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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Terrível cangaceiro é adorado por crianças e adultos no Estado de São Paulo.

José Ribeiro filho, o cangaceiro Zé Sereno nasceu em 22 de Agosto de 1913, na fazenda dos Engrácias, no município de chorrochó, na Bahia.   

Era filho de José Ribeiro e de dona Lídia Maria da Trinidade.  Sua mãe era irmã dos Engrácias: Antônio, Cirilo e Faustino (o mão de onça). Este último, pai do terrível cangaceiro Zé Baiano, o ferrador do bando de Lampião. 

Andava com um ferro de ferrar animais, com as inicíais "jb" José Baiano.  Ferrava mulheres e homens, de preferência, no rosto. Zé Baiano era primo carnal de Zé Sereno e primo do cangaceiro Mané Moreno.   

Zé Sereno andou no bando de Lampião com sua esposa Sila,   até o dia do massacre na Grota do Angíco,  onde mataram Lampião, Maria Bonita e mais 9 cangaceiros, mais o soldado Adrião, que se supõe que foi fogo amigo, sobre o comando  do oficial alagoano, o tenente João Bezerra.   
Zé Sereno e Sila sua companheira, saíram do massacre sem nenhuma marca de tiros, isto é, saíram ilesos.

O ex-cangaceiro Zé Sereno só veio a falecer em 16 de fevereiro de 1981, no Hospital Municipal de São Paulo. 

  
Sua mulher, a Sila, faleceu em 15 de outubro de 2005, também na capital bandeirantes. 


Nesta foto vê-se o ex-cangaceiro, o Zé Sereno em uma escola rodeado de crianças. 


Aqui, foto do ex-cangaceiro Zé Sereno no leito do hospital. 


Nesta foto Zé Sereno é o primeiro da esquerda para a direita. E a esquerda está o seu primo Mané Moreno.


Fonte de pesquisa:


http://portaldocangaco.blogspot.com

DE VOLTA A MINHA TERRA, SOLO SERTANEJO

Por: Dr. Lima
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Serra Pico - Janduís/RN

Cruz. Eu voltei. Após sete meses no Maranhão, resolvi retornar à minha terra potiguar Mossoró. “Terra do sal, do petróleo e da liberdade”. Era mês de novembro de 1990. Chegamos a Mossoró, encontramos uma cidade grande, mas em situação financeira muito difícil. Faltava emprego, inflação violenta, pouca expectativa de uma vida melhor. Sem emprego, resolvi desenvolver atividade comercial com venda de frango em uma sociedade que não deu certo. Parti para outras atividades. Recebi convite para ensinar em minha cidade natal Augusto Severo, onde passei dois anos na Escola Municipal de 1º e 2º Graus Professor Joaquim Leal Pimenta. Retornei à Mossoró e ensinei na Escola de Primeiro Grau Onzieme Rosado durante dois anos. Recebi outro convite para trabalhar na empresa Mossoró Agro industrial S.A. – MAISA. Lá, atuei por um ano. Retornei para Mossoró e fundei um Cursinho da Matemática – O PENSADOR.

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Pau-d'arco ou Ipê

Divisar as Serras do Cuó, Creca, Patu, Cabeço dos Picos e Ererê, Serra do Carro e Outeiros e no fim do dia ver o sol se escondendo por trás dos montes com seus raios multicores, enquanto se ouvia o gorjeio dos passarinhos a procura de seus leitos nos galhos de uma arvore. O meu coração batia mais forte como quem sofria com a morte de mais um dia. Os verdes campos aos poucos iam escurecendo até desaparecer o ultimo radio de sol. No céu, surgia a lua rodeada de estrelas, as nuvens emitiam raios seguidos de fortes trovoadas, prenúncios de um bom inverno que se avizinhava. O sertanejo se alegrava e se despedia do dia com uma Ave Maria que escutava com muita atenção em seu raidinho de pilha. Em 1997, recebi um convite do Prefeito eleito de Cruz/CE Manoel Nelson Silveira para que retornasse à Cruz chegando no mês de fevereiro para ensinar e administrar a Escola Municipal Pedro Marques da Cunha na Zona Rural do Município de Cruz. No período em que estive em Mossoró, passei cinco anos e desenvolvi várias atividades na área comercial, empresarial e educacional.

Dr. Lima

Ao Dia do Escritor...

Por: José Cícero

Um brinde ao dia do escritor

Palavras... Palavras.../
e mais palavras.../
Pássaros ousados e altaneiros/
que me dão asas/
me elevam e me transportam/
além de mim/
e dos meus sonhos em flor.../
Utopias da minha própria alma./
Eterna Linguagem/
em que me fortaleço.../
e permeneço bem alto/
porém à margem de mim mesmo./
Vôos além do Nebo/
e tão sem medo./
Remédios, lenitivos e refrigérios/
para a minha dor.... /
Instante eterno./
Célere e efêmero/
Versos superlativos/
que grito/
e desde então carrego/
junto ao peito./
Fugas momento de felicidade/
que vez por outra sinto,/
enquanto escrevo/
e me liberto/
dos grilhões do mundo./
Cálice de absinto/
que bebo, saboreio/
e me embriago todo/
neste dia consagrado ao escritor. 

José Cícero
Aurora-CE.
jc (Inédito) 25.07.12


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O cangaceiro Massilon incentivou Lampião a invadir Mossoró

Por: José Mendes Pereira
O cangaceiro Massilon

Segundo o jornalista Alexandre Gurgel,  em maio de 1927, Massilon incentivou Lampião para atacar Mossoró, afirmando que era uma cidade bem estruturada, com um comércio que rendia muito, e ainda tinha bancos, e com certeza assaltando-a, sairiam de Mossoró com os bolsos abarrotados de dinheiro. 
Mas Alexandre Gurgel diz que Massilon era apaixonado por uma das filhas do prefeito Rodolfo Fernandes. E sendo astucioso, sabendo que se os seus compassas aceitassem invadir Mossoró, ataque que ele tinha plena certeza que daria certo, seria uma boa oportunidade para levá-la consigo. 



Mas Lampião não sabia que o interesse de Massilon pelo ataque a Mossoró, era a paixão que ele tinha pela filha do prefeito. É claro que se o capitão tivesse tomado conhecimento desse desejo incontrolado do assecla, pela moça, com certeza não teria dado a atenção as suas palavras, e nem tão pouco vindo a Mossoró.                                          
Para que o plano de atacar Mossoró desse certo, Lampião tinha alguns bandidos que conheciam bem a região, como: Cecílio Batista, conhecido como Trovão, que em anos remotos havia morado na cidade de Assu, e já era dono de um currículo de maldades junto à polícia; o José Cesário, o Coqueiro, que antes havia prestado serviços em Mossoró. O Júlio Porto, um dos antigos motoristas da firma algodoeira “Alfredo Fernandes”, o Zé Pretinho; e Massilon, que conhecia todas as estradas que faziam chegar à cidade. 

Na agenda de anotações de Lampião nunca foi registrada a possibilidade de algum dia atacar Mossoró, por três razões: 

1 - Não era conhecedor das terras do Rio Grande do Norte, e principalmente Mossoró; 
2 - A padroeira da cidade é a Santa Luzia, e ele apesar de ser um facínora era um dos seus admiradores, e não tinha em sua mente pensamentos guardados para lutar contra ela, depredando e assassinando pessoas que viviam sob o seu olhar;
3 - Era um dos seus lemas: não invadir cidades que tivessem igrejas com duas torres, como a Catedral de Santa Luzia. 

Mas mesmo temendo isso, Lampião e o bando fizeram reunião, no intuito de chegarem a mais desenvolvida cidade do Rio Grande do Norte. 

Não se sabe o porquê de Lampião ter ido à conversa de um aspirante de cangaceiros Mas mesmo assim o rei partiu para a perigosa invasão, sendo os bandos comandados por: Massilon, Jararaca, Sabino Gomes e Vinte e Dois. Mas todos eram subordinados ao estado maior.
O grupo era composto por mais de 50 cangaceiros, que posteriormente, depois da frustrava invasão a Mossoró, a maior parte se desligou do grupo, inclusive Massilon e seu irmão Pinga Fogo, que se debandaram sem nunca mais darem notícias onde estavam morando. 
              
José Mendes Pereira – Mossoró-Rn.
Fonte de pesquisa: 
O cangaceiro Massilon – Alexandre Gurgel.
blogdomendesemendes.blogspot.com                                   

ISAURA LOPES CLEMENTINO E A HISTÓRIA DO CANGAÇO: parte 2

Por João Paulo Araújo de Carvalho(*)

O “Fogo do Cajueiro”, tiroteio entre o bando de Zé Sereno e o Coronel Figueiredo que resultou da tentativa frustrada do primeiro de invadir a fazenda deste último, nos finais da década de 1930, já havia sido a nós narrado por idosos do povoado

Sucupira, próximo a esta localidade. Com as informações dadas por S. Ebron e S. Nezinho na Sucupira, os quais nos foram apresentados pelos jovens Igor e Guigui, pensamos, nós do Projeto Memórias e eles da Mandacaru Filmes, em levar esta história para a tela do cinema, transformando-a num filme com a função de colocar Dores na “rota do cangaço”, chamando a atenção para o embate cangaço X coronelismo, pouco enfatizado nas obras mais conhecidas.

Entretanto, pairavam sobre o tema alguns questionamentos: a) Qual o horário do tiroteio, que vitimou mais de uma dezena de vacas que estavam na proximidade da casa grande? b) Por que a fazenda foi invadida? c) Por que o Coronel estava praticamente desarmado e sem a presença de jagunços nas proximidades da sede da propriedade que viessem dar proteção e obstruir a entrada dos invasores?

Dona Isaura foi peça-chave para chegarmos às respostas, vez que ela é a única personagem daquele fato ainda viva, estando sua casa nas proximidades da sede da fazenda, sendo seu irmão aquele que socorreu o Coronel e tendo uma de suas irmãs estado no interior da residência no momento do tiroteio.

Segundo Isaura Clementino, a invasão da Fazenda Cajueiro se deu por volta das 21 horas, estando o Coronel já deitado e sendo possível ver de longe o feixe de luz gerado pelas balas e ouvir o barulho dos tiros. Sobre o motivo da invasão, ela nos informa ter testemunhado o Coronel Figueiredo Porto mostrando a seu pai, João Clementino, do qual era compadre e no qual confiava, um bilhete escrito por Lampião e entregue pelo seu vaqueiro da Quixaba onde pedia alta quantia em dinheiro.


Mesmo aconselhado por João, que já tinha a experiência de ter recebido um bilhete intimidador do “Rei do Cangaço” quando residia em Triunfo (PE), a mandar o dinheiro pedido, ou parte dele, Figueiredo recusou-se a fazê-lo, o que teria motivado a investida de Zé Sereno, um dos seus lugares-tenente. “Se ele tivesse mandado o dinheiro não acontecia nada”, enfatiza nossa entrevistada.




Esclarecida a motivação do fato, veio uma revelação que elucida o último questionamento, levantado numa das conversas com a anciã. Ela nos disse que o Coronel tinha em sua residência apenas um bacamarte velho que ele usava anualmente nas festas juninas, com o qual deu o tiro que quebrou a janela da casa da fazenda invadida e iniciou o “fogo” (tiroteio) e nenhum jagunço. Numa época em que o banditismo reinava, é quase que impossível pensar como um coronel, cuja patente vinha da extinta Guarda Nacional, poderia se descuidar da segurança ao ponto de se expor a uma invasão fatal como aquela.

Continua na próxima edição...
* Por João Paulo Araújo de Carvalho
(historiador, mestre em História, professor e colaborador do Projeto Memórias)
contato: joaopaulohistoria@gmail.com
* Publicado na Revista Perfil (agosto de 2011), no blog

http://www.cangacoemfoco.jex.com.br/ e no blogdoprojetomemorias.blogspot.com
www.ribeiropolis.net / Antônio carlos Rocha - Jornalista Profissional-DRT610-SindijorFenaj-MTb-Se.24/07/12 IMPRIMIR - Memórias e Mandacarú- Dores / Itabí- O Festival
www.ribeiropolis.net/imprimir.php?id=6662 2/2

CENTENÁRIO DO REI


Será no próximo domingo, dia 29 de julho, a entrega do troféu GONZAGÃO CENTENÁRIO, na casa de shows KUKUKAIA, da Av. Pontes Vieira. A promoção é do radialista Pedrinho Sampaio. Estamos entre as pessoas agraciadas com esta maravilhosa comenda. Aproveitaremos o ensejo para lançar o livro "O REI DO BAIÃO, DO NORDESTE PARA O MUNDO", da Editora Planeta Jovem.
Em tempo: temos apenas 50 exemplares do mesmo em estoque e soubemos que as vendas estão disparadas em todo o Brasil. Breve a editora terá que fazer uma segunda tiragem.

TRILOGIA HOMENAGEIA O REI DO BAIÃO

Lua Music lança 50 versões inéditas de músicas de Luiz Gonzaga com artistas de diferentes gerações.



Em meio às homenagens que desde o ano passado antecipam o centenário de nascimento de Luiz Gonzaga (a ser comemorado dia 13 de dezembro deste ano) - lembrado em festivais, medalhas de mérito, coleções de moda, livros, exposições e em espetáculos - vale destacar os lançamentos de discos com sua obra. Do mais simplório, como a coletânea "Gilberto Gil canta Luiz Gonzaga" (pela Warner Music, que reuniu versões já gravadas pelo baiano da obra do Rei), ao projeto de fôlego anunciado pela Sony, que até setembro devolverá às prateleiras o catálogo completo de Gonzagão (incluindo 60 álbuns e compilações de discos originalmente em 78 rotações), os lançamentos apontam para um dado seguro: a popularidade do mestre Lua continua em alta.

É talvez o mais lembrado centenário de 2012, que marca ainda um século de artistas como o cineasta Amâncio Mazzaropi, o compositor Herivelton Martins e o dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues. Este mês, mais um necessário lançamento em CD vem somando pontos para Luiz: "100 anos de Gonzagão", da gravadora Lua Music. O álbum triplo traz 50 regravações inéditas de músicas do repertório do Rei do Baião, dando sequência à serie da gravadora que em 2009 homenageou os 100 anos de Ataulfo Alves, em 2010, de Adoniran Barbosa e, no ano seguinte, o centenário de Nelson Cavaquinho.

O projeto tem direção musical e arranjos de Rovilson Pascoal e André Bedurê, sob produção artística e executiva de Thiago Marques Luiz. Seguindo a linha dos discos sob orientação de Thiago, o triplo de Luiz Gonzaga reúne artistas de diferentes gerações e estilos, alargando as possibilidades de interpretações da obra do mestre. A seleção é dedicada a Dominguinhos, "o maior seguidor da herança musical deixada por Luiz Gonzaga", cita o encarte.

(...)
Leia matéria completa aqui:

LUIZ GONZAGA EM PAULO AFONSO: UMA HOMENAGEM AOS 100 ANOS DO REI DO BAIÃO Entrada x

Por: João de Sousa Lima

CENTENÁRIO DE LUIZ GONZAGA


PROGRAMAÇÃO

LOCAL: CENTRO DE CULTURA LINDINALVA CABRAL- PAULO AFONSO  BAHIA
27/07/2012  -   19H30 AS 21 HORAS – ABERTURA
SOLENIDADE DE ABERTURA COM AUTORIDADES
·        HINO DE PAULO AFONSO – CORAL CHESF
·        DESCERRAMENTO DA PLACA GONZAGÃO
·        LANÇAMENTO DO LIVRO DO ESCRITOR  JOÃO DE SOUSA LIMA
·        ABERTURA EXPOSIÇÃO SOBRE LUIZ GONZAGA
28/07/2012  – 19 HORAS ÀS 22 HORAS
·               ORQUESTRA  DE IBÓ – DISTRITO DE ABARÉ –BA
SOB A BATUTA DO MAESTRO CHEINO
·            PALESTRA COM O PESQUISADOR WILSON SERAINE ( com abertura do artista Dílson Tavares)
·           LANÇAMENTO DO SELO 100 ANOS DE LUIZ GONZAGA
29/07/2012  – 19 HORAS ÀS 22 HORAS
·               LUIZ GONZAGA E A VALORIZAÇÃO DA CULTURA NORDESTINA
CONVIDADOS:( ALPA-ACADEMIA DE LETRAS DE PAULO AFONSO / GMPA- GRUPO MULTICULTURAL DE PAULO AFONSO/ IGH- INSTITUTO GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DE PAULO AFONSO).
·               MOSTRA DE CINEMA COM O FILME: LUIZ GONZAGA EM PAULO AFONSO.
30/07/2012 –  10H  AS  21 HORAS
·               EXPOSIÇÃO  ABERTA AO PÚBLICO :  10 as 21 horas  -
·               EXIBIÇÃO DO FILME AS SANFONAS DO LUA
31/07/2012 –  10H  AS  21 HORAS
·               EXPOSIÇÃO  ABERTA AO PÚBLICO :  10 as 21 horas  -
·               EXIBIÇÃO DO FILME O HOMEM QUE ENGARRAFAVA NUVENS.
01/08/2012   - 10H   ÀS 22 HORAS
·                     EXPOSIÇÃO  ABERTA AO PÚBLICO :  10 as 21 horas  -
02/08/2012   - 10H   ÀS 22 HORAS
·        EXPOSIÇÃO  ABERTA AO PÚBLICO :  10 as 21 horas
·     EXIBIÇÃO DO FILME: O MILAGRE DE SANTA LUZIA-19h30
03/08/2012   - 19H30   ÀS 22 HORAS –
·        PALESTRA - LUIZ GONZAGA E A MÚSICA EM HOMENAGEM A PAULO AFONSO – COM O ADVOGADO E RADIALISTA  DANTASL, VÂNIA FREIRE E DOMINGOS NOGUEIRA.
·        EXIBIÇÃO DO FILME:  CHÃO DE ESTRELAS
·        APRESENTAÇÃO DIVERSA;
04/08/2012   - 16 HORAS ÀS 22 HORAS –
·    13 HORAS -   RODA  DE  SANFONEIROS (COM SANFONEIROS DA REGIÃO);
14 HORAS -   DUELO ENTRE REPENTISTAS
·         16 HORAS  -  MISSA  DO  GONZAGÃO - CELEBRANTE PADRE CELSO ANUNCIAÇÃO - COM AS BENÇÕES DAS SANFONAS;
·  MOMENTO POÉTICO;
· GRUPO DE DANÇA E TEATRO CÊNIC’ S;
· ENTREGA DE TROFÉUS E MEDALHAS
· SHOW  MUSICAL.
· ENCERRAMENTO


Paulo Afonso, 10 abril de 2012.

Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço:
João de Sousa Lima

Sessenta dias sem Anathália Cristina Queiroga

Por: José Mendes Pereira
Anathália Cristina Queiroga
Anathália Cristina Queiroga iria concluir o curso de Direito este ano de 2012
(31-03-1990 -25-05-2012)

No dia 25 de Maio de 2012, Anathália Cristina Queiroga, do nosso rebanho de ovelhas do grande Criador, aos 22 anos de idade resolveu  colocar um ponto final na sua vida. Não se sabe o que levou Anathália Cristina  querer partir tão cedo para a casa do Senhor. Estudante de "Direito" e concluinte da UnP - Universidade Potiguar de Natal - Rio Grande do Norte. Filha de Júlio Batista Pereira e Edilza Queiroga, empresários na cidade de Pau dos Ferros, no ramo gráfico. Filha única (filha),  irmã de Jefferson Queiroga, já formado em Engenharia, pela UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Direito que Anathália Cristina Queiroga não teve o direito de usufruí-lo

Anathália Cristina Queiroga iria receber o seu canudo de papel (Advogada) este ano de 2012. Na sexta-feira à tarde, ela fez bolo, foi até ao supermercado, comprou refrigerantes, ornamentou a casa, dizendo a Edilza, sua mãe que iria lhe fazer uma surpresa. Cuidou de se arrumar para ficar mais linda ainda. Fez unhas, cuidou dos longos cabelos, e elegantemente se vestiu. Agora sim,  se era bela, mais bela ficou.

Edilza esperava que a filha iria lhe fazer uma homenagem, como de mãe, de mãe que muito soube criá-la com carinho... Mas se enganara. Anathália estava com outros planos, planos que ninguém soube explicar o porquê.

Mais ou menos às 8;15 da noite, ela ligou para o namorado, dizendo-lhe que naquele momento iria se despedir do mundo, pois não queria mais viver.

O namorado apavorou-se, dizendo-lhe que não fizesse aquilo, o esperasse, pois estava chegando em sua casa e muito  a amava, não o deixasse sozinho, e que muito precisava da sua companhia.

Mas ela estava decidida. O mundo que talvez para ela não representasse mais nada, tinha chegado o fim.

O namorado sabia que se encontrava um pouco distante da residência e seria muito difícil encontrá-la ainda com vida. Ligou para Edilza, mãe da Anathália, que também se encontrava distante de casa, apressasse os passos, Anathália, pelo o que ele havia ouvido dela, através da ligação, tinha planejado um suicídio.

Se o namorado estava apavorado, muito mais estava Edilza. Chegaram em casa ao mesmo tempo, mas quando arrombaram a porta da cozinha, eles viram a linda Anathália dependurada por uns fracos punhos de rede. 

Anathália que antes Deus estava em sua companhia, aqui na terra, agora Anathália está no céu em companhia de Deus.

Adeus, Anathália! Um dia, todos nós, parentes e amigos,  estaremos juntinhos de você. Poderá demorar, mas não teremos outro caminho. A estrada poderá ser outra, mas o caminho será o mesmo que você seguiu para se encontrar com Deus.

Nota: Anathália Cristina Queiroga era prima do administrador deste blog. Nasceu em Pau dos Ferros. Desde a sua infância estudou e concluiu os seus estudos na própria cidade. Concluído o 2º. grau foi fazer Faculdade de Direito na UnP de Natal, juntando-se ao irmão Jefferson Queiroga, que já era estudante de Engenharia  na UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 
Anathália Cristina, aos 22 dois anos de idade, colocou um ponto final em sua vida, na própria cidade onde nasceu, Pau dos Ferros - Rio Grande do Norte.  

blogdomendesemendes.blogspot.com

A GARGALHADA DE LAMPIÃO

Por: Clerisvaldo B. Chagas - Crônica Nº 827
Clerisvaldo B. Dantas

O que é que faz um indivíduo procurar o perigo quando estiver ameaçado por ele?  Foi o que aconteceu com o cidadão João Barroso no sertão alagoano, na segunda metade da década de 20. A passagem de Lampião por vários municípios, em 1926, provocou uma reação entre civis e um sargento, tendo se formado um grupo para perseguir o bandido. Com a inutilidade da ação, o grupo foi desfeito e tudo voltou à antiga rotina. Mas, certo dia João Barroso foi alertado pelo parente Adriano, que Virgolino estava babando para pegar alguns daqueles alistados para persegui-lo, inclusive, o próprio Barroso. Alertava Adriano que o bom mesmo era que João Barroso fosse embora do sertão que a coisa não estava boa para o seu lado. A qualquer momento, dizia Adriano, a fera poderia aparecer, surpreendê-lo e lhe tirar o couro das costas. O sertanejo marcado ficou muito pensativo, até porque Adriano era seguro coiteiro de Lampião e lhe contara vários detalhes do que sabia. Barroso não demorou a encontrar a solução. Fugir não fugiria. Pediu para que Adriano desse um jeito de jogá-lo dentro do bando para ele ficar como coiteiro também, naturalmente trocando o seu nome. “Não pode com eles, junte-se a eles”, deve ter pensado o homem advertido.

Capa de livro apontado no rodapé.

Foi uma loucura para Adriano aceitar a ideia, mas assim foi feito. De repente João Barroso estava fazendo muito bem o papel de coiteiro de Lampião. A eficiência era tanta que passou a comprar víveres para o bando e até foi sondando pelo bandido para entrar nos negócios de armas. Pulou fora com toda diplomacia, alegando que não tinha cacife para tal negócio. Imaginava Barroso que arranjar armas para Lampião era ajudar o cangaceiro a matar gente. O maioral não falou mais no assunto. Certa feita, ao chegar à noite ao acampamento do bandido com víveres encomendados, Barroso deparou-se com uma cena em que uma mulher dava parte de um cabra que molestara a filha da mulher. Lampião tomou as providências, ocasião em que o cabra dizia não pertencer ao bando dele e sim ao de Corisco. Lampião, enraivecido com a resposta, disse muitas coisas pesadas ao comandado, depois ordenou que o cangaceiro Cobra Verde, fuzilasse o cangaceiro de Corisco.
          


Barroso ficou chocado com o que viu, porém continuou na estratégia pela sua sobrevivência, driblando a espionagem das volantes. Adriano foi morto pela polícia. Certo dia aconteceu uma boa ocasião, para João Barroso dizer a verdade ao chefe do bando. Esperto como era, pegou o chefão de bom humor. Virgolino abriu a bocarra com a esperteza dos dois parentes e João Barroso viu o que pouca gente via: o encaixe no momento certo da intensa GARGALHADA DE LAMPIÃO.
· Crônica baseada nas paginas 75-88, de “O cangaceiro Lampião e o IV mandamento”de Valdemar de Souza Lima.


Extraído do blog do cronista e escritor: 
Clerisvaldo B. Chagas

CANÇÃO AOS BÁRBAROS (Crônica)


Por: Rangel Alves da Costa* 
Rangel Alves da Costa

CANÇÃO AOS BÁRBAROS

Costumeiramente constava dos livros de História que eram tidos como bárbaros todos aqueles povos estranhos que repentinamente chegavam para conquistar territórios e povos desde muito assentados numa determinada região. Invadiram impérios, descaracterizaram culturas milenares.

Como nem sempre os tendenciosos historiadores explicavam detalhadamente as causas e as motivações das invasões, apenas as consequências injustas para os invadidos, por muito tempo também me fiz inimigo de vândalos, visigodos, ostrogodos, hunos, vikings, gauleses e outros bárbaros.

Enquanto bárbaros, os vândalos emprestaram o nome a diversas ações nefastas que se tem hoje. Diante do império romano nem pensaram duas vezes, foram invadindo, passando por cima de tudo, saqueando, destruindo o que encontrassem pela frente. Certamente tem algo a ver com certas torcidas organizadas, com marginais que fazem arrastões, com grupos armados na guerra do tráfico.


Mas a verdade é que até hoje o termo bárbaro soa negativamente aos ouvidos e mentes da maioria das pessoas. Logo chegam as conotações, as comparações e as ideias atuais que confluem no contexto de barbaridade. Neste sentido, tudo que é selvagem, medonho e truculento possui o requinte da atrocidade bárbara.

Não é à toa que o conceito atual – e mais usual - de bárbaro é o mais negativo possível. Assim, bárbaro é o indivíduo desumano, ignorante, que age com truculência e perversidade; é a pessoa de instinto cruel, agindo sempre com intimidação e violência; é tudo aquilo que se mostra como sádico, atroz, bestial, austero, bruto.

No contexto recente, bárbaros são os crimes praticados com requintes de violência; barbaridades são as indignações, as revoltas, as insurgências; barbaridades são as ações enlameadas e corrompidas propagadas por pessoas do alto poder político e governamental; barbaridades são todos os excessos, o que propositadamente se faz para subjugar o outro.

Mas para amenizar as conotações pejorativas tão difundidas, é que os jovens, nos seus modismos habituais, começaram a dar outro sentido ao termo bárbaro. Não que deixasse de prevalecer a noção impactante do termo, mas agora para significar aquilo que é excessivamente bom ou positivo. Então dizem da música bárbara, que paqueraram uma barbaridade, que as férias serão bárbaras.

Tanto aqui como acolá, tudo muito diferente do conceito histórico de bárbaro. Para os romanos e gregos, bárbaros eram todos aqueles povos que não tinham a sua cultura, não falavam sua língua. Tinham tais povos como rudes, incivilizadas, ignorantes. Eram de origem germânica e habitavam as regiões norte e nordeste da Europa e noroeste da Ásia, na época do Império Romano.

Há de ser observado um fator primordial neste aspecto, e diz respeito à mudança conceitual que um povo possa repentinamente passar a ter em relação ao outro. Ora, estes mesmos bárbaros viviam em paz com Roma, comerciavam, engrossaram muitas vezes o seu poderoso exército. Contudo, a partir do século IV, quando os hunos começaram a invadir - com brutalidade e violência sem precedentes - o grande império, então é que o termo bárbaro tomou realmente seu lugar na História.

Mas a verdade há de ser dita: os bárbaros não eram violentos nem se tornaram violentos perante os outros povos, principalmente os conquistados! Eles já eram agressivos, já eram reconhecidos pelas tribos vizinhas como extremamente arrebatados e impetuosos, de sangue quente, de pouco conversa e muita brutalidade. Nas suas hordas, formadas por rudes cavaleiros, não havia outro senso comportamental senão o de enfrentar o inimigo da maneira mais violenta possível.


Daí indagar: o conceito de bárbaro é uma questão cultural ou não? Ao não se reconhecer o comportamento de um povo como gestação própria, enraizada nos seus modos de pensar e agir, e por isso mesmo com plena validade de ação, ainda que aos olhos dos outros não passem de vis seres humanos, seria o mesmo que afirmar dos crimes praticados pelos canibais, do infanticídio indígena, ou perante diversas culturas com seus sangrentos ritos de passagem.

Tudo é uma questão cultural, de entender o outro dentro do seu contexto, e não perante os olhos conceituais do mundo. Portanto, aqueles bravos guerreiros, aguerridos lutadores, nem de longe devem ser comparados aos bárbaros atuais. O que o termo atrai, a verdadeira História faz a devida e correta separação.

*Poeta e cronista
e-mail: rac3478@hotmail.com




Estreia hoje!!!

O Massacre de Angico - A morte de Lampião

Um dos capítulos mais complexos da História do Brasil, os últimos dias da saga de Lampião, é a peça teatral  da autoria do pesquisador do cangaço, Anildomá Willans de Souza, direção de José Pimentel, no município de Serra Talhada.  A produção é da Fundação Cultural Cabras de Lampião, que teve o projeto aprovado pela Funarte / Ministério da Cultura.
A temporada irá acontecer no período de 25 a 29  de julho, na Estação do Forró. O diretor já está no município de Serra Talhada em longas jornadas de ensaios com os atores e atrizes, além de figurantes e técnicos. O papel de Lampião será vivenciado por Karl Marx, a Maria Bonita terá vida pela atriz alagoana Roberta Aureliano. O elenco que se destaca está assim composto:


Lampião..............................Karl Marx
Maria Bonita......................Roberta Aureliano
Dona Bela..........................Gorete Lima
Giboião...............................Gilberto Gomes
Padre Cícero......................Taveira Júnior
Getúlio Vargas...................Feliciano Félix
Zé Saturnino......................Taveira Júnior
Assistente I..........................Beto Filho
Assistente II......................... Marcos Fabrício
Assistente III........................Humberto Cellus
Pedro de Cândido...............Carlos Silva
Soldado...............................Taveira Júnior
Luiz Pedro...........................Diógenes de Lima
Zé Sereno............................Carlos Amorim
Sila....................................... Karine Gaia
Enedina................................Danúbia Feitosa
Dulce....................................Leandra Nunes

O massacre de Angico – A morte de Lampião retratará os últimos momentos dos cangaceiros chefiados por  Lampião, arranchados no leito de um riacho seco, na fazenda Angico, Sertão de Sergipe, onde foram massacrados juntamente mais dez companheiros, entre eles, sua mulher, Maria Bonita,  no dia 28 de julho de 1938. Mas na construção do enredo são mostradas cenas do passado marcantes na história do Rei do Cangaço, como suas desavenças com o primeiro inimigo José Saturnino, seu encontro com Padre Cícero para receber a patente de capitão do Exercito Patriótico, uma das cenas será no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, sede presidencial da época,  onde o presidente Getúlio Vargas determina o fim do cangaço, várias outras cenas ligadas ao imaginário popular, com a cabroeira dançando xaxado, a traição de Pedro de Cândida, até culminar com a morte do casal mais famoso do cangaço, fazendo o expectador mergulhar na história, com uma arrojada trilha sonora, efeitos de luz e efeito especiais.

Um espetáculo que vai reafirmar o estado de Pernambuco como o palco dos maiores espetáculos teatrais do Brasil. E, nesse caso, um grande autor, um consagrado diretor, para contar essa história de TRAIÇÃO, AMOR E ÓDIO, que tem como palco, os confins do sertão, na primeira metade do século passado.

Figurantes
Cangaceiros:

1.     Mannoel Lima
2.     Anderson Cristhian
3.     Gildo Alves
4.     Leandro Soares
5.     Marcelo George
6.     Bruno Vieira
7.     Franklin Gomes
8.     Gilberlanio Santos
9.     José Francisco de Souza
10.    Antonio Carlos Amaral
11.    Sandino Lamarca
12.    Genésio Ferreira
13.    Odair José
14.    Kaká Ericsson
15.    Cícero Alves
16.    Freddye Pichôty
17.    Miguel Taveira
18.    Givanildo Pereira
19.    Diego Adriano
20.    Markfon Dantas

Mascarados:

1.     Carlos Silva
2.     Gorete Lima
3.     Juliana Guerra
4.     Karina Santiago
5.     Adriana Morais
6.     Victor Ferraz
7.     Gilberto Gomes
8.     Milena Raquel
9.     José Adriam
10.   Vitória Lima
11.   Andriele Caroline


Realização
Museu do Cangaço
Ponto de Cultura Cabras de Lampião
Vila Ferroviária, S/Nº - Centro
CEP: 56.903-170
Serra Talhada - Pernambuco
Tel: (87) 3831 3860 / 9938 6035
E-mail: cabrasdelampiao@gmail.com
www.pontodeculturacabrasdelampiao.blogspot.com
lampiaoaceso.blogspot.com