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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Informações importantes -


10 multas de trânsito improváveis, mas que existem e custam caro

Daniel Castellano/Gazeta do Povo / Volta às aulas em escolas particulares deixou o trânsito confuso ontem, em Curitiba
jornaldelondrina.com.br

Os itens 1 (nada de banho), 4 (sem seguir o doente), 7 (esqueça o bronzeado), 9 (Seta foi feita para usar) e 10 (Sem bate-papo), são atitudes comuns no trânsito em Natal e no interior do estado. O órgão responsável pela fiscalização não está nem ai para conter esses motoristas que cometem verdadeiros absurdos no trânsito. 

As regras de trânsito são claras, porém, com o tempo, os motoristas acabam ignorando algumas dessas exigências. Atitudes tão comuns de se ver no trânsito, como dirigir com o braço para fora da janela ou condutores que dirigem devagar demais são infrações que podem custar caro ao motorista.

1. Nada de banho: uma cena muito comum nos dias de chuvas é a formação de imensas poças d’água nas vias, e ainda mais comum é ver os motoristas apressadinhos passando por essas poças, arremessando água para todos os lados. Por mais comum que pareça, essa atitude pode descontar 4 pontos na CNH, além de multa de R$ 85,13;

2. Cinzeiro: para os fumantes de plantão, nada de jogar a bituca pela janela. Se um agente de trânsito ver essa atitude, ela pode render uma multa leve, que custa R$ 53,20. O mesmo vale para quem jogar algum tipo de líquido pela janela;

3. Nada de show: usar o veículo em locais públicos para tentar dar um show de manobras radicais no trânsito está sujeito à multa de 7 pontos, considerada gravíssima, além de pagar R$ 191,54 e ter a habilitação e o veículo retidos;

4. Sem seguir o doente: nos dias de trânsito mais intenso é comum ver alguns motoristas espertinhos tentando seguir as ambulâncias para saírem do congestionamento. Mas estão errados se pensam que tirar vantagem da urgência da ambulância não é uma infração. Pelo contrário, essa atitude é considerada grave, ou seja, o motorista ganha 5 pontos na habilitação, além de multa de R$ 127,69. Além das ambulâncias, a regra vale também para viaturas de polícia, carros de bombeiros e da CET.

5. Pela chuva: mesmo que o motorista tenha a capacidade de dirigir na chuva sem o uso do limpador de para-brisa, o Contran julga a prática grave e por isso, o motorista que for pego dirigindo na chuva sem utilizar o limpador, ganhará cinco pontos na habilitação e terá de pagar uma multa de R$ 127,69.

6. Sem lerdeza: dirigir acima da velocidade indicada para a via todo mundo sabe que pode ser multado, mas poucos sabem que trafegar abaixo do limite permitido para a via também é considerado infração, neste caso, média e custa R$ 83,13. Só é permitido conduzir um veículo abaixo do limite quando as condições climáticas ou de trânsito impusem isso.

7. Esqueça o bronzeado: é comum, principalmente nos dias mais quentes, ver motoristas dirigindo com o braço esquerdo pra fora da janela. Por ser uma situação que pode causar graves acidentes, colocando em risco, inclusive a integridade física do condutor, dirigir com o braço pra fora pode custar R$ 85,13, além de 4 pontos na habilitação.

8. De olho na reserva: mesmo que por pura desatenção, deixar de abastecer o veículo pode custar bem caro. Caso o carro pare na rua por falta de combustível, conhecida como pane seca, além da infração leve ir para a habilitação, o motorista terá que pagar multa de R$ 53,20.

9. Seta foi feita para usar: mesmo que todos os motoristas saibam para que servem as setas, alguns acabam esquecendo de usá-las. Para esses condutores esquecidinhos, não usar a seta pode custar R$ 127,69 e cinco pontos na carteira de habilitação.

10. Sem bate-papo: alguém já deve ter notado que alguns motoristas têm o costume de dirigir em fila dupla para conversar com o motorista do carro vizinho. O problema dessa inocente conversa é que ela se trata de uma infração leve com multa de R$ 53,20.

Atenciosamente,
Neto - Natal

LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE

Por: Archimedes Marques
 

Neste livro, Archimedes Marques procura desmontar, pedra por pedra, o mito do Lampião gay. Vale a pena conferir.

LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE

Como participante do maior movimento pertinente ao assunto CANGAÇO que há no Brasil, o CARIRI CANGAÇO, evento que reúne anualmente as maiores autoridades nacionais e internacionais sobre o tema, escritores, pesquisadores, historiadores e estudiosos, cujo evento é realizado na cidade do Crato e região do Cariri cearense adjacente, pessoas que buscam e visam a preservação da verdadeira história, não poderia em hipótese alguma ficar calado vendo a história de Lampião e Maria Bonita sendo desvirtuada e mascarada pelo livro intitulado Lampião o Mata Sete. Assim, resolvi escrever a sua contestação: LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE.
Quando ingressei no estudo do cangaço, fruto do meu interesse pelo tema quando ainda criança, mas somente agora sendo possível essa realização, devido principalmente à minha grande dedicação pela vida policial em quase três décadas de atuação no Estado de Sergipe, pretendia eu, com o aprofundar do estudo e das pesquisas também escrever um livro, um livro que seguisse e respeitasse o rumo da história já escrita, mas que acrescentasse algo a mais, como de fato já possuo alguns capítulos já escritos dessa futura obra, entretanto, chegou do nada o indigesto livro “Lampião, o Mata Sete” e, lendo as constantes aberrações contidas no seu bojo, resolvi então interferir para mostrar ao público leitor o quanto o seu autor está confundido e atrapalhado nos seus conceitos.
Trata-se do meu primeiro livro e também do primeiro livro oposição dentro do assunto cangaço. LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE, procura refutar tudo que está errado no seu livro opositor, pois essa obra é eivada de vícios em quase todos os seus conceitos, além do autor trocar datas, lugares, nomes de pessoas. Ademais todas as alegações contidas no livro “Lampião, o Mata Sete” referentes aos conceitos sexuais de Lampião e Maria Bonita são levianas e sem provas algumas por menor que sejam e até mesmo desprovidas sequer de indícios de veracidades, como se a história fosse feita de insinuações vindas do nada, caídas de paraquedas, provindas de uma mente criativa sem apresentar fatos alguns que pelo menos deixem dúvidas quanto ao alegado.
Hoje posso afirmar que já estou passando do estágio de estudante para  estudioso no assunto, pois já li cerca de 130 livros além de ter ido pessoalmente a vários locais que fazem parte da história do cangaço. Dentro do assunto há mais de 700 livros escritos e nenhum deles diz tamanhas aberrações quanto alega o livro “Lampião o Mata Sete”. Ressalte-se que a grande maioria desses livros foram escritos baseados em depoimentos de ex-cangaceiros, ex-volantes, ex-coiteiros e sertanejos que vivenciaram a própria época do cangaço, enquanto que o livro “Lampião o Mata Sete”, somente escrito agora, nada disso apresenta, até porque quase todas essas pessoas já estão mortas. Os poucos entrevistados pelo autor disseram a outros autores fatos totalmente adversos. Até o próprio escritor Oleone Coelho Fontes que fez a introdução do livro “Lampião o Mata Sete”, em quase toda a trajetória do livro confronta-se com as suas próprias opiniões contidas no seu livro “Lampião na Bahia”, ou seja, são opiniões de atos e fatos ocorridos e que se tornam adversos em cada capítulo desses dois livros. Daí, dentre muitos outros, o reforço de se afirmar que as alegações contidas no livro “Lampião o Mata Sete” serem levianas e desprovidas de provas substancias, testemunhais, ou mesmo de quaisquer tipos de provas, senão alegações vazias e despropositadas no intuito de desmistificar Lampião e Maria Bonita a qualquer custo em patente  visão de parcialidade com a verdadeira história.
Do meu livro as pessoas podem esperar por uma contestação justa, limpa, verdadeira, baseada em livros diversos de conceituados escritores, artigos, matérias pertinentes e outros tipos de pesquisas de campo, além das conversas com pessoas remanescentes do cangaço e com estudiosos do tema, por sinal todos eles, bastante revoltados com o livro “Lampião o Mata Sete”.
Segue o prefácio do meu livro LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE, elaborado  pelo escritor João de Sousa Lima, a apresentação feita pelo escritor Alcino Alves Costa e as orelhas do livros escritas pelo jornalista Ancelmo Gois do Jornal O GLOBO:

LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE, A SEPARAÇÃO DO JOIO DO TRIGO.

É preciso se separar o joio do trigo, as ervas daninhas devem ser desenraizadas para que as árvores frutíferas produzam seus frutos. Em todos os seguimentos da vida existem os bons e os maus. Há os que produzem com sabedoria e os tolos em sua essência. Assim caminha a humanidade, em toda parte se sobressaem os que buscam a perfeição e dela se aproximam, deixando seus legados como ensinamentos para outros que trafegam na estrada do conhecimento e da perpetuação histórica, sendo o fato aqui relacionado: A análise ajustada dos acontecimentos que permearam uma época que marcou profundamente as mentes e as vidas das pessoas do nordeste brasileiro.
Há os que se aprofundam com seriedade, buscando os autênticos subsídios para registrar nos anais dos arquivos escritos suas apreciações honestas e responsáveis.
Também há os hipócritas, os insensatos, gente sem o mínimo conhecimento de certos tópicos e que são ignorantes que se apoderam de um assunto e sem o devido cuidado produzem verdadeiros absurdos.
Nesse caso estou falando da incapacidade de Pedro de Morais com seu livro “Lampião, o Mata Sete” e a maestria de Archimedes Marques com seu apurado revide “Lampião Contra o Mata Sete”.
A leitura eu recomendo sobre o trabalho de Archimedes Marques, sem que seja necessário conhecer as inverdades do péssimo livro de Pedro de Morais, o Mata Sete.
Archimedes nos brinda com respostas ajustadas e um trabalho digno de ser adquirido e de constar nos acervos das pessoas cordatas que estudam a história do Brasil.
O simples argumento de ter sido em sua vida pública um homem da lei, que julga seus preceitos e sobre as falhas condena os responsáveis não credita a pessoa e nem pode ser aceita qualquer obra que tenha por suporte apenas o contexto de “vir de um magistrado”. Não é esse um argumento válido para se escrever qualquer obra literária, o teor histórico de um povo, de uma nação, merece o mínimo respeito. Devemos preservar os fatos, desvendar os acontecidos, checar às informações, analisar seus episódios, confrontar seus subsídios e tentar se aproximar o máximo da verdade. Esse é o caminho do verdadeiro historiador e pesquisador.
O tempo do coronelismo já passou, não devemos ficar expostos a uma lei que na realidade foi feita  para beneficiar os homens de boa índole e não nos colocar amedrontados diante da Toga de um magistrado. Não nos calemos diante dos fatos injustos.
Archimedes Marques, com esse seu livro Lampião Contra o Mata Sete, entra para o grupo das pessoas que produzem com seriedade, com discernimento e demonstra coragem, qualidade indispensável aos homens que merecem nosso respeito e nossa admiração.
Pode-se apostar no sucesso desse primeiro trabalho de Archimedes, ele vem pesquisando o tema cangaço há algum tempo e encontrou o rumo certo rebatendo uma obra que vem talhada de informações sem fundamentos legais que possam comprovar seus textos difamatórios.  Diante da apresentação de fatos tão mentirosos levantados pelo fraco autor do “Lampião, o Mata Sete”, Archimedes é a bandeira que se levanta contra tais inverdades, um acerto ajuizado contra os pensamentos embaraçados de um escritor sem as qualidades essenciais para uma produção que se explica não por “querer” e sim por “existir”, fatos concretos que justificam novos olhares, novas apreciações, porém com a honestidade e a responsabilidade que as ocorrências históricas devem atrair, tendo por legado reparar as lacunas que ficaram adormecidas e que se juntam para agregar valores ao contexto de uma história que se reescreve a cada tempo, porém contada e acrescida em sua profundeza autêntica, ajustada em suas fontes primordiais sendo salvas nas memórias literárias que formadas com outras fontes direcionam a verdadeira historiografia do mundo.
É preciso se separar o joio do trigo, devemos desenraizar as ervas daninha para que colhamos os frutos bons, nesse caso devemos receber o livro de Archimedes Marques, Lampião contra o Mata Sete, com a devida grandeza que ele tem, pois ele é uma bandeira hasteada contra a mentira, contra a insensatez, contra a erva daninha que é esse livro de Pedro de Morais.
João de Sousa Lima (Escritor, membro da ALPA- Academia de Letras de Paulo Afonso, membro da SBEC- Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço).

APRESENTAÇÃO DO LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE

Apresentar aos amantes da história cangaceira e da saga de Lampião o livro “LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE”, especial obra literária de nosso estimado companheiro e amigo Archimedes Marques, um dos nossos vaqueiros da história, é uma honra muito grande para mim.
O título do livro explica o desejo ardoroso e forte de Archimedes em contradizer as ineficazes afirmativas que estão nas páginas do livro “LAMPIÃO O MATA SETE”. Os registros de responsabilidade do senhor Pedro de Morais foram escritos sem nenhum embasamento e há anos luzes de distância da verdade da história. Infelizmente, não se sabe por qual razão, o juiz aposentado, apesar de sua dignidade pessoal e funcional, num instante de total opacidade mental, procurou de todas as maneiras possíveis e imagináveis, construir a sua obra literária com azedume extremado em relação à Virgulino Ferreira da Silva, colocando-o nas condições de gay e impotente e a Maria Bonita, taxando-a de adúltera.
Além dessas duas descabidas e ferinas acusações da masculinidade de Lampião e da obsessiva infidelidade de Maria Bonita, existem outras colocações e fatos que se encontram longe, muito longe, da realidade e do que realmente aconteceu.
Nesta minha apresentação me recuso a nem pelo menos opinar sobre a versão delirante de que Lampião era homossexual. Louca afirmativa do Dr. Pedro Morais que, eu tenho certeza disso, pois o conheço pessoalmente e sei o quanto ele sempre foi, na sua vida de juiz e em seu viver pessoal, um homem decente e digno, sem nunca apresentar rompantes de grandeza e vaidade.
Realmente fiquei estarrecido com os dizeres que estão nas páginas do “LAMPIÃO O MATA SETE” que, infelizmente, além dessa aberração de Lampião ser gay, existem outros tremendos equívocos que eu não entendi como uma pessoa tão letrada, cuidadosa e estudiosa como Dr. Pedro, fosse capaz de cometer tantos disparates como os que estão em seu livro.
Vejamos alguns deles: nas páginas do “LAMPIÃO O MATA SETE”, constam várias citações sobre o livro “LAMPIÃO”, de Ranulfo Prata. No entanto, para não se contradizer sobre a alegação de que Lampião era impotente o juiz aposentando “esqueceu” de registrar que nas páginas 73 e 74, do livro de Ranulfo, está registrado que no município de Porto da Folha, uma senhora já idosa participava do casamento de uma jovem quando na véspera do matrimônio Lampião chegou à casa da noiva e aprisionou o dono da residência, que era avô da noiva, exigindo dinheiro.
As mulheres, inclusive a noiva, haviam se escondido em um dos quartos da casa. Olhando pela fechadura da porta a neta via a agonia de seu avô. Aflita abriu a porta e ofereceu 600$000 em troca da liberdade do velho. Lampião atendeu, porém observando a beleza da moça, mais que depressa a agarra, empurrando-a até um quarto onde uma velha estava escondida e a estupra sem piedade. Após o ato bestial, Lampião ordena que a velha limpe seu órgão genital – e este homem era impotente?
O Dr. Pedro de Morais registra na página 219 de seu livro que o cangaceiro Penedinho matou um companheiro em 1932 e entregou a cabeça do morto ao comandante Zé Lucena.
Não foi assim. Penedinho, que era um dos filhos de Poço Redondo que foi para o cangaço, matou o cangaceiro Canário, em 1938, logo após a morte de Lampião e foi se entregar a Zé Rufino, na Serra Negra. O célebre comandante imediatamente viajou com sua volante e o cangaceiro até a fazenda Cururipe, em Poço Redondo, aonde Canário havia sido assassinado, decepou a cabeça do assecla e levou-a até Serra Negra. Portanto, os informes que ensejaram a criação do “LAMPIÃO O MATA SETE” carecem de credibilidade.
É de se lamentar que um livro que despertou tanta curiosidade em meio à população brasileira seja responsável por registros sem nenhum crédito, sem nenhuma nesga de verdade, numa demonstração total da falta de conhecimento do autor. Como último e simples exemplo, dentre muitos outros, existe aquele que está contido à página 283, afirmando que o cangaceiro Criança morreu no tiroteio do Cangaleixo e que a sua companheira, a cangaceira Adelaide saiu gravemente ferida.
É deveras impressionante este registro. Os cangaceiros que morreram no Cangaleixo pelas balas da volante de Zé Rufino foram Mariano, Pavão e Pai Véio, e ainda, o coiteiro João do Pão. Adelaide jamais esteve no Cangaleixo, ela já estava morta há muito tempo, pois havia morrido de parto nas proximidades do povoado Curituba. Quem estava no coito era Rosinha, companheira de Mariano e irmã de Adelaide. Rosinha não sofreu nenhum ferimento, estava, isto sim, em alto estado de gravidez.
É com essa enxurrada de enganos e equívocos que Archimedes está, como se fosse uma espécie de protesto, contestando nesta sua obra literária as aberrações contidas no “LAMPIÃO O MATA SETE”, que tem como pano de fundo as injustas e desastrosas acusações no sentido de mostrar loucamente, e sem a mais tênue possibilidade de Lampião ter sido gay, impotente e se dava ao desplante de formar um triângulo amoroso com Luís Pedro e Maria Bonita.
Em um total delírio, o autor do livro assevera que Messias de Caduda era também amante de Maria Bonita. Eu conheci e fui muito amigo de Messias de Caduda, Em meu livro “Lampião além da versão”, Messias faz um relato de sua viagem para Propriá levando, a pedido de Lampião, Maria Bonita que doente de um olho iria procurar um médico, através do Dr. Hercílio Britto, para na grande cidade do Baixo São Francisco se tratar de sua enfermidade. Viagem acontecida na canoa “Tereza Góis” de Moisés Tambangue. Até a fazenda Belém, de Antônio Britto, toda cabroeira viajou na canoa. Ali, Lampião e seu bando ficaram e Maria seguiu para Propriá na companhia de Messias de Caduda e de Moisés Tambangue.
Na volta, após o tratamento, Maria Bonita viajou na canoa Paulicéia, de Antônio Britto, e na companhia do próprio Messias e dos canoeiros Aurélio e João de Rosinha – dizer-se que Messias era amante e coabitava com Maria Bonita é algo saído da mente de alguém sem compromisso nem com a verdade e nem com a história – infelizmente esse alguém, no caso em tela, é um homem que caminhou a sua vida pelos caminhos da decência e do bom proceder.
O Dr. Pedro de Morais diz à página 191 de seu livro que: “As crias concebidas e paridas por D. Deia, dizem nas falas faladas da saga desses adúlteros, eram filhos de Luís Pedro ou Messias de Caduda, outro grande amor dela, talvez, o maior de todos. Nunca foram gerados pelo atrofiado e estéril roncolho. Bomfim falava disse a quem quisesse ouvir...”.
Eu conheci e era amigo de Felino Bomfim Feitosa. Tivemos uma estreita amizade durante longos anos. Na minha condição de funcionário do Fisco Estadual, trabalhei muitos anos, nos tempos que existia Exatoria, no Canindé Velho de Baixo e na Nova Canindé de São Francisco. Em meu livro “O Sertão de Lampião’ à página 199, está o capítulo “O CANGACEIRO E O PADRE” todo ele construído através do relato de Felino Bomfim, discorrendo sobre um encontro acontecido nas caatingas de Poço Redondo entre Lampião e o padre Lima (Gonçalo de Sousa Lima). Este padre era tio de Bomfim e o mesmo estava presente a esse encontro, sem, no entanto, escutar a conversa dos dois, mas vendo ambos conversando na mataria.
Um acontecimento deste, envolvendo um padre que era seu tio, Bomfim me contou. E por que, mesmo eu sabendo que nem ele e nem a maioria dos buraqueiros, aqueles que residiam nas ruas e praças da velha cidade-pólo do Sertão do São Francisco, não gostavam, abominavam mesmo, o cangaço e Lampião, e Bomfim nunca escondeu esse sentimento, mas, mesmo assim, ele nunca me disse, nem de brincadeira, que Lampião era gay e que Maria Bonita era amante de Messias de Caduda?
Portanto, leitor amigo, este livro de nosso companheiro e competente rastejador das coisas do sertão, do cangaço e de Lampião, o nosso Archimedes, tem como principal finalidade mostrar aos que pesquisam e se preocupam com a nossa história, a história de nosso povo, que não devemos, sob hipótese alguma, permitir que versões loucas e sem nenhum sentido, num acinte a verdade da história, sejam perpetuadas como verdadeiras.
Parabéns, Archimedes Marques, pelo seu brilhante e elucidativo trabalho literário, trabalho que tem a missão de desfazer os delírios que estão no livro “LAMPIÃO O MATA SETE”.
Saudações cangaceiras
Alcino Alves Costa

LAMPIÃO NO MUNDO DAS CELEBRIDADES

Octavio Iani ( 1926/2004), considerado um dos fundadores da sociologia no Brasil, tem um belo estudo sobre tipos e mitos do pensamento brasileiro. Para ele, o Brasil pode ser visto ainda como um país, uma sociedade nacional, uma nação ou um Estado-não nação em busca de um conceito. É neste processo de buscar uma cara que florescem as figuras e as figurações, os mitos e as mitificações de "Lampião", "Padre Cícero", "Antonio Conselheiro", "Tiradentes", "Zumbi" e outros, reais e imaginários.
No caso de Tiradentes, nosso herói maior, a propaganda republicana, na ausência de um retrato feito por alguém que realmente o tivesse conhecido pessoalmente, o pintou como Cristo. Aquelas barbas podem ser pura imaginação do retratista, já que naquela época, como em alguns lugares hoje, preso não podia deixar crescer barba ou cabelo por causa dos piolhos.
Com Lampião, o processo de mitificação  é interminável. Afinal, ele é  filho famoso de uma terra de cantadores de feira e de cordelistas, onde a imaginação, e não só talento, também corre solta. Tanto que nas últimas décadas  muitos tentaram promover a transposição da imagem de Lampião de "facínora"  para uma espécie de versão tupiniquim do "Bandido Giuliano", o fora da lei que virou  herói siciliano na primeira metade do  século XX e que foi retrato nas telas no clássico de  Francesco Rosi.
Acho ainda que Lampião, como ocorre com muitos outros personagens da nossa história, está sendo redescoberto pela ótica do culto da invasão da privacidade, uma das marcas dos tempos atuais. Em suas covas, mesmo enterrados  há 50, 100, 200 anos, eles não conseguiram escapar de um mundo que se transformou numa  Big Brother. Viraram "Celebridades", e portanto sujeitos a bisbilhotices, ou fofocas mesmo, sobre seus afetos, romances e até opção sexual. Talvez seja por isso que surgem agora  questionamentos sobre a sexualidade "Zumbi" e  mais recentemente de "Lampião".
Neste livro, Archimedes Marques procura desmontar, pedra por pedra, o mito do Lampião gay. Vale a pena conferir.
Ancelmo Gois (Colunista do Jornal O GLOBO)


(*)Delegado de Policia há mais de 24 anos, Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Publica pela UFS. Titular em quase todas as Delegacias da capital, além de ter exercido os cargos em Direção do COPE, COPCAL, COPCIN e CORRREGEDORIA-GERAL da Polícia Civil de Sergipe por duas vezes.

Enviado pelo autor: Dr Archimedes Marques

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Ao pé da cerca - A conversa do Coronel Joaquim Rezende com o Capitão Virgulino Ferreira

Por: Ticianeli
Joaquim Rezende (à esquerda) conversa com Melchiades da Rocha. Foto: Maurício Moura - A Noite

A morte de Lampião, em 28 de julho de 1938, chegou ao conhecimento dos jornais da então capital do país, Rio de Janeiro, pelas mãos de um alagoano. Melchiades da Rocha era repórter do jornal carioca A Noite, quando recebeu um telegrama o seu irmão Durval da Rocha, despachado de Santana do Ipanema, em Alagoas, comunicando que “onze bandidos, inclusive Lampião, foram mortos pela polícia alagoano na fazenda Angicos, em Sergipe”. Foi um dos maiores furos de reportagem daquela época.
A título de curiosidade, a participação da família da Rocha no episódio não para por aí. Quando as cabeças dos cangaceiros chegaram à Santa Casa de Misericórdia de Maceió, foram autopsiadas pela equipe chefiada pelo Dr. Ezechias da Rocha, outro irmão de Melchiades.
Como prêmio pelo furo de reportagem, e também porque era alagoano, Melchiades recebeu a incumbência de viajar, no dia seguinte às mortes, para a sua terra e acompanhar os acontecimentos. Do aeroporto, o repórter se dirigiu para Santana do Ipanema, onde as cabeças iriam ser expostas. Foi assim que, no dia 30 de julho de 1938, Melchiades descobre que naquela cidade do sertão alagoano, se encontrava o prefeito recém eleito de Pão de Açúcar, Joaquim Rezende, a quem se referiam como tendo sido um dos amigos de Lampião.
O Coronel Joaquim Rezende foi prefeito de Pão de Açúcar entre 1938 e 1941. Segundo Etevaldo Amorim, em seu livro Terra do Sol, Espelho da Lua, a sua administração foi marcada por investimentos importantes para cidade, principalmente na melhoria das condições de moradias das populações mais pobres. Morreu assassinado em 1954, quando ocupava o cargo de delegado de Polícia. Os assassinos formam os irmãos Elisio e Luiz Maia. Elisio era o prefeito do município.
Melchiades da Rocha, no seu livro Bandoleiros das Catingas, lançado em 1942, recorda do encontro que teve com Joaquim Rezende em Santana do Ipanema. Ele se refere ao prefeito de Pão de Açúcar como sendo “um abastado proprietário em seu município” e que ele estava em Santana também “à espera da cabeça de Lampião, pois desejava certificar-se se de fato ele havia morrido”.
A situação de amigo de Lampião de Joaquim Rezende aguçou os instintos do repórter, que começou a se perguntar o que teria levado um rico cidadão a “se tornar um afeiçoado do Rei do Cangaço”, quando era prefeito de uma cidade que era alvo das ações do bandido. A narrativa a seguir é um valioso documento de como se davam as relações de Lampião com o poder político e econômico das regiões sertanejas vítimas do cangaço.
Sem quaisquer etiquetas, pois nós sertanejos não somos, apenas, iguais perante a lei, apresentei-me ao Cel. Rezende e lhe disse à moda da terra:
— "Seu" Rezende, eu queria uma palavrinha do senhor!
— Pois não! — respondeu-me, amavelmente, o prefeito de Pão de Açúcar.
Momentos depois o Sr. Rezende e eu nos achávamos na sede da Prefeitura de Santana. Em poucas palavras relatei os meus propósitos ao cavalheiro que me fora apontado como sendo grande amigo de Lampião.
Após ter-me oferecido uma cadeira, o Sr. Rezende sentou-se e narrou, pormenorizadamente, como e por que se tornara amigo do Rei do Cangaço, amigo ocasional, bem entendido, pois não poderia ter sido de outro modo.

Fala o Coronel Rezende

Conheci Lampião em 1935, época em que me escreveu ele, pedindo mandasse-lhe a importância de quatro contos de réis, prometendo-me, ao mesmo tempo, tornar-se meu amigo se fosse atendido. Em resposta à carta do terrível bandoleiro, mandei dizer-lhe pelo mesmo portador que lhe daria de muito bom grado o dinheiro, mas que só o faria pessoalmente.
Três dias depois Lampião mandou-me outro bilhete do seu próprio punho, dizendo-me que me esperava às 10 horas da noite na fazenda Floresta, município de Porto da Folha, em Sergipe, recomendando-me que fosse até ali, mas não deixasse de levar o dinheiro. Não obstante os naturais receios que tive, à hora aprazada cheguei ao local do encontro, onde permaneci até uma hora da manhã, quando surgiu um cangaceiro que, ao ver-me, perguntou-me se eu era o moço que desejava falar ao capitão. Respondi que sim.


Dentro de poucos minutos, então, o Rei do Cangaço ali se apresentava acompanhado de quatro homens, “Juriti”, “Zabelê”, “Passarinho” e "Nevoeiro". Ao ver o grupo aproximar-se, identifiquei logo Virgulino e a ele me dirigi, cumprimentando-o. O famoso bandoleiro, ao contrário do que eu esperava, recebeu-me amavelmente e foi logo perguntando sobre o que lhe havia levado. Sabendo que o Rei do Cangaço gostava de beber, eu, que levava comigo três litros de conhaque, lhos ofereci.
A fim de que desaparecesse logo qualquer suspeita do bandoleiro, prontifiquei-me a ser o primeiro a provar a bebida. Encarando-me com olhar firme, Lampião me disse em tom natural: “Concordo em que o senhor beba primeiro, mas não é por suspeita e sim porque o senhor é um moço decente e eu sou apenas um cangaceiro”. Tomamos, então, o conhaque e, em seguida, abordei o Rei do Cangaço sobre o dinheiro que ele me havia pedido. Como resposta, disse-me ele: "-O senhor dá o que quiser, pois eu dou mais por um amigo do que pelo dinheiro”.  
— Esse fato — disse o conceituado comerciante de Pão de Açúcar — teve lugar no mês de agosto de 1935, e a minha palestra com Lampião durou três horas, tendo ele me falado de vários assuntos, entre os quais o relativo à perseguição de que era alvo, acrescentando que, de todas as forças que andavam em seu encalço, a que mais o procurava era a do então Major Lucena, dada a velha inimizade que o separava desse oficial da policia alagoana, a quem reconhecia como homem de fato e dos mais corajosos.


Quanto às forças dos outros Estados, disse-me Lampião que se arranjava “a seu gosto...”, fazendo nessa ocasião graves acusações a vários oficiais dos que andavam em sua perseguição.
— Aí está como foi o meu primeiro encontro com o Rei do Cangaço. — Depois — acrescentou o prefeito de Pão de Açúcar — Lampião mandou pedir-me bebidas, charutos e também objetos de uso doméstico. Mais tarde, porém, fui informado de que ele estava empregando esforços no sentido de matar o Sr. José Alves Feitosa, ex-prefeito de minha terra que, como eu, o esperara muitas vezes ali, a fim de fazer-lhe frente, pois foi das mais terríveis a ação de Virgulino em nosso município.  Tratando-se de um amigo meu o homem que estava destinado a morrer às mãos de Lampião, procurei um pretexto para me avistar com este e não me foi difícil encontrá-lo. Todavia, após uma série de considerações, em que fui até exigente demais, Lampião, dizendo ao mesmo tempo que só fazia tal “sacrifício” para me satisfazer, prometeu-me sustar a realização de sua sanguinária intenção, declarando-me naquele momento que já tinha em campo dois homens para fazer o “serviço” lá mesmo na cidade de Pão de Açúcar, já que o visado andava resguardado, não saindo para parte alguma.
Tal conhecimento com Lampião, deixou-me, aliás, em situação crítica, pois inimigos meus denunciaram ao Coronel Lucena que eu era um dos coiteiros do celerado cangaceiro. Ao ter ciência de tal acusação, dirigi-me ao referido oficial e lhe expus as razões que me levaram a ter contato com o Rei do Cangaço, após ter andado prevenido contra ele, longo tempo. Jamais faria isso se não fosse a situação em que, como muitos outros sertanejos, me encontrei durante longo tempo.

Intercedi, depois disso, em favor de várias firmas comerciais de Maceió e Penedo, cujos representantes teriam caído às garras do bando sinistro se não fora a minha intervenção junto a Lampião. Há dois meses passados, fui forçado, do que não guardei reserva ao Coronel Lucena, a intervir novamente em defesa de algumas vidas preciosas, no que fui feliz, conseguindo que Virgulino desistisse dos seus sinistros propósitos.


Pesquei nexitante em
Ticianeli
Adendo

Joaquim Resende – Ex-Prefeito de Pão de Açúcar e chefe político da UDN, partido do governador Arnon de Mello, o delegado de Polícia Joaquim Resende foi assassinado em São José da Tapera, a época pequeno povoado do município de Pão de Açúcar, numa manhã de setembro de 1954, a tiros de parabélum. Os assassinos foram o então prefeito Elisio Maia e seu irmão Luiz Maia, que se diziam perseguidos pelo mesmo. Inclusive, conforme declarações do próprio Elisio Maia, feitas na fase do inquérito policial, a vitima vinha armando varias emboscadas para matá-lo Elisio,que era Prefeito, abandonou a Prefeitura e foi embora para o Sul do país.

Trecho da reportagem "Crimes e Processos Insolúveis em Alagoas" publicado em 8 de julho de 2011 no Jornal Extra de Alagoas.

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