que já se passava do ano de 1928, quando o cangaço, movimento surgido no início do século XX, a partir das péssimas condições sociais do sertão nordestino, na liderança de Lampião, passou pela comunidade de Canudos. Á época, o grupo acampou nas margens do Vaza Barris, rio que corta todo o sertão de canudense.

Procurado por Lampião, o irmão mais velho de seu Zuca foi ordenado para levar um bilhete até o seu amo, (patrão) que residia em sua outra fazenda na região do Cumbe (Euclides da Cunha) o bilhete rezava que o fazendeiro deveria enviar pelo portador a quantia de cem mil réis, porém, como esse seria ainda o resultado da venda de muitas cabeças de gado, o irmão de seu Zuca retornou com outro bilhete, esse pedia a Lampião que aguardasse uns três dias até que o fazendeiro recebesse o capital.

Assim, passado mais de três dias do retorno do bilhete, Lampião ordenou a um dos seus cabras, o Arvoredo, que fosse até à fazenda em busca da encomenda. 

O cangaceiro Alvoredo

Arvoredo foi recebido por seu Zuca que informou ao cangaceiro que o amo de seu irmão, ainda não se encontrava com a quantia em mãos.

Antes que seu Zuca concluísse o recado, a volante (polícia) cercou a fazenda, seu Zuca não tendo outra opção, pois seria acusado de coiteiro (pessoas que davam hospedagem a cangaceiros), escondeu o cangaceiro em um dos aposentos da casa. Dois soldados que vinham seguindo os rastros da cabroeira sertão adentro, entraram gritando que sentiam cheiro de cangaceiro por perto. Seu Zuca negou, reprovando depois a cunhada, que nervosa e bastante desapontada, ofereceu um cafezinho aos macacos, aumentando assim, o pavor de seu Zuca.

Nesse momento deu uma pequena pausa, e novamente levando as mãos à cabeça fez um comentário: 

“Nunca vi em toda a minha vida elemento tão frio como cangaceiro, eu passada aguniado as vistas pela greta do aposento, e tava ele lá rindo de arma em punho”, conta.

Temendo confronto com Lampião...

Continuando nossa conversa, seu Zuca diz que a volante se conformou e seguiu na busca sertão afora, perdendo assim o rastro, ora tão próximo, dos cangaceiros. O melhor de toda essa experiência de seu Zuca ainda estava por vir.

No dia em que o dinheiro foi liberado pelo fazendeiro, seu irmão, receoso de um confronto com Virgulino, pediu a seu Zuca que levasse o dinheiro a outro empregado, para que esse fosse ao encontro do bando na “baixada”, local de acampamento do grupo de Lampião, combinado por este como também o local da entrega de tal importância.

Chegando à fazenda ao receber a ordem do fazendeiro e do irmão de seu Zuca, o empregado mostrou-se obediente, mas segundo seu Zuca, ele o chamou até o interior da casa dizendo que precisava de sua ajuda para levantar uma “reis” que se encontrava caída. Desconfiado, seu Zuca o acompanhou, mas chegando lá, ele disse ter constatado que o tal rapaz estava era com medo: -“A feição dele tava sem sangue e já se borrava nas caça, então eu disse:

- Cabra froxo! Tomei o dinheiro e fui ter com o bandido Lampião”, se orgulha ainda seu Zuca.

Chegando ao local combinado, Lampião recebe, conta o dinheiro, e dá-se por satisfeito, seu Zuca ainda nos relata o cenário construído pela cambada de Lampião:

“Era na beira do rio, no terreno da fazenda mermo do amo do meu irmão, o qui si via era muita panela de barro pero chão, mei mundo de tenda armada, o terrero alimpado cheio de pedra que servia de assento num é? Ou as veiz de trempe pra eles cunzinhar no meio das barraca, eles fazia a boca da noite um pagode, dançava xaxado e tirava verso,” rememora seu Zuca.

Nesse dia seu Zuca disse ter conquistado a afeição de Lampião, proseou com ele, demonstrando segurança nas respostas quando questionado, e entre um gole e outro de cachaça, servido pelo próprio Lampião e que seu Zuca, como um bom apreciador da especialidade, não se fazia de arrogado, disse ter até dançado xaxado com os cabras.

“E era home cum home, não tinha essa mardade das brincadeira de hoje, naquele tempo não tinha muler ainda no bando, só adespois quando Corisco arrumou Dádá, Lampião pegou a tale Maria Bonita, e mais muié foi chegando, isso adespois de passar por Canudos”, explica.
  
Observei que nessa fala de seu Zuca é conferido um certo cruzamento de informações, pois, segundo alguns autores, nesse período mesmo de 1928,


Lampião apanha Maria Bonita, ali não tão longe de Canudos, em Santa Brígida, já na divisa com Paulo Afonso.

 Seu Zuca, ainda confirma o agrado de Lampião por ele, dizendo que esse o convidou para fazer parte do bando, e que dando a certeza do retorno ao mesmo, prosseguiu pra sua casa dizendo ir ter com os seus para avisá-los e pegar sua trouxa.

Nesse momento após uma boa “gaitada”, ele diz: 

“Nunca mais ele viu o fio do meu cabelo, adespois disso fui pro Sú, eu tinha era recei que ele me encontrasse e viesse me tirar arguma satisfa”, finaliza a história.

Por Laura Ferreira - Correspondente em Juazeiro e região

http://www.interiordabahia.com.br

Agradecimento pela torcida por nossa aprovação no Vestibular 2013 da UFRN


Por: Rostand Medeiros

Aos amigos e amigas,

Gostaria de agradecer pela força e torcida para entrar na UFRN.
Informo que fui aprovado no curso de jornalismo, conforme mostra o link em anexo.


Forte abraço a todos e muito obrigado.

NATAL - 115 COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNALISMO - T - BACHARELADO - 1º SEMESTRE
GRUPO 1 - Candidatos egressos de escola pública, com renda familiar bruta igual ou inferior 1,5 salário-mínimo (1 salário-mínimo e meio) per capita e que se autodeclararem pretos, pardos e indígenas.
NOME INSCRIÇÃO
FELIPE JAILTON DA SILVA 116780
RODRIGO MATHEUS DE MOURA ZUZA 95129

NATAL - 115 COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNALISMO - T - BACHARELADO - 1º SEMESTRE
GRUPO 2 - Candidatos egressos de escola pública, com renda familiar bruta igual ou inferior 1,5 salário-mínimo (1 salário-mínimo e meio) per capita e que não se autodeclararem pretos, pardos e indígenas.
NOME INSCRIÇÃO
GUILHERME MENDE ALVES 116333

NATAL - 115 COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNALISMO - T - BACHARELADO - 1º SEMESTRE
GRUPO 3 - Candidatos egressos de escola pública, com renda familiar bruta superior a 1,5 salário-mínimo (1 salário-mínimo e meio) per capita e que se autodeclararem pretos, pardos e indígenas.
NOME INSCRIÇÃO
MARIA CAROLINA FREITAS DE AZEVEDO 112132
MARINA DE LIMA CARDOSO 104915

NATAL - 115 COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNALISMO - T - BACHARELADO - 1º SEMESTRE
NOME INSCRIÇÃO
ADRIANA DE PAIVA MACÊDO 116194
ALAN VICTOR SILVA DE LIMA 79363
ANA CLARA CALIXTO LINS DE ARAÚJO 97517
ANDERSON SAMPAIO MACIEL 88699
ANDREI CHRISTIAN TORRES BRITO DE OLIVEIRA 93296
BRENA THAÍSA QUEIROZ DE MELO 83993
CAIO DOS SANTOS ANDRADE 101956
CAMILA LAMARTINE MARIZ BARBOSA 96461
CARLOS ROSTAND FRANÇA DE MEDEIROS 118738
ÉRIKA OLIVEIRA DA SILVA 97976
GUSTAVO HENRIQUE RODRIGUES GUEDES DE LIMA 101865
ISABEL JALES COSTA SOUZA 89270
ISA DE OLIVEIRA TEIXEIRA 81034
JÉSSICA MAFRA DE OLIVEIRA 88329
LAÍS FERNANDES GALDINO DA SILVA 107219
LÁYRON RAMON SILVA DE SALES 81433
LIZETE BARBOSA DA NÓBREGA 86221
LUANA ANGÉLICA DE MELO BITTENCOURT 112518
LUCAS OLIVEIRA DE MEDEIROS 108172
LUCAS RODRIGUES FÉLIX 92479
MANOEL ADALBERTO DA COSTA JUNIOR 100699
MARIANA NOBRE DE OLIVEIRA 106880
MARINA FERNANDEZ GUEDES 110477
NATÁLIA SOUZA NORO 92961
NATHALLYA RAYANNE MACEDO XAVIER DA SILVA 93354
PAULO ARTUR MEDEIROS DE OLIVEIRA 104983
RAFAELA SOUSA GURGEL DE LIMA 89740
RAISSA SALES DE MACÊDO 81123
RENATO VILAR DE LIMA 87517
RODRIGO MEDEIROS GURGEL DE FARIA 90003
TAÍS VIVIANE GABRIEL NASCIMENTO 104702
TARLISSON DE OLIVEIRA MIRANDA 96123
THYAGO GABRIEL COSTA 108663
VITÓRIA DE SANTI ESTÁCIO 116505
YASMIN DA SILVA FARIAS 116447


Rostand Medeiros