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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

UMA CRUZ NA BEIRA DA ESTRADA

Por: Honório de Medeiros(*)
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A cruz de aroeira, carcomida pelo tempo – teria quase oitenta anos, repousa sob uma plataforma de tijolos grosseiros que alguma alma caridosa houve por bem construir à margem da muito antiga estrada do cajueiro, que liga Limoeiro a Mossoró. 

Uma cruz na beira da estrada

Originariamente, percebe-se facilmente, a cruz estava plantada diretamente no solo calcário. Hoje inclusive existe uma pequena cavidade por trás da cruz, construída com tijolos, talvez para receber velas. Um pouco à esquerda, uma oiticica centenária zomba da fragilidade humana derramando sua sombra testemunha daquele dia fatídico. Mais além, um denso mar de algarobas, marmeleiros, juremas, mufumos, todos acinzentados pelo pó que o vento quente revolve, dá uma precisa noção do tipo de homem que é capaz de enfrenta-lo: o sertanejo!

Ali estava sepultado um tipo de sertanejo que já não existia mais. Pelo menos nos moldes de antigamente. Um cangaceiro. Menino de Ouro? Alagoano? Dois de Ouro? Az de Ouro? Não é provável que sejam os dois primeiros, por que há relatos de fontes primárias quanto à presença deles em episódios posteriores envolvendo o cangaço. A dúvida é: qual dos dois? Dois de Ouro ou Az de Ouro? Se obedecermos à ciência, que nos manda respeitar o testemunho de quem presenciou os fatos, a tendência é que tenha sido Dois de Ouro.

O cangaceiro Lampião

Naquele dia fatídico, fugindo a passo acelerado de Mossoró, onde perdera Colchete e Jararaca, Lampião carregava consigo, tomado por dores cruciantes, esse cangaceiro que teria sido atingido por uma bala que lhe destruíra o nariz. Lampião já parara em uma casa humilde – esse episódio é por demais conhecido – e obtivera água e sal para lavar o ferimento. Coberto de sangue, com a cabeça envolvida por um lenço sujo, o cangaceiro, entretanto, não conseguia continuar. E, à sombra da oiticica, decidiu morrer. Pediu que lhe matassem – não queria continuar. Após muita discussão um seu companheiro o executou e sepultou em cova rasa.

No entorno da sepultura há muitas pedras – calcário. São pedras milenares. Testemunharam tudo. Pudessem relatar o que viram e ouviram contariam a nós acerca daquele momento tenebroso. Saberíamos, talvez, quem de fato teria sido o cangaceiro executado a pedidos. Diriam a nós um pouco mais acerca desses homens-feras que não temiam a morte, a sede, a fome, caminhadas sem fim por sobre um chão inóspito, debaixo do sol inclemente, fendendo a braçadas a caatinga áspera. Não temiam os inimigos naturais – as volantes, os “macacos”, a resistência, quando havia, dos habitantes do Sertão a quem atacavam. Não temiam a traição permanente dos coiteiros e coronéis com os quais constituíam essa página da história do Brasil recém saído da monarquia. Não temiam nada.

Para esse cangaceiro desconhecido deixamos nossa perplexidade, algumas orações, muitas perguntas não respondidas e uma vela acesa, solitária, com a chama a teimar em sobreviver lutando contra o vento quente do Sertão.

(*) Mestre em Direito; Professor de Filosofia do Direito da Universidade Potiguar (Unp); Assessor Jurídico do Estado do Rio Grande do Norte; Advogado (Direito Público); Ensaísta.

http://honoriodemedeiros.blogspot.com.br

Kydelmir Dantas e o rei do baião, Luiz Gonzaga, juntos em Natal

Não se esqueça!

Hoje, sexta-feira  (26 de Outubro de 2012 às 19:30), o poeta, escritor, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço - SBEC), pesquisador do cangaço e estudioso de Luiz Gonzaga, Kydelmir Dantas lançará em Natal - Rn., na Praça Cívica do Campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. o seu mais novo trabalho, com o título:

  

"LUIZ GONZAGA E O RIO GRANDE DO NORTE."

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

“EU NÃO SOU HERÓI-A HISTÓRIA DE EMIL PETR”

Por: Rostand Medeiros

Biografia resgata a história de um simpático norte-americano, veterano da II Guerra Mundial e a sua relação com a terra potiguar.


A trajetória de Emil Petr é uma das tantas histórias que, de tão ricas, fascinantes e extraordinárias, precisam ser contadas em livro, divididas com todos aqueles que não têm o privilégio de conhecê-lo ou de ouvir falar deste homem.

Descendente de Tchecoslovacos, católico, nasceu em uma pequena cidade do Meio Oeste dos Estados Unidos e foi testemunha da crise econômica de 1929. Durante a II Guerra Mundial saiu de seu rincão para ser navegador de um bombardeiro B-24 da Força Aérea Norte-americana. Antes de chegar a sua base no sul da Itália, esteve no Nordeste do Brasil, tendo um primeiro contato com a terra que um dia seria seu lar. Na Europa participou de inúmeras e perigosas ações de combate. Em setembro de 1944 seu avião foi derrubado, mas ele sobreviveu e tornou-se prisioneiro dos nazistas.

Após os episódios envolvendo a guerra retornou ao seu país natal, onde se tornou empresário do ramo da construção civil. Mas depois de todas as experiências como prisioneiro, desejou dar uma radical guinada na sua vida e se tornou voluntário da Igreja Católica junto a comunidades campesinas na América Latina. Isso acabou trazendo Emil Petr para o Rio Grande do Norte em 1963.

Aqui trabalhou junto a Dom Eugênio Sales no chamado Movimento de Natal. Logo conheceu a caicoense Célia Vale Xavier, com quem se casou e conheceu o sertão potiguar e sua gente.

Nestes quase cinquenta anos de convivência de Emil Petr com o Rio Grande do Norte, ele se integrou plenamente a nossa sociedade e onde vive até hoje, aos 94 anos.

Todos esses acontecimentos, com riqueza de detalhes são divididos conosco, em mais de 300 páginas e 250 fotos, pelo pesquisador Rostand Medeiros, que iniciou este trabalho em setembro de 2009, entrevistando longamente Emil, familiares, reunindo relatos e material para a enorme pesquisa que desencadearam na escrita de “Eu não sou herói – A história de Emil Petr”.

Os prefácios são da socióloga Safira Bezerra Amman e do publicitário João Daniel Vale de Araujo.

Maiores detalhes sobre este livro acesse 

Rostand Medeiros:

Autor das biografias “João Rufino, um visionário de fé” (2011) sobre o criador do grupo industrial Santa Clara e “Fernando Leitão de Moraes – Da serra dos canaviais à cidade do sol” (2012). Coautor do livro “A saga do voo de Ferrarim e Del Prete” (2009), trabalho apoiado pela Embaixada da Itália no Brasil, Força Aérea Brasileira e Universidade Potiguar. Fascinado pela história da Segunda Guerra Mundial, Rostand realizou uma ampla pesquisa e reuniu extenso material para trazer a nós este “Eu não sou herói”, um importante registro de uma interessante figura histórica.

Jovens Escribas / Bons Costumes

Este é mais um lançamento do “Bons Costumes”, selo da “Jovens Escribas” para livros produzidos por encomenda. A família Vale e o autor, Rostand Medeiros, confiaram a nobre tarefa de materializar o trabalho que já vinham realizando há vários anos. Trata-se do segundo lançamento com a marca “Bons Costumes” só neste mês de outubro. O primeiro será “Otto Guerra – Traços e reflexos de uma vida” de Zélia Maria Guerra Seabra, no próximo dia 25.

Lançamento de “Eu não sou herói – A história de Emil Petr” (Rostand Medeiros):




Local: Iate Clube de Natal

Data: 31 de outubro de 2012 (quarta-feira)
Hora: A partir das 19h 
Informamos que a partir do dia 31 de outubro o livro estará a disposição do público nas livrarias......, pelo valor de R$ 50,00.

Contatos do autor:
Rostand Medeiros – rostandmedeiros@gmail.com
(84) 9904-3153 / 9140-6202

Enviado pelo autor deste livro
http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

A outra face do cangaço


Autor: Antonio Vilela de Sousa


PARA AQUISIÇÃO DO EXCELENTE LIVRO:

A presente obra custa R$ 20,00 (Vinte reais) + frete a consultar. Tem 102 páginas, fotos inéditas e está sendo comercializado exclusivamente pelo autor
Via e-mail:
incrivelmundo@hotmail.com
ou telefones: (87) 3763 - 5947 / 8811 - 1499/ 9944 - 8888 (Tim)

Ivanildo Alves da Silveira
Natal-Rn

http://blogdomendesemendes.blogspot.com