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terça-feira, 5 de junho de 2012

Benjamin Abraão Botto

Benjamin Abraão está sem chapéu

O libanês Benjamin Abrahão Botto foi responsável pelo registro iconográfico do cangaço e de seu líder, Virgulino Ferreira da Silva – o Lampião. Migrou para o Brasil em 1915. Mascate de tecidos e miudezas,

Padre Cícero - conhecido como o santo do nordeste brasileiro

foi secretário do Padre Cícero, e conheceu o cangaceiro Lampião em 1926, quando este foi até Juazeiro do Norte receber a bênção do vigário.

No Cine Moderno, durante a projeção restrita do Filme "Lampeão".http://www.memoriadocinema.com.br/cinemacearense.html

Em 1929 Abrahão fotografou o líder cangaceiro ao lado do padre. Depois da morte de Padre Cícero, Abrahão teve permissão para acompanhar o bando na caatinga e realizar as imagens que o imortalizaram. Para tanto teve a parceria do cearense Ademar Bezerra de Albuquerque, dono da ABAFILM que, além de emprestar os equipamentos, ensinou o fotógrafo seu uso.


Abrahão teve seus trabalhos apreendidos pela ditadura de Getúlio Vargas, que nele viu um opositor ao regime. Morreu esfaqueado (quarenta e duas facadas), crime nunca esclarecido. Especula-se que pode ter sido um crime político, a mando de Vargas.

Transcrevo, aqui, texto do próprio Lampião, atestando a autenticidade das fotos de Abrahão Botto (com grafia original).

Illmo Sr. Bejamim Abrahão
 

Saudações

Venho lhi afirmar que foi a primeira peçoa que conceguiu filmar eu com todos os meus peçoal cangaceiros, filmando assim todos us muvimento da noça vida nas catingas dus sertões nordestinos.
Outra peçoa não conciguiu nem conciguirá nem mesmo eu consintirei mais.
 

Sem mais do amigo
 

Capm Virgulino Ferreira da Silva
 

Vulgo Capm Lampião

Adília a cangaceira que eu conheci

Por: Rangel Alves da Costa*
Da direita para esquerda: Zé Sereno é o segundo e Adília está ao seu lado

Conheci Adília dentro da minha casa, no convívio cotidiano com minha família em Poço Redondo. Lembro como se fosse hoje da morena trigueira, chegando ao escurecido, alta, esguia, esbelta, de rosto alongado, queixo fino e olhos negros sempre brilhantes, cabelos também negros e aquele jeito simples de mãe de família que nem de longe parecia aquela mesma Adília que ainda mocinha, quase menina, entrou para o bando do Capitão Virgulino; a mulher/menina companheira do cangaceiro Canário.

Adília e Sila 
Veja que na foto acima Sila é a segunda da esquerda para a direita

Nascida Maria Adília de Jesus, entrou para o cangaço com menos de dezesseis, influenciada pelo grande amor de sua vida, o conterrâneo e também cangaceiro Canário.

Canário: perneiras em ação, 1936
Canário - companheiro de Adília

Como a sua família não aceitava o namoro, a menina prometeu ao namorado que iria com ele até o inferno se fosse preciso. Se não foram para as agonias dos subterrâneos de Hades chegaram bem perto disso, pois a vida no cangaço teve na dor e no sofrimento algumas de suas principais características.

Fontes:

Revolta de Princesa na telinha

Revolta de Princesa na telinha

No início do período republicano no Brasil, ricos fazendeiros comandavam a política nos municípios do interior dos estados. No sertão da Paraíba, o município de Princesa tinha como autoridade maior o coronel José Pereira que, em 1930, se sentiu desprestigiado pelo então presidente da Paraíba, João Pessoa, quando o mesmo deixou de fora, na composição de uma chapa para deputado federal, o ex-governador João Suassuna, pai de Ariano Suassuna. Aliadas a esse episódio, medidas econômicas e novas práticas políticas adotadas pelo presidente do estado levaram o coronel José Pereira a romper com João Pessoa, também candidato a vice-presidente da República na chapa encabeçada por Getúlio Vargas. O coronel passou da oposição política à luta armada.

A Revolta de Princesa, como ficou conhecido o episódio, tomou grandes proporções, envolvendo a Paraíba, Pernambuco e o governo federal. Em 2010 a TV Senado fez um resgate desse fato da história política do país. Direção: Deraldo Goulart

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2012/06/revolta-de-princesa-na-telinha.html

Relíquias do Capitão Corisco

Por: Guilherme Machado
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Em minhas viagens na trilha de morte do Capitão Corisco, em Barro Alto - Bahia, na antiga Fazenda dos Pachecos, no município de Barra do Mendes, onde conheci vários amigos, testemunhas da cassada do tenente Zé Rufino, ao


Diabo Loiro, o capitão Corisco, alguns deles, Edgar das Laranjeiras, Lídio Neri, Florisvaldo Pereira "Zuzu", Zé de Diva, Edizio Ibipeba, e muitos outros que não me recordo, dentre eles, um foi muito últil nas minhas pesquisas, Irineu Dourado da cidade de Ibititá, que me deu alguns pertences, que foram posteriormente encontrados nas terras da antiga Fazenda Pacheco, onde estava escondidos,  Dadá e Corisco em 1940.

O velho Irineu a quem eu tinha uma grande estima, era caixeiro viajante da região do Feijão, e se encontrava em Barra do Mendes em  1940,  quando assassinaram o capitão corisco.  

Irineu viajava com seu automóvel, um Ford 1938, quase que sem uso, foi quem me entregou vários objetos, que ele comprou de um antigo vaqueiro da fazenda Pacheco: moedas, punhais, anéis, baionetas, balança, dentre os objetos o que mais me chamou atenção, foi a bala abaixo,

Bala do Capitão Corisco

e um isqueiro em forma de bala. Este serviu aos cangaceiros para acenderem cigarros, cachimbos ou charutos, e também serviu para eles incendiarem casas e pastos de seus inimigos.

Isqueiro

"A bala incendiária"  o vaqueiro velho confirmou que o isqueiro caiu da trouxa que Corisco carregava em viagem com destino a Bom Jesus da Lapa, na Bahia.

HOMENAGEM


O radialista PEDRINHO SAMPAIO, apresentador do programa GONZAGÃO NA CIDADE, enviou-me este convite que muito me alegrou. Informa o referido convite que serei um dos homenageados com o troféu GONZAGÃO CENTENÁRIO, que será entregue em julho, no Kukukaya, casa de shows que vem mantendo acesa a tradição do verdadeiro forró. 

Eu gostaria de dividir essa honraria com os amigos PEDRO PAULO PAULINO e NELZINHO LOURENÇO que participaram comigo por vários meses da produção e apresentação do programa LUIZ GONZAGA CONVIDA, na rádio São Francisco de Canindé, com o ilustrador JÔ OLIVEIRA, que fez os desenhos da biografia em cordel que escrevi para o Rei do Baião e também com o poeta ZÉ MARIA DE FORTALEZA com quem apresentei o programa CEARÁ PAI D'ÉGUA, na Rádio Cidade AM. Eis o teor do convite:

"Olá meu "Cumpadi" Arievaldo! bom dia.

Gostaria de comunicar-lhe na condição de grande gonzagueano, por seu trabalho gigantesco através da comunicação, poesia e literatura, relacionado a obra de Luiz Gonzaga, que:

O Programa Gonzagão da Cidade levado ao ar aos domingos de 5 as 8 da manhã pela Rádio cidade am 860, está completando 10 anos na radiodifusão cearense. Por este fato acontecer exatamente no ano do centenário do Rei, resolvemos marcar este momento com uma confraternização comemorativa à esta marca, em um grande encontro de sanfoneiros, seguidores e admiradores de Luiz Gonzaga.

Para marcar este momento criamos o TROFÉU CENTENÁRIO para agraciar um grupo seleto de personalidades e/ou entidades que contribuem com seu trabalho para o engrandecimento da nossacultura e a manutenção da memória e obra de LUIZ GONZAGA assegurando assim sua imortalidade para gerações futuras e o seu nome Arievaldo está de forma mais que justa inserido nesse grupo.

Gostariamos de obter a confirmação de vossa presença para receber o seu troféu, nesta festa dos gonzagueanos dia 29 de Julho de 2012 na casa de Shows KUKUKAYA na Avenida Pontes Vieira, com inicio às 15 horas e momento solene de entrega aos agraciados começando as 18 horas.

Os nossos mais sinceros agradecimentos por sua atenção.

Pedro Sampaio"


Enviado por Kydelmir Dantas - poeta, escritor, pesquisador do cangaço e sócio da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço

LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE, A SEPARAÇÃO DO JOIO DO TRIGO



O escritor João de Sousa Lima, membro da ALPA – Academia de Letras de Paulo Afonso, membro da SBEC – Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, prefaciou o livro “Lampião Contra o Mata Sete”, de Archimedes Marques, lançado no último sábado, 02, em Aracajú, capital de Sergipe.


Eis o Prefácio:
“É preciso se separar o joio do trigo, as ervas daninhas devem ser desenraizadas para que as árvores frutíferas produzam seus frutos. Em todos os seguimentos da vida existem os bons e os maus. Há os que produzem com sabedoria e os tolos em sua essência. Assim caminha a humanidade, em toda parte se sobressaem os que buscam a perfeição e dela se aproximam, deixando seus legados como ensinamentos para outros que trafegam na estrada do conhecimento e da perpetuação histórica, sendo o fato aqui relacionado: A análise ajustada dos acontecimentos que permearam uma época que marcou profundamente as mentes e as vidas das pessoas do Nordeste brasileiro.
Há os que se aprofundam com seriedade, buscando os autênticos subsídios para registrar nos anais dos arquivos escritos suas apreciações honestas e responsáveis.
Também há os hipócritas, os insensatos, gente sem o mínimo de conhecimento de certos tópicos e que são ignorantes, que se apoderam de um assunto e sem o devido cuidado produzem verdadeiros absurdos.
Nesse caso estou falando da incapacidade de Pedro de Morais com seu livro “Lampião, o Mata Sete” e a maestria de Archimedes Marques com o seu apurado revide “Lampião Contra o Mata Sete”.
A leitura eu recomendo sobre o trabalho de Archimedes Marques, sem que seja necessário conhecer as inverdades do péssimo livro de Pedro de Morais, o Mata Sete.
Archimedes nos brinda com respostas ajustadas e um trabalho digno de ser adquirido e de constar nos acervos das pessoas cordatas que estudam a história do Brasil.
O simples argumento de ter sido em sua vida pública um homem da lei, que julga seus preceitos e sobre as falhas condena os responsáveis não credita a pessoa e nem pode ser aceita qualquer obra que tenha como suporte apenas o contexto de “vir de um magistrado”. Não é esse o argumento válido para se escrever qualquer obra literária, o teor histórico de um povo, de uma nação, merece o mínimo respeito. Devemos preservar os fatos, desvendar os acontecidos, checar às informações, analisar seus episódios, confrontar seus subsídios e tentar se aproximar o máximo da verdade. Esse é o caminho do verdadeiro historiador e pesquisador.
O tempo do coronelismo já passou, não devemos ficar expostos a uma lei que na realidade foi feita para beneficiar os homens de boa índole e não nos colocar amedrontados diante da Toga de um magistrado. Não nos calemos diante dos fatos injustos.
Archimedes Marques, com esse seu livro “Lampião Contra o Mata Sete”, entra para o grupo das pessoas que produzem com seriedade, com discernimento que demonstra coragem, qualidade indispensável aos homens que merecem nosso respeito e nossa admiração.
Pode-se apostar no sucesso nesse primeiro trabalho de Archimedes, ele vem pesquisando o tema cangaço há algum tempo e encontrou o rumo certo rebatendo uma obra que vem talhada de informações sem fundamentos legais que possam comprovar seus textos difamatórios. Diante da apresentação de fatos tão mentirosos levantados pelo fraco autor “Lampião, O Mata Sete”, Archimedes é a bandeira que se levanta contra tais inverdades, um acerto ajuizado contra os pensamentos embaraçados de um escritor sem as qualidades essenciais para uma produção que se explica não por “querer” e sim por “existir”, fatos concretos que justificam novos olhares, novas apreciações, porém com a honestidade e responsabilidade que as ocorrências históricas devem atrair, tendo por legado reparar as lacunas que ficaram adormecidas e que se juntam para agregar valores ao contexto de uma história que se reescreve a cada tempo, porém contada e acrescida em sua profundeza autêntica, ajustada em suas fontes primordiais sendo salvas nas memórias literárias que formadas com outras fontes direcionam a verdadeira historiografia do mundo.
É preciso se separar o joio do trigo, devemos desenraizar as ervas daninhas para que colhamos os frutos bons, nesse caso devemos receber o livro de Archimedes Marques “Lampião Contra o Mata Sete, com a devida grandeza que ele tem, pois ele é uma bandeira hasteada contra a mentira, contra a insensatez, contra a erva daninha que é esse livro de Pedro de Morais.
Paulo Afonso, 23 de fevereiro de 2012
João de Sousa Lima
Enviado pelo autor do livro:
Dr. Archimedes Marques

NEC-UBE


Hoje, Palestra na UBE
" A sociedade igualitária do caldeirão"
com o prof. TARCÍSIO ALVES,
nesta terça; dia 05 de junho, 19 h ,
Rua de Santana, 202, Casa Forte .
 ENTRADA FRANQUEADA AO PÚBLICO.
CONTAMOS COM SUA PRESENÇA.
Abraços Lampiônicos,
Rosa Bezerra
UBE